Comunicação terá foco nas midias alternativas c241v

Na apresentação da entrevistada, faltou um detalhe importante e esclarecedor: Vera Spolidoro foi, por muitos anos, assessora de imprensa da Federaçao da Industria do Rio Grande do Sul, numa época em que toda a cobertura econômica no Estado ava pela travessa Leonardo Truda, onde funcionava a Fiergs.
Trechos:
“Queremos que a sociedade dialogue com o governo, que a crítica venha da sociedade, não necessariamente através das mídias tradicionais”.
“(Os cidadãos)…precisam ser não apenas consumidores, mas produtores de conteúdo”.
“O conselho (de Comunicação) está previsto na Constituição de 1988. Já se instituiu no âmbito do Congresso Nacional. Funcionou um tempo e depois não teve quem tocasse. No ano ado, na Conferência Nacional de Comunicação (Cofecom), ressurgiu a história do conselho. Houve uma reação muito forte das empresas detentoras de veículos de comunicação. Acho que não compreenderam bem o propósito. Por que podem existir conselhos de educação e de saúde, por exemplo, e quando se fala em conselho de comunicação ninguém assume? Não entendo isso. Acho que é mau entendimento. Não quero acreditar que seja má-fé”.
“Não é censura. Não é intromissão. Ao contrário, é permitir que as pessoas saibam o que estão consumindo em termos de informação, que tenham visão crítica e sejam produtoras de conteúdo. É isso que queremos. Temos uma proposta, vamos apresentá-la ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que vai ser o lugar dos grandes debates. Haverá uma câmara temática para comunicação. Todo mundo vai ter a oportunidade de falar: os proprietários de veículos, os jornalistas e a sociedade”.
“Vamos trabalhar bastante com mídias alternativas. E aí incluem-se blogueiros, rádios comunitárias, jornais de bairro e jornais de Interior. Quando se escolhe trabalhar com um tipo de veículo só porque tem mais audiência, acaba se eternizando esse meio e não se cria nenhuma oportunidade para que outros possam surgir. Então, morrem os jornais de bairro e as rádios comunitárias, porque ninguém coloca dinheiro. Qualquer pesquisa no Interior constata que o primeiro jornal que é lido é o da região. Com rádio é a mesma coisa. Eles ouvem antes a rádio comunitária. Aqui mesmo em Ipanema as pessoas ouvem a rádio comunitária. Vamos trabalhar muito fortemente nisso”.
“O conceito que a usamos na campanha provavelmente vai permanecer. A ideia é de que o Rio Grande do Sul está crescendo para nós, para o Brasil e para o mundo. Isso vai continuar. Não é um mero slogan, é uma nova diretriz de governo”