A Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu audiência pública no dia 13 para ampliar a discussão sobre a transferência dos animais do Minizoo do parque da Redenção em Porto Alegre para o Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria. A data para a retirada dos animais do Parque Farroupilha (Redenção) ainda não está definida, no entanto já foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre o termo de doação assinado pelo procurador-geral, João Batista Figueira. O representante do Conselho dos Usuários da Redenção, Roberto Jacobasko, enfatizou que o Minizoo faz parte da história da cidade e está na memória da população. “São mais de 80 anos de funcionamento, e a grande maioria das pessoas é contrária a essa decisão”, afirmou. Ao mesmo tempo, questionou os danos que a transferência vai gerar nos animais. O conselheiro da 1ª região de Planejamento, Ibirá Lucas, denunciou que as condições do Minizoo são precárias porque o Executivo não cumpriu com o seu dever. “A secretaria responsável pelo parque deveria ter cuidado daquele espaço, promovendo a poda das árvores e as adequações necessárias”, disse. Ibirá recordou que, há mais de seis anos, a prefeitura tem recebido notificações do Ibama sobre as condições do Minizoo. “Diversos ofícios estabeleciam multas e reiteravam a necessidade das adequações”, contou. o vereador Carlos Todeschini enfatizou que o assunto é de interesse da cidade e exigiu que todos os atos relacionados ao Minizoo sejam transparentes, legais e debatidos com a Câmara e a população. O vereador pediu que, antes da transferência, sejam ouvidos os veterinários, biólogos e técnicos responsáveis pelos animais. Durante a audiência, a presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon, fez a leitura do parecer do Ibama que diz que o Instituto é responsável pelo licenciamento e a fiscalização dos espaços e que não pode ser responsabilizado pelas decisões do Executivo. A primeira-dama e voluntária da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda), Regina Becker, alegou que a transferência deve acontecer em função do ambiente ter sido identificado como insalubre, por estar localizado entre duas avenidas e não possuir iluminação solar suficiente, além de os animais estarem expostos a poluição sonora e atmosférica. “O Ibama encaminhou uma instrução normativa solicitando providências imediatas ou a transferência dos animais”, relatou. 416i42