Adolescente vai ao shopping e desaparece 2f4818

Era sábado, 9 de julho. Sem avisar a família, Jessica saiu para ir ao centro comercial João Pessoa, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Não se teve mais notícias dela. Jessica Fernandes Salazar tem 16 anos de idade. A família soube por uma amiga que ela foi lá encontrar-se com alguém que conheceu pela internet. O celular está sempre desligado. O irmão dela, Paulo Salazar, conta que a família pediu ajuda à polícia. “O que foi dito é que eles só poderiam fazer alguma coisa se aparecesse alguma pessoa morta e sem identificação, só assim poderiam comparar as feições físicas entre a foto deixada com eles e o cadáver. Disseram que é a família que deve procurar, através de contatos da pessoa desaparecida”, conta Paulo. Paulo deixa telefones para contato: 33171741 (casa) 7812-3208 (Cecília, mãe de Jessica e Paulo), 7812-2073, 9238-8478 e 54-9652-2663 (Paulo). Ou pelos emails [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 481p68

Homem morto na Redenção: polícia ouve testemunhas 676r6s

A polícia já tem pistas para esclarecer a morte do pedreiro Jorge Francisco da Silva no parque da Redenção.
Silva, de 58 anos, com endereço em Viamão foi encontrado boiando no Lago dos Pedalinhos na manhã do dia 22 de outubro.
A polícia já sabe que o pedreiro foi morto a pauladas antes de ser jogado no lago dos pedalinhos, no parque da Redenção.
Testemunhas do crime foram ouvidas forneceram indícios que podem levar ao assassino. O corpo foi encontrado boiando no lago na manhã de 22 de outubro.
Pessoas que viram o crime aceitaram depor e forneceram à polícia os principais elementos e chegar ao assassino é questão de tempo, segundo o investigador Diniz, da Delegacia de Homicídios.
O laudo do Departamento Médico Legal (DML) revelou traumatismo craniano, resultante de sucessivas pancadas na cabeça que a vítima recebeu antes de morrer.
Sinais na terra e um sapato na beira do lago indicam que Silva foi arrastado e jogado nágua já desacordado. “Ele foi morto por alguém conhecido dele e por motivo banal”, diz Diniz.

Mariante autografa hoje "Três no Divã", na Feira 6l6r2t


João Gomes Mariante, psicanalista há mais de 60 anos, é um fiel seguidor de Sigmund Freud. Aos 92 anos de idade, permanece em intensa atividade intelectual.

Especialista em profilaxia do suicídio – que considera um autocrime –, é autor de mais de 40 artigos científicos e 200 conferências no Brasil e no exterior.
Era um garoto em 1930, quando Getúlio Vargas chegou à Presidência pela primeira vez. Serviu o Exército ao lado de Euclides Aranha Neto, filho de Oswaldo Aranha, ministro de Vargas. Foram amigos até o recente falecimento de Euclides, a quem dedicou o livro ainda em vida.
Trabalhou como jornalista na imprensa carioca. Em 1946, formou-se pela Faculdade Fluminense de Medicina, para então escolher a Psicanálise.
Tinha 36 anos quando Getúlio suicidou-se, em agosto de 1954.
Debruçou-se sobre o comportamento de Vargas com olhar profissional, procurando entender-lhe os processos mentais.
Identificou também em Oswaldo Aranha e em Flores da Cunha, outros dois líderes políticos da época, cada um a seu estilo, um certo destemor exacerbado, uma disposição a correr riscos desnecessários, um constante desafiar a morte.
Ao transformar o estudo psicanalítico destes personagens no livro “Três no Divã”, Mariante lança uma abordagem inédita na bibliografia nacional, uma obra literária e filosófica.

Nela, vai além da personalidade dos biografados, ao observar o psiquismo e as motivações de líderes políticos desde a antiguidade até os dias atuais.
“O propósito fundamental de Três no Divã é de, através
da psicologia profunda, que a psicanálise condensa,
interpretar os segredos do inconsciente de cada um.”
João Gomes Mariante é membro efetivo da Associação Internacional de Psicanálise, da Associação Brasileira de Psicanálise, da Associação de Psicologia e Psicoterapia de Grupos em Buenos Aires, e membro honorário da Academia Sul-Riograndense de Medicina e do Rotary Internacional.

