PMs da reserva e os temporários são bem-vindos, mas não podem ir para a linha de frente contra a bandidagem. Dentro do processo de reposição do efetivo da Brigada Militar, o governo, como medida de urgência, apresentou – mais exatamente, reapresentou – o plano de convocação de PMs da reserva além de abrir inscrições para PMs temporários. Seria absurdo contestar qualquer tipo de reforço para o polici-amento ostensivo, na mesma medida que não se pode ignorar que essas medidas de urgência servem mais para simular uma agilidade inexistente na política da segurança pública do que para plantar um projeto sólido, crescente e abrangente na luta intransferível contra a violência e a crimina-lidade. Os PMs gordinhos da reserva devem ser bem recebidos, assim como os noviços temporários. Dos primeiros, será pinçada a experiência e, dos últimos, a força da juventude. No entanto, eles não são policiais da linha de frente por inteiro, fato que é reconhecido pelos próprios especialistas da área. Aliás, eles não podem ser colocados na linha de frente, a não ser a-companhados pelos profissionais da ativa, que não são noviços nem gordi-nhos. Além disso, os dois contingentes somados serão pálido reforço numa corporação que carece de mais de 10 mil profissionais e que a cada ano é enfraquecida pelos processos de aposentadoria. Sendo assim, na estratégia contra a bandidagem, talvez nem a esperteza dos serviços de inteligência, que, por ora, está em pauta, possa dar à sociedade a sonhada sensação de segurança. Sabedoria A partir de amanhã, até sexta-feira, dia 19,acontecerá o 1º workshop da Rede Brasileira de Policiais e Sociedade Civil, RPS Brasil: práticas e sabe-res policiais, reunindo na sede da ONG Viva Rio, no Rio de Janeiro, polici-ais de todo o Brasil. O Rio Grande do Sul comparece com dois práticos e sábios representantes: o perito criminalístico do Departamento de Crimina-lística do IGP (Instituto-Geral de Perícias), Cleber Muller, que apresentará uma análise do modelo de Polícia Comunitária, do ponto de vista da crimi-nalística, e o inspetor da Polícia Civil Sérgio Flores, que vai propor o de-senvolvimento de uma política de integração entre sistemas regionais de segurança pública em áreas de fronteira. Urgência Sexta-feira, dia 12, numa flamante viatura nova da Brigada Militar, prefixo 3709, dirigida por um soldado e comandada por um sargento, às 16h15min, uma senhora sorridente era transportada com um nenê no colo. Com certe-za, um atendimento de urgência. Sufoco Hoje, na sede da Ugeirm-Sindicato, líderes de todas as entidades repre-sentativas da Polícia Civil e da Brigada Militar estarão recebendo as cúpu-las do PDT, PMDB e PPS quando será colocada em pauta a situação de penúria em que foram colocados todos os policiais gaúchos há mais de dez anos. Na semana que ou, a mesma questão foi colocada para líderes do PP. Esta união da entidades da Brigada e da Polícia Civil é inédita e come-ça a preocupar o Piratini. Susto Um dos gerentes da agência do banco Santander localizada no bairro Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, foi rendido por bandidos armados, ontem pela manhã, quando chegava para trabalhar. Os ladrões entraram no banco pela porta do auto-atendimento, mas se assustaram com a movimen-tação na rua e fugiram sem nada levar. Ulbra Cinco homens armados assaltaram, ontem, a agência do Bradesco no in-terior da Ulbra em Canoas. Eles renderam o vigia, roubaram o dinheiro dos caixas e a arma do segurança. Perto da entrada do estacionamento da uni-versidade roubaram um Corola cor prata e fugiram. É o segundo ataque ao mesmo local em pouco mais de um mês. Perfeição Ontem, o secretário da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, recebeu, no gabinete, dois empresários do Conselho Superior da Federasul, Raul Cohen e Ede Antônio Gasperin, e o presidente da ONG Brasil sem Grades, Luiz Fernando Oderich. O motivo da reunião foi a proposta de in-tercâmbio entre a pasta da Segurança Pública e a entidade que congrega o empresariado gaúcho. O entendimento entre as partes foi perfeito e, na pró-xima reunião da Federasul, fará uma palestra. No encontro, da máxima im-portância, houve duas ilustres ausências: a do chefe da Polícia Civil, dele-gado Pedro Rodrigues, e do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes. n433d
Autor: Elmar Bones 5s1l48
O equilíbrio está à vista? (final) 6r3410
Ainda não pude ver direito os números do orçamento que a governadora Yeda Crusius encaminhou para a Assembléia esta semana, apontando para um “déficit zero” em 2009.
Não duvido dos propósitos da governadora nem da competência de seu secretário da Fazenda, Aod Cunha. Mas os números que vi não me convenceram e, como já vi esse filme antes, continuo com o pé atrás.
O secretário da Fazenda, Aod Cunha, tem dito que o fator decisivo na redução do déficit no ano ado e neste ano é o forte crescimento da receita de impostos. A arrecadação cresceu 12% no ano ado, pode crescer 20% neste ano.
Com o crescimento da receita, mais o corte nas despesas de custeio (em torno de R$ 300 milhões ao ano) e outros ganhos de gestão, o déficit, que seria R$ 2,4 bilhões pelas previsões do início de 2007, chegou ao fim do ano reduzido à metade.
Este ano, a previsão inicial era de R$ 700 milhões, vai cair para R$ 300 milhões e no ano que vem chega ao “déficit zero,” segundo projeta o secretário.
