O equilíbrio está à vista? (4) 4i46i

Esse jogo de sombras todos os governos fazem. Como disse Rubens Ricúpero, o ministro de FHC: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”. É normal ao que parece, e não é muito diferente do que fazemos todos nós. Então, o problema propriamente não é o que o governo diz que fez ou está fazendo. O problema é querer que se acredite piamente no que ele diz. O problema é a imprensa aceitar e endossar o discurso oficial, sem nada questionar. Por exemplo: qual é o resultado efetivo do programa de corte de despesas na máquina estadual? Foi decretado no início do governo um corte de 30% nos gastos de custeio. Muita gente entendeu que era um corte de 30% no total das despesas da istração direta e ninguém fez muita questão de esclarecer. Na verdade as verbas de custeio representam pouco mais do que 10% do total das despesas, em valor seria no total pouco mais de R$ 1 bilhão por ano. Daí fez-se a conta e concluiu-se: o corte de 30% representou R$ 300 milhões de economia. ita-se que o corte tenha alcançado 100% do proposto (o que é difícil), quais os efeitos de um corte tão drástico, que está sendo mantido pelo segundo ano consecutivo? Ou era tão grande o desperdício que cortar 30% não custou nada?  (segue) 4x4jb

Justiça Militar do Estado ficará como está. 2ve2t

Contestada de tempos em tempos, a corte da Brigada Militar parece estar bem protegida.
A extinção ou a reestruturação do Tribunal de Justiça Militar do RS (que também pode ser considerado como o Tribunal da Brigada Militar), apontamentos que estão contidos na proposta que o promotor de Justiça João Barcelos levará à consideração da Assembléia Legislativa, envolve o reaquecimento de um debate da maior importância que surge de forma episódica em nosso meio. Ainda que não tenha as luzes de uma pitonisa, permito-me dizer que, considerando as implicações políticas, istrativas e pessoais que envolvem aquela corte, as probabilidades de reestruturação são mínimas e, as de extinção podem ser consideradas inexistentes. A Brigada Militar tem uma força política muito forte e os seus coronéis não deixarão tocar em seu tribunal, embora uma minoria defenda a sua extinção. Além disso, o Piratini como a Assembléia Legislativa não conseguem equacionar soluções operacionais e salariais da maior urgência para os policiais militares e, por isso, não irão conspirar contra os brigadianos que almejam a magistratura. Todo o debate que visa ao aperfeiçoamento da máquina do Estado deve ser permanente como é este reavivado pelo promotor João Barcelos. No entanto, os donos da máquina estatal são egoístas e seguem a filosofia de não engraxar os eixos de suas carretas. Sigam-me.
A vaga
A discussão proposta pelo promotor João Barcelos ocorre, exatamente, quando há uma vaga aberta no Tribunal de Justiça Militar do Estado que deverá ser preenchida por um coronel da Brigada, seja ou não bacharel em Direito. A nomeação do novo juiz depende única e exclusivamente da caneta da governadora Yeda Crusius. Tecnicamente, 25 coronéis são candidatos. No entanto, politicamente, no máximo, quatro tem chances de serem agracidados pela honraria. Aquele que conquistar a graça da governadora vestirá a toga com remuneração e satus de desembargador e assim ficará até a aposentadoria compulsória, aos 70 anos de idade, quando levará para casa a integralidade de seus vencimentos. E João Barcelos quer acabar com isso. Isso me lembra Bilac: “Ora, direis, ouvir estrelas…”
Banco
Uma agência do Banrisul, localizada na rua Tiradentes, no centro de Canoas, foi assaltada, ontem, por, pelo menos, quatro homens armados. Ninguém foi ferido. Cerca de 30 funcionários foram trancados no cofre. O comandante da Brigada Militar na cidade, coronel Rodolfo Pacheco, acredita que alguém facilitou a entrada dos bandidos na agência.
Brinquedo
Três jovens e um adolescente foram presos logo após assaltarem, ontem, um lotação da linha Vila Nova, zona sul de Porto Alegre. O assalto ocorreu na rua Campos Velho. Os criminosos usaram uma arma de brinquedo e uma pistola. A policia foi avisada e eles acabaram presos.
Fuzis
A Policia Civil, por meio do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, apreendeu material bélico, na manhã de ontem, em uma casa do bairro Restinga. De acordo com o delegado Gérson Mello, foram apreendidos fuzis, munição e cocaína.
Quadrilha
A Polícia Civil encerrou, ontem, a “Operação Trem Pagador”, coordenada pelo delegado Olinto Gimenez, destinada a combater as ações de uma quadrilha que praticava roubos a bancos no norte do Estado. Três pessoas foram presas em Itatiba do Sul e duas em Erechim. A quadrilha foi desarticulada em 30 de junho no interior de Entre Rios do Sul. Na oportunidade, a polícia evitou que fossem roubadas as agências do Sicredi e Banrisul daquele município. Foram presos, então, sete dos integrantes da quadrilha. Outros três resultaram mortos.

