"Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime" 3le6i

O mutirão carcerário da OAB começou ontem por Porto Alegre, onde o Presídio Central desponta como um dos piores do país. “É um dos piores presídios que já vi. Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime. Presos provisórios são misturados a condenados, facções mandam na cadeia, decidindo, inclusive, quem tem direito a atendimento medido e jurídico, além de esgoto e fezes correndo pelas paredes dos pavilhões e a céu aberto”, disse o presidente nacional da Ordem, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. O vice, Claudio Lamachia, que esteve no local em 2012 com o Cremers e o Crea-RS, encontrou as mesmas condições degradantes. Coêlho anunciou que a OAB entrará com uma nova ação contra os Governos Estadual e Federal junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA. “Vamos ingressar com uma nova denúncia, com pedido de liminar, para que a CIDH se manifeste de modo imediato, cobrando melhorias no sistema prisional gaúcho, que é vergonhoso e não reabilita. Promessas não adiantam!” O Presídio Central de Porto Alegre foi vistoriado ontem pelo presidente e o vice-presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e Claudio Lamachia. Constataram que nada mudou em relação à última inspeção, em abril de 2012. Um dos piores O mutirão carcerário da OAB, que deve circular por todos os estados, iniciou por Porto Alegre, onde o Central desponta como um dos piores do país. Em 2012, Lamachia esteve no local com o Cremers e o Crea-RS. Encontraram condições degradantes em todos os aspectos: direitos humanos, higiene, saúde, alimentação e infraestrutura. Laudos apontaram a necessidade de interdição do Central. Após, os dossiês foram entregues ao secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, que prometeu soluções para os problemas e a criação de mais de três mil vagas. Juntamente com outras entidades, denúncia foi enviada à Organização dos Estados Americanos (OEA). Estarrecido, Marcus Vinicius afirmou que as condições indignas do Central motivarão uma nova ação contra os Governos Estadual e Federal junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA. “Vamos ingressar com uma nova denúncia, com pedido de liminar, para que a CIDH se manifeste de modo imediato, cobrando melhorias no sistema prisional gaúcho, que é vergonhoso e não reabilita. Promessas não adiantam!”, ressaltou o presidente do Conselho Federal da OAB, frisando que a medida é semelhante à que foi adotada semana ada no Maranhão, depois de uma rebelião de presos que resultou em nove mortes. Donos da cadeia “É um dos piores presídios que já vi. Isso aqui é uma verdadeira universidade do crime. Presos provisórios são misturados a condenados, facções mandam na cadeia, decidindo, inclusive, quem tem direito a atendimento medido e jurídico, além de esgoto e fezes correndo pelas paredes dos pavilhões e a céu aberto”, disse Marcus Vinicius. Acompanhado do presidente em exercício da OAB/RS, Luiz Eduardo Amaro Pellizzer; do secretário-geral, Ricardo Breier; e da secretária-geral adjunta, Maria Cristina Carrion Vidal de Oliveira; Lamachia voltou ao Central decepcionado, diante da certeza de que muito pouco havia mudado em relação à vistoria do início do ano ado. “Muito foi prometido pelo Governo do Estado e quase nada foi cumprido, como a geração de três mil vagas para desafogar o Central, mas o número atual de presos pouco se alterou – são 4,4 mil, contra 4,6 mil em abril de 2012. Estamos em dezembro de 2013 e a população carcerária é quase a mesma. Os presos saem daqui mais violentos. É o quadro de uma tragédia anunciada. Há detentos permanentes e provisórios no mesmo espaço, o que garante o índice de reincidência de 80%”, ressaltou o vice-presidente nacional da OAB e presidente da Ordem gaúcha em 2012. Em parceria com a OAB, Cremers e Crea-RS voltaram ao Central. Sobre o atendimento de saúde, o presidente do Cremers, Fernando Matos se mostrou decepcionado. “Fizeram pintura nas paredes, aumentou a limpeza do ambiente, mas não houve melhoras. As promessas não foram cumpridas. Deveriam ter 72 profissionais, mas existem apenas 10. A única coisa que mudou foi a municipalização da saúde dentro do presídio. O engenheiro do Crea-RS, Nelson Agostinho Burille, também saiu do presídio preocupado, pois nada evoluiu desde a última inspeção em termos de condições de estrutura. “Não existe plano de prevenção e combate a incêndio, hidrantes estão com torneiras quebradas e faltam mangueiras para água, além da dezenas de fios expostos nas paredes. A fiação elétrica é um caos. Se um preso quiser matar outro não precisa de alguma arma ou faca, basta pegar dois fios e a vítima vai morrer torrada”, afirmou Burille. Também participaram da vistoria a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Rodrigo Puggina (coordenador-geral) e Roque Reckziegel; os conselheiros seccionais Domingos Baldini Martin e Gustavo Junchem; a coordenadora do Fórum Nacional de Conselhos Penitenciários, Maira Fernandes; e o chefe de gabinete da presidência, Julio Cezar Caspani. Mutirão da OAB segue pelo País A vistoria ao Central é a primeira de um mutirão nacional realizado pelo Conselho Federal da OAB, que vai inspecionar os maiores e mais problemáticos presídios do País até o final de fevereiro. Após, será elaborado um relatório com cobranças ao Ministério da Justiça, que poderá resultar em pedidos de interdição e fechamentos de presídios. (Fonte: OAB-RS) 6h2e2z

