O fator PRCosta paira no ar. Até quando? 1g1kc

Se a atual campanha presidencial pudesse ser comparada a uma luta de boxe em 12 assaltos, como são as disputas por título mundial, diríamos que entramos no décimo round sem que nada esteja ainda decidido. As pesquisas de intenção de voto falam de empate técnico entre as duas candidaturas mais salientes, mas há quem diga que até o dia 5/10 o ringue pode virar um valetudo, sob influência de forças interessadas em ver o circo pegar fogo Por ora, paira no ar o fator PRCosta, gerado pelo depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que resolveu colaborar com as investigações sobre maracutaias na empresa controlada pelo governo federal. O cara está falando para aliviar sua própria pena, mas pelo vazamento inicial o conteúdo pode pesar tanto no primeiro turno como no segundo, quando as duas candidaturas mais votadas estarão sujeitas aos seguintes fatores: 1 – a credibilidade pessoal de cada concorrente 2 – os respectivos índices de rejeição 3 – as alianças partidárias de ocasião 4 – os conchavos políticos de última hora 5 – o poder econômico latu sensu, no que se inclui até a compra de pesquisas 6 – a fadiga de material do PT após 12 anos de governo 7 – a força dos bolsões eleitorais formados pelas políticas de inclusão social 8 – o anseio difuso pela renovação 9 – o peso do chamado “voto evangélico” 10 – as peripécias de campanha, entre as quais avulta o comportamento da Mídia (Geraldo Hasse)   592eu