Sem ensaio

A rivalidade entre equipes da Polícia Civil e Brigada Militar está dando resultados positivos. As duas corporações estão investindo pesado contra o tráfico de drogas, mas cada uma na sua, nada de jogadas ensaiadas. A Vila Bom Jesus tem sido o centro de grande parte das operações.
Progresso
O muncípio de Serafina Correa, situado na encosta superior do nordeste gaúcho, a 230k de Porto Alegre, está com amplo progresso no seu sistema de segurança pública. Atualmente, Serafina já conta com uma delegada e dois agentes.

Ime no sistema penitenciário vs36

Circunstâncias políticas e funcionais retardam decisão em torno de quem deve ser o titular da Susepe.
Um dos pólos que marca o período de indecisões na área da pasta da Segu-rança Pública se situa na Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenci-ários). Com mais de um mês na titularidade nesta secretaria, Edson de Oli-veira Goulart mantém no comando de todo o sistema penitenciário gaúcho – que envolve três mil funcionários e em torno de 27 mil apenados – o inte-rino Bruno Trindade e não consegue desatar o nó que tem claras conota-ções políticas em que se digladiam o PMDB, o PSDB e o sindicato dos ser-vidores da Susepe, que tem Luiz Rocha na presidência.
Bruno Trindade, que é funcionário da Susepe, é homem do PMDB e o PSDB busca espaço no governo. O sindicato da categoria quer na superin-tendência um funcionário de carreira, mas não fecha com Trindade que per-tence a um grupo que, há muitos anos, se reveza nos principais cargos da instituição. O PSDB inclina-se pela indicação do atual ouvidor-geral da Se-gurança Pública do RS, Adão Paiani, que só assumiria se o seu adjunto fos-se um membro do sindicato, o que causa mal estar no governo. O coronel da Brigada Militar Paulo Renato Biachi Rodrigues, estaria sendo o preferi-do do titular da Segurança, mas, não obstante a sua competência, por ser de uma outra instituição, segundo Luiz Rocha, não tem a aprovação dos servi-dores da Susepe. Goulart terá de desfazer o ime lembrando que tudo na segurança pública e de máxima urgência, pois o Diabo não dorme.
Susepe
A Susepe anunciou, ontem, o nome do novo titular da 4ª DPR (Delegacia Penitenciária Regional, com sede em o Fundo. Trata-se de Canrrobert Fournier da Silva, 54 anos, e funcionário do órgão há 24 anos. Também foi designado o novo diretor do Presídio Regional de o Fundo, que ou a ser Marco Antonio Pereira da Silva, que dirigia o Presídio de Arroio do Meio.
Receptadores
A 17ª DP, após dois meses de investigações, apreendeu no Centro de em bairros da Capital eletroeletrônicos e substâncias entorpecentes, sendo que o ponto alto da operação foi a localização de 320 aparelhos de telefonia ce-lular num centro comercial da rua Voluntários da Pátria. Segundo o dele-gado Antônio Vicente Vargas Nunes, este foi o primeiro o em direção ao desmantelamento da quadrilha de receptadores que promove crimes con-tra pedestres no Centro da Capital.
Tiroteio
Dois assaltantes feridos em tiroteio com a Brigada Militar estão interna-dos no hospital São Vicente de Paula em o Fundo. Por volta das 22h de terça-feira a dupla assaltou um casal e fugiu para o distrito de Pulador onde houve o enfrentamento com os policiais.
Assaltantes
A policia prendeu, ontem, mais um envolvido no assalto a agência do Banrisul de Tenente Portela no Noroeste Gaúcho. O homem estava ferido em um matagal e se disse candidato a vereador da capital. O político, no entanto, está em campanha em Porto Alegre e foi assaltado há duas sema-nas nas proximidades do estádio Beira Rio e teve os documentos do carro e material de propaganda roubados. Uma mulher foi presa em Carazinho com um Vectra utilizado no assalto e um malote com quase 160 mil reais em dinheiro. Debora Alves, de 30 anos, é acusada de ter participado de um as-salto a carro forte em 2003 em Cachoeira do Sul. Ela é mulher do assaltante de banco Flávio Patel, de 38 anos, que está na penitenciária de alta segu-rança de Charqueadas.
Viaturas
Num prazo máximo de 90 dias, a Polícia Civil gaúcha contará com 43 novas viaturas. A Instituição adquiriu os veículos em pregão eletrônico rea-lizado no último dia 26 de agosto. Seis veículos serão distribuídos na Capi-tal e Região Metropolitana e os restantes irão para municípios do interior do Estado.
Subsídios
Representantes de todos os segmentos da Brigada Militar – de coronéis a soldados – e do comando da corporação, depois de uma série de reuniões criaram uma sugestão de anteprojeto de lei que estabelece o subsídio para os militares estaduais, aplicável aos inativos e pensionistas. Na proposta, é fixado como teto remuneratório o vencimento de coronel em R$ 19.699,82. O valor representa os salários, hoje em vigor, das polícias estaduais com melhor remuneração no Brasil. O documento foi entregue, terça-feira, ao comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes e de-verá ser reado, ainda nesta semana, à governadora Yeda Crusius.
A proposta da Brigada é muito parecida com a sugestão de anteprojeto a-provada pelos representantes das entidades de policiais civis do Estado. Todas as lideranças acordaram a busca pelo subsídio com teto de R$ 19.699,82. De maneira inédita, policiais militares e policiais civis estão juntos na busca por uma condição salarial considerada justa e digna.

