Governo federal retoma ferrovias 182c5k

Falta apenas um encontro de contas final para concluir a devolução das concessões de ferrovias da ALL Logística ao governo federal. A ALL é a maior concessionária ferroviária do país, e começou pela Malha Sul, com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), em 1997. A informação foi confirmada esta manhã pelo ministro César Borges, dos Transportes, após reunião com o governador Tarso Genro e deputados gaúchos, no Palácio Piratini. “Se a ALL vai devolver a concessão antes do tempo, por outro lado ela abandonou vários trechos que eram operacionais e deixaram de ser”. O Programa de Investimento em Logística, lançado em agosto ado, para reformular e ampliar a malha ferroviária nacional, levará o governo a retomar concessões em diversos trechos, como já aconteceu com a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que opera no Sudeste. Os trechos serão novamente licitados, mas desta vez o contrato contemplará obrigatoriedade de investimentos, o que não constava nos contratos das atuais concessões. 4m4r5d

Porto Alegre tem site com informações sobre transporte público 5v5714

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) apresentou um novo site que pretende dar informações detalhadas dos serviços de transporte prestados à população.
Já em funcionamento, o site www.poatransporte.com.br traz as rotas de ônibus, lotações, bem como paradas e pontos de táxi. Além disso, é possível conhecer a integração entre os três modais. Tudo é demonstrado em um mapa da cidade, com o nome de ruas e zonas de interesse, como pontos turísticos, parques, hospitais e outras referências na cidade.
A prefeitura firmou um convênio com o Google para a disponibilização deste produto. Conforme o diretor-presidente da Procempa, André Imar Kulczynski, responsável pela elaboração do site, todas as informações da cidade foram geoprocessadas. “Não é um trabalho fácil, foi necessário organizar um elevado número de dados, como as mais de 5,5 mil paradas de ônibus da cidade. Mas, possuímos informações qualificadas, confiáveis e vamos melhorar ainda mais”. A ferramenta também pode ser ada nos dispositivos móveis.
Os usuários podem colaborar com informações mandando e-mail para o site www.poatransporte.com.br ou www.portoalegre.rs.gov.br/eptc
Ônibus começam a circular com tabela de verão
A partir de hoje, 26, inicia a tabela horária de verão na frota de ônibus da Capital. A medida se dá até 26 de fevereiro. As linhas de ônibus urbanas terão sua frequência de viagens reduzida em 10%, devido à diminuição de usuários nos meses de férias. Os novos horários já estão disponíveis no site da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Outras informações sobre ônibus podem ser obtidas no telefone 156, ou no www.poatransporte.com.br.

Investidores buscam parceria para grandes projetos no Estado 56857

Um grupo de investidores estrangeiros está fazendo contatos junto ao setor público visando a formação de Parcerias Publico Privadas para a realização de grandes projetos no Rio Grande do Sul.
Sábado, eles estivaram em Osório para apresentar ao prefeito Romildo Bolzan o projeto de uma marina pública no município.
Projeto semelhante já foi informalmente apresentado ao prefeito José Fortunati, de Porto Alegre.
Na capital, a marina ficaria ao final do Arroio Dilúvio, aproveitando um braço natural de terra no Lago Guaíba, nas margens do Parque Maurício Sirotsky. Abrigaria prédios baixos com hotéis, comércio e serviços.
A comitiva é acompanhada pelo arquiteto Luiz Carlos Zubaran, do Instituto Andreas Palladio, que costura a composição com um cluster australiano para executar estes e outros projetos.
Alguns dos planos de negócios são bastante ambiciosos, como o que prevê a ligação hidroviária entre as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí mediante a construção de sete eclusas para vencer o desnível.
O pré-projeto estima um investimento de 800 milhões de dólares para execução via PPP.
Consta que o primeiro a imaginar esta ligação foi o jesuíta Roque Gonzales, em 1660. Por três séculos, sucessivos governos sonharam com esta obra. A comunicação leste-oeste permitiria transporte por água de Porto Alegre a Itaqui, abrangendo diretamente 28 municípios. (Patricia Marini)

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Navegando pelo Rio Grande 6k533t

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Autor: Geraldo Hasse
Navegar pelo Rio Grande do Sul é possível e necessário. As hidrovias voltam à cena, impulsionadas por investimentos públicos e privados. Integradas às ferrovias e rodovias, servem especialmente ao transporte de cargas.
Um livro-reportagem ricamente ilustrado com mapas e fotos, atuais e históricas. Como era antes das estradas e pontes, por onde ainda se navega, quais os obstáculos a serem superados, quais os projetos em andamento. Mostra um Rio Grande diferente, que não é só a terra do Pampa e da Serra.
2008, 102 páginas, 16 x 23 cm, 208 gr
ISBN: 978-85-87270-27-6
R$ 25,00
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Plano hidroviário está pronto, falta o dinheiro para as obras 4a6e5h

