Tudo indica que o prefeito Sebastião Melo está brincando com fogo. 4i1355
A audiência extraordinária na Câmara, na noite desta terça-feira, 23, não deixa dúvidas: a ideia de considerar o parque da Redenção como um ativo urbano e entregá-lo a uma gestão empresarial é explosiva.
Ainda mais com um projeto de estacionamento subterrâneo embutido. É um projeto tão inábil que não faz jus à inteligência do prefeito Melo.
Por isso, talvez, muitos militantes do movimento contra a concessão suspeitem que a Redenção é o “bode na sala” do pacote de parques a serem concedidos a investidores privados. Nas negociações, o prefeito retira a Redenção e a o resto da boiada.
A audiência extraordinária, porém, mostrou que a situação pode fugir ao controle.
A emocionante mobilização dos usuários do parque da Redenção pode contagiar e gerar um movimento contra qualquer concessão de parque público.
O Calçadão do Lami, por exemplo, incluído à última hora no projeto, sem conhecimento dos moradores, já tinha vários representantes na audiência, que obtiveram da secretária Pellini a garantia de uma audiência lá no bairro, que não estava prevista.
Já dizia o velho Rosa: “Quando a esperteza é demais, engole o dono”