O equilíbrio está à vista? (3) 51s66

Outra razão do meu “pé atrás” com essa história de zerar o déficit estadual já em 2009 é o discurso. Na campanha, a candidata Yeda garantiu que não aumentaria impostos. Vitoriosa, antes de assumir já tentou manter o aumento aplicado por Rigotto.
Depois, quando sua prioridade era aprovar um aumento de imposto, o governo dizia que o déficit era inável, sem uma receita extra (e o único caminho que restava era mais ICMS) o Estado se tornaria “ingovernável”.
Falava-se num buraco de R$ 2,4 bilhões em 2007. Depois, esse número foi revisto sem muita explicação para R$ 1,3 bilhões e, com a inapelável derrota do projeto de aumento do ICMS, o discurso mudou.
A ênfase, então, ou para o superávit primário, enfim alcançado ao final de 2007.
A receita do Tesouro estadual foi maior que as despesas correntes, por conta do surpreendente desempenho da economia estadual. Some-se a isso, o ganho com as ações do Banrisul (na verdade venda de patrimônio) e mais a economia feita com o corte de despesas, e eis que o tenebroso déficit evapora-se. É o que se lê na imprensa. (segue).

Indecisões na pasta da Segurança 4t4w1y

Mais do que os funcionários mais humildes, a modorra doa executivos da segurança pública atinge a sociedade.
A situação dos praças da Brigada Militar que prestam serviço no Disp (De-partamento de Inteligência da Secretaria da Segurança) não é cômoda, co-mo de resto acontece com toda a área da pasta da Segurança. Eles não per-cebem FGs (remuneração por função gratificada), privilégio de poucos, nem horas-extras, apesar da carga-horária excessiva. Há cinco meses que esses profissionais não recebem etapas de alimentação e, nisso, vale um jogo de empurra entre o comando geral da Brigada Militar e a cúpula da SSP-RS (Secretaria da Segurança Pública). Isso causa um grau de insatisfa-ção do efetivo lotado naquele departamento que deságua na sociedade, pois é a partir dali que são prestados serviços como o do disque-denúncia, por exemplo. Cabe salientar que chegou a sair no Diário oficial do Estado de 30 de julho ado, a Portaria de nº 109/2008, regulamentando as etapas de alimentação, assinada por José Francisco Malmann. No entanto, a Bri-gada fez vistas grossas para a publicação ao alegar que Mallmann já era. Sigam-me.
O pato
Além da carência de efetivo e do arrastado apoio logístico, a segurança pública é permeada por procrastinação de decisões que influenciam na me-sa de cada servidor, protecionismo em relação a apadrinhados em desvio de função, o que tem a cobertura dos Três Poderes e até mesmo por fantasias futurísticas. Tudo isso leva a alimentar a boataria de que tudo está sendo feito, entre vários setores das organizações policiais, no sentido de encami-nhar a extinção da pasta da Segurança. No entanto, no frigir dos ovos, quem paga o pato nesse processo são os servidores mais humildes e, muito mais ainda, a sociedade.
Ponto
