Hospital de Clínicas crescerá 70% em quatro anos. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre apresentou seu plano de expansão que prevê aumento de 70% da área construída até 2016. Com recursos no valor de R$210 milhões, as obras das novas unidades de atendimento devem começar em setembro de 2012. Durante cerimônia no auditório do hospital, foi anunciada ainda a reabertura do antigo hospital da Ulbra, agora chamado unidade Álvaro Alvim, que a a ser gerenciada pelo HA. O Álvaro Alvim ampliará a oferta de leitos para pacientes do SUS, com uma área destinada ao tratamento de dependentes químicos e outra de apoio à emergência do Clínicas. O presidente do HA, Amarílio Vieira de Macedo Neto, disse que a expansão é fruto de um plano diretor que vem sendo discutido desde 2006. O estudo visa à modernização de todo sistema de gestão e atendimento do hospital, que em 2011 completou 40 anos. Ao lado do presidente do Clínicas, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o secretário Municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, também divulgaram a ampliação de convênio com a instituição para atendimento do Sistema Único de Saúde SUS. O acordo prevê aumento de 5%, em relação a 2010, da oferta mensal de serviços médico-hospitalares e ambulatoriais prestados pelo hospital. Para o prefeito José Fortunati, o mais importante é que Porto Alegre começa, gradativamente, a recuperar leitos perdidos em função do fechamento recente de unidades hospitalares. “Estamos revertendo essa tendência, permitindo que em muito pouco tempo, no máximo dois anos, Porto Alegre não somente recupere a sua capacidade anterior, mas amplie o número de leitos”. Fortunati lembrou ainda da parceria na reabertura da Unidade Hospitalar Álvaro Alvim, que deverá ser inaugurada oficialmente em março de 2012, e da gerência do HA na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Azenha, que iniciará a construção no início do ano que vem. Já o Secretário Casartelli destacou o aumento de consultas e o incremento dos leitos de UTI. Serã o 20 mil exames mensais a mais para o SUS, além do aumento no número de consultas. Sobre a emergência, constantemente lotada, o presidente do Clínicas, destacou que a nova área que abrigara o setor não terá aumento de vagas. “O que é necessário é uma política de reestruturação do sistema de saúde, onde as pessoas em a procurar os hospitais em reias casos de necessidade” disse Macedo Neto; que lembrou do convênio para operar a nova Unidade de Pronto Atendimento a ser construída no bairro Azenha. Fortunati disse que as Upas, podem ser o começo para resolver a questão das emergências. O prefeito também relatou os avanços na negociação pra construção da UPA no atual estacionamento ocupado pelo Palácio da Polícia. Ele disse que o governo estadual e a policial civil já concordaram na cessão do terreno. Leitos disponíveis arão de 1000 O projeto de expansão do HA prevê a construção de quatro novos prédios, uma usina de geração de energia, além de uma unidade de tecnologia da informação – tudo até 2016. O maior empreendimento será o anexo 1, que vai abrigar a UTI, a nova emergência, 24 leitos de hemodinâmica e 30 novas salas de cirurgia “Os recursos para ampliação dos anexos 1 e 2, de R$ 160 milhões, já estão no plano plurianual”, informa o presidente do HA. Uma das novidades é a ampliação do número de leitos de UTI. Serão 29 novas vagas, totalizando 87 unidades disponíveis. No total, os leitos oferecidos pelo hospital arão dos atuais 698 para cerca de 1050. O número de funcionários deverá manter a atual proporção de 5.5 pessoas por leito. O que s ignifica contração de cerca de dois mil novas pessoas. O investimento também terá o objetivo de fomentar atividades de ensino e pesquisa. “Formamos muita gente aqui. Para o professor se sentir à vontade, precisamos ter aproximação do cunho acadêmico com o cunho social. É isso que estamos conseguindo desenvolver”, analisou o presidente do hospital. Neste ano, foram realizadas 28.927 internações e procedimentos cirúrgicos e 2,3 milhões de consultas e exames no HA. Maquete do plano de expansão Álvaro Alvim recebe pacientes a partir de janeiro A Unidade Álvaro Alvim do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, antigo Hospital Luterano da Ulbra, deverá receber os primeiros pacientes ainda em janeiro. No começo, atenderá prioritariamente dependentes químicos. Estão previstos 20 leitos para este tipo de atendimento. Estima-se a realização de 270 