Com 2 900 metros de comprimento, a nova ponte sobre o Guaíba terá a altura justa para permitir a livre navegação (três vãos de 36 metros de altura por 143 metros de largura) e não atrapalhar a aviação (gabarito máximo de 54 metros). Reclamada há mais de 10 anos, a obra promete ser a solução para o maior gargalo rodohidroviário da região metropolitana, que entope toda vez que o tráfego de veículos na ponte Getulio Vargas é interrompido para a agem de um barco, o que acontece pelo menos duas vezes por dia. Nesse trecho circulam 55 mil veículos rodoviários/dia. A obra exigirá a construção de mais 4 400 metros de os, viadutos e duplicações de pistas – a maior parte na margem do Saco do Furadinho, à altura da Rua Dona Teodora, onde será construído um emaranhado de vias, cerca de um quilômetro ao norte da cabeceira da atual ponte. A outra extremidade da obra vai aterrissar na Ilha das Flores, onde vai se juntar às BR-116 e 290, que ligam a capital com o sul e o oeste do Estado. Segundo o anteprojeto do Departamento Nacional deInfraestrutura de Transportes (DNIT), apenas a ponte sobre o Saco da Alamoa será duplicada. O ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo, favorável à realização urgente da obra com recursos da União, acha indispensável duplicar também a ponte sobre o Jacuí (1 750 metros). “Se isso não for feito, vamos apenas mudar o local do congestionamento”, diz Severo, lembrando que essa duplicação já devia ter sido feita pela concessionária da rodovia com os recursos captados com os pedágios. Com a Concepa fora do projeto, o ex-ministro recomenda pressa para aproveitar a boa vontade da presidenta da República em fazer a obra, que vem sendo retardada por vários fatores — o último foi a greve de dois meses dos funcionários do DNIT. “Tão cedo não vamos ter uma presidência simpática ao Rio Grande do Sul”, avisa Severo, salientando que agora não estão faltando recursos. Para assentar seus pilares na Ilha Grande dos Marinheiros, a nova ponte vai atingir em cheio o galpão de reciclagem de lixo da comunidade local. O reassentamento de 850 famílias deverá ser feito pela Prefeitura de Porto Alegre com recursos do DNIT, que realizará a obra pelo Regime Diferenciado de Contratatações (RDC), criado por decreto de outubro de 2011. Assim a obra será tocada por um único consórcio que apresente o projeto básico e o projeto executivo (prazo: seis meses) e responda pela construção por preço fixo, sem direito a aditivos, no prazo de 36 meses. Segundo as normas do RDC, o valor da obra é mantido em segredo, mas por estimativas anteriores feitas ao longo dos anos a última cifra estava em torno de R$ 900 milhões. “Esperamos que fique abaixo disso”, disse o engenheiro Carlos Alberto Vieira, coordenador do anteprojeto do DNIT, em conversas com repórteres presentes à audiência pública realizada no dia 2 de outubro em Porto Alegre diante de uma centena de pessoas. 1b2q5z
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Nova Ponte do Guaíba ganha frente parlamentar na Câmara Municipal 3l696y
Com o objetivo de acompanhar, discutir e propor a construção da segunda ponte que ligará Porto Alegre a Região Sul do Estado, a Frente Parlamentar Pró-Nova Ponte do Guaíba foi instalada na Câmara Municipal de Porto Alegre na tarde desta sexta-feira (16). Os trabalhos serão presididos pelo vereador Carlos Toeschini (PT) e terão o acompanhamento de mais 20 vereadores.
Todeschini esclareceu que pretende realizar encontros periódicos com as comunidades do entorno da obra. “Quero travar debates permanentes através de audiências públicas com as comunidades afetadas fazendo com que sejam coparticipantes das definições”, disse o vereador ressaltando que atualmente a atual ponte realiza 600 içamentos por ano. “Necessitamos urgente de uma segunda alternativa para acabarmos com esse gargalo que afeta diretamente essa região do Estado”.
No encontro, o diretor da Concepa, Odenir Sanches, explanou proposta que será apresentada ao governo federal para construção da ponte. Ele disse que, caso seja aceito o projeto da concessionária, em três anos a ponte deverá estar pronta. “Com um custo aproximado de R$ 900 milhões, creio que em três anos entregaremos a ponte à comunidade gaúcha”, disse ele. Contudo, caso o governo federal encampe a proposta, o tempo para construção da ponte será de sete anos.
Participaram da instalação da Frente os deputados federais Paulo Pimenta (PT), Danrley de Deus (PTB), representantes da Famurs, ANTT, além de diversas autoridades ligadas ao tema.
Os vereadores Reginaldo Pujol (DEM), Luciano Marcantônio (PDT), Mauro Zacher (PDT), Dr. Raul Torelly (PMDB), Haroldo de Souza (PMDB), Idenir Cechim (PMDB), Sebastião Melo (PMDB), João Carlos Nedel (PP), Elias Vidal (PPS), Paulinho Rubem Berta (PPS), Toni Proença (PPS), Waldir Canal (PRB), Pedro Ruas (PSoL), Adeli Sell (PT), Maria Celeste (PT), Mauro Pinheiro (PT), Alceu Brasinha (PTB), Elói Guimarães (PTB), Nelcir Tessaro (PTB) e Nilo Santos (PTB), compõem a Frente Pró-Nova Ponte do Guaíba.