A Brigada Militar descobriu um ponto de tráfico de drogas no Jardim Aparecida, em Alvorada. Sete homens, com idades entre 19 e 30 anos, fo-ram presos. Os policiais apreenderam uma pistola, um revólver, drogas e 14 telefones celulares.
Quadrilheiros
Sete pessoas foram presas em operação desenvolvida pelo Deic, em Es-teio. O grupo é apontado como responsável por clonar automóveis rouba-dos, falsificar documentos e vender os veículos por meio de anúncios em classificados. Seis pessoas foram detidas no bairro Primavera e outra em Alvorada. Foram apreendidos carros e dois revólveres. Segundo o delegado Heliomar Franco, os quadrilheiros se avam por funcionários do fórum central de Porto Alegre e da Receita Federal para vender os produtos com valor abaixo do mercado.
Mutirão
Um mutirão cartorário da Polícia Civil, em Porto Alegre, teve encerradas as atividades do mês de agosto. Dos 1.825 inquéritos distribuídos, 851 fo-ram concluídos. Ao todo foram indiciadas 616 pessoas Segundo o delegado Miguel Mendes Ribeiro Neto, coordenador do mutirão no mês de agosto, desde o início de junho foram remetidos à Justiça 2.719 inquéritos polici-ais.
Lei de Trânsito
A Acadepol (Academia de Polícia Civil) promoverá, amanhã, a partir das 14horas, no Auditório da SSP-RS, uma palestra com o jurista Damásio E-vangelista de Jesus. O tema a ser abordado é a repercussão penal da nova Lei de Trânsito. O evento resulta de uma parceria da Acadepol com a OAB/RS.
Vales
Quatro homens roubaram, ontem, 200 mil reais em vale transporte no hospital da Criança Conceição em Porto Alegre. É espantoso que a maioria desses vales são vendidos abertamente nas proximidades dos terminais de transporte coletivo da Capital e Região Metropolitana.
Banco
Quatro homens assaltaram, ontem, a agência do Banrisul no centro de Tenente Portela, na Fronteira Oeste gaúcha. O segurança do banco ficou ferido, mas está fora de perigo. Os ladrões fugiram em um Golf em direção a Miraguaí.
Idosos
Maria Inês de Castro Gonçalves e Vinícius Montag, escrivães de polícia lotados na DP para o Idoso, da capital, ministrarão, hoje, uma palestra para o grupo da terceira idade “Os Pioneiros”. Tendo como tema a segurança, o evento acontecerá a partir das 9h na sede do Clube Comercial Sarandi, lo-calizada na Avenida Salvador Leão, nº 277, bairro Sarandi, em Porto Ale-gre.
Paralisação
Os agentes da Polícia Civil do interior gaúcho paralisarão suas atividades nos dias hoje e amanhã. Neste período só serão registradas ocorrências (in-clusive flagrantes) de crimes com maior repercussão. O Sindicato dos Es-crivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul apre-sentou as reivindicações ao secretário Edson de Oliveira Goularte, mas não houve, manifestação sobre o atendimento das demandas. Nos dias 1º e 2 de outubro, a paralisação será feita na capital e região metropolitana. Nos dias de protesto, serão registrados os crimes de latrocínio, homicídio, lesão cor-poral grave, estupro, atentado violento ao pudor e todas as ocorrências que tiverem menores e/ou idosos entre as vítimas.