OAB-RS lança movimento pela Saúde s6q3n

No lançamento do movimento “Movimento Saúde Rio Grande– Um Milhão de Razões para Cumprir a Lei”, liderado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Rio Grande do Sul, em conjunto com 10 entidades ligadas à área da saúde, o presidente da OAB/RS, Cláudio Lamachia, disse que se o Governo do Estado já esgotou as possibilidades para aplicar 12% de sua Receita Líquida em saúde pública via gestão de recursos e não consegue cumprir suas obrigações, deve buscar a renegociação de sua dívida com a União.
No evento, no final da manhã desta terça-feira(3) na sede da OAB/RS, com a presença de aproximadamente 200 representantes de entidades e advogados, Lamachia lembrou que a dívida do Estado com a União consome por ano mais de R$ 2 bilhões do orçamento gaúcho.
O movimento busca assegurar a Lei Complementar 141/2012, que determina a aplicação imediata de 12% por parte do Estado, em recursos destinados à saúde pública, ou seja, regulamenta a Emenda Constitucional nº29/2000. Esta norma estabelece, entre outros pontos, os valores mínimos e o rateio dos recursos a serem aplicados anualmente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em ações e serviços públicos de saúde.
Ao longo dos meses de abril, maio e junho, integrantes do movimento irão percorrer as cidades de Pelotas, o Fundo, Alegrete, Santa Rosa, Caxias do Sul e Santa Maria. O objetivo é colher um milhão de sque a serem encaminhadas ao governador do Estado, mostrando que os gaúchos querem a imediata destinação adequada de recursos na saúde, através do cumprimento da Lei.
Lamachia lembrou, ainda, da campanha nacional que vem sendo promovida pelo Conselho Federal da OAB, juntamente com a Associação Médica Brasileira (AMB) e demais entidades que integram a Frente Nacional por Mais Recursos para a Saúde.
A iniciativa defende o anteprojeto de Lei de Iniciativa Popular que busca alterar a Lei Complementar 141/12 – que regulamentou a Emenda Constitucional 29 (no que diz respeito ao sub financiamento do SUS) – e tornar possível que 10% da receita bruta corrente da União e a ser investido exclusivamente na saúde pública.
Na avaliação da Frente Nacional por Mais Recursos para a Saúde, somente com percentuais fixos de destinação de recursos para a saúde será possível garantir o atendimento no Brasil. O artigo 196 da Constituição Federal estabelece a saúde como direito de todos e dever do Estado.
Entidades que integram o Movimento Saúde, Rio GrandeCumpra-se a Lei: Além da OAB/RS, Federação das Santas Casas; Cremers; Famurs;Simers; Sindisaúde; Abrasus; Amrigs; CRA/RS; Fehosul; e Feessers.