Geraldo Hasse
Plano Hidroviário: Tudo gira em torno de Rio Grande
O porto de Rio Grande é hoje a principal alavanca de expansão da economia gaúcha no século XXI.. O fato de estar situado na Metade Sul, a mais pobre do estado, ajudou a transformá-lo em prioridade.
Segundo o plano estratégico de investimentos concluído no governo ado (2003-2006), seria de R$ 1,5 bilhões o custo total das obras de logística necessárias para transformar Rio Grande no principal porto do Cone Sul, superando as condições operacionais dos portos de Buenos Aires e Montevideo, limitados a receber navios de 55 mil toneladas.
As principais obras terrestres seriam uma ferrovia ligando o porto de Rio Grande à região metropolitana de Porto Alegre, o que exigiria uma ponte sobre o rio Jacuí; a duplicação da rodovia BR-116 entre Porto Alegre e Tapes e da BR-392 entre Pelotas e Rio Grande; e melhorias no o ao porto de Rio Grande.
Na água, a prioridade é investir na dragagem do canal da barra de Rio Grande e no aprofundamento dos canais de o aos terminais de embarque e desembarque. Com isso, o porto ficaria em condições de receber navios de 100 mil toneladas.
Para melhorar a navegabilidade até a região metropolitana, o plano recomenda também a dragagem da hidrovia da Laguna dos Patos, dos canais de o ao porto de Porto Alegre e do rio Taquari, num total de R$ 243 milhões. Cita ainda cinco projetos de melhoramento do porto de Rio Grande, um deles visando implantar um terminal de produtos florestais para atender a V, que vai custar R$ 337 milhões.
Dinheiro que vem do PAC
Os projetos logísticos do governo gaúcho ficariam indefinidamente no papel, por falta de recursos, se o governo federal não tivesse incluído Rio Grande no pacote de investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no primeiro semestre de 2007.
Além de garantir recursos para o melhoramento das operações portuárias em Rio Grande, o governo Lula (2003-2010) deu um o decisivo ao mandar fixar ali uma base da indústria naval.
Além de poder participar das concorrências para fabricar barcos de diversos modelos, a cidade fundada por Silva Paes foi escolhida para a implantação do Dique Seco, a única instalação brasileira para construção, manutenção e reparo de plataformas de prospecção de petróleo. Com 350 metros de comprimento, 160 metros de largura e 16 metros de profundidade, o dique tem área suficiente para a construção simultânea de até três plataformas como a P-53, montada em Rio Grande entre 2007 e 2008.
Com isso, Rio Grande torna-se um ponto de convergência de verbas públicas e investimentos privados, com uma tendência de ampliação do movimento de cargas. Segundo maior porto do país em movimentação de contêineres e o principal pólo exportador de maquinário agrícola, Rio Grande é a porta de saída tratores, colheitadeiras, automóveis, óleo e farelo de soja.
O terminal de contêineres planeja um cais específico para a operação de barcaças, permitindo o aumento do fluxo de cargas entre Rio Grande, o porto de Porto Alegre e o terminal Santa Clara (em Triunfo).
Inspirado pelos projetos de exportação de celulose dos grupos Aracruz, Votorantim e Stora Enso, o maior projeto em andamento em Rio Grande é o terminal de produtos florestais. Com 318,7 mil metros quadrados, teve o valor mínimo de arrendamento (por 25 anos prorrogáveis por mais 25) fixado em R$ 201,7 milhões.
Cabe ao vencedor da licitação pública a construção de um cais de 600 metros apto a receber navios de 80 mil toneladas, a implantação de equipamentos de carga e descarga e a montagem de um armazém para estocagem de 10 mil metros cúbicos de carga.
O terminal não é exclusivo para celulose; poderá movimentar também chapas, compensados e cavacos de madeira. Este último subproduto florestal já é exportado de Rio Grande para a China pela Tanac, que utiliza os terminais da Bianchini e da Terbrasa.
Segundo a Superintendência do Porto de Rio Grande, o terminal é de uso público e visa atender não apenas produtores florestais gaúchos, mas de todo o Mercosul, especialmente o Uruguai, que tem três vezes mais eucalipto plantado do que o Rio Grande do Sul.
Ampliação dos molhes foi retomada em junho
Uma das maiores obras de engenharia portuária do mundo, a construção dos molhes de Rio Grande, concluída em 1915, foi uma epopéia que ofereceu segurança inédita à navegação. Durante sete décadas a obra não precisou de manutenção. Nos anos 1980 o molhe leste, com 4 200 metros, cedeu em vários pontos e a areia começou a invadir o canal, colocando em risco a navegação.
A recuperação dos molhes teve início em 1995 com o lançamento de mais meio milhão de toneladas de pedras e 100 mil toneladas de blocos de concreto. Simultaneamente, foi iniciada a obra do prolongamento dos molhes: mais 370 metros no lado leste e mais 700 no oeste.
Paralisada em dezembro de 2002 por interferência do Ibama, a obra foi retomada em junho de 2008. Ela é necessária para o aprofundamento do canal de o de 14 para 18 metros no canal externo (13 quilômetros, fora dos molhes) e de 14 para 16 metros no canal interno (12 quilômetros, entre os molhes e o píer petroleiro). Além disso, a largura dos canais que hoje é de 200 metros ará para 310 metros (externo) e 250 metros (interno). Na parte externa, o plano é retirar 9, 1 milhões de metros cúbicos de sedimentos e na parte interna 5,5 milhões de metros cúbicos.
Ao custo de R$ 146,7 milhões já garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a execução da obra de dragagem de aprofundamento vai permitir a recepção de navios de 15 metros de calado e até 100 mil toneladas de porte bruto nas áreas de granéis sólidos e de granéis líquidos. Na área de contêineres será possível receber navios com 14,5 metros de calado.
A dragagem de manutenção do canal, depois de aprofundado, vai exigir R$ 21,7 milhões por ano e será custeada pela tarifa portuária. Estima-se que o trecho mais crítico do canal, com 3 mil metros, acumule por ano 900 mil metros cúbicos de sedimento, principalmente areia, fruto do encontro das correntes de águas doces da vazante e das águas salgadas da maré montante. Também contribuem para atulhar o canal as mudanças de temperatura, a variação da salinidade, os ventos e as chuvas.
Universidade tem projeto para reativar a navegação da Lagoa Mirim
A exploração florestas plantadas no Uruguai, três vezes maiores do que no Rio Grande do Sul, podem viabilizar a reabertura da navegação na Lagoa Mirim, segundo projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas, onde está ancorada a Agência da Lagoa Mirim desde a extinção da Superintendência do Desenvolvimento do Sul (Sudesul).
A madeira colhida em território uruguaio desceria pelo rio Cebollati, alcançaria a Lagoa Mirim, aria pelo canal de São Gonçalo e chegaria a Rio Grande pela Laguna dos Patos. Outros produtos poderiam circular de Montevideo a São Paulo por 700 quilômetros de hidrovia (Treinta y Três-Estrela) e o restante por ferrovia.
Foi estimado em R$ 20 milhões o custo da reativação da navegação na Lagoa Mirim, a começar pela dragagem de trechos da lagoa, reequipamento do porto de Santa Vitória do Palmar e sinalização náutica, beneficiando também o município de Jaguarão, onde a Marinha brasileira chegou a ter uma base, quando havia transporte de cargas e ageiros por essa hidrovia, no século XIX.
No lado uruguaio, o investimento seria de R$ 18 milhões na construção de um terminal portuário e na dragagem da foz do Cebollati. O deputado federal gaúcho Eliseu Padilha, quando ministro dos Transportes, esforçou-se para restaurar essa hidrovia, que faz parte do PAC e está na agenda orçamentária da União para 2009.