A morte de um coronel de paz 6y1a1q

Prioridade é uma palavra que está perdendo o sentido quando aparece em discursos oficiais.
O coronel da reserva da Brigada Militar, Celso Sousa Soares, 64 anos, mor-to a tiros, domingo último, por bandidos que tentaram assaltá-lo, era um amigo de muitos anos. Apaixonado pela cultura de nosso Rio Grande sem-pre foi estimado por seus companheiros de farda e por todas as lideranças do tradicionalismo gaúcho. Sóbrio em todos os seus gestos, Celso era um homem de paz e, talvez por isso, não tenham sido certeiros os tiros que dis-parou contra os bandidos que o atacaram.
Leio que o secretário da Segurança, Edson de Oliveira Goularte, quer prio-rizar o combate ao tráfico de drogas e assaltos para reduzir o índice de ho-micídios no Estado. Tanto quanto eu saiba, esta prioridade, no papel, existe há muito tempo. Como está só no papel, Celso, vítima de assalto, foi assas-sinado. Mas fatos semelhantes atingem a todas as categorias de cidadãos e os policiais estão submetidos ao mesmo cerco. Dentro deste diapasão penso que o vocábulo ‘prioridade’ deveria ser evitado nos discursos oficiais, pois ele está perdendo o sentido diante da falta de forças das organizações poli-ciais em combater a bandidagem. A palavra prioridade não significa ação. É preciso haja ação para que a sociedade sinta a existência da prioridade.
Identificação
O trabalho da Polícia Civil em torno do assassinato do coronel Celso foi ágil e bem sucedido. Os dois bandidos apontados como autores do crime foram identificados como Fabiano Luís Macedo e Emerson dos Santos. A ação dos investigadores provou, neste caso específico, a prioridade, o que não acontece quando se trata de estabelecer, pelo governo, a política da se-gurança para todos os cidadãos.
Emergência
Desde a noite de domingo, até ontem, em Viamão, houve oito assassina-tos e sete pessoas resultaram feridas e a a liderar o rankig das cidades mais violentas do estado, posição que durante muito tempo foi ocupada por Alvorada. A série de homicídios teve como episódio de maior gravidade a chacina ocorrida no bairro Minuano, onde, domingo, três jovens foram e-xecutados a tiros num ponto de venda de drogas. Este quadro está motivan-do uma série de reuniões nas cúpulas da Brigada Militar e da Polícia Civil, as quais deverão resultar em providencias emergenciais, o que estará longe se significar uma solução.
Assassinato
Um homem foi encontrado morto, ontem, no bairro Navegantes, em Es-teio. Segundo a policia civil, o corpo, com marcas de tiros, foi localizado dentro de um valão na rua Beira Rio. A vitima foi identificada como Luiz Ricardo Gomes de Souza, 23 anos.
Droga
Agentes da DP de Vacaria prenderam uma quadrilha que realizava tráfico de crack e maconha naquele município. O grupo era formado por um ho-mem com 31 anos de idade e três mulheres com 41, 23 e 24 anos. Eles agi-am em vários bairros.
Motoqueiros
Quatro homens assaltaram o hipermercado BIG de Cachoeirinha, por vol-ta das 9h15min de ontem. Segundo a Brigada Militar o grupo invadiu a lotérica localizada dentro do hipermercado e levou R$ 20 mil. Em seguida, roubou mais R$ 1 mil de um dos caixas do mercado. De acordo com os policiais, a ação foi rápida e não deixou nenhum ferido. Nenhum tiro foi disparado. Os bandidos fugiram em duas motos.
DNA
A perita químico-toxicologista do IGP (Instituto-Geral de Perícias), So-lange Pereira Schwengber, fez a defesa pública de sua dissertação de mes-trado, na última quinta-feira, na Faculdade de Biociências, da PUCRS. Com o trabalho acadêmico, intitulado “Utilização de marcadores de cro-mossomo ‘Y’ como ferramenta visando a elucidação de casos de crimes sexuais na genética forense”, a autora teve o objetivo de contribuir para a formação de um banco de dados de DNA da população do Rio Grande do Sul.
Susepe
O atual chefe do gabinete da SSP-RS (Secretaria da Segurança Pública), coronel Paulo Renato Biachi, que foi homem da máxima confiança de José Francisco Mallmann, está cotado para assumir a Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários). A indicação de Biachi, se acontecer, deverá provocar inconformismo entre os servidores da Susepe, que preferem um profissional de carreira naquele posto.