Caso Eliseu: Justiça nega habeas e mantém oito acusados na cadeia 64554z

A Justiça negou habeas corpus para dois suspeitos de participar do assassinato do ex-secretário de saúde Eliseu Santos.
Os pedidos dos advogados de Marcelo Machado Pio e Marcelo Dias Souza foram negados pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, na última quinta-feira, dia 1/7.
O Tribunal ainda decidiu pelo não trancamento do processo contra os réus, como também queriam os advogados. Os dois continuarão presos no presídio central de Porto Alegre aguardando julgamento.
O pedido de habeas corpus começou a ser analisado pelos desembargadores no dia 10 de junho. Como houve solicitação de vistas por um dos membros do Tribunal, somente na última quinta-feira,1, foi anunciada a decisão, por três votos a zero, contra a soltura dos réus.
Para os desembargadores há provas suficientes para o indiciamento de Marcelo Pio e Marcelo Souza, e de todas as outras nove pessoas envolvidas no crime. Das onze pessoas acusadas, oito foram presas a pedido do MP e um já cumpria pena no presídio Central, em Porto Alegre.
O habeas corpus tinha como principal argumento um parecer do procurador Marcelo Roberto Ribeiro, que recomendava a suspensão do processo.
Neste documento o procurador relata contra os argumentos dos promotores públicos que investigam o caso.
Ele diz: “Inexiste indicação de algum indício suficiente da participação dos pacientes (Marcelo Pio e Marcelo Souza). Sendo injustificável a investigação do MPE, já que a Polícia Civil, que é quem deve investigar infrações penais, concluiu que houve um crime de latrocínio”.
Como o habeas corpus não foi atendido, o processo segue normalmente e o parecer do procurador Roberto Ribeiro perde importância.
Ao todo o Ministério Público Estadual já denunciou onze pessoas, sendo dez pelo assassinato do ex-secretário Eliseu Santos.
Oito estão detidas preventivamente desde o começo de maio. São os supostos mandantes Jorge Renato Hordoff de Mello e Marcelo Machado Pio, responsáveis pela empresa de segurança Reação; e Marco Antônio Bernardes, ex-assessor da secretaria de saúde.
Igualmente encontram-se presos três membros da quadrilha que executou a ação; Marcelo dias Souza, cúmplice do assassinato; e uma mulher, Janine Ferri Bitello, que teria auxiliado bandidos que ficaram feridos na troca de tiros com Eliseu Santos.
Há outros três denunciados: o ex-presidente do PTB em Porto Alegre, José Carlos Brack, como mandante do crime e suspeito de chefiar o esquema de corrupção na secretaria de saúde.
Jonatan Pompeu Gomes, ex-funcionário da Reação e irmão de um dos réus. E Cássio Medeiros de Abreu, ex-membro do PTB e ex-cargo de confiança na secretaria de saúde. Somente Cássio Abreu não responderá por homicídio, e sim pelo esquema de corrupção.
No momento, o processo encontra-se na 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, numa fase de instrução, onde o juiz determinará se as acusações do MP se justificam.
Poderá haver ainda diligências e recolha de novas provas. Os promotores Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena Callegari acreditam que o julgamento possa ocorrer ainda este ano.
A meta atual da investigação é aprimorar as provas do esquema de corrupção.
Segundo os promotores, o esquema chefiado por Brack poderia estar interligado com os desvios de dinheiro apurados pelas Operações Solidária e Staff da Polícia Federal.
No final de maio, foram apreendidos na ONG Núcleo Assistencial Criança Feliz, em Canoas, papéis e computadores que comprovariam os desvios de verbas para a formação de caixa dois no PTB.
A ação foi coordenada por policiais federais da Operação Solidária, que investiga desvios de dinheiro público em Canoas.
Acatando pedido do MP, a justiça já determinou a reunião de ação referente à corrupção que tramitava na 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Sarandi ao processo em andamento na Vara do Júri.
José Carlos Brack, além de presidente municipal do PTB, já foi chefe de gabinete do então vice-prefeito Eliseu Santos (2005-2006). Em 2006, foi secretário de Energia, Minas e Comunicações, do governo Germano Rigotto.
Sempre ligado ao PTB, foi membro do Diretório Nacional, do Diretório Estadual e da Comissão Executiva Municipal.
PTB desiste
Reflexos políticos são claros, na semana ada o deputado estadual Luís Augusto Lara desistiu da candidatura ao governo do estado, assim, o PTB desistiu de concorrer ao Palácio Piratini.