Segundo Aod Cunha, o crescimento da economia estadual (5% no ano ado e previsão de 7% este ano) explica apenas uma parte desse aumento da arrecadação. Outra parte seria resultado das ações do governo que estão dando mais eficiência à cobrança e reduzindo a sonegação.
Tão otimista está o secretário que já faz projeção dos benefícios que o Estado colherá nos próximos 20 anos com o retorno do equilíbrio às suas contas públicas e com a volta dos investimentos.
Como este é um ano eleitoral e, certamente, foi por isso que o governo do Estado mandou o orçamento de 2009 em setembro para a Assembléia, o melhor é esperar para ver se o decantado déficit zero se torna mesmo realidade.
A segurança e os heróis por acaso 4h4369
Dispositivos contra a violência e a criminalidade nem sempre vão ao encontro dos inte-resses da sociedade.
A segurança pública, por ser nervo exposto e vivo de todos os governos, centraliza interesses financeiros, econômicos e políticos partidários nem sempre dirigidos aos interesses maiores da sociedade. Não sem raridade, os projetos lançados nesta área têm por objetivo contemplar grupos ou até mesmo indivíduos isolados de forma episódica. Esse fenômeno tem ocorri-do através de algumas décadas. Exatamente por isso que, hoje, os organis-mos policiais chegaram ao sucateamento tanto de equipamentos como do material humano. Não existe, quer em nível federal e, muito menos, esta-dual, uma política de segurança plena, com etapas a serem cumpridas den-tro de traçados técnicos e científicos e que independam dos heróis por aca-so. Hoje, por exemplo, há uma badalação patrocinada pelo Ministério da Justiça em torno do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). O nome é bonito e populista e mais populista que bonito.
É valido o Pronasci? Este humilde marquês entende que a sua validade é indiscutível. No entanto, este programa, que deveria ser um dos instrumen-tos da política de segurança pública – apenas um dos instrumentos – está sendo cantado e plasmado como a base dessa política. Mais do que isso, chega a ser dado como a própria política de segurança pública. No caso do RS se festeja a entrega de viaturas novas que, por falta de manutenção e peças de reposição em breve terão de ser remendadas pelas prefeituras ou por empresários e não se fala numa projeção para repor os efetivos da Bri-gada Militar e da Polícia Civil. Sistema de vigilância eletrônica, de eficiên-cia altamente discutível, e cursinhos no entorno de programas sociais e de prevenção, claramente eleitoreiros, têm preferência em relação à aquisição e instalação de um complexo de comunicação absolutamente obrigatório em qualquer estrutura de segurança do mundo. Seguindo nesta esteira, che-go a concordar com o titular da Segurança Pública do RS, Edson de Olivei-ra Goularte, que diante das carências que enfrenta, diz que a saída é ser mais esperto do que os bandidos.
Tráfico
Agentes do Denarc efetuaram diligencias na Vila Bom Jesus, na manhã de ontem, em duas residências que guardavam drogas. Um mulher, com 25 anos de idade, que apresentava antecedentes como traficante, foi presa em flagrante.
Posse
Os delegados Adalberto Abreu de Oliveira, Sérgio Abib e César Danck-wardt foram empossados, ontem, respectivamente, no Departamento de istração Policial e como diretores do Sistema de Interceptação de Sinais e da Divisão de Assessoramento Jurídico, órgãos ligados diretamen-te à chefia da Polícia Civil.
Homicídios
Um grupo de 15 PMs deverá atuar de forma permanente, por tempo inde-terminado, no bairro Rubem Berta, zona Norte da capital. Dos 11 homicí-dios registrados em Porto Alegre, de sexta-feira até o dia de ontem, cinco foram neste bairro. No mesmo período, em todo o Estado, pelo menos 30 pessoas foram vítimas de assassinato. No bairro Rubem Berta, somente este ano, já ocorreram cerca de 50 homicídios.
Desmache
Policiais do Deic localizaram ontem um desmanche de veículos no Beco da Rosa, em Viamão. Foram encontrados três automóveis roubados nesse fim de semana, além de quatro veículos inteiros ouparcialmente desmonta-dos, peças e uma luneta de arma de fogo de longo alcance.
Prisão
Dois bandidos, um com 26 e outro com 34 anos, foram presos pela Bri-gada Militar depois de roubarem um caminhonete D 20. A vítima avisou os policiais momentos depois de ser libertada o que facilitou o cerco aos cri-minosos que estavam armados com um revólver de calibre 38. Os dois ra-pazes tinham antecedentes criminais.
Sigilo
A Ajuris realizará hoje, a partir das 14h, o encontro “O Sigilo e o Exercí-cio Profissional.” O evento, gratuito e aberto ao público, acontecerá no au-ditório da Escola Superior da Magistratura (Rua Celeste Gobbato, 229, bairro Praia de Belas). Por que o segredo de confessionário não pode ser revelado? Por que o jornalista tem o direito assegurado de não revelar a sua fonte? Por que o psiquiatra está impedido de tecer comentários sobre o comportamento de seu paciente? Por que o advogado não pode falar sobre o que lhe conta um cliente? Por que um juiz precisa manter em segredo o teor de um processo até que lhe dê uma sentença? A importância de se res-peitar a independência da decisão judicial. Esses serão alguns dos questio-namentos elucidados no encontro promovida pela associação dos magistra-dos gaúchos.
