Usuários do parque buscam informações e3d3r

O Conselho dos Usuários do Parque Farroupilha (Redenção) vai pedir informações à Secretaria de Meio Ambiente sobre a estrutura montada no parque para divulgar a reforma gráfica e editorial do jornal Zero Hora, que completa 50 anos. Querem saber: quanto tempo as instalações vão ficar no local e quais as contrapartidas para o parque, que vive à mingua de recursos. Segundo uma fonte não oficial, a permissão é por 90 dias e o processo não ou pela SMAM. 66xj

"Paulo Santana expressou visão pessoal" 68104e

Uma enxurrada de críticas ao artigo de Paulo Santana sugerindo a implosão do Mercado Público, obrigou a RBS a registrar em editorial de Zero Hora a posição da empresa, diversa da do cronista, o mais lido do jornal.
“A RBS defende a imediata recuperação do prédio e discorda da proposta de implosão manifestada neste mesmo veículo pelo colunista Paulo Santana”, diz o principal editorial da edição desta terça-feira.
“Santana expressou sua visão pessoal em consonância com os princípios do pluralismo de opinião e liberdade de expressão cultuados pela empresa”, completa o texto.
Shopping
No edição de segunda-feira, 48 horas depois do incêndio que queimou parcialmente o prédio histórico no coração da capital gaúcha, Paulo Santana escreveu em sua coluna na ZH:
-“Penso que pode ser a hora propícia para a implosão do Mercado Público, semidestruído anteontem e a construção de um novo prédio, um novo Mercado Público”.
Depois de equipar o mercado a “um shopping, onde se vende muita coisa variada”, o cronista aponta o que seria o maior pecado do Mercado Público, um monumento arquitetônico de 143 anos: a falta de estacionamento.
-“Então, este Mercado incendiado é o único shopping do mundo que não tem estacionamento. Isso é inaceitável”. E sugere que “se imploda esse Mercado e se construa outro no local com vários andares destinados ao estacionamento…”.
A reação pelas redes sociais foi violenta. O editorial foi uma resposta. Na mesma edição, Santana falou de suas lembranças do mercado, dos lugares que ali frequenta e dos produtos que adquire, “há mais de 20 anos”. Nada de implosão.
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"É a hora propícia para implodir" 652971

O cronista mais lido do jornal de maior circulação no Estado sugere a implosão do Mercado Público após o incêndio de sábado.
O assunto desta segunda-feira em Porto Alegre é o incêndio do Mercado Público, ocorrido no sábado. O fogo queimou cerca de dez por cento da área construída. As causas ainda não são conhecidas. A recuperação parece garantida, inclusive com recursos do PAC.
Duas afirmações, no entanto, se destacam.
O vice-prefeito, Sebastião Melo, que substitui Fortunati em viagem a Brasilia, disse que “não é hora de buscar culpados” e sim de cuidar da reconstrução o mais rápido possível. Melo não explicou o que uma coisa tem a ver com a outra.
E o cronista Paulo Santana, o mais influente do Estado, propõe em sua coluna na ZH que se aproveite o incendio para implodir o prédio centenário, para erguer no local um moderno shopping com vários andares e estacionamentos. Santana não esclarece que sua sugestão é uma velha aspiração do lobby imobiliário…