O maior nome do partido, senador Sérgio Zambiasi, também já declarou que não participará das eleições 2010. O PTB gaúcho parece estar afundado em escândalos e poderá sofrer intervenção do comitê nacional.
O esquema da Reação poderia ser apenas um das válvulas para entrar dinheiro no caixa dois do PTB, e outras arrecadações também seriam controladas por Brack.
Outro nome na lista do MP, Cássio Medeiros de Abreu, seria o responsável por receber o valor da propina, cerca de R$10 mil mensais, diretamente dos donos da Reação. Ele levaria o dinheiro até Marco Antônio Bernardes, ex-assessor da secretaria de saúde. As descobertas mostram que Bernardes agiria como um ‘laranja’ de Carlos Brack. Brack teria o direto na Secretaria de Saúde e controlaria os contratos da pasta. Os recursos arrecadados financiariam futuras campanhas de candidatos do PTB, inclusive de Eliseu Santos nas eleições de 2010.
A denúncia do MP foi possível graças à investigação de escutas telefônicas que elucidaram o esquema Reação. Houve ainda uma carta anônima recebida pelos promotores, que apesar de não ser considerada uma prova em si, abriu caminho para novas diligências.
O MP trata o assassinato como um crime de vingança e uma queima de arquivo, encomendada por Brack e Bernardes junto com os donos da Reação. O ex-secretário Eliseu Santos teria tido divergências com Bernardes ao saber das propinas.
A empresa de segurança Reação pertenceria a Jorge Renato Hordoff de Mello, ex-soldado da Brigada Militar, e Marcelo Machado Pio. Os donos da empresa teriam sido obrigados por Bernardes a pagar uma mensalidade de R$10 mil para continuarem responsáveis pela segurança de postos de saúde.
O contrato com a prefeitura venceu em fevereiro de 2009, como uma nova licitação ainda não tinha sido realizada, a propina garantiria um convênio emergencial.
Além da quantia paga, outros pequenos agrados seriam feitos pela Reação; como doação de combustível e empréstimo de veículos para uso de Bernardes. No final de cada mês, Hordoff aria o dinheiro para Cássio Abreu, que rearia a Bernardes, que, por sua vez, deveria colocar o dinheiro a disposição de Brack, no controle do caixa dois do PTB.
Após o afastamento de Bernardes da Secretaria da Saúde e da revelação de parte do esquema pela câmara de vereadores de Porto Alegre, em maio de 2009, a empresa teve seu contrato emergencial suspenso, não conseguiu novos serviços e faliu com prejuízos avaliados em um milhão de reais.
Para o MP foram os donos da Reação que contrataram bandidos de uma quadrilha de roubos a carro para ass Eliseu Santos.
Na noite de 26 de fevereiro, três comparsas atacaram o ex-secretário na Rua Hoffman, bairro Floresta. Eliseu Santos estava saindo de um culto religioso, acompanhado da mulher e da filha de seis anos.
Armado, ele trocou tiros com o trio. Um dos criminosos, Eliseu Pompeu Gomes, acabou acertando quatro tiros em Eliseu Santos, sendo um no coração. Segundo a perícia, este ferimento levou o ex-secretário à morte.
Eliseu Pompeu Gomes, e seus parceiros, Fernando Júnior Krol, que abordou a vítima junto com Gomes, e o motorista da quadrilha, Robinson Teixeira dos Santos, fugiram do local.
Gomes foi ferido pelos tiros de Eliseu Santos. A partir do sangue coletado na cena do crime a polícia chegou a seu paradeiro. Pela denúncia do MP a ação foi premeditada, inclusive haveria um ‘observador’, Marcelo dias Souza, identificado através de câmaras de segurança de um supermercado.
Souza estaria no local para averiguar o sucesso do plano criminoso.
O irmão de Pompeu Gomes, Jonatas Pompeu Gomes, atualmente cumprindo pena no Instituto Penal de Viamão, teria trabalhado na Reação, possivelmente como segurança de Hordoff.
Seria através de Jonatas que Hordoff conheceu o bandido e contratou o serviço da quadrilha.
Por outro lado, a Polícia Civil segue convicta de que a versão de crime encomendado não condiz com a realidade. Para a polícia, trata-se de um latrocínio.
Os três assaltantes, figuras suspeitas de outros roubos na região, tentaram praticar um roubo de carro. Surpreendidos pela reação de Eliseu Santos, fugiram após a troca de tiros sem levar o automóvel.
A tese de latrocínio está baseada na rápida investigação policial, que junto com provas técnicas, como o exame de DNA de um dos bandidos, levou a prisão de Eliseu Gomes e Fernando Krol em menos de uma semana.