Esperteza na área da segurança pública. 2k2t2j
Brigada Militar vai anunciar, amanhã, como será o novo jeito de policiar a Capital.
As estratégias dos bandidos que têm seu campo de ação em Porto Alegre e Região Metropolitana são conhecidas, tanto contra condutores de carros particulares, como as exercidas nos ataques ao transporte coletivo e a pe-destres. Na mesma medida, sabe-se como os quadrilheiros agem nas inves-tidas realizadas em bancos e estabelecimentos comerciais. O policiamento ostensivo que, segundo o titular da pasta da Segurança Pública, Edson de Oliveira Goularte, é numéricamente inferior, deve agir com “esperteza” para combater os desatinos da bandidagem. Não posso deixar de crer que é na esteira dessa “esperteza” selada por Goularte que, amanhã, a Brigada Militar, através do comandante do C (Comando de Policiamento da Ca-pital), coronel Jarbas Rogério Carvalho Vanin, revelará para a sociedade (logo, também à bandidagem), através da mídia, em entrevista coletiva, a nova estratégia do policiamento ostensivo na Capital.
Modestamente, aqui da minha torre, entendo que o trabalho da polícia, seja a ostensiva, seja a investigatória, deve ter a sua eficiência aferida pelos seus resultados e não por seus anúncios. Quando anunciada a ação, os resulta-dos, certamente, resultarão prejudiciados. No entanto, este humilde mar-quês não é um especialista e, sim, um mero observador e, portanto, sem ser iniciado em espertezas, ficará torcendo para o sucesso tanto dos anúncios do coronel Vanin como para os resultados das tarefas pautadas.
Assassinato
Sexta-feira, em Canoas, no bairro Niterói, o jovem Neidson Santos Rosa, 24 anos, foi assassinado. Segundo a polícia, que ainda não tem pistas sobre a autoria do crime, Neidson foi atingido por três disparos.
Vila Respeito
Um homem de 38 anos, conhecido como Pataço, acusado dos crime de roubo e seqüestros, foi preso foi preso na Vila Respeito, Zona Norte da ca-pital, em diligências coordenadas pelo delegado André Ciardullo Mocciaro, titular da 12ª DP. Pataço é um dos principais bandidos que integrava a “Gangue das Cabritas”, grupo criminoso que atuava naquelaa região da ci-dade.
Corrupção
Mais uma edição do curso de combate à corrupção e a lavagem de dinhei-ro – destinado à policiais civis – será realizada segunda e terça-feira, dias 15 e 16 deste mês. O evento é promovido pela Acadepol (Academia de Po-lícia Civil) em parceria com o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e será realizado no auditório da Asdep (Associação dos Delegados de Polícia) na rua rua Visconde de Inhaúma, nº 56, bairro Azenha. Porto Alegre. Nesses dois dias, estarão ministrando as aulas os delegados da Polícia Federal Alexandre da Silveira Isbarrola e Rodrigo Carneiro Gomes, o juiz federal José Balthazar, os procuradores da Repúbli-ca Antonio Carlos Welter, Carla de Carli e Deltan Martinazzo Dallagnol, a delegada Inês da Silva Cunha, da Polícia Civil de São Paulo, e Wagner Lu-ciano, representante da Controladora Geral da União. A delação premiada será um dos temas a serem desenvolvidos no evento.
Couro
Policiais da DP de Estância Velha recuperaram, sexta-feira, 300 Kg de couro beneficiado, carga roubada em janeiro último. Durante as investiga-ções, os policiais identificaram um dos assaltantes como sendo um homem de 36 anos de idade, preso em Sapucaia no dia 20 de agosto. Com o bandi-do, foram apreendidos 5kg de maconha e uma pistola 380. O couro foi re-cuperado com o proprietário de uma pequena fábrica de calçados localizada na rua Curitibanos, em Novo Hamburgo.
Violência
Um cidadão adquiriu um modem da Claro. Com poucos minutos de uso, o dispositivo deixou de funcionar. Então, a vítima descobriu que a Claro, cobra à vista o aparelho que não funciona, não rescinde o contrato – que é de um ano – tem lojas com supervisores que não decidem nada e uma assis-tência técnica sofrível e que fecha aos fins de semana. Eis um caso de vio-lência contra o cidadão.
Tribunais
Nestes últimos dias de inverno, permanece quente a silenciosa disputa dos coronéis da Brigada Militar pela vaga única de juiz existente no Tribu-nal de Justiça Militar do Estado, coincidindo isso com o renascimento da discussão sobre a extinção da corte. Entre as habilidades deste Tribunal, que de certa forma é uma das suas vantagens, está a pratica do nepotismo cruzado com o Tribunal de Contas do Estado.
Entre coletes balísticos e pulseirinhas. 5u4l6h
Cortinas de fumaça encobrem as discussões maiores sobre segurança pública.
Laboratórios que ensaiam métodos avançados de controle e ressocialização de criminosos, independente da gravidade de seus delitos, devem ser per-manentes na política de segurança pública. Essas experiências, no entanto, sem raridade, são apresentadas pelos governos como pontos básicos para a solução das questões maiores da violência e da criminalidade quando, na verdade, servem, no mais da vezes, como manobras evasivas, como corti-nas de fumaça que encobrem ou adiam as discussões obrigatórias e que e-xigem urgência em serem ultimadas. Assim, se alguns apenados, em regi-me aberto ou semi-aberto poderão vir a ser submetidos a controle através de pulseirinhas ou tornozeleirinhas eletrônicas, é certo que tal providência não evitará a estratégia dos bandidos que comandam ações criminosas de dentro das casas prisionais. Além disso, antes dos dispositivos para os ape-nados que circulam em nossas ruas, é preciso que todos os policiais sejam contemplados, no mínimo, com coletes balísticos, armas modernas e com-plexo de comunicação de ponta.