Uma bandeira no bairro Bom Jesus a616f

Nada contra as bandeiras, desde que elas estivessem hasteadas em todo o estado.
A beleza e a feiúra, a tragédia e a comicidade, a perfeição e o aleijume, o real e o virtual, o olor e o fedor, a corrupção e a honestidade, a justiça e a injustiça, a mentira e a verdade são concepções, entre outras, que nos levam à incerteza que é a exata certeza de todos os tempos: o homem (como gêne-ro) é um animal perfeito por ter todos os instintos dos animais imperfeitos. Há uma certa inconformidade por quem a por uma vizinha belíssima, inteligente e culta, que ama um pedreiro rude, de mãos calosas e suadas, sem saber que ele concretiza as obras de engenheiros e arquitetos, diplo-mados e de mãos lisas e perfumadas. Todos têm o seu valor, mas a inter-pretação disso sempre será contraditória e nenhuma poderá alcançar o que os pedreiros livres chamam de justo e perfeito. No fundo, bem no fundo, todos desejam que o príncipe seja belo e que case com uma divinal prince-sa. E o que tem isso a ver com a aridez dos temas que desenvolvo aqui, do alto da minha torre? Sigam-me.
Dúvida
A Brigada Militar montou uma barraca no bairro Bom Jesus e lá hasteou a gloriosa bandeira do Rio Grande o que, virtualmente, a a significar a vitória da policia ostensiva contra os traficantes de drogas que ali se estabe-leceram. A Brigada faz o papel de príncipe e a comunidade do bairro Bom Jesus é a princesa. E viverão felizes para todo o sempre? É claro que não, pois a Brigada não poderá sustentar este casamento. No entanto, por algum tempo, haverá, ali, no mínimo, a dúvida sobre a intensidade de poder do olor (da Brigada) e o do fedor (dos traficantes).
Pulverização
O projeto do governo (entendo como governo os três poderes e de lambu-ja o Ministério Público) na área de inteligência e operacional da segurança pública deveria dar condições para a SSP-RS (Secretaria da Segurança Pú-blica) de colocar não apenas uma barraca enbandeirada no bairro Bom Je-sus, mas, sim, pulverizar todo estado com um complexo de segurança que fugisse da filosofia do príncipe encantado que estará, sempre, entre o olor e o fedor.
Fuga
Três presos fugiram da delegacia de pronto atendimento de Gravataí. A fuga foi constatada na manhã de ontem. O trio havia sido detido em Cacho-eirinha entre a noite de quarta-feira e a madrugada de ontem. Dois foram presos em flagrante por roubo a pedestre e o outro estava foragido. Não pode haver espanto nesta fuga, pois, no RS as delegacias não têm nenhuma estrutura para manter vigilância sobre pessoas detidas.
Baleado
Um homem foi encontrado baleado dentro de uma casa de veraneio, na rua Espanha, em Capão da Canoa. Segundo a polícia, Pedro Cristiano Pires, de Almeida, invadiu a casa depois de ter sido ferido na barriga.
Prisões
Agentes da Polícia Civil prenderam dois homens acusados de envolvi-mento na tentativa de assalto à agência do Banrisul da rua José do Patrocí-nio, no bairro Cidade Baixa. Noé dos Santos Dias, de 41 anos, foi captura-do ontem e Paulo Dalbosco da Silva, de 20 anos, está preso desde terça fei-ra.
Detran
Uma quadrilha pode ter retirado dezenas de veículos dos depósitos do Detran na Região Metropolitana. A suspeita é da Polícia Civil de Eldorado do Sul. Segundo a delegada Tatiana Bastos o grupo utilizava procurações e documentos de automóveis falsos para ter o aos carros. Nessa quinta-feira um integrante foi detido quando tentava retirar irregularmente o veí-culo Golf de um depósito no município.
Tráfico
Um empresário de 28 anos foi preso, ontem, em sua residência, no bairro Jardim Lindóia, na capital, com 200 micropontos de LSD escondidos na palmilha do tênis. Ele foi detido pela segunda vez por tráfico de entorpecentes. O delegado Daniel Ordai monitorava o traficante a cerca de um mês.
Reproduzido com autorização do Jornal O Sul*