Há também a conclusão da perícia sobre a troca de tiros. Segundo os dados a ação não corresponde a uma execução. Para a Delegacia de Homicídios, os tiros foram disparados a uma distância muito grande, mais de 10 metros, e os posicionamentos dos tiros demonstram que os bandidos ficaram atordoados com a reação da vítima.
Robinho
A prisão dos ladrões e seus depoimentos, onde todos negam que foram contratados por alguém, negam que conhecem pessoas ligadas a Eliseu Santos ou a empresa Reação, abonariam o caso como latrocínio.
O último dos três envolvidos diretamente no assassinato foi capturado no dia 26 de abril, numa operação comandada pela Delegacia de Roubos de Veículos, que desarticulou uma quadrilha de roubo de carros. Robinson dos Santos, o Robinho, foi reconhecido como o motorista do trio que matou Eliseu Santos.
A prisão de Robinho gerou uma nova evidência para a Polícia Civil. Em um vídeo gravado Robinho aparece conversando com o Delegado Heliomar Franco. O suspeito confirma que a ação do dia 26 de fevereiro foi um assalto mal sucedido.
O vídeo fora gravado sem que Robinho soubesse, mas teve aval da juíza que cuida da operação que levou a prisão de quadrilha de roubo a veículos.
Na Polícia Civil o vídeo é mais uma prova do latrocínio. Já os promotores que cuidam do caso Eliseu prometem contestar a validade da gravação como prova. O promotor Eugênio Amorim chegou a declarar publicamente que a gravação parece um teatro montado.
Apesar de defender a tese de latrocínio, algumas pessoas na polícia relatam que a cúpula da corporação recebeu pressões para encerrar o caso o mais rápido possível. A ideia geral é de que a investigação policial foi competente – provas técnicas e diligências levaram a rápida captura dos assassinos, e a construção de cena do crime, identificando como tudo aconteceu.
Houve, porém, uma interrupção na busca de possíveis conexões para o crime. Com a hipótese de latrocínio pronta, todas as outras foram abandonadas.
Um dos pontos já contestados pelo MP é a possível ligação de Hordoff com policiais do DEIC. Ex-Pm, Hordoff serviria de informante para a polícia. O ex-soldado, reformado desde fevereiro de 2008, trabalhou em 2007 na Secretaria da Justiça e por um período fora cedido para o departamento de inteligência da Polícia Federal no RS. Como Hordoff já teria ajudado em inúmeras operações, alguns agentes do DEIC poderiam estar constrangidos de investigar um antigo informante.
A recente queda do Chefe de Polícia, delegado João Carlos Martins, corrobora com a hipótese de possíveis pressões, inclusive políticas, sofridas pela corporação.
Alguns delegados não ficaram contentes com Martins devido a um posicionamento considerado discreto na defesa do inquérito que apontou o caso Eliseu como latrocínio.
Ainda que o sumiço de uma arma do chefe dentro de instalações policiais tenha sido registrado como o principal motivo do pedido de afastamento feito pelo delegado Martins, as divergências entre a tese da Polícia Civil e o MP também ajudaram na troca de comando.
O advogado dos três filhos de Eliseu, Marcelo Bertoluci, que possivelmente atuará como assistente de acusação no caso, acredita na tese de crime encomendado. Bertoluci não desqualifica o trabalho policial, mas confia no aprofundamento do caso feito pelo MP.
Nos últimos meses antes do assassinato, Eliseu Santos estava no centro de escândalos ligados a sua pasta. No dia do crime os donos da Reação haviam sido denunciados pelo esquema de propina. Eliseu seria testemunha chave no processo.
Ele também seria ouvido pela Policia Federal em relação ao caso Sollus, que investiga desvio de cerca de 9,6 milhões de reais do programa Saúde da Família da secretaria municipal.
Devido aos escândalos, Eliseu Santos estaria com as relações com companheiros do PTB abalada. O secretário era conhecido por sua personalidade forte e sua postura combativa, não fugia de uma briga.
A viúva Denise Goulart da Silva relatou que nos últimos dias o ex-secretário andava muito nervoso, e que recebera ameaças de morte.
Eliseu Santos andava armado e teria avisado familiares que iria reagir caso fosse de alguma maneira agredido.
No momento do crime a viúva estava com a filha dentro do carro e em seu depoimento ao MP disse que apenas ouviu os disparos, não sabe dizer quem atacou primeiro.
Para a família parece ter ficado a certeza de que Eliseu foi morto porque sabia demais.
Tiago Baltz – 04 de Julho de 2010