Um perigo chamado Marina Silva 4z514n

Opinião  – ENIO SQUEFF
A real possibilidade de Marina Silva se tornar presidenta do Brasil, relembra aquele filme – uma comédia inglesa do grupo Monty Python, – em que um dos protagonistas, ao trilhar por uma floresta encantada, é atacado, no pescoço, por uma lebre assassina. Há, realmente, quem pense que a candidata à presidência pelo Partido Socialista é um bichinho da Amazônia: nas circunvoluções ideológicas que tem sofrido nos últimos dias, contudo, tem-se claramente que a pele de cordeiro é ainda um bom disfarce, que lhe cabe na medida. Uma lebre com dentes de víbora. Foi assim com Collor. De repente, um governador de quinta categoria transformou-se no “caçador de Marajás”. O povo o elegeu e deu no que deu.
A opinião não é apenas de quem vota no PT, ou na esquerda. Há dois dias saiu um artigo no Estadão, lá no fundo do jornal, em que um ecologista desancou Marina sob uma alegação respeitável: quem não vota na Marina Silva é quem conviveu com a ela. Uma ególatra, diz o articulista. E elencou todas as contradições que vem se acumulando na candidata , desde que seu nome ou a ser viável para a conquista do poder no Brasil.
Há, parece, realmente, muitas razões para muitos temores. A se crer em alguns levantamentos, o entusiasmo pela ex-discípula de Chico Mendes parte principalmente de setores jovens: eles veriam uma verdade incontestável em seu discurso como “terceira via”. Eles acreditariam entusiasticamente que a mulherzinha frágil, com um discurso messiânico, seria o mais próximo do ideal para tirar o Brasil daquilo que a grande imprensa chama de pasmaceira do governo do PT. E que será sempre assim, enquanto o PT governar o Brasil – não importam os ganhos dos setores mais pobres, as obras de infra-estrutura, a descoberta e a exploração do Pré-sal, o desemprego em baixa e o país internacionalmente em alta, ou seja, exatamente a mudança de que o Brasil necessita com todos os entraves à sua transformação numa verdadeira potência democrática, e até quando isso possa existir sob o capitalismo.
De fato, evoquem-se alguns fatos e Marina Silva a a encarnar o que há de mais tradicional – e perigoso – na política brasileira. Ela era contra os transgênicos e tem como seu vice um dos mais intransigentes defensores dos transgênicos. Enquanto pertenceu ao governo Lula, atacou o agronegócio como o mal maior de um país a ser destruído por “plantadores de soja e de vacas”.
Confirmada, porém, sua ascensão vertiginosa nas pesquisas, logo tratou de procurar os ruralistas. Não seriam tão deletérios quanto a antiga musa – a ecológica – lhe cantava. Ou seja, nem mesmo o poder lhe chegou às mãos, a frágil nativa das florestas abraça-se com Kátia Abreu, até anteontem – para a candidata do PSB, – a defensora dos poderosos e opressores.
Mudou o Natal ou mudei eu? Mudaram as condições de chegar ao poder, apenas isso. Como perguntaria Bonner, o indelével âncora do Jornal Nacional da Globo: não será isso o sintoma mais evidente da transformação de Marina Silva na mais tradicional das políticas brasileiras? O tempo está a falar por si.
Enquanto isso, porém, divisam-se as muitas perguntas que é claro, não são feitas. Uma vez eleita, qual o caminho tomará a hoje candidata? Se cessar as obras de construção das hidroelétricas, como ela sempre pregou, trairá os empresários – mas se não o fizer, será a mais notável traíra dos ecologistas radicais.
As contradições evidentemente não cessam por aí. Mas a ameaça de termos um “tournant” no desenvolvimento brasileiro dos últimos anos, não parece obra de petistas ou de paranóicos de plantão. Era meridiano que Collor – sem qualquer estrutura partidária, psicológica ou intelectual – não era páreo para a complexidade de um país como Brasil.