Traficantes
Dando continuidade às investigações sobre o tráfico de drogas na Vila Bom Jesus, coordenadas, nos últimos 30 dias, pelo delegado Omar Sena Abud, onde funcionava uma frutaria de fachada, foram apreendidas 33 pe-dras de crack, 41 petecas de cocaína, duas bolas de maconha somando 13g. Foi preso um homem de 26 anos de idade que estava em liberdade provisó-ria por tráfico de drogas. Em São Leopoldo, o Denarc prendeu um homem de 30 anos no bairro Campina. Foram apreendidas cerca de 320g de cocaí-na, além de uma porção de maconha. Num hotel da rua Marechal Floriano, no centro da capital, foi detido, por policiais do 9° BPM, que estavam à paisana, um casal – ele com 28 anos e, ela com 15 anos – que portavam um pacote com 400g de maconha. Agentes do DPM (Departamento de Polícia Metropolitana) prenderam, quinta-feira, dois homens e uma mulher. O trio foi flagrado com 250 gramas de crack (equivalente a 1200 doses), quando se deslocava em um táxi, na Vila Cruzeiro, rumo à Estação Rodoviária da Capital.
Susepe
O superintendente interino dos Serviços Penitenciários, Bruno Trindade, recebeu, ontem, em seu gabinete, a direção Amapergs-Sindicato (Associa-ção dos Agentes, Monitores e Auxiliares Penitenciários). Na ocasião, Trin-dade a portaria que regulamenta procedimentos istrativos para a ex-pedição da Carteira de Identidade Funcional e autoriza o porte de arma para os servidores de carreira da Susepe. O ato ocorreu na data em que se co-memorou o Dia do Servidor Penitenciário.
Brigadianos
O jornalista Paulo Rogério Nascimento da Silva é o novo assessor de im-prensa da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar, entidade presidida por Leonel Lucas.
Revelação
Na próxima segunda-feira, o comandante do C (Comando de Policia-mento da Capital), coronel Jarbas Rogério Carvalho Vanin vai revelar, em entrevista coletiva, a nova estratégia a ser adotada no policiamento ostensi-vo de Porto Alegre que agora conta com uma frota nova de 43 viaturas, a-lém de PMs motoqueiros.
Antro
Agentes da Polícia Civil de Vacaria, com apoio da Brigada Militar, fecha-ram um antro de exploração de prostituição que funcionava na rua Osvaldo Cruz. Foram arrecadados materiais pornográficos, telefones celulares, a-gendas com nomes e telefones de prováveis garotas de programa. De acor-do com o delegado João Estevam Mazine da Silva, foi presa uma mulher que dirigia todas as atividades da casa.
Família
O Grupo de Estudos de Direito de Família do Iargs (Instituto dos Advo-gados do RS) estará recebendo, nesta terça-feira, a professora Sandra Lima Alves Montenegro, vinda especialmente de Brasília para proferir uma pa-lestra sobre “Planejamento Familiar e o Direito”. A palestrante é titular do Centro de Ensino Unificado de Brasília. O evento, coordenado por Helena Ibañez, vice-presidente do Iargs, ocorrerá na sede da entidade (travessa A-celino de Carvalho, 21), das 12h às 13h30min. A entrada é franca.
Execução
Um presidiário do regime semi-aberto foi morto, ontem, em Três os, Noroeste do Estado. João Candeloni, de 43 anos, havia deixado o albergue que fica junto ao presídio da cidade momentos antes, quando acabou balea-do. O autor dos disparos fugiu.
Uma nova era do policiamento ostensivo 6l65
Novas viaturas são acrescentadas ao surpreendente treinamento de policiais motoquei-ros.
Há algumas semanas, destaquei, com entusiasmo e surpresa, que os moto-ciclistas da Brigada Militar estavam freqüentando um curso de policiamen-to ostensivo, evidentemente, com o uso de suas máquinas. Meu entusiasmo era referente ao enriquecimento do sistema de segurança gaúcho e, minha surpresa, prendeu-se ao fato de acreditar, ingenuamente, que os motoquei-ros brigadianos, não obstante serem vistos com raridade, iam para as ruas com pleno conhecimento dos métodos de sua missão. Pois, não era bem assim. Agora, embora os policiais motoqueiros continuem num estágio de semi-invisibilidade, a Brigada recebeu 43 novas viaturas que serão empre-gadas no policiamento de Porto Alegre. Isso pode significar que, com mo-tos montadas por profissionais bem treinados e a inserção no complexo de patrulhamento de 43 veículos em ponto de bala, a capital está próxima de usufruir de uma rede estratégica de segurança próxima da ideal. Será bem assim? Sigam-me.