internações por mês e mais de 10 mil consultas por ano. A partir de março serão disponibilizados, ainda, 32 leitos clínicos de apoio à emergência do HA. Em uma próxima fase, serão abertos mais 32 leitos para álcool e drogas e outros 66 leitos clínicos, com destinação ainda em estudo. A estrutura estava fechada desde abril de 2009, devido à crise financeira da Ulbra. No início de 2011, ou a fazer parte do patrimônio do Hospital de Clínicas. Para reabertura, foi necessária uma reforma geral do hospital, segundo Vicente Neto, praticamente só a carcaça do prédio foi aproveitada, todo o resto ou por uma reconstrução. No final de 2013, com a reforma concluída, o Álvaro Alvim terá 150 leitos e contará com cerca de 600 funcionários. Um exemplo para o Brasil Aos 40 anos, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre não é apenas uma referência como hospital escola para o Brasil. Ele é também um exemplo de superação, que precisou vencer décadas de descrença e desinteresse. Em 1931, os jornais já anunciavam a construção de um grande hospital de ensino ligado à Faculdade de Medicina. Até a pedra fundamental foi lançada em 1943. Mas a obra só foi começar quase dez anos depois. Quando estava com a estrutura de concreto erguida, foi novamente paralisada por falta de verbas. E assim ficou, ao relento, por mais de uma década. Foi apelidado “o esqueleto” pela população. Depois, avançou um pouco mais, ganhou paredes e parou de novo. Tornou-se o “elefante branco”. Uma comissão interna chegou a sugerir que o prédio fosse vendido. Só em 1972, quando muita gente já não acreditava, o hospital começou a funcionar, precariamente. Hoje, com seus 15 andares e seus 140 mil metros de área construída, tornou-se um dos maiores do continente sulamericano, com mais de 1.500 médicos num total de quase seis mil funcionários. É um caso exemplar, vai ser o modelo na reforma dos 45 hospitais ligados às universidades federais, que o governo está planejando. k43k
Tag: saúde porto alegre 6ojx
Porto Alegre tem decréscimo de mais de mil vagas hospitalares 561d1c
Entre 2006 e 2010, o número de leitos hospitalares de Porto Alegre decresceu. Foram fechadas 1.161 vagas das 8.489 vagas disponíveis em 2006, representando um decréscimo de 13,7%.
Nos últimos anos, quatro hospitais fecharam na capital, sendo responsáveis pela diminuição de 427 leitos (Ipiranga, Maia Filho, Independência e Luterano).
Apesar de tudo isso, Porto Alegre tem hoje destaque nas vagas hospitalares oferecidas. Em 2010, havia 5,20 vagas hospitalares por mil habitantes. Assim, a capital gaúcha fica acima da média geral da Região Sul, de 2,6 leitos por mil habitantes.
Sendo que a região Sul é a única do país a contemplar a oferta mínima que segundo o Ministério da Saúde seria de 2,5 a 3 leitos por mil habitantes.
Em Porto Alegre a prefeitura toma medidas para melhorar essa situação. Termos foram assinados concedendo guarda provisória de dois hospitais, Independência e Luterano, que quando reabertos criarão mais 200 leitos hospitalares a disposição.
Houve ainda aumento dos salários dos médicos e está em construção uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na zona Norte.
O problema é o excesso de pessoa que vem do interior para tratamento na capital, só no Hospital Conceição, por exemplo, 52% dos pacientes são de fora da Capital.
Além disso, há uma cultura de procura imediata aos hospitais, devido ao ainda baixo número de postos de saúde e a precariedade dos mesmos.
No Brasil como um todo foi registrado uma média geral de 2,41 leitos, abaixo da disponibilidade mínima. O pior resultado foi verificado na região Norte, com apenas 1,8 leitos por mil habitantes, seguida pelo Nordeste, com 2 leitos por mil habitantes, segundo dados do DATASUS.
HPS: obra de R$ 8,9 milhões não atrai interessados 161r3y
A abertura dos envelopes, inicialmente agendada para esta segunda-feira, 6 , foi transferida para 10 de janeiro.
“O mercado está muito aquecido, o pessoal da construção civil está reclamando da dificuldade em encontrar mão-de-obra”, avalia o engenheiro Álvaro Kniestedt, responsável pelo projeto.
Para se candidatar, a empresa precisa ter um capital social compatível com o valor da obra e comprovar já ter trabalhado em hospitais, o que limita o número de possíveis fornecedores.
Se não houver propostas até 10 de janeiro, o poder público pode pensar em convidar alguma empresa ou refazer o edital.
Por enquanto, está mantida a previsão de começar a reforma em março. (Patrícia Marini)