No caso de Marina Silva e do apoio de amplos setores da juventude, pensa-se na reflexão feita pelo cineasta em seguida à primeira eleição de Silvio Berlusconi para governar a Itália. Bertolucci insistiu num tema que quase ninguém se lembra, mas que vale também para o Brasil: a questão da educação. “Falhamos na educação de nossos jovens” constatou o realizador do “Último Tango em Paris”. Foram os jovens italianos, de fato, os maiores entusiastas da eleição do homem que, como diria Walter Benjamin sobre Hitler, soube “estetizar a política” como nenhum de seus adversários à direita ou à esquerda . A se confirmar a onda Marina, como insuperável -, sem alarmismos, aguarda-se o pior, já que no Brasil o futuro sempre se afigura o pior.
Leonel Brizola, quando Collor recebeu o “Impeachment”, com a sua indiscutível sagacidade – à parte seus inúmeros defeitos – assacou uma conclusão irreprochável. Disse das elites brasileiras que eram suficientemente irresponsáveis, para toparem qualquer coisa, desde que contra a esquerda.
Há outros aspectos, evidentemente. Por mais que a tese da morte de Eduardo Campos como fruto de um conluio internacional, seja o que de mais próximo temos da “teoria da Conspiração”, uma coisa é certa. Foi a partir da morte de Eduardo Campos que Marina Silva – sem partido, sem reais condições de ascender ao poder como vice do ex-governador pernambucano, – alcançou a condição inequívoca de disputar a presidência. Como diz o ditado italiano, “se non è vero, è bene trovato”…
A isso, porém, se alia o que até agora é um boato. Uma vez eleita, Marina Silva, comenta-se, convidaria o indefectível Joaquim Barbosa para o Ministério da Justiça. Com isso, se fecharia o circo. Do homem que conseguiu gravar na opinião pública de que o PT seria o partido mais corrupto do Brasil, pode-se dizer muita coisa – uma é de que seria realmente um justiceiro. Agiu como tal, pouco  se importando o quanto a comunidade negra deve aos governos Lula e Dilma na tentativa de eliminar a injustiça histórica contra a discriminação de que são alvos os negros brasileiros, ainda hoje cidadãos de segunda categoria na sociedade brasileira. Ah, mas ele condenou os culpados e isso mostra o quão foi justo. É um bom argumento, desde que não se discuta a sério o tal processo do “Mensalão”. E desde que não se constate que este mesmo homem justo (?) fez-se de cego, surdo e mudo perante o escândalo muito maior, (um bilhão de reais) perante o comprovado crime de roubo do metrô de São Paulo, a envolver muitos tucanos da mais fina estampa. Não mexeu uma palha para desvendar o caso. E não apenas para não compensar, mas como presidente do Supremo, regalou-se em todo o tipo de violência contra os réus – especialmente José Dirceu e José Genoíno – palavras da OAB e de inúmeros juristas, inclusive claramente de direita, como Ives Gandra Martins e Cláudio Lembo.
Deste personagem, enfim, pode se dizer que nunca, em tempo algum a direita brasileira, principalmente os partidos de oposição, deveram tanto a uma pessoa quanto a ele, Joaquim Barbosa. O hoje aposentado ex-presidente do STF conseguiu cuspir na mão que o afagava e cravou no partido que se preocupou com os direitos dos negros, a pecha de “o mais corrupto”da história recente do País. Concluir que, com Marina Silva, ele se completa na história assustadora que vem por aí, pode ser mero alarmismo de um homem de idade provecta que já viu muita coisa neste país – não será, porém, uma mera hipótese. Quem conhece os dois personagens sabe do que são capazes. É rezar para que não assumam o poder. E não descurar do óbvio: há quem se interesse que o Brasil e a ser uma nação de segunda categoria como o nosso complexo de vira-latas sempre pregou. Se eleita Marina Silva, o pior estará se desenhando sem meias tintas. Os sobreviventes verão.
A propósito, seria de se criticar o PT e a sua pífia campanha eleitoral no Brasil.
Mas isso é outra história.