RBS disputa marca “JÁ” no INPI 1j6b3b

A RBS Participações está questionando junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o registro da marca “JÁ”, pedido pela empresa Já Porto Alegre Editores, que edita os jornais “JÁ” e “JÁ Bom Fim”, além de ter publicados mais de quarenta títulos de livros com o selo “JÁ Editores”.
Segundo a representação, o registro da Já Editores “conflita com os direitos da RBS sobre o sinal JA”, pois ambas atuam no “segmento mercadológico afim”, caracterizando “concorrência desleal”, com “sério prejuízo ao público consumidor”.
A RBS usa as letras JÁ, identificadas foneticamente como “jota-a”, como sigla do Jornal do Almoço, e tem seu registro no INPI desde 2009, na categoria 41 (“serviços de produção de rádio ou televisão”).
O jornal JÁ circula em Porto Alegre desde 1985 e tem uma edição on-line desde 2003 mas o pedido de registro da marca só foi depositado no início de 2010 e, no início desde ano, publicado na Revista de Propriedade Industrial, na categoria 16 (“jornais, livros, revistas ou periódicos”).
Segundo o editor do JÁ, Elmar Bones, a marca estava registrada pelo Diário Popular de São Paulo, mas ficou livre no final de 2009. “O jornal pelo que sei foi vendido e os novos proprietários se desinteressaram pela marca. No inicio de 2010 fiquei sabendo que estava livre e encaminhei o pedido de registro, que foi acolhido e publicado na revista do INPI com 60 dias para oposições. Aí surgiu a dona RBS dizendo que o JÁ tem (novo) dono”.
A Já Editores encaminhou sua defesa ao INPI, alegando anterioridade de uso da marca e inexistência de conflito, uma vez que os registros estão em categorias distintas e não há relação entre elas.

Estupro em Florianópolis: um nervo exposto 6s283f

O caso da menina de 13 anos estuprada por colegas em Florianópolis tornou-se um nervo exposto para a RBS.
Desde domingo à noite, a Record martela o fato em rede nacional, ressaltando que “por mais de 40 dias” o grupo que reproduz a Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina encobriu o fato, ocorrido dia 14 de maio, segundo o registro policial.
É a primeira vez que a RBS é envolvida na disputa feroz entre Globo e Record. Invocar o Estatuto da Criança e do Adolescente, como justificativa para não noticiar o episódio, ficou sem sentido.
A direção da empresa liberou os editores para abordar o assunto, nos limites do ECA, mas até agora ninguém se atreveu.
A saia é muito justa. O depoimento dos dois menores acusados, marcado para sexta-feira, 9, vai manter o caso nas manchetes.
OBS: O Diário Catarinense desta quarta-feira, 7, deu uma nota com declarações do presidente da Associação dos Delegados, negando que a polícia tenha tentado encobrir o fato. Todos os procedimentos, segundo o delegado, foram seguidos regularmente e o inquérito encaminhado à Justiça. Mas não explica porque, quase 60 dias depois, ainda não foi concluída a análise para ver se a menina foi ou não dopada com o “Boa Noite Cinderela”.

Estupro em Florianópolis: caso exemplar para a mídia 604113

Um caso exemplar da nova realidade dos meios de comunicação se desenrola há uma semana em Florianópolis.
O fato gerador é o estupro de uma menina de 14 anos por três colegas da mesma idade, todos estudantes em “colégio de elite”.
Como se não bastasse, um dos meninos portava o sobrenome Sirotsky, da família que controla a maior rede de comunicação do sul do país.
Não é certa a data do ocorrido. O blog tijoladasdomosquito postou a primeira nota às oito da noite do dia 28 de junho. Era só um flash e o blogueiro ainda advertia: “Estamos correndo atrás”.
No dia seguinte, era o assunto da cidade, espalhado pela rede, multiplicado por sites e blogs.
Escudada no Estatuto da Criança e do Adolescente, que proibe divulgar a identidade de menores infratores, a RBS preferiu dois dias depois explicar numa nota porque ainda não havia noticiado o fato.
Terceira geração
Mas nem a força de todos os seus veículos – que garantem um virtual monopólio das informações no Estado – foi suficiente para conter o movimento da opinião pública local, a partir da internet.
Na sexta-feira 2 de julho, os jornais do grupo circularam com uma nota “À Comunidade Catarinense”, assinada pelo presidente emérito, Jayme Sirotsky, e pelo presidente da RBS, Nelson Sirotsky.
A nota reconhece o envolvimento “em ocorrência policial” de um adolescente “membro da terceira geração da familia” e “lamenta a forma irresponsável, maldosa e fantasiosa pela qual o episódio vem sendo propagado, principalmente em alguns sites e blogs na internet”.
Como o inquérito está sob segredo de justiça, o caso se mantém na órbita da internet, mais específicamente dos sites e blogs independentes, que não respeitam as regras geralmente usadas para tirar de circulação os assuntos incômodos.
Na sexta-feira, 9, os adolescentes serão ouvidos na 6a. Delegacia em Florianópolis.
Como será a cobertura?

