O tráfico de drogas está decadente no Bom Fim. A avenida Osvaldo Aranha por anos foi point de distribuição para os traficantes. Na última semana de janeiro, repórteres do Jornal Já percorreram os pontos conhecidos e constataram uma redução na oferta. Mas, logo apurou-se que a venda de entorpecentes está deslocada para a Cidade Baixa, bairro de diversão noturna. A Redenção continua abrigando este tipo de atividade, de dia no prédio abandonado do auditório Araújo Viana e na avenida José Bonifácio à noite. À luz do sol, o usuário que deseje algum tipo de droga pode encontrar facilmente seu objeto de consumo na trilha entre o Araújo Viana e o parque Ramiro Souto. Entre as árvores que projetam sombra no local, ponto de agem de famílias e amigos que pretendem se divertir nas quadras, os vendedores de entorpecentes abordam o transeunte que demonstre o menor sinal de ser um potencial comprador. Numa quarta-feira, o ponto tinha três pessoas fazendo o comércio: dois rapazes aparentando ter 20 anos e um sujeito de barba, prováveis 30. Eles abordam o possível cliente oferecendo maconha, mas também trabalham com outros tipos de drogas. Caso o interlocutor peça algo de consumo mais , LSD, por exemplo, e eles não tenham a substância, prometem a mesma para o dia seguinte a um custo de R$ 50 a dose. Nos arredores, nenhum sinal de policiamento. O mapa dos pontos de venda muda após o pôr-do-sol. Às 22 horas é possível encontrar dois ou três sujeitos andando em círculos, ironicamente na frente do Colégio Militar, a poucas centenas de metros de um posto da Brigada. A maconha é vendida ali a partir de R$ 5, e os traficantes não parecem se incomodar com a proximidade da polícia. “Aqui é sereno”, disse um dos negociantes, que aparentava a mesma juventude de seus colegas diurnos. Quando um potencial comprador expressa intenção de adquirir a droga, eles já começam a negociação caminhando em direção ao parque, dando a entender que o produto fica escondido ali. O morador de Porto Alegre que não freqüentou a Osvaldo Aranha nos últimos anos estranharia o cenário. A avenida estava completamente “limpa” no primeiro dia de levantamento da reportagem, entre 18 e 23 horas, causando frustração aos usuários. Antigamente, era fácil identificar alguns pontos de venda de drogas na avenida, principalmente entre as esquinas com as ruas Fernandes Vieira e João Teles. Uma rápida busca nas redondezas, inclusive nos recantos mais ermos, como a avenida Cauduro, fazia concluir que o Bom Fim está mesmo com menos traficantes do que antes. O mercado do bairro, revitalizado e com o durante a noite, deixou de ser ponto de venda.. A explicação pode estar num comentário feito por um funcionário de um tradicional estabelecimento de comércio da Osvaldo. “Limparam tudo, ainda bem”, comemorou, explicando que “eles sumiram depois que foi instalado o posto da Brigada ali no mercado. Foram todos para a Cidade Baixa”. Entretanto, a noite seguinte acabaria frustrando o trabalhador, já que uma dupla vendia maconha, sem encontrar problemas, na porta do local, às 23 horas, mesmo após chuva intensa. De aparência maltratada e roupas velhas, representavam, como todos os traficantes localizados por esta reportagem, o elo mais frágil e pobre de um negócio que movimenta bilhões de verdinhas ao redor do mundo. Não foi difícil verificar, em apenas uma noite, a existência de pontos de venda no festivo bairro citado pelo funcionário. Quem ali entrasse pela rua da República, repleta de pessoas em seus bares, logo encontraria gente vendendo maconha. Na rua Sofia Veloso, entre a República e a badalada Lima e Silva, haviam três sujeitos, um deles enrolando a droga na seda. Faziam o negócio de uma forma aparentemente mais amadora que os encontrados na Redenção, vendendo a erva sem preço fixo. O grande movimento da noite no bairro e a ostensiva presença de brigadianos não inibiam a atuação dos comerciantes de substâncias proibidas. Na Rua João Alfredo, entre a República e a Luiz Afonso, um sujeito ficava parado na calçada leste, apenas esperando ser abordado. “Eu não tenho aqui, mas tem no posto na vila aqui perto. Posso buscar”, explicou o rapaz. Ele afirmou estar esperando por um consumidor que lhe