"Paulo Santana expressou visão pessoal" 68104e

Uma enxurrada de críticas ao artigo de Paulo Santana sugerindo a implosão do Mercado Público, obrigou a RBS a registrar em editorial de Zero Hora a posição da empresa, diversa da do cronista, o mais lido do jornal. “A RBS defende a imediata recuperação do prédio e discorda da proposta de implosão manifestada neste mesmo veículo pelo colunista Paulo Santana”, diz o principal editorial da edição desta terça-feira. “Santana expressou sua visão pessoal em consonância com os princípios do pluralismo de opinião e liberdade de expressão cultuados pela empresa”, completa o texto. Shopping No edição de segunda-feira, 48 horas depois do incêndio que queimou parcialmente o prédio histórico no coração da capital gaúcha, Paulo Santana escreveu em sua coluna na ZH: -“Penso que pode ser a hora propícia para a implosão do Mercado Público, semidestruído anteontem e a construção de um novo prédio, um novo Mercado Público”. Depois de equipar o mercado a “um shopping, onde se vende muita coisa variada”, o cronista aponta o que seria o maior pecado do Mercado Público, um monumento arquitetônico de 143 anos: a falta de estacionamento. -“Então, este Mercado incendiado é o único shopping do mundo que não tem estacionamento. Isso é inaceitável”. E sugere que “se imploda esse Mercado e se construa outro no local com vários andares destinados ao estacionamento…”. A reação pelas redes sociais foi violenta. O editorial foi uma resposta. Na mesma edição, Santana falou de suas lembranças do mercado, dos lugares que ali frequenta e dos produtos que adquire, “há mais de 20 anos”. Nada de implosão. [related limit=”5″] p1x1o

Polícia descarta hipótese de crime no incêndio 62e5p

O incêndio que destruiu parte do Mercado Público de Porto Alegre foi provocado por um curto circuito na instalação elétrica de um dos restaurantes no segundo andar do prédio.
Essa é a conclusão preliminar do Instituto Geral de Perícias, divulgada na tarde desta segunda-feira pelo chefe da equipe que trabalha no prédio. “Houve uma sequência de curtos”, disse o perito Rodrigo Ebert.
O laudo definitivo ainda vai demorar 30 dias.
Antes, o delegado Hilton Muller, responsável pelo caso, já havia descartado a hipótese de uma ação criminosa. A extensão dos danos é maior do que se divulgou inicialmente, quando se estimou que 10% do prédio havia sido atingido. Segundo a perícia, cerca de 20 lo jas do andar superior foram destruídas.

"É a hora propícia para implodir" 652971

O cronista mais lido do jornal de maior circulação no Estado sugere a implosão do Mercado Público após o incêndio de sábado.
O assunto desta segunda-feira em Porto Alegre é o incêndio do Mercado Público, ocorrido no sábado. O fogo queimou cerca de dez por cento da área construída. As causas ainda não são conhecidas. A recuperação parece garantida, inclusive com recursos do PAC.
Duas afirmações, no entanto, se destacam.
O vice-prefeito, Sebastião Melo, que substitui Fortunati em viagem a Brasilia, disse que “não é hora de buscar culpados” e sim de cuidar da reconstrução o mais rápido possível. Melo não explicou o que uma coisa tem a ver com a outra.
E o cronista Paulo Santana, o mais influente do Estado, propõe em sua coluna na ZH que se aproveite o incendio para implodir o prédio centenário, para erguer no local um moderno shopping com vários andares e estacionamentos. Santana não esclarece que sua sugestão é uma velha aspiração do lobby imobiliário…