Zoravia Bettiol mostra instalação sobre incêndios em florestas em evento paralelo à Bienal do Mercosul 1f3230

A Galeria Zoravia Bettiol apresentará uma instalação de grande porte que denuncia incêndios em florestas no país e no exterior, durante o Portas para a Arte, projeto paralelo à 14ª Bienal do Mercosul. A concepção da obra “Florestas em Chamas” é da própria Zoravia, mas sua execução contou com a participação de um grupo de artistas. 51465h

Macaco na floresta em chamas – Foto: Gilberto Perin/Divulgação

A inauguração da obra acontecerá em 22 de março, cinco dias antes do início da Bienal. A antecipação é motivada por razão especial e justificada: a data marca o Dia Mundial das Águas, tema muito presente no ativismo de Zoravia como artista. Já no início deste século, ela defendia a criação de um Museu das Águas de Porto Alegre, próximo ao Guaíba.

.Tamanduá na floresta em chamas – Foto Gilberto Perin/Divulgação

“Queremos denunciar a destruição ambiental, conscientizar por meio da educação que precisamos reflorestar as áreas destruídas para que voltemos a ter um equilíbrio climático. Os problemas ambientais adquiriram uma proporção descomunal e as soluções exigem medidas governamentais e globais”, afirma Zoravia, aludindo à mensagem a ser ada ao público pela instalação.

.Galhos de árvores calcinados na floresta em chamas – Foto Gilberto Perin/Divulgação

“Esperamos que a COP 30 seja benéfica em suas resoluções”, acrescenta ela, do alto de seus 89 anos. A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas será realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA), na Amazônia, em novembro. Um dos temas da conferência é a preservação de florestas e biodiversidade. Para a artista, se não surgirem medidas positivas no encontro, “o nosso planeta estará se aproximando de uma crise climática sem volta”, alerta.

Artista Zoravia Bettiol trabalhando em seu atelier/ Divulgação

Artistas coautoras

As seguintes artistas atuaram junto com Zoravia e assinam a obra “Florestas em Chamas” como coautoras: Clara Koury, Elaine Veit, Inez Pagnoncelli, Marcia Balreira Souza, Rosane Moraes, Tereza Albano, Vera Matos e Verônica Daudt. O fotógrafo Gilberto Perin acompanhou o processo de produção do grupo para fazer um  fotográfico com o making off do trabalho.

Zoravia e as coautoras Rosane Morais, Clara Koury, Tereza Albano, Elaine Veit, e Vera Matos Foto Gilberto Perin/Divulgação

“Florestas em chamas” é uma instalação têxtil, tridimensional, cuja estrutura metálica alcança 3,40m de altura e o diâmetro, no solo, mede 3,50m. Pendurada no teto da galeria, conta com organza nas cores vermelho, laranja, amarelo e cinza, papelão e acetato pintados de preto e cordão de algodão trançado. O músico da OSPA Cosmos Grineisen responderá pela trilha sonora criada para a instalação, que também contará com iluminação especial.

“Amazônia, caixa d’água que rega o continente”

O texto de apresentação da obra coletiva será do geólogo Rualdo Menegat, professor da UFRGS, doutor em Ecologia da Paisagem, um dos mais respeitados especialistas ambientais. Para ele, o trabalho concebido por Zoravia “trata-se de uma obra de grande impacto estético e poético para refletir algo pesaroso, que é a perda dos verdadeiros paraísos da Terra: nossas florestas. A beleza estética da arte se coloca como um contrapeso à triste realidade e, por isso, permite à mente pensar e refletir profundamente essa perda. Essa função só as grandes obras de arte, como a de Zoravia, conseguem produzir”, analisa Menegat.

O professor ressalta que a Amazônia não é apenas o “pulmão do mundo”, como se costuma dizer. “Ela é simultaneamente a caixa de água que rega o continente e é um estoque de carbono retirado da atmosfera e, portanto, fundamental para regular o clima. Além disso, a Amazônia é berço de civilizações ancestrais que desenvolveram uma cognição humana singular: a de habitar florestas sem destruí-las”.

Declarando ter recebido com grande prazer o convite para escrever o texto da obra, Menegat pontua que Zoravia, “com todo seu talento artístico, nos faz pensar que a Amazônia é um verdadeiro santuário da Terra e que não pode ser uma paisagem em extinção”.

