Temporada da mentira 5q673h

Uma das poucas novidades da atual campanha eleitoral é a participação acintosa de empresários adeptos do liberalismo econômico e de economistas que pregam o livre mercado em palestras, entrevistas e depoimentos aos meios de comunicação. Alguns são assessores, outros candidatos. Se esses economistas são intelectualmente desonestos, os empresários são oportunistas hipócritas. Citemos dois nomes “notáveis”: Persio Arida, economista do PSDB de Alckmin, e Paulo Guedes, “ministro da Fazenda” do candidato presidencial Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Agentes bancários dos mais ativos do país, empresários portanto, ambos são irracionalmente egoístas ao defender a primazia do mercado sobre o planejamento estatal num país desfigurado pela desigualdade socioeconômica. Arida e Guedes são apenas duas cabeças supostamente lúcidas e racionais que sobressaem ao expressar o “pensamento único” que tomou conta do país depois do colapso da gestão petista. Na realidade, eles defendem suas posições financeiras e os privilégios típicos do andar de cima, ignorando as agruras da maioria da população, que devia ser o alvo central dos projetos de governos ditos democráticos. A racionalidade recomenda investimentos públicos em educação, saúde, segurança, emprego, habitação e construção de infraestrutura – coisas feitas pelos governos do PT enquanto alguns dos seus membros pisavam na bola em conluios com empresários pragmáticos e agentes públicos identificados com o Centrão político hoje majoritariamente acoplado à candidatura do paulista Geraldo Alckmin. Nesse temporada de promessas vazias e afirmações falsas, bem faria o PT se reconhecesse seus erros (muito menores do que os acertos) para recuperar a credibilidade e seguir em frente nessa competição em que, evidentemente, leva vantagem quem tem dinheiro ou participa de uma coligação milionária, dessas com direito a muito mais tempo no rádio e na TV. Se não fizer o mea culpa, o partido ganhador das quatro últimas eleições presidenciais corre o risco de sofrer o chamado “fogo amigo”, disparado por gente que até agora esteve na trincheira da esquerda. É o que se deduz da manifestação do cientista político Wanderlei Guilherme dos Santos, da Unicamp. Respeitado pensador de esquerda, ele detona a estratégia política do PT em defesa da candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto. Criticando o “duplo discurso de insultar o Judiciário e a ele recorrer com a linguagem das Vossas Excelências”, WG dos Santos acusa o PT, e Lula, de promoverem a mais profunda e doída divisão nas correntes de esquerda do País” — afirmação injusta, pois a divisão na esquerda brasileira é anterior ao PT e a Lula. Para o cientista político, “o PT não tem como continuar mobilizando o seu eleitorado e apoiadores mediante a possibilidade de uma sessão mediúnica com eficácia sobre o mundo real”. WG dos Santos duvida que Lula transfira seus votos para Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, candidato a vice-presidente escolhido para herdar os votos do ex-presidente preso em Curitiba por corrupção. LEMBRETE DE OCASIÃO “O PT e membros estão a um o de convocarem à mesa da fé o espírito autoritário do antigo Partidão. O PT e os cronistas de boa fé permanecem na senda de conduzir toda a esquerda ao inferno. Que, esse sim, existe”. (WGS) 3i2x3s

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