Ronda bandida
Com todas as operações que a Brigada realiza no Estado, semanalmente, a sensação de insegurança de cada cidadão continua num plano angustiante e generalizado especialmente na capital e Região Metropolitana. Há as blitz mas não se o patrulhamento. Os moradores dos bairros Floresta e Indepen-dência, por exemplo, imediações do Hospital Moinhos de Vento, estão na beira do desespero. Cruzar a rua Ramiro Barcelos, principalmente entre a Gonçalo de Carvalho e a Tiradentes, no início ou no final do horário co-mercial, significa desafiar os bandidos que estão por ali em ronda perma-nente. As mulheres são as principais vítimas dos assaltos facilitados pela iluminação inexistente na área. Mais do que a polícia, os cidadãos já co-nhecem os quadrilheiros, mas não sabem por onde circulam os PMs. São muitos os pontos da capital vivendo esta situação e que aguardam, sem muita convicção, as ações da Brigada com suas flamantes viaturas e moto-queiros audazes.
Tráfico
O Denarc prendeu, ontem, quatro homens, com idades entre 19 e 27 anos, na Vila Americana, em Alvorada. De acordo com o delegado Luiz Fernan-do Martins Oliveira, as prisões ocorreram em dois apartamentos, onde fo-ram encontrados, além de drogas, rádios-comunicadores, balança de preci-são, câmeras de monitoramento e arma de fogo. Os policiais também cum-priram diligência em uma Lan House, no mesmo bairro, que era utilizada como ponto de venda e consumo de crack.
Carteira de identidade
O DI (Departamento de Identificação) do IGP (Instituto-Geral de Perí-cias) modificará, a partir de 1º de outubro, o sistema para a obtenção da carteira de identidade. Os os serão os seguintes: o cidadão comparece a um todos postos de identificação e a sua carteira será digitalizada nos mol-des da carteira de habilitação; a foto, sem custos para o cidadão, é captada na hora; as impressões digitais são colhidas por scanner – sem tinta nos de-dos – e a GA (Guia de Arrecadação) é entregue pelo funcionário que reali-zou o atendimento. De posse da GA, o usuário se dirige a qualquer agência ou terminal eletrônico do Banrisul e faz o pagamento da taxa corresponden-te.
Pulseirinhas
Este projeto de pulseirinhas eletrônicas para monitorar, através de satéli-te, apenados do regime aberto ou semi-aberto, poderia ser adaptado para crianças que acompanham seus pais em campings em férias ou em eios de fim de semana. O índice de desaparecidos – crianças ou adolescentes – poderia chegar perto do zero.
Parabéns
Hoje é o Dia do Servidor Peneitencário. Em 12 setembro de 1985, os a-gentes penitenciários Santos e Medeiros, como de rotina, transportavam mais um preso para audiência em um ônibus de linha (Caxias x Porto Ale-gre), quando foram brutalmente assassinados. Morreram quando do resgate de um preso. ados mais de vinte anos, os presos são transportados em viaturas sucateadas, sem radio de comunicação, com coletes vencidos, ar-mas obsoletas e sobretudo com falta de pessoal. Parabéns aos agentes.
Yeda sanciona “lei das pulseirinhas” em 15 dias 60f1w
A lei das pulseirinhas eletrônicas.
Uma mixórdia. Não encontro uma outra definição para a lei aprovada pelo Legislativo gaúcho, terça-feira última, que instituiu o monitoramento eletrônico de apenados. Caso o dispositivo prospere, os apenados, em regime aberto ou semi-aberto, usarão pulseirinhas ou tornozeleirinhas que, via satélite, serão controladas por avançada tecnologia da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) que, vale o registro, hoje, sequer tem superintendente titular. A mesma Susepe não consegue pleno controle dos apenados em regime fechado que, de semana em semana, são apanhados com serrinhas, celulares, armas e drogas em seus cubículos. O deputado autor do primeiro projeto sobre o tema das pulseirinhas, Giovani Cherini (PDT), “acha” que deveriam ser beneficiados com os dispositivos os presos que “realmente mostrarem o desejo de reinserção na sociedade.” Ora, o deputado “acha” e a decisão fica na dependência do “desejo” do apenado. Sigam-me.
Salto
A lei das pulseirinhas eletrônicas foi aprovada por 48 votos a zero. Votaram a favor, portando, tanto parlamentares que entendem como os que não entendem de política penitenciária e dos escaninhos das regras das execuções penais. Inclino-me a crer que a lei será sancionada pela governadora Yeda Crusius – o que deverá ocorrer nos próximos 15 dias – e, se isso ocorrer, aqui da minha torre ficarei na expectativa de um acontecimento extraordinário. O complexo da segurança pública gaúcha, que não consegue repor, em tempo hábil, cartuchos em suas impressoras, que não mantém a simples comunicação entre viaturas da polícia, dará um salto para controlar as pulseirinhas de cada apenado que alcançar o regime semi-aberto.
Leizinha
Quando a Assembléia gaúcha aprovou a chamada lei dos desmaches, este humilde marquês a chamou de leizinha, pois, era e é desnecessária. Grande parte dos desmanches são centrais de receptação, furtos e roubos de todos os tipos de veículos e, para tudo isso, já existem leis.
Prioridade
O novo prédio do foro do Partenon não oferece semáforo nem faixa de segurança para garantir a tranqüilidade de sua funcionalidade externa, que beneficiária não só os profissionais do direito que lá atuam como também os cidadãos que lá vão em busca de justiça. Mas o estacionamento numa área para a prática de esportes da Academia de Polícia Militar está sendo uma prioridade, pelo menos, por parte do Ministério Público.
Viamão
A Polícia Civil trocou tiros com traficantes em operação na Vila Augusta, ontem, em Viamão. Agentes do Denarc foram recebidos por disparos quando cumpriam mandados de busca e apreensão de drogas e armas. Ninguém ficou ferido. Uma bomba de fabricação caseira foi apreendida.