Brigada e Polícia Civil em rota de colisão 2s1s6y

Há uma angustiante indefinição sobre quem manda e quem lidera a segurança pública gaúcha.
Desde que iniciou o governo de Yeda Crusius estou envolvido, aqui na mi-nha torre, com, pelo menos, duas dúvidas que, com certeza, não estão no rol dos questionamentos da governadora, pois no seu discurso o tema nunca aflora em contradição com o que agita as discussões em todos os segmen-tos da sociedade. Minhas perguntas são simples e, evidentemente, não es-pero por nenhuma resposta, pois, nesse campo, a governo não responde na-da. Quem manda e quem lidera a segurança pública no RS?
Entendo que quem manda nem sempre é o líder e vice-versa. Por vezes penso que quem manda é o secretário da Segurança, Edson de Oliveira Goularte, mas ele não se apresenta como líder. De outra banda, o coman-dante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, desponta como líder, mas não se sabe se ele, realmente, manda. Num plano burocra-ticamente paralelo a Mendes, está o chefe da Polícia Civil, delegado Pedro Rodrigues, que, invisível, não aparece nem como quem manda nem como quem lidera.
Dentro desta moldura, o que poderia ser rolado até o final do governo para tudo ser recomeçado por Yeda, por falta de liderança plena ou pela indeci-são de quem é indicado e pago pelo erário para decidir, mais do que provo-car uma semi-paralização está fazendo com que Brigada e a Polícia Civil entrem em rota de colisão. Rusgas entre os dois braços mestres da seguran-ça estão se agravando e, amanhã, o coronel Mendes deverá, oficialmente, questionar o delegado Pedro sobre a exposição midiática, através de uma delegada de polícia, de um capitão da Brigada que estaria envolvido com um empresário das máquinas caça-níqueis. Mendes não sairá em defesa do capitão, mas protestará contra o que ele entende como uma gratuita agres-são contra a Brigada Militar a partir de um caso que está em investigação não conclusa. Sigam-me.
Perplexidade
Setembro deverá iniciar com um processo de retaliação entre a Brigada Militar e a Polícia Civil sob o pálio de filó do Piratini que, encaminhando-se para o final da primeira metade do governo, ainda não conseguiu definir a sua política de segurança pública. Há uma legião com saudade de Ênio Bacci, primeiro titular da Segurança do governo Yeda, há gente chorando a queda de José Francisco Mallmann, que cheio de fé sucedeu Bacci, e uma sociedade inteira perplexa diante da invisibilidade de Edson de Oliveira Goularte, substituto de Mallmann. Enfim, estamos perto de nos acostumar com o novo jeito de governar.
Maradona
Durante uma ação policial, em Pelotas, foi morto, ontem, o jovem Diego Maradona Vasconcelos Rodrigues, 22 anos, que foi baleado por policiais civis num ponto de drogas do bairro Simões Lopes.
Casais
Um tema sempre atual e que interessa a um universo imenso de pessoas: “A sucessão dos cônjuges e companheiros. Questões polêmicas.” O tema será aborddo na próxima terça-feira, das 12h às 13h30min por Mônica Guazzelli no Iargs (Instituto dos Advogados do RS). A palestra, com entra-da franca, ocorrerá na sede da entidade, na travessa Acelino de Carvalho, 21, centro da Capital.
Tristeza
Hoje, às 9h, será sepultado, no Jardim da Paz, Isaac Varriento, radialista competente, indiático, sorridente, grandalhão e amigo que, durante mais de duas décadas operava na parte técnica de transmissões que consagraram gente que, certamente, estará lhe prestando hoje homenagens que, em vida, ele nunca recebeu. Na sexta-feira, foi sepultado o jornalista Luiz Osório, o Barão, dono e editor do jornal Kronika. Amigo de muitas décadas, marco da história do jornalismo gaúcho.