Gravuras

IEMANJÁ EM NOITE DE QUATRO LUAS – Série Iemanjá 78 X 50 cm 1973/ Divulgação

Além da instalação, a Galeria Zoravia Bettiol – na Rua Paradiso Biacchi, 109, em Ipanema – exibirá a mostra “Múltipla e Poética, Zoravia Bettiol – Gravuras”, com 30 obras da reconhecida artista, de nove diferentes séries em xilogravura, linóleogravura, serigrafia, gravura digital e litografia.

AFRODITE – Série Deuses Olímpicos – Xilogravura – 81 X 51 cm – 1976 /Divulgação

O Portas para a Arte envolve 45 espaços e 64 exposições na capital, nesta edição, com visitação gratuita. O projeto incentiva que galerias da cidade façam mostras durante a Bienal do Mercosul (de 27 de março a 1º de junho), para que artistas locais possam mostrar e vender obras ao público interessado em arte.

DEMÉTER – Série Deuses Olímpicos – Xilogravura – 47 X 80 cm – 1976/Divulgação

SERVIÇO:

 Galeria Zoravia Bettiol no projeto Portas para a Arte

Exposição da instalação “Florestas em Chamas”

Mostra “Múltipla e Poética, Zoravia Bettiol – Gravuras”

Inauguração dia 22/03, das 15h às 18h30

Visitação gratuita: de 23/03 a 23/06

Horário: de segunda a sexta das 10h às 18h; às sábados, das 10h às 13h.

Endereço: Rua Paradiso Biacchi, 109, bairro Ipanema, Porto Alegre

Primeiro concerto da OSPA em 2025 terá solo da harpista russa Ekaterina Dvoretskaya 5rf4v

A nova temporada de concertos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac-RS), já tem data para começar: 14 de março. Neste dia, uma sexta-feira, às 20h, o Complexo Cultural Casa da OSPA recebe a harpista russa  Ekaterina Dvoretskaya, em sua estreia no Brasil, como convidada especial.

O maestro Manfredo Schmiedt, diretor artístico da OSPA, é responsável pela regência da orquestra no programa dedicado aos compositores russos Reinhold Glière e Nikolai Rimsky-Korsakov. A venda de ingressos para o Concerto de Abertura da Temporada 2025 iniciou  nesta quinta-feira (27/3), pelo Sympla. Os valores seguem iguais aos de 2024, variando de R$ 10 a R$ 50. A apresentação também pode ser conferida ao vivo, pelo canal da OSPA no YouTube.

OSPA 09.11 – Clássicos da Broadway. Foto Vinícius Angeli/ Divulgação

Em 2025, a OSPA celebra 75 anos de existência. Para abrir uma temporada tão especial, o novo diretor artístico da OSPA, Manfredo Schmiedt, optou por um programa inusitado que revela a força da música orquestral: “Para esta abertura simbólica, escolhi duas obras que dialogam entre sutileza e intensidade. Ao destacar a harpa e contar com a presença da talentosa solista russa Ekaterina Dvoretskaya, reafirmo meu compromisso em ampliar espaços na música e convido o público a se encantar com a riqueza e a diversidade dos instrumentos musicais”.

A apresentação integra a programação do Mês da Mulher da Sedac-RS. Reconhecida em premiações internacionais, a harpista Ekaterina Dvoretskaya estará à frente da OSPA como solista da obra Concerto para Harpa e Orquestra, do compositor russo Reinhold Glière (1875 – 1956). Segundo a artista, a obra inicia com uma introdução solene repleta de “amor e esperança”, depois envereda por “uma história de amor cheia de reflexões, explosões de sentimentos”, finalizando com “uma verdadeira celebração, escrita pelo compositor dentro da tradição das canções russas”. “Glière cria uma obra grandiosa em conceito e sonoridade, enquanto permite que a harpa ressoe de forma plena, mesmo diante da estrutura densa da orquestra ao fundo”, avalia a musicista.