Gordinhos
Foi autorizado pela governadora Yeda Crusius o ingresso de 455 PMs da reserva no chamado Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos. A medida tem por objetivo ampliar os quadros para atuação na segurança da população nas áreas da guarda e patrulhamento escolar e em atividades de bombeiros. Este corpo é constituído, portanto, pelos simpáticos brigadianos gordinhos que saem da reserva para quebrar alguns galhos do policiamento ostensivo. Trata-se de uma providência importante, porém, perfeitamente enquadrada no novo jeito de improvisar segurança no RS.
Arremedo
Ao receber 43 viaturas para serem empregadas no patrulhamento de Porto Alegre, ainda assim a Brigada Militar está longe de cobrir a exigências da comunidade. Esses carros deverão preencher, no máximo, os espaços aqueles que estão quebrados sem peças de reposição e nem mesmo com um arremedo de manutenção mecânica.
Tribunais
A extinção ou a reestruturação do Tribunal Militar do Estado (que é o Tribunal da Brigada Militar) tem de ser um debate aberto e absolutamente detalhado, inclusive a partir do perfil de cada um de seus membros. Esta corte, por exemplo, chega a se arvorar acima do comando geral da corporação. Além disso, o nepotismo sempre foi uma característica deste tribunal, assim como ocorre no Tribunal de Contas do Estado.
Policiais gaúchos montam uma força única 3j186v
O vexaminoso patamar salarial dos profissionais da segurança pública une as lideranças da Brigada Militar e da Polícia Civil.
Desde que os servidores da Brigada Militar e da Polícia Civil aram a se organizar em associações e sindicatos – o que aconteceu após os anos de chumbo – pela primeira vez, todas as lideranças das duas instituições estão integradas com um único objetivo: libertar os profissionais de polícia gaú-chos do vexaminoso patamar dos piores salários do país. O consenso das entidades dos policiais considera como parâmetro os vencimentos dos seus colegas de São Paulo que, das policias estaduais, é a de padrão salarial mais elevado. O governo de Yeda Crusius ará a enfrentar uma pressão inédi-ta, pois é mássica. As probabilidades de diálogo estão plenamente abertas, mas não haverá espaço para a procrastinação, pura e simples, de decisões, fenômeno que tem ocorrido há décadas.
Ontem, na sede da AsofBM (Associação dos Oficiais da Brigada Militar), todos os segmentos da Brigada e da Polícia Civil, iniciaram, com o PP, en-contros que terão com todos os partidos com representação na Assembléia Legislativa. O secretario estadual Celso Bernardi e o deputado Jerônimo Goergen sentiram de perto a força recém-criada. Foi um momento históri-co, presidido pelo presidente da AsofBM, coronel da reserva Cairo Camar-go, e que terá continuidade na próxima semana na Ugeirm-Sindicato e, su-cessivamente, em todas as entidades representativas da classe policial. Se-gundo Cairo, “a prioridade para a segurança pública deve deixar de ser uma mentira.”
Assaltos
A secretaria do cemitério João XXIII, em Porto Alegre, em Porto Alegre, foi invadida por dois assaltantes armados que chegaram e saíram em uma moto. Os bandidos levaram dinheiro e pertences dos funcionários. Sete homens armados assaltaram o supermercado Asun, no bairro Rubem Ber-ta, na capital. Eles fugiram levando cerca de mil reais dos caixas. Na Zona Norte, dois homens e uma mulher saquearam uma joalheria do shopping Bourbon Country de onde levaram, entre outros valores, um cofre. Isso tu-do no dia de ontem.
Guri
Um revólver de calibre 38 foi apreendido com um adolescente no Colé-gio Estadual Júlio de Castilhos. PMs viram o guri com a arma na rua. Du-rante a tentativa de abordagem o estudante, de 17 anos, correu para dentro da escola, onde foi capturado.
Fraqueza
Um bandido foi espancado, ontem, por pais e alunos após praticar assalto em frente à Escola Estadual Itamarati, bairro Sarandi, na capital. O assal-tante costumava atacar, com sucesso, os alunos da escola e, ainda ontem, investiu contra uma menina de 14 anos que foi jogada por ele no chão. A justiça pelas próprias mãos é um dos sintomas do enfraquecimento das es-tratégias da segurança pública.
Traficante
Uma mulher de 37 anos foi presa, ontem, acusada de ser uma das líderes do tráfico de drogas no bairro Mathias Velho, em Canoas. Ela carregava 1.200 pedras de crack. Segundo a Btigada Militar, a traficante chegou a o-ferecer R$ 3 mil para ser libertada.
Candidatos
O convite feito pelo comandante-geral da Brigada Militar, Paulo Roberto Mendes, para que os candidatos à prefeitura de Porto Alegre compareces-sem na Vila Bom Jesus, ontem, quando poderiam avaliar os problemas vi-vidos por aquela comunidade, independente das questões de ordem policial, não teve a resposta esperada. Lá compareceu apenas Befran Rosado, que é candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Manuela d’Ávila. Os de-mais candidatos, por certo, estavam comprometidos com outras vilas.
Festa
O C (Comando de Policiamento da Capital) da Brigada Militar, rece-beu ontem um lote de 43 viaturas (pick-ups Ford Ranger, cabine dupla e motor a gasolina). O recebimento das viaturas e o desfile por algumas ruas da cidade, durante a manhã, causou sérios congestionamentos no trânsito, mas em dias de festa isso pode ser considerado natural.