Pressão da Assembleia faz RBS mudar reportagem 173z2w

A reportagem sobre deputados que nas quintas-feiras assinam o ponto e vão embora foi preparada durante duas semanas. Poucos minutos antes de ir ao ar no programa TeleDomingo, veio a ordem da direção para retirar o nome dos deputados que eram mencionados na matéria.
A reportagem ganhou repercussão já na terça-feira quando o deputado Dionilson Marcon deu um safanão no repórter Giovani Grizotti. Grizotti tentava gravar uma entrevista com o deputado, que marcara presença na sessão e imediatamente se ausentara do plenário. O incidente mereceu destaque nos telejornais da casa naquele dia.
Durante a semana, intensificou-se a pressão dos deputados sobre repórteres e editores do programa. Todos alegavam que é uma praxe do Legislativo, principalmente em época de campanha: na quinta-feira, na última sessão plenária da semana, muitos deputados apenas marcam presença, para não terem desconto no salário, e se retiram para “trabalhar junto às bases”.
Na sexta-feira, o próprio presidente da Assembleia, deputado Giovani Cherini, entrou em contato com a direção da RBS, argumentando que a reportagem seria prejudicial à imagem do parlamento estadual, porque aria ao público uma idéia errada do trabalho dos deputados, que não se restringe à atuação em plenário, sendo mais importante muitas vezes suas atividades em comissões ou mesmo no interior, junto às suas bases eleitorais.
Todos os quinze deputados que nas duas quinta-feiras em que foi gravado o programa am presença e se retiraram do plenário, foram ouvidos pela reportagem. Alguns, como Leila Fetter, do PP, explicaram com naturalidade que se trata de uma prática consagrada na casa.
O deputado marca presença na sessão e se retira, muitas vezes para viajar ao interior.
A alegação de todos é que a reportagem aria ao eleitor uma imagem errada do trabalho dos parlamentares. Marcon foi o único que reagiu agressivamente.
A pressão sobre os jornalistas se intensificou no fim de semana e o assunto foi examinado pelo departamento jurídico e pela direção da empresa. Quando faltavam dez minutos para o programa ir ao ar, houve a intervenção – o assunto ara para o nível “das relações institucionais” entre a Assembleia e a RBS. Um editor foi chamado às pressas, e a reportagem foi revisada – foi “amenizada” em alguns pontos e o nome e as entrevistas dos deputados faltosos foram suprimidos.

Jornalista chama fotógrafo da RBS de "cascateiro" em blog e é obrigado a retirar postagem do ar 254h5v

Uma decisão judicial em primeira instância determinou que o jornalista Wladymir Ungaretti, professor da faculdade de Comunicação da UFRGS e figura tradicional do Bom Fim, retire do ar todas as referências e críticas que mantém em seu blog “Ponto de Vista” ao também jornalista e fotógrafo da RBS, Ronaldo Bernardi. No site, Ungaretti analisa diversas fotos de Bernardi, apelidado de Fotonaldo, e sugere que as imagens são armadas – a tradicional “cascata”, em termos jornalísticos.

A Justiça deu cinco dias para o jornalista retirar o conteúdo do ar. Em virtude da ação, Ungaretti preferiu suspender temporariamente as atividades tanto do site quanto do blog Ponto de Vista, que contam, respectivamente, com nove e três anos de existência. O professor vai recorrer da decisão.