Por que caiu o chefe de polícia? 4e593

O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Elvino Bohn Gass, cobrou do governo do Estado esclarecimentos sobre a inesperada queda do chefe de Polícia, João Carlos Martins.
O parlamentar considera que o desaparecimento da arma do chefe da corporação, como foi noticiado pela imprensa, embora seja um fato inusitado, não explica a saída repentina do comandante da Polícia Civil.
“É preciso que o governo se manifeste de forma clara sobre o episódio, sob pena de aumentar ainda mais a sensação de insegurança que paira sobre a população”, justificou o deputado.
Ele considerou “preoocupante” a “dança das cadeiras na segurança pública”. Desde o início do governo Yeda, foram três secretários (Enio Bacci, José Francisco Malmann e Edson Goulart), quatro comandantes da Brigada Militar (Edson Ferreira Alves, Nilson Nobre Bueno, Paulo Mendes e João Carlos Trindade Alves) e dois chefes de Polícia (João Carlos Martins e Pedro Rodrigues).
Além disso, a Casa Militar teve cinco chefes diferentes (Dalmo Itaboraí dos Santos, Edson Alves, João Batista Gil, Joel Prates Pedroso e João Oliveira Quevedo) e a Susep, quatro superintendentes (Sérgio Fortes, Antônio Bruno Trindade, Paulo Roberto Zietlow e Mário Santa Maria).
“Uma rotatividade desta ordem torna, pela descontinuidade, impossível a implantação de uma política de segurança pública séria”, ponderou Bohn Gass.