Ekaterina Dvoretskaia _ crédito Dejan Romih/ Divulgação

No mesmo concerto, após o intervalo, a Orquestra interpreta Scheherazade, Op. 35, de Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908). A obra, baseada na célebre coletânea de contos As Mil e Uma Noites, é uma das composições mais emblemáticas do repertório orquestral. O título Scheherazade é uma homenagem à lendária princesa que, noite após noite, narrava histórias tão fascinantes que salvavam a sua vida. “Em sua Suíte Sinfônica, Rimsky-Korsakov traduz esse universo mágico em uma obra orquestral rica em cores, texturas e temas líricos”, comenta o maestro Manfredo Schmiedt, “Scheherazade não é apenas uma obra-prima musical, mas também uma homenagem à força, inteligência e coragem feminina”, conclui.

Quem desejar descobrir mais detalhes sobre o programa pode prestigiar o Notas de Concerto, projeto de formação de público que traz comentários e curiosidades sobre cada obra que é apresentada pela orquestra na Série Casa da OSPA. No dia 14/3, às 19h, o professor Francisco Marshall faz a explanação na Sala de Recitais da Casa da OSPA – a entrada é  mediante o ingresso do concerto. Ao longo de 2025, outros especialistas comentarão os concertos da Série Casa da OSPA. Os encontros ocorrem na Sala de Recitais e são transmitidos ao vivo pelo canal da OSPA do YouTube.

Ekaterina Dvoretskaia _ crédito Yaroslav Yarovoi/Divulgação

Sobre Ekaterina Dvoretskaia

A harpista Ekaterina Dvoretskaia estudou na Escola Central de Música do Conservatório Tchaikovsky de Moscou (2010–2021) e, em 2023, tornou-se aluna do Koninklijk Conservatorium Brussel, sob a orientação de Agnès Clément. Desde 2020, é solista da Casa da Música de São Petersburgo e, desde 2022, da Orquestra Juvenil Pan-Russa. Realizou recitais solo e colaborou com orquestras renomadas em locais icônicos, como o Royal Theatre La Monnaie (Bruxelas), os Teatros Bolshoi (Moscou) e Mariinsky (São Petersburgo) e a Filarmônica de Moscou. Venceu o Concurso Internacional de Harpa de Israel (2022), o III Concurso de Música Pan-Russo (2020) e a Harpa de Ouro (2024), entre outras competições.

Maestro Manfredo Schmiedt regendo a OSPA- Foto Vinicius Angeli/ Divulgação

Sobre Manfredo Schmiedt

Com uma destacada carreira na regência coral e orquestral, Manfredo Schmiedt é o atual diretor artístico da OSPA. Mestre em Regência pela Universidade da Geórgia (EUA) e graduado pela UFRGS (BR), recebeu as distinções Pi Kappa Lambda Music Honor Society e Director’s Excellence Award. Foi regente convidado de prestigiadas orquestras e atuou por mais de 30 anos no Coro Sinfônico da OSPA e 18 anos como diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica da UCS.

SERVIÇO

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE

CONCERTO DE ABERTURA DA TEMPORADA 2025

SEXTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2025

Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com Francisco Marshall.

Onde: Complexo Cultural Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).

Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.

Bilheteria: via Sympla em sympla.com.br/casadaospa a partir de 27/02 ou no Complexo Cultural Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.

Estacionamento: gratuito, no local.

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.

Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.
Este evento disponibiliza medidas de ibilidade.

PROGRAMA

Reinhold Glière | Concerto para Harpa e Orquestra Op. 74 em Mi bemol Maior

Solista: Ekaterina Dvoretskaya (harpa)

Intervalo

Nikolai Rimsky-Korsakov | Scheherazade, Op. 35

Solista: Ekaterina Dvoretskaya (harpa)

Regência: Manfredo Schmiedt

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Banrisul, TMSA e Tramontina.

Apoio da Temporada Artística: Unimed, Imobi e Intercity. Promoção: Clube do .

Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação OSPA, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

Acompanhe as notícias da Fundação OSPA:

ospa.rs.gov.br

instagram.com/ospabr

facebook.com/ospabr

youtube.com/ospaRS

twitter.com/ospabr

Cortejo do Bloco das Pretas acontece no sábado de Carnaval 3s2r6e

O Bloco da Pretas, primeiro bloco de carnaval  formado exclusivamente por mulheres negras, já tem data para o seu cortejo. O grupo agendou sua saída para o dia 1º de março, na Orla do Gasômetro, a partir das 16h. O repertório contará  com músicas de autorias e de cantoras negras brasileiras,  como Ludmilla e Elza Soares. O Bloco das Pretas segue recebendo apoio financeiro pelo pix [email protected].

