Um protesto pela retirada do mini-zoológico do Parque da Redenção, em Porto Alegre, vai reunir crianças e adultos no local no dia 12 de outubro. Os 80 animais que restam no mini-zoo da Redenção estão no meio de um “fogo cruzado”. De um lado, os defensores da permanência do mini-zoo Palmira Gobbi, entre os quais se destaca o vereador Carlos Todeschini, do PT, mas que envolve também lideranças comunitárias e ecologistas não alinhadas partidariamente. De outro a prefeitura, do pedetista Fortunatti, com um projeto da primeira dama Regina Becker, de retirar os animais e desmanchar o mini-zoo que existe desde 1925 e leva o nome da pioneira na defesa dos animais no Rio Grande do Sul. No dia 4 de outubro, Dia dos Animais, os defensores do mini-zoo reuniram mais de uma centena de estudantes, usuários do parque e lideranças comunitárias, e promoveram uma manifestação, encerrada com a palavra de ordem: “Fica Mini-zoo, Fica Mini-zoo” Destino da área Dois dias depois, o Diário Oficial do Município publicou o ato de doação dos animais para o “Criadouro Conservacionista São Braz, de Santa Maria, que ninguém conhece e sobre o qual não se obtém informações na internet. O ato de doação foi assinado pelo Procurador-Geral no dia 17 de setembro . Além do destino dos animais, os defensores da permanência do mini-zoo questionam o destino dos 2.800 metros quadrados hoje ocupados pelas gaiolas dos animais? Pelo jeito, a prefeitura ainda não sabe. O secretário de meio ambiente Luiz Fernando Zacchia no primeiro momento disse que vai consultar a Pepsi, empresa que adotou o parque. O mini-zoo foi instalado em 1925, quando se iniciou a urbanização do Parque da Redenção. Em 1984 em homenagem a uma das mais conhecidas defensoras dos animais da cidade, recebeu o nome de Palmira Gobbi. Simone Barcelos, a veterinária responsável pelo mini-zoo, está lá há seis anos. Conta com quatro funcionários. Ela diz que os animais não estão ameaçados. Muitos deles vivem lá há décadas, estão adaptados. “Recentemente morreu um mico-prego com mais de 40 anos, morreu de velho”. Como repartição da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o mini-zoo não tem orçamento e carece de manutenção há muito tempo. A secretaria garante o pagamento dos funcionários e a alimentação dos animais. Precisaríamos no mínimo o dobro de funcionários, porque rotina é diferente, não tem sábado ou domingo e nos fins de semana é que o movimento cresce”, diz a veterinária. 271h1m