Caso Eliseu: saia justa na polícia (e na imprensa) 6l1d6k

Ao concluir em 17 dias o inquérito, dando por esclarecido o assassinato do secretário municipal da saúde, Eliseu Santos, a polícia civil de Porto Alegre mereceu rasgados elogios da imprensa local, principalmente do jornal Zero Hora, que chegou a qualificar o trabalho policial como “a mais técnica” das investigações já feitas no Estado.
Agora quatro promotores refizeram as investigações e concluíram que, ao contrário da convicção policial, o crime não foi latrocínio. Foi uma execução, morte encomendada.
Mesmo que ao final de tudo não se chegue ao cabal esclarecimento do caso, já que são muitos os interesses em jogo, só os elementos que os promotores agregaram ao processo já deixa a polícia de saia justa. E também a imprensa, porque engoliu sem matigar a versão policial, apesar das muitas evidências em contrário.
Em troca de informações pretensamente “privilegiadas” da fonte policial, a imprensa não questionou sequer o esdrúxulo “segredo de Justiça” para o caso.
Deixou completamente de lado as ameaças de morte a Eliseu, que foram mencionadas formalmente na Câmara de Vereadores e registradas na polícia federal.
Não deu bola à proposta de I na Câmara e, ao deixar de lado todas essas evidências, praticamente enterrou qualquer possibilidade de investigar as denúncias gravíssimas envolvendo servidores públicos e prestadores de serviços ao poder público municipal.

Caso Eliseu: quantas perguntas ficaram sem resposta? 5u2526

Elmar Bones.
Chamo de “jornalismo ivo” essa pratica, dominante na nossa imprensa, de produzir notícias com base somente em declarações de fonte oficial, a chamada autoridade.
É uma pratica que vem dos tempos da ditadura e se mantém por várias razões, todas de conveniência para os grandes grupos de mídia. Fazer um jornalismo oficioso é cômodo até por questões de custos.
No fundo, é nocivo para o jornalista, enganoso para o leitor/eleitor e incalculavelmente danoso para a sociedade que se pretende democrática.
Aí está o Caso Eliseu, como exemplar porque envolveu um homem público, de grande notoriedade. Toda a cobertura foi baseada nas informações dadas pela polícia.
Está bem, digamos que a polícia realmente esclareceu o crime, apontou os culpados e já apanhou dois deles. Gol.
Do ponto de vista da investigação policial, caso encerrado. Mas, quantas perguntas ficaram sem resposta?
Pela versão consagrada, Eliseu foi morto porque reagiu. Ele reagiu porque andava predisposto, se dizia ameaçado. Quem andava ameaçando o secretário da saúde? Que ameaças eram essas?
O noticiário mencionou nos primeiros dias numa empresa de segurança que teria contrato com o município para manter guardas nos postos de saúde e que Eliseu estaria tentando substituir. Isso ficou esclarecido? Não é um bom “gancho” para falar dessas terceirizações que propiciam contratos milionários?
Os brigadianos que fizeram a ocorrência, quando um dos criminosos foi atendido no hospital em Esteio, ainda não tinham recebido qualquer informação. A que horas foi isso?. Não há um sistema de comunicação entre as polícias?
Segundo a polícia, grupos especializados em roubo de carros, com base em Sapucaia, agem há cinco na Floresta e outros bairros da capital naquela região. Cinco anos? O que tem sido feito, se as ocorrências quando envolvem pessoas comuns são apenas registradas, quando o são?
Enfim, são muitas as respostas que a polícia talvez não queira ou não possa dar, mas que a um jornalismo ativo caberia continuar buscando.

Caso Eliseu: cobertura só com informações da polícia 6u3q6x

Apesar do comovente esforço dos repórteres da Zero Hora (edição desta quinta, 4), o trabalho da polícia no esclarecimento do assassinato do secretário Eliseu dos Santos está longe de ser uma façanha.
Levar cinco dias para descobrir a identidade de um criminoso que deixou um rastro de sangue de 200 metros e, uma hora depois, deu entrada num hospital a 40 quilômetros do local do crime – não pode sequer ser considerado um exemplo de eficiência.
Considere-se que o rapaz ferido com dois tiros, uma bala ainda no corpo, teve atendimento médico e foi identificado por dois brigadianos aos quais contou uma mentira, mas deixou endereço e telefone corretos.
Ninguém suspeitou de sua pressa de ir embora, mesmo com uma bala na perna? Os brigadianos da região metropolitana não foram informados do crime?
Na madrugada do crime, as rádios já informavam que um homem ferido havia sido atendido num hospital da região metropolitana. Mas, segundo o jornal, os agentes da Delegacia de Homicídio tiveram que fazer uma “varredura” para localizar a ocorrência.
Dizer que foi uma das “mais rápidas e científicas investigações da crônica policial gaúcha” porque foi feito um exame de DNA! Destacar, como prova de eficácia, o isolamento do local do crime por 12 horas!
Dá para entender o esforço para agradar a policia, em repórteres que dependem dos policiais para obter as informações…
Não dá para entender que repórteres experientes em pleno 2010 ainda trabalhem só com base nas informações da polícia… E se apressem a engolir uma versão que dá por resolvido um crime em que nenhum suspeito ainda foi preso…
Se o assassinato de Eliseu Santos foi mesmo, como diz a polícia, praticado por delinquentes amadores que queriam roubar o seu carro, o que fica muito claro é que temos um esquema de segurança ineficiente. E uma imprensa tão amadora quanto os ladrõezinhos que mataram o secretário.