O grito da democracia contra a corrupção 1q3t1i

A XXI Conferência Nacional de Advogados, realizada pela OAB, em Curitiba, tem por tema “Liberdade, Democracia e Meio Ambiente”. Mas a luta contra a corrupção deu o tom das discussões, que se desenvolvem desde a última segunda-feira (21) e reúne 200 palestrantes, entre eles as maiores expressões do mundo jurídico nacional.
Oxalá a semente lançada esta semana na capital paranaense frutifique e torne-se o benfazejo clamor nacional pela moralidade política e istrativa. Que as regionais e seccionais da OAB aproveitem o empuxo da conferência nacional e também chamem seus membros e respectivas comunidades a realizarem localmente o movimento anticorrupção.
Busquem outros parceiros na sociedade civil e, com isso, criem a massa crítica capaz de conduzir o país às mudanças de comportamento, ao cumprimento da ética e à penalização daqueles que insistirem em continuar praticando a corrupção nas suas mais variadas formas.
É do interesse da sociedade civil mobilizar a população pela lisura e bons costumes tanto na istração pública quanto na vida comercial e pessoal. É lamentável que, em face de corrupção, corporativismo, impunidade e outros males que recheiam os arraiais políticos e istrativos, a população torne-se apática e se contente com apenas odiar os políticos.
È preciso chamar a atenção do cidadão para a realidade de que, se apenas odiar a nada fizer, os malfeitores continuarão em suas práticas e nada mudará. A sociedade, através de suas entidades representativas e respeitáveis, como a OAB e diversas outras que não cabe aqui nominar, devem mobilizar o povo e exigir providências e punições contra todos os indivíduos que, de alguma forma, meterem a mão no cofre público. Têm de ser exemplarmente punidos autoridades e funcionários que não cumprem com suas obrigações, cobram propinas, permitem que fornecedores descumpram contratos ou fazem qualquer outro tipo de falcatrua.
Todo recurso que sair da aplicação lícita para a ilícita faltará para os serviços de interesse do povo. Essa deve ser a tônica.
Temos de deixar de ser o país do “jeitinho” e do corporativismo. Todas as irregularidades denunciadas ou pressentidas por funcionários e órgãos encarregados do controle têm de ser devidamente apuradas e levada aos tribunais. Nada pode ser varrido para baixo do tapete. Só dessa forma é que conseguiremos legar um país melhor para as novas e futuras gerações.
Texto do Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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Já está no ar o site Observatório da Corrupção 151l

O Observatório da Corrupção pretende ser um canal entre a sociedade e a OAB para o envio de denúncias de casos de corrupção pela população. O objetivo é fazer pressão para que o Poder Judiciário dê prioridade aos processos envolvendo o mau uso de recursos públicos, tráfico de influência e outros desvios que caracterizam a corrupção.
Na página do Observatório da Corrupção, além de denunciar, o cidadão também vai poder acompanhar o andamento dos casos noticiados pela mídia. Na próxima semana, a OAB vai divulgar no portal uma relação dos principais processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As denúncias recebidas pela Ordem dos Advogados do Brasil serão monitoradas pela Comissão Nacional de Combate à Corrupção e os denunciantes têm a garantia do anonimato.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse no lançamento que a sociedade brasileira precisa se conscientizar de que é a protagonista no combate a corrupção. “A sociedade pode transformar, sim, por meio da legítima pressão que ela exerce nos poderes públicos. Ela deve mobilizar-se no sentido de combater essa pandemia que é a corrupção”, concluiu Cavalcante.
O lançamento oficial do site aconteceu na sede nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, no início da tarde desta quarta-feira (24), em Brasília. Participaram da cerimônia o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). O anúncio do observatório já havia sido feito na semana ada e foi discutido, na terça-feira, em audiência pública da Frente Suprapartidária de Combate à Corrupção, no Senado.