"Supremo condenou Dirceu sem provas", diz Gandra 2t31p

O jurista Ives Gandra Martins, 78 anos de idade e 56 de advocacia, é um conservador e sempre esteve no lado oposto ao PT nos debates políticos. Em entrevista a Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo, ele afirma que José Dirceu “foi condenado sem provas”.
Gandra alerta que a teoria do domínio do fato, adotada de forma inédita pelo Supremo Tribunal Federal para condenar Dirceu, traz uma insegurança jurídica “monumental”.
“O domínio do fato é novidade absoluta no Supremo. Nunca houve essa teoria. Foi inventada, tiraram de um autor alemão, mas também na Alemanha ela não é aplicada. E foi com base nela que condenaram José Dirceu como chefe de quadrilha [do mensalão]. Aliás, pela teoria do domínio do fato, o maior beneficiário era o presidente Lula, o que vale dizer que se trouxe a teoria pela metade.”
A Folha liberou a entrevista para não s. O link é este.

Vereador Adeli não será canditado a prefeitura da Capital 14v41

O vereador de Porto Alegre Adeli Sell, presidente municipal do PT, anunciou em nota oficial que não irá concorrer para as eleições municipais de 2012. Na nota, Adeli diz que pretende concentrar seus esforços na coordenação do processo de escolha do candidato do partido para a disputa da prefeitura de Porto Alegre.
Com isso, as possibilidaes do PT para a prefeitura de Porto Alegre restringem-se, há dois nomes declarados à candidatura: os deputados estaduais Raul Pont e Adão Villaverde, atual presidente da Assembleia Legislativa. Mas, além dos apoiadores dessas candidaturas, há setores no PT que defendem o apoio à candidatura da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) e os que querem apoiar o atual prefeito José Fortunati (PDT). Segue a íntegra da nota de Adeli Sell:
“Peço desculpas por não poder ser o teu candidato a prefeito”
“Desde a última eleição, muitas pessoas me procuraram e me pediram para eu ser o candidato do PT em 2012, seja pela minha trajetória ao longo dos últimos 15 anos de mandato como vereador da cidade; pela agem exitosa que tive pela Smic; ou pela condução singular que desempenho na presidência do partido. Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer a todas(os) que apoiaram a minha pré-candidatura, seja através de E-mail, reuniões, agendas e redes sociais.
Meu pedido de desculpas se justifica porque envolvi muitas pessoas no processo, de dentro e de fora do partido, dedicando algum grau de frustração àqueles que queriam ver um nome atuante no cotidiano da cidade entre os candidatos ao Executivo Municipal. Sempre pautei minha vida pela agenda pública, me submetendo às decisões do partido. Por isso, em nome da unidade e do projeto partidário optei por retirar o meu nome da disputa.
Cabe a mim, agora, presidindo o partido com isenção como sempre fiz, tentar reunir todos (as) em torno do vencedor do pleito interno do dia 3 de dezembro; coordenar o processo para que possamos, com ousadia e campanha eficiente, voltarmos ao Paço Municipal, construindo junto com os demais companheiros de partido nosso plano de governo, no qual mostraremos que há vários caminhos para um processo de modernização da Capital.
Como coordenador deste processo, quero ajudar a equipe de preparação de nosso programa mostrando que é possível garantir saúde para todos com uma nova gestão; que é possível garantir segurança, fazendo parceria com o governo estadual e federal, com políticas eficazes de combate ao crime e pela inclusão social, concomitantemente. Quero apontar todos os meios para fazer o trânsito fluir, dando atenção especial a obras que desobstruiriam vias, como trataria de forma alternativa o transporte coletivo de massas, dentre muitas outras ideias que tenho para a nossa cidade.
Assim, peço desculpas e, ao mesmo tempo, paciência e empenho na jornada que sempre é contínua, como é também meu trabalho, minha postura ética e minha coragem”.
O Final de semana também foi de decisão em outros partidos: os diretórios estaduais de PDT, PCdoB e PPS elegeram dirigentes.

PDT – O Prefeito de Osório, Romildo Bolzan, foi reconduzido ao cargo de presedente da silga no Estado. A tarefa prioritária do PDT será reeleger o Prefeito José Fortunatti.
Acordo selado nas últimas semanas, resultou numa chapa de consenso para o diretório e a executiva do partido. Presidente – Romildo Bolzan Júnior, reeleito; Secretária Geral – Deputada Juliana Brizola, Tesoureiro – Márcio Bins Ely.
PCdoB – Adalberto Frasson foi confirmado Presidente da sigla em Porto Alegre, para coordenar a campanha da Deputada Manuela D’Ávila a Prefeita. No comando estadual, ficará o Deputado Raul Carrion.
O governador Tarso Genro, que participou da convenção do PCdoB, defendeu o apoio do PT à candidatura da deputada federal Manuela D’Ávila para a prefeitura de Porto Alegre.
PPS – O Deputado Luciano azevedo, assumirá o cargo de Presidente Estadual do PPS.

Eleita Mesa da Câmara para 2011 6b6e11

A vereadora Sofia Cavedon (PT) foi eleita ontem (15/12) para presidir a Câmara Municipal de Porto Alegre em 2011. Reeleita para o terceiro mandato, ela foi vice este ano.
A chapa única foi votada ontem por 36 vereadores. A posse da nova Mesa Diretora será  no dia 3 de janeiro.
Mesa Diretora 2011:
Presidente: Sofia Cavedon (PT)
1. Vice-presidente: DJ Cassiá (PTB)
2. Vice-presidente: Mário Manfro (PSDB)
1. Secretário: Toni Proença (PPS)
2. Secretário: Waldir Canal (PRB)
3. Secretário: Adeli Sell (PT)
Na mesma sessão, foram indicados os nomes dos líderes partidários e a composição das seis comissões permanentes da Casa, com a eleição de presidente e vice-presidentes, para 2011.
Também foram escolhidos os 19 parlamentares que devem participar das reuniões da Comissão Representativa que se reunirá durante o recesso parlamentar a partir de 4 de janeiro, sempre às quartas e quintas-feiras pela manhã.