A tarefa finda 5s381w

Por Wanderley Soares
Nesta altura dos acontecimentos, os membros do Tribunal Militar do Estado devem homenagear o poetinha Vinicius e declamar: “Que não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja infinito enquanto dure.”
A encaminhada extinção do Tribunal Militar do Estado que, da minha torre, sempre considerei e considero como o Tribunal da Brigada Militar, propo-sição do Tribunal de Justiça à Assembléia Legislativa, é, virtualmente, um fato irreversível. No entanto, a cúpula da corte brigadiana deverá usar do direito da plenitude do seu direito de espernear junto, ao Legislativo gaú-cho, na tentativa de obstaculizar uma decisão que tem o apoio de mais de 80% dos magistrados. Para os conselheiros que freqüentam o recanto deste humilde marquês, tenho dito que a missão do Tribunal da Brigada foi bem realizada, mas de há muito deveria ser dada como finda. Além do alto custo em relação aos acanhados serviços que presta, há paradigmas em sua estru-tura que são heréticos para o menor dos conhecedores das ciências sociais e jurídicas. Por exemplo: o atual presidente deste tribunal, ao ser eleito, ainda não tinha sido contemplado com o diploma de bacharel em direito. Sigam-me.
Rebenque
Embora a extinção do Tribunal da Brigada venha a causar alguns traumas pessoais e/ou profissionais, não se trata de um ineditismo. Uma rápida o-lhada na história do judiciário brasileiro e isso fica perfeitamente esclareci-do. Recentemente, no RS, durante a gestão (1996-1998) na presidência do Tribunal de Justiça do ilustrado desembargador Adroaldo Furtado Fabrício, de personalidade blindada, foi extinto pelo Órgão Especial, por 13×12, o Tribunal de Alçada, do qual ainda existem viúvas. O presidente atual do TJ/RS, Armínio da Rosa, ingressa na história com uma vitória de rebenque erguido, pois 23 dos 25 desembargadores do Órgão Especial votaram pela extinção da corte brigadiana.
Efetivo
Dependendo do diálogo do Executivo com o Legislativo, a Brigada Militar, em breve, deverá contar com mais 800 profissionais que poderão entrar em serviço imediatamente. Trata-se do retorno ao serviço de PMs reservistas largamente experientes e nada barrigudinhos. Amanhã, inclusive, às 14h, grande parte desses PMS deverá estar na frente do Piratini. Nesta hora, a governadora Yeda Crusius irá se pronunciar sobre a decisão no Salão Ne-grinho do Pastoreio, quando deverá estar presente o comandante-geral da Brigada Militar, coronel João Carlos Trindade Lopes.
Cigarro
Quatro homens armados roubaram uma carga com pacotes de cigarros na vila Vargas em Esteio. Eles fizeram o motorista da caminhonete refém e o liberaram meia hora depois.
Banco
Dois homens armados assaltaram uma agência bancária no Centro de Ben-jamin Constante do Sul, no Norte do estado. Os clientes que lá estavam ti-veram o seu dinheiro roubado. A dupla usou uma motocicleta roubada momentos antes na RS- 480.
Execução
O proprietário de um bar foi executado, ontem, no bairro Belém Velho, zo-na Sul da Capital. Testemunhas relataram à Brigada Militar que três ho-mens em um veículo Apolo, de cor prata, chegaram ao local e dispararam contra Everaldo Peixoto Pereira. A polícia trabalha com as hipóteses de assalto, ou acerto de contas. A mulher da vítima, Sueli de Santos Pereira foi baleada no pé esquerdo.