Yeda não precisava ir tão longe 5u2c71

Geraldo Hasse
Uma viagem à Europa não faz mal a ninguém, ainda mais com motivos tão meritórios quanto resgatar a navegação num Estado cercado de água por todos os lados e que há muito abandonou as suas hidrovias.
Na volta, essa numerosa caravana liderada pela governadora Yeda Crusius podia dar uma lida no RumoS 2015, elaborado pela Secretaria do Planejamento no final do governo Rigotto, e ver que as necessidades hidroviárias do Rio Grande do Sul estão claramente mapeadas ali: é preciso aprofundar os canais de o aos terminais portuários de Rio Grande e da capital, e desobstruir em alguns trechos da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim.
Ou seja, antes de mais nada é preciso fazer a manutenção da estrada líquida que aí está desde a chegada dos portugueses no século XVI. Ninguém precisa ir à Holanda para saber disso. Nem para descobrir que é preciso equipar os portos.
Acontece que os holandeses estão fazendo lobby para vender equipamentos e tecnologia de embarque e desembarque de cargas. São bons no comércio internacional desde a época da Companhia das Indias Ocidentais. Mas não são os únicos na Europa nem no mundo.
Por que uma viagem exclusiva a Amsterdam?
Sejamos claros, portanto: Yeda e sua comitiva foram ao shopping portuário holandês ver funcionando o que talvez se disponham a comprar para melhorar as condições operacionais dos portos gaúchos. Resta saber com que dinheiro vão pagar as encomendas e a assistência técnica indispensável. Se não for o do Banco Mundial, talvez role algum emprestado pelo ABN Amro.
Aparentemente, Yeda embarcou de alegre nessa viagem, motivada pelo empenho do secretário Daniel Andrade em mostrar serviço numa área sensível, a logística do comércio exterior, na qual o governo Lula está investindo bilhões através do PAC.
Mas a viagem terá sido útil se Yeda e os gaúchos perceberem o essencial: não basta ter equipamentos, vias navegáveis ou cais acostáveis; para funcionar, a navegação precisa de cargas. E quem dispõe das cargas são os empresários, que há mais de 50 anos migraram para os caminhões e as rodovias.