Mal-estar
A pretensão do MP (Ministério Público Estadual) em transformar uma área para a pratica de esportes da Academia de Polícia Militar, no Partenon, em estacionamento de carros está causando um mal-estar não só na Brigada Militar, que há mais de um século ocupa aquele espaço. Além da família brigadiana, a área tem servido para atividades de escolas da vizinhança como a Aparício Borges e Paulo Gama. Além disso, o MP está devendo, há mais de dois anos, para a Brigada, a construção de uma sala de aula para a Academia naquele local.
Esperteza
Da longa entrevista dada pelo titular da pasta da Segurança Pública do RS, Edson de Oliveira Goularte, ao jornal Zero Hora (edição de terça-feira última), na condição de um humilde marquês, considerei como o seu gran-de momento esta frase: “Já que não somos muitos, temos de ser mais esper-tos que os criminosos.”
Um coronel acusado de colorado e gremista 2c273b
A segurança pública do RS, sob o ângulo midiático, repousa num único nome.
Hoje, quando se fala em estratégias de segurança pública no Rio Grande do Sul – contra ou a favor – um nome aparece em primeiro plano. Digo mais, apenas um nome aparece. Não precisava nem citá-lo, mas cito: comandante geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes. A Brigada vive em torno de Mendes; as entidades classistas da Brigada (de oficiais a sol-dados) vivem em torno de Mendes; a Polícia Civil não gosta, mas respeita Mendes; o MST odeia Mendes; a UDR ama Mendes; a governadora Yeda Crusius só acredita em Mendes; nos debates dos comitês da política parti-dária, das paróquias, das cozinhas, das cercas, das beiras das sangas e dos bares, Mendes é apontado como fascista, moralista, populista, trabalhista, anarquista, católico, evangélico, carreirista, colorado e gremista.
E as massas do que acusam ou defendem o chefe da Polícia Civil, o discre-to delegado Pedro Rodrigues? E as massas do que acusam ou defendem o secretário da Segurança Pública do RS, o invisível Edson de Oliveira Gou-larte?
Da minha torre, por dever de ofício, tenho acompanhado os os solda-descos e varonis de Mendes e obrigo-me a observar o caminhar civilista e ofegante de Pedro e de Goularte. Preocupa-me isso. Não desejo para nin-guém a liderança atenta e militarista nem a pusilanimidade de paisanos dis-traídos. Sigam-me.
Imbróglios
A Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), um dos braços da SSP-RS (Secretaria da Segurança Pública), sustenta uma estrutura com três mil servidores no entorno de uma média de 27 mil apenados. Pois, des-de que Goularte, num domingo tempestuoso de julho último, assumiu a pasta da Segurança, esse órgão estava com um superintendente interino, Bruno Trindade. Pois Bruno, agora, está demissionário. De outra banda, o chefe da Polícia Civil, Pedro Rodrigues, entrou em rota de colisão com o ouvidor geral da Segurança Pública do RS, Adão Paiani. Um comissário da Polícia Civil, dos principais assessores de Paiani, esteve na iminência de sair da Ouvidoria, por decisão de Pedro, onde ele – o comissário – analisa procedimentos que envolvem policiais que atuam sob a jurisdição direta da chefia de polícia, o que gerou um clima de retaliação.
Faceiros
A governadora Yeda Crusius está sem pressa em nomear um coronel da Brigada Militar para assumir a cadeira vazia existente no Tribunal de Justi-ça Militar do Estado. Isso representa uma economia para o erário, pois, com certeza, isso corresponde à redução da remuneração correspondente a de um desembargador. E os assessores do magistrado, atualmente inexis-tente naquela corte, remunerados com polpudas CCs (cargos de confiança) devem ter sido mandados para casa, ou será que continuam lá faceiros e desocupados? Creio que não, pois, se isso estiver acontecendo, contraria a filosofia do novo jeito de governar.
Esporte
O Ministério Público está de olho num espaço da praça esportiva da Aca-demia de Polícia Militar para ser transformada em estacionamento que faci-litará a vida de suas excelências que operam no foro do Partenon. Esta área de esportes existe há, pelo menos, 60 anos.
Sumiço
Até o fechamento desta coluna, a polícia investigava o desaparecimento de um jovem de 20 anos que foi levado como refém após um assalto ocor-rido na tarde de domingo em Eldorado do Sul. Além do rapaz, estavam no local duas adolescentes e o proprietário da casa , um funcionário público aposentado investigado por pedofilia.
Candidatos
O comandante geral da Brigada Militar, o onipresente coronel Paulo Ro-berto Mendes, quer que os candidatos à prefeitura da capital se comprome-tam com a segurança pública na Vila Bom Jesus. Todos estão sendo convi-dados para participar de evento, hoje, no acampamento que a corporação mantém desde a semana ada na região. Mendes entende que os pro-blemas daquela comunidade não se resumem em providências policiais. A idéia de Mendes tem sentido, pois nem todos os candidatos têm coragem de sentir o cheiro do povo e, muito menos, conhecem os seus problemas.
Malandro
Um jovem de 24 anos acusado de falsificar carteira funcional do IGP (INstituto Geral de Perícias) foi preso em Viamão. Segundo o delegado João Cesar Nazário, o moço é funcionário de uma funerária e se apresen-tava à famílias de defuntos como servidor do órgão com o objetivo de obter alguma vantagem da realização de “perícias”. O malandro, que controlava o sucateado sistema de rádio da Brigada Militar, foi autuado por porte ile-gal de arma.