A queda de Pedro 2g727

Por Wanderley Soares
Entre outras, Deus é testemunha de que mantive informado o público desta coluna sobre a sucessão de episódios que encaminharam a queda do chefe da Polícia Civil gaúcha, Pedro Carlos Rodrigues. E assim o fiz graças à visão que tenho da minha torre sobre a área da segurança e também pelas visitas que, em horas incertas, recebo dos meus conselheiros.
Pedro caiu e, desde o final da tarde de quinta-feira, 30, nome do chefe de todos os policiais civis gaúchos está no bolso do colete do titular da pasta da Segurança, Edson Goularte, que manteve reunião fechadíssima com a governadora Yeda Crusius no Palácio Piratini.
A quinta-feira terminou com cinco nomes de delegados listados para concorrer à cadeira de Pedro: Álvaro Steigleder; Walter Waigner, João Paulo Martins, Gilberto da Rocha e Paulo Cesar Jardim. Do grupo, o mais operacional é Steigleder cujo estilo é comparado ao do ex-comandante geral da Brigada Militar coronel Paulo Roberto Mendes. A verdade é que os cinco nomes tem grande prestígio na categoria dos delegados, mas o escolhido só será revelado hoje, às 10h, no Piratini.
É preciso que fique registrado na história que Pedro caiu. Ele não foi derrubado. Ao retardar o rigor na apuração de atitudes do ex-chefe de polícia, delegado Luiz Fernando Tubino, que culminaram por tisnar a idoneidade da governadora, Pedro perdeu as graças do Piratini de forma irreversível.
As conspirações que surgiram para sucedê-lo ocorreram após o caso Tubino. Antes, Pedro tinha prestígio pleno em sua cadeira.
CAPITÃES
Hoje, às 10h, no auditório da Academia de Polícia Militar, ocorre a formatura de encerramento do Curso Avançado de istração Policial Militar 2008. Estarão se formando 30 capitães. Doram classificados nos primeiros três lugares os capitães Fernando Gralha Nunes, Everton Borges Paganella e Paulo Henrique Monteiro de Oliveira, respectivamente. Todos os formandos estão credenciados para serem promovidos ao posto de major.
BOMBA
Um menino de sete anos morreu na explosão de uma bomba caseira em uma casa no município de Alvorada. Eduardo Sousa de Oliveira estava na casa da avó, no bairro Jardim Porto Alegre, quando o artefato explodiu em sua mão. Ele teve um braço arrancado e foi atingido por estilhaços no corpo. O responsável pela bomba, Nilmar Cassimiro, tio da vitima Eduardo foi preso. A estupidez, como tudo no homem, é insondável e, por isso, imprevisível.
FAMÍLIA
Um jovem de 23 anos, numa diligência do 15º BPM, foi preso ao ser interceptado dirigindo um carro Parati em cujo interior foi apreendido 1kg de cocaína. No mesmo carro, o bandido levava sua mulher e um bebê de 10 meses – filho do casal – o que dava a impressão de um eio de uma pequena família feliz.
CRIME E CASTIGO
Ao sofrer uma tentativa de assalto, um PM à paisana matou dois bandidos, na noite de quarta-feira, na Vila Formosa, em Alvorada. Os assaltantes foram identificados como Arion Gonçalves Dias, 25 anos, e Cleiton Lopes da Rosa, 18 anos. O PM foi abordado pela dupla que tentou levar a sua motocicleta. Quando um dos assaltantes sacou uma pistola de brinquedo o policial reagiu disparando 12 tiros. O policial foi ouvido e liberado durante a madrugada.
[email protected]