OAB lança Observatório da Corrupção 276w39

Brasília, 16/08/2011 – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lança na próxima semana em Brasília o Observatório da Corrupção, considerado um primeiro o dentro do Movimento Nacional de Luta sem Medo contra a Corrupção com o qual a entidade pretende atrair adesão de parceiros da sociedade civil, inclusive partidos políticos, estudantes e dirigentes sindicais, comprometidos com a bandeira de resistência aos desmandos com a coisa pública e à impunidade no País.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, após se reunir reservadamente com os senadores Pedro Simon(PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Paulo Paim(PT-RS).
A reunião aconteceu no gabinete do senador Simon, que lançou nesta segunda-feira da tribuna do Senado um movimento suprapartidário contra corrupção e impunidade. “Hipotecamos aos senadores nossa solidariedade ao movimento, ao mesmo tempo que informarmos nossa intenção de debater e desenvolver formas de ataque à corrupção, que é um clamor da sociedade brasileira”, disse Ophir Cavalcante à saída do encontro. Segundo ele, dois os importantes rumo ao combate à corrupção, por essa articulação de forças, já ficaram definidos na reunião de hoje: além do Observatório da Corrupção que a OAB estará instalando no próximo dia 24, uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, na próxima terça-feira (23), discutirá o problema com várias entidades da sociedade civil.
O Observatório da Corrupção, conforme Ophir, é um instrumento que a OAB criará para dar maior visibilidade à sociedade brasileira sobre os casos de corrupção e desvios de recursos públicos que estejam em julgamento no Poder Judiciário. Com amparo em sua Comissão Especial de Combate à Corrupção e à Impunidade, a ideia da entidade é disponbilizar no site do Conselho Federal todos os processos que tratam de corrupção. “O Observatório vai funcionar assim como uma ponte entre a OAB e a sociedade civil brasileira para que e a acompanhar, fiscalizar e cobrar ações mais determinadas que dêem um basta à corrupção em nosso País”, explicou Ophir.
O presidente nacional da OAB destacou, todavia, que o Observatório pretende funcionar como um embrião ou pontapé inicial de um movimento maior de resistência e repúdio à corrupção em todo o País, envolvendo todas as 27 Seccionais da entidade, suas mais de 1 mil Subseções em todo o País, sem contar a adesão que espera de outras entidades e dos partidos políticos comprometidos com essa luta.
Assessoria de Comunicação do Conselho Federal da OAB
17/08/2011
Abaixo, o requerimento dos senadores convocando a audiência pública
REQUERIMENTO
Senhor Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa,
Senador PAULO PAIM,
Com fundamento no disposto no art. 58, § 2º, inciso II, da Constituição Federal, combinado com o art. 90, inciso II, do Regimento Internodesta Casa, REQUEREMOS a realização de Audiência Pública nesta Comissão, para debateras ações contra a corrupção e a impunidade no país.
Para a realização da audiência, sugiro que sejam convidados: DomRaymundo Damasceno Assis, Presidente da Conferência Nacional dos Bispos doBrasil – CNBB; Ophir Cavalcante, Presidente da Ordem dos Advogados doBrasil – OAB; Maurício Azêdo, Presidente da Associação Brasileira deImprensa – ABI; José Geraldo de Sousa Júnior, Reitor da Universidade deBrasília – UNB; Marlon Reis e Jovita José Rosa, Representantes do Movimento de Combateà Corrupção Eleitoral – MCCE e Dom Manuel João Francisco, Presidente doConselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC.
Sala das Comissões,
Senador PEDRO SIMON
Senador PAULO PAIM
Senador CRISTOVAM BUARQUE
Senador LUIZ HENRIQUE
Senadora ANA AMÉLIA
Senador EDUARDO SUPLICY
Senador MOZARILDO CAVALCANTI
Senador RANDOLFE RODRIGUES
Senador PEDRO TAQUES
Senador MARCELO CRIVELLA
Brasília, 16/08/2011
Luiz Fonseca