Uma bandeira no bairro Bom Jesus a616f

Nada contra as bandeiras, desde que elas estivessem hasteadas em todo o estado.
A beleza e a feiúra, a tragédia e a comicidade, a perfeição e o aleijume, o real e o virtual, o olor e o fedor, a corrupção e a honestidade, a justiça e a injustiça, a mentira e a verdade são concepções, entre outras, que nos levam à incerteza que é a exata certeza de todos os tempos: o homem (como gêne-ro) é um animal perfeito por ter todos os instintos dos animais imperfeitos.
Há uma certa inconformidade por quem a por uma vizinha belíssima, inteligente e culta, que ama um pedreiro rude, de mãos calosas e suadas, sem saber que ele concretiza as obras de engenheiros e arquitetos, diplo-mados e de mãos lisas e perfumadas.
Todos têm o seu valor, mas a inter-pretação disso sempre será contraditória e nenhuma poderá alcançar o que os pedreiros livres chamam de justo e perfeito. No fundo, bem no fundo, todos desejam que o príncipe seja belo e que case com uma divinal prince-sa. E o que tem isso a ver com a aridez dos temas que desenvolvo aqui, do alto da minha torre? Sigam-me.
Dúvida
A Brigada Militar montou uma barraca no bairro Bom Jesus e lá hasteou a gloriosa bandeira do Rio Grande o que, virtualmente, a a significar a vitória da policia ostensiva contra os traficantes de drogas que ali se estabe-leceram. A Brigada faz o papel de príncipe e a comunidade do bairro Bom Jesus é a princesa. E viverão felizes para todo o sempre? É claro que não, pois a Brigada não poderá sustentar este casamento. No entanto, por algum tempo, haverá, ali, no mínimo, a dúvida sobre a intensidade de poder do olor (da Brigada) e o do fedor (dos traficantes).
Pulverização
O projeto do governo (entendo como governo os três poderes e de lambu-ja o Ministério Público) na área de inteligência e operacional da segurança pública deveria dar condições para a SSP-RS (Secretaria da Segurança Pú-blica) de colocar não apenas uma barraca enbandeirada no bairro Bom Je-sus, mas, sim, pulverizar todo estado com um complexo de segurança que fugisse da filosofia do príncipe encantado que estará, sempre, entre o olor e o fedor.
Fuga
Três presos fugiram da delegacia de pronto atendimento de Gravataí. A fuga foi constatada na manhã de ontem. O trio havia sido detido em Cacho-eirinha entre a noite de quarta-feira e a madrugada de ontem. Dois foram presos em flagrante por roubo a pedestre e o outro estava foragido. Não pode haver espanto nesta fuga, pois, no RS as delegacias não têm nenhuma estrutura para manter vigilância sobre pessoas detidas.
Baleado
Um homem foi encontrado baleado dentro de uma casa de veraneio, na rua Espanha, em Capão da Canoa. Segundo a polícia, Pedro Cristiano Pires, de Almeida, invadiu a casa depois de ter sido ferido na barriga.
Prisões
Agentes da Polícia Civil prenderam dois homens acusados de envolvi-mento na tentativa de assalto à agência do Banrisul da rua José do Patrocí-nio, no bairro Cidade Baixa. Noé dos Santos Dias, de 41 anos, foi captura-do ontem e Paulo Dalbosco da Silva, de 20 anos, está preso desde terça fei-ra.
Detran
Uma quadrilha pode ter retirado dezenas de veículos dos depósitos do Detran na Região Metropolitana. A suspeita é da Polícia Civil de Eldorado do Sul. Segundo a delegada Tatiana Bastos o grupo utilizava procurações e documentos de automóveis falsos para ter o aos carros. Nessa quinta-feira um integrante foi detido quando tentava retirar irregularmente o veí-culo Golf de um depósito no município.
Tráfico
Um empresário de 28 anos foi preso, ontem, em sua residência, no bairro Jardim Lindóia, na capital, com 200 micropontos de LSD escondidos na palmilha do tênis. Ele foi detido pela segunda vez por tráfico de entorpecentes. O delegado Daniel Ordai monitorava o traficante a cerca de um mês.

O equilíbrio está à vista? (2) v6i5m

Elmar Bones
Fico com pé atrás com essa história de zerar de um ano para o outro um déficit crônico de 30 anos por muitas razões. A primeira delas são os antecedentes. Em 1987, fiz uma reportagem sobre a façanha anunciada pelo governo Pedro Simon. Foi matéria de capa da revista IstoÉ. Em um ano e meio de austeridade, Simon havia alcançado o equilíbrio entre despesa e receita. Era um caso exemplar num Brasil em que quase todos os governos estavam endividados e deficitários
Aquele equilíbrio havia custado um sacrifício enorme à sociedade gaúcha. O estado ara 93 dias de greve do magistério, o arrocho nas despesas praticamente paralisava os serviços públicos…”Leve o Rio Grande no peito”, conclamava Simon.
Simon deixou o cargo um ano antes para ser candidato ao Senado, assumiu o vice, Sinval Guazzelli…O fato é que ao final do seu mandato, o rombo não só permanecia, como estava um pouco maior. Não foi a primeira nem a última vez anunciou o fim do déficit.(segue)