Barbárie
Uma mulher de 89 anos, identificada como Leonor de Lemos Xavier de Souza, foi assassinada dentro de casa no bairro Vera Cruz, em Gravataí. Ela foi encontrada foi encontrada na cozinha, com as mãos amar-radas e amordaçada. A vítima apresentava ferimentos pelo corpo. A policia civil trabalha com a hipótese de latrocínio, pois a moradia estava toda revi-rada. Trata-se de um crime hediondo que não pode ficar no rol do esqueci-mento.
O crime tendo a sociedade como cúmplice 206o29
A tolerância com os recém-iniciados como infratores é agravada pela inconsistente polí-tica de segurança pública.
A criminalidade obedece a uma hierarquia, a um escalonamento que, em primeiro plano, é natural e, logo depois, se torna um projeto organizado, teorizado, inclusive com códigos para julgamentos cuja pena maior é a da execução pura e simples. Nos planos inferiores, na fase de iniciação, a co-munidade participa, em massa, de alguma forma, na formação do infrator. A pirataria é tolerada e até incentivada, a extorsão de falsos guardadores de carro e de flanelinhas é atendida, a venda de vales-transporte de origem criminosa tem clientela permanente e por ai afora. No patamar mais alto do crime organizado, especialmente no tráfico de drogas, as classes mais ele-vadas da sociedade têm participação efetiva e da maior importância. Junte-se a isso a incompetência dos governos, inclusive dos atuais, que estabele-cem políticas de segurança pública com permanentes fumos de experiên-cias efêmeras, mas de repercussão midiática bem sucedida, não obstante enganosa.
Outro dia chamei a atenção para um roubo de vales-transporte e a atividade tranqüila dos “valeiros” nas proximidades dos terminais de ônibus. Num e-mail em que me explica a dialética da violência e da criminalidade, o co-mandante do 9° BPM, tenente-coronel Carlos Alberto Bondan da Silva, revelou-me que a Brigada está fazendo a sua parte. Só no primeiro semestre de 2008 foram apreendidos, aproximadamente, 37 mil vales-transporte, o que totalizou 385 ocorrências que foram encaminhadas à Justiça. Trata-se de um fato concreto, como concretas são a continuidade dos roubos de va-les e a ações dos “valeiros”. Continua, pois, valendo, o que este humilde marquês, vez por outra, lembra: “Se não tem carne e tem pastel de carne, algo há!”
Família
O Iargs (Instituto dos Advogados do RS) promoverá no próximo dia 9, terça-feira, em sua sede (travessa Acelino de Carvalho, 21), às 12h, a pales-tra “A Crise de Referências da Humanidade e os Reflexos na Subjetividade da Família”, a ser proferida pela psicóloga Sonia Sebenelo. O evento é a-berto ao público e tem entrada franca. O evento é coordenado pela vice-presidente da entidade, Helena Conti Raya Ibañez. Maiores informações pelo 3224.5788, www.iargs.com.br e [email protected].
Redução
A comunidade de Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre, está indignada com a possibilidade do 26º BPM vir a ser reduzido numa companhia. O município é um dos que mais colaboram com os organismos policiais e, segundo suas lideranças, não poderá ser castigado por isso.
Mobilização
As operações “Flanelinhas e Jogos de Azar”, “Sensação”, “Caixa Forte” e “Esforço Concentrado”, realizadas pela Brigada Militar entre quinta e sexta feira, mobilizaram no Estado um efetivo de 4.215 PMs em 1.534 viaturas. Foram presas 27 pessoas.
Cadeira vazia
A indecisão da governadora Yeda Crusius em escolher o coronel que irá preencher a vaga de juiz existente no Tribunal de Justiça Militar está pro-vocando uma angústia profunda entre os oficiais de mais alta patente da Brigada. Os mais próximos do Piratini são pródigos em sorrisos e gestos para com a chefe do Executivo ao mesmo tempo em que cuidam para não se submeterem a riscos que os façam cair em desgraça. É uma dança inte-ressante, mas que não combina com a nervosa operacionalidade do polici-amento ostensivo, que deve ser permanente e independente dos objetivos ou ambições pessoais. Mas enquanto uma cadeira estiver vazia naquela Corte, nenhum coronel terá suas noites com tranqüilidade absoluta.
Subsídios
Um dos mais importantes estudiosos do campo da segurança pública do Rio Grande do Sul, o professor Romeu Karnikowski, envia-me as seguintes observações: “Eu acredito que daqui alguns anos todos os salários dos ser-vidores será por subsídio. A questão é qual e como será implantada essa política. Por exemplo: uma coisa é o subsídio dos Magistrados e Procura-dores do Estado e a outra é o das categorias “mais baixas” no sentido remu-neratório. O subsídio de R$ 3.000 é diferente daquele de R$ 24 mil de um magistrado. Descontados quase 30% de imposto de renda, mais Previdência Social e outros pinduricalhos reduz-se os R$ 3.000 a quase metade desse valor. Além disso, deve haver uma diferença grande entre o soldado que ganha os R$ 3.000 de subsidio, no início de carreira, para o soldado com mais de vinte anos de atividade. No subsídio deste último devem estar in-corporadas algumas vantagens como triênios e quinquênios como premio, pelo menos, pelo tempo de serviço. Caso contrário, o subsídio para os ser-vidores com remuneração mais baixa pode ser uma catástrofe e uma cruel-dade.”