compraria pó e que trabalha no ramo há três anos. “Aqui é sereno”, falou, repetindo seu colega da José Bonifácio, enquanto viaturas da BM avam na sua frente, abrindo caminho na via movimentada. Falando nos veículos policiais, três foram avistados na curta caminhada entre a Sofia Veloso e a João Alfredo, revelando massiva presença policial. Na tarde seguinte, lá estava o mesmo indivíduo, no mesmo local, papeando com uma pessoa que aparentemente trabalha no comércio formal da João Alfredo – e nada da polícia nesta hora.. O preço da maconha, consumida por gente de todas as classes sociais, curiosamente rivaliza com o do crack, mais popular entre pessoas de baixa renda. Um vivente que tem as ruas da Cidade Baixa como lar, denominado Tuni, disse ser muito fácil encontrar a pedra maldita na região. “Custa uns R$ 5”, informou com naturalidade à reportagem. Mas os preços variam, chegando a ficar mais caros que a erva, o que depende do vendedor. Segundo flanelinhas do local, costumeiramente bem informados sobre o ramo, a pedra de crack pode custar até R$ 10. Na rua José do Patrocínio pode-se questionar algum guardador de carros. Um deles revelou a atividade de seus colegas ao redor do bar Opinião. Numa visita ao entorno do local durante a primeira noite, parecia impossível identificar alguém, já que a esquina estava repleta de freqüentadores. No entanto, perguntando a outro sujeito que cuida automóveis estacionados entre as esquinas com a Joaquim Nabuco e a Venâncio Aires, foi possível saber que ele faz a intermediação da venda de “erva, pó e pedra”. O usuário que desejar outra substância pode esperar por ali, segundo ele, porque o intermediário diz conhecer “quem vende”. Logo após a conversa com o rapaz, duas viaturas da Brigada aram cheias de homens e com as sirenes ligadas, indo rapidamente para os lados da Azenha. A presença visível, além de chamar a atenção, não é a mais indicada nem a utilizada para abordar especificamente o tráfico de drogas em locais de grande circulação, de acordo com a corporação. Segundo o Capitão Vaine, do 9° Batalhão da Brigada Militar, responsável pela segurança na área investigada, “a viatura ostensiva acaba dispersando os locais de grande movimento, facilitando a fuga dos traficantes, e isso inclui o local onde se vende na Redenção”. O brigadiano à paisana faz a chamada “abordagem discreta”, o método indicado para identificar e prender os vendedores de drogas. Já a presença ostensiva, com viaturas e uniformes, é destinada a casos especiais nas vilas. Barreiras nas ruas para vistoria do interior de veículos representam a terceira forma de coibir o lucrativo negócio. Das 22 prisões por tráfico feitas pela BM em janeiro na área central de Porto Alegre, uma ocorrência foi registrada na Osvaldo e a outra na República. De acordo com o Capitão Vaine, a corporação faz o possível para combater o comércio ilegal de entorpecentes. 1i4z6n
Que porcaria de matéria moralistazinha de 5ª categoria.
LEGALIZE JÁ!!!!
(Menos pó e pedra, óbvio!)
Aliás… ao mesmo tempo em que é moralista, dá todo o serviço pra quem é turista e quer saber onde comprar sua erva… Legal isso… rsrsrsrsrs
Idiota esta garota, legalizar e liberar tudo é isso q a parte sosial primata quer, gente sem estudo e ignorante quer liberar tudo ñ quer seguir regras e acha q tudo pode por isto a criminalidade nunca esteve tão forte, hj dia tudo podemos nada é crime, tudo liberado, típico do povinho brasileiro metido a intelectual, bando de ignorantes metidos a espertos, quanto ao trafico nunca acabara pois auto escalão das autoridades e governantes ganham parte para ñ perturbar o comercio q vc relata é apenans uma faisca o crime tomou conta do brasil a tempo…
Edson … A garota Vanessa foi clara ao afirmar que se legalize somente a maconha e não todas as drogas como vc afirmou. O Brasil é tupiniquim mesmo. Tem apenas 510 anos. E vc tb faz parte dele com esta sua visão de marionete do sistema. O álcool mata várias pessoas por ano e nunca proibiram. E o cigarro ? ! Pq será ? EE que vc me diz da Holanda ?
Vamos parar de pensar em legalização! A população brasileira precisa de educação fundametal e instrução antes de uma atitude destas. Não nos comparemos com a Holanda…