RBS compra mais três diários no Interior ra56

Três dos mais tradicionais diários do interior do Rio Grande do Sul podem ar a integrar a rede de jornais da RBS. As negociações com O Nacional, de o Fundo, estão praticamente concluídas e o contrato deve ser assinado esta semana. No meio, fala-se em R$ 4 milhões. O Nacional pertence a uma família de jornalistas dos quais o mais famoso foi Tarso de Castro, um dos fundadores do Pasquim. Hoje é dirigido por Múcio de Castro, neto e homônimo do fundador. O Nacional foi fundado em 1925, tem uma tiragem de 10 mil exemplares e circula de segunda a sábado. O diretor, no entanto, nega a existência de qualquer negociação.
Outra negociação adiantada é a que envolve o Agora, de Rio Grande, que já foi noticiada pelo jornal JÁ. Começou no ano ado e tem avançado. O Agora foi fundado em 1975, também circula de segunda a sábado, com tiragem de 6 mil exemplares.
O terceiro alvo da RBS também é um diário tradicional e de prestígio na região do Vale do Taquari: o Informativo de Lajeado. O jornal foi fundado em 1970. Atualmente possui uma tiragem de 8 mil, de segunda a sábado. Possui filiais em Teutônia e Arroio do Meio. Segundo fontes próximas aos negociadores, acertam-se os detalhes finais.
Entretanto, a direção da Rede Vale de Comunicação enviou email esclarecendo que foi contatada no final do ano ado pelo Grupo RBS, que manifestou interesse na compra do jornal O Informativo do Vale, mas que nenhuma negociação foi efetivada até o momento (leia comentário). Do mesmo modo, o Grupo RBS negou que houvesse qualquer negócio em andamento.

Justiça Federal investiga RBS 3tta

O Grupo RBS é réu em ação civil pública na Justiça Federal.
A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal em Santa Catarina, em dezembro, para anular a compra do jornal A Notícia, de ville (SC), feita em 2006. Também figuram como réus no processo o Cade (Conselho istrativo de Defesa Econômica) e o Ministério das Comunicações, acusados de conivência.
Segundo Celso Tres, procurador da República em Santa Catarina encarregado do inquérito, o objetivo da ação é “combater o oligopólio do Grupo RBS no RS e SC”.
O MPF pediu que a Justiça, além de anular a compra do jornal villense, determine ao Grupo RBS a diminuição do número de emissoras da empresa nos dois estados. “Isto é um escândalo, em SC não existe nenhum jornal de expressão que não pertença ao Grupo RBS”, disse o procurador.
Os empresários citados no processo são Nelson Sirotsky, dono da RBS, e Moacir Tomazi, ex-controlador de A Notícia.
O Cade virou réu por permitir que o grupo RBS comprasse o jornal – é atribuição do conselho impedir que empresas de um determinado setor façam aquisições com o objetivo de conseguir monopólio.
O Ministério das Comunicações porque concedeu à RBS a compra de várias emissoras por pessoas da mesma família. “Existe conivência do poder público, por meio do Ministério das Comunicações, que deveria fazer valer a limitação de apenas duas emissoras por estado”, disse o procurador.
Tres afirmou que embora as emissoras da RBS estejam em nomes de pessoas diferentes, todas pertencem a uma só família. “Se elas têm a mesma programação, são do mesmo grupo. Não teria sentido proibir que alguém seja proprietário de mais de dois meios de comunicação e permitir que esse meio de comunicação transmita a mesma programação e tenha a mesma linha editorial. É uma fraude clara ao objetivo da lei, que é o de evitar a concentração”.
Celso Tres apontou no inquérito que a RBS tem 18 emissoras de televisão, dezenas de estações de rádio e uma dezena de jornais. “Um veículo catapulta o outro; isso é muito mais grave do que ter um oligopólio de chocolate, cerveja ou de telefonia celular, porque estamos lidando com a essência do Estado democrático, ou seja, o direito à informação.”
O procurador acusa a RBS de “tentar dizimar a concorrência fazendo uso da prática de dumping. Na Grande Florianópolis eles lançaram o jornal A Hora a R$ 0,25, um valor muito abaixo do custo, para quebrar o concorrente Notícias do Sul.” Uma força-tarefa de quatro promotores de Justiça levou dois anos para finalizar o processo.