“É um bloco para todas as pessoas celebrarem a vida, principalmente mulheres negras de todas as idades”, afirma Negra Jaque, uma das fundadoras do Bloco das  Pretas.

Fundado em 2019, o bloco tem como objetivo fortalecer a presença das mulheridades no carnaval do sul do país. A iniciativa propõe não apenas celebrar a arte e a cultura afro-brasileira, mas também combater a violência e a objetificação enfrentadas pelas mulheres negras. Além disso,  o projeto se alinha às lutas antirracistas e feministas, proporcionando um espaço seguro para a expressão, valorização e fortalecimento da identidade negra, além de oferecer oportunidades de aprendizado e intercâmbio cultural.

‘Acordei ontem, ainda era hoje’ na exposição fotográfica de Fábio Del Re 1971e

O fotógrafo Fábio Del Re inaugura no dia 15 de março próximo, sábado, às 17h, sua nova exposição, “Acordei ontem, ainda era hoje”, no V744atelier. A mostra reúne uma série de trabalhos fotográficos que exploram a interseção entre memória, esquecimento e o tempo, criando uma reflexão profunda sobre a efemeridade da vida e a permanência das imagens. A exposição faz parte do projeto “Portas para a Arte – Fundação Bienal do Mercosul” e ficará aberta para visitação até o dia 26 de abril.

Foto de Fábio Del Re/Divulgação

A nova fase de Fábio Del Re, que sempre se destacou por sua produção autoral em fotografia, traz uma proposta mais introspectiva, com um olhar sensível para o abandono e a perda de identidade. Em “Acordei ontem, ainda era hoje”, o artista explora, entre outros temas, a “linearidade do tempo e como ele pode ser desconstruído”. Em suas palavras, “estou fazendo um trabalho que internamente está mexendo muito comigo, com questões sobre o esquecimento, o tempo e a memória”.

Foto de Fábio Del Re/Divulgação

Diferente de suas produções anteriores, que muitas vezes focaram registros de arquitetura e cultura, esta exposição adentra um universo mais pessoal, refletindo sobre o processo de descarte e o esquecimento das imagens, em especial, através da compra de fotografias antigas e esquecidas. “Chamo estas fotografias de meus órfãos, são órfãos. Elas foram descartadas, ninguém mais sabe quem são aquelas pessoas. Fui encontrando nelas algo que me tocou profundamente”, explica Del Re.

Foto de Fábio Del Re/Divulgação

O trabalho não se limita à fotografia tradicional. Fábio, que prefere “a parceria do acaso, do acidente”, se utiliza de técnicas que incluem o tempo como elemento próprio da obra, com fotos mal fixadas, mofo e furos causados por insetos. Esses elementos acabam criando uma estética única que reforça o conceito de impermanência. Ele afirma: “O tempo fez sua marca nas fotos, nos furos dos insetos, no mofo dos livros… o mais importante foram os achados e as escolhas das fotos que acompanham a narrativa”. Ainda sobre este tema, em seu texto crítico, o escritor Flávio Kiefer comentou:  “Estamos diante de uma produção que quer falar sobre o tempo, sobre a memória, sobre a presença e a ausência como conteúdo norteador, mas, se nos deixarmos levar pela fruição do que nos é apresentado, fala de muito mais”.

Foto de Fábio Del Re/Divulgação

Além da questão estética e conceitual, o ambiente do V744atelier, uma casa que também é atelier de Vilma Sonaglio, idealizadora de V744, proporciona uma relação mais íntima e orgânica entre as obras e o público. Del Re destaca: “Este espaço é muito diferente, é uma casa, pessoas moram aqui, não é uma galeria. Isso tira a ideia de uma exposição convencional e coloca o foco no trabalho em si”. Para ele, esse ambiente sem filtros e sem a formalidade de uma galeria tradicional aproxima o espectador da arte.

A exposição contará com 16 obras, aproximadamente, que variam de tamanhos e formatos, e propõem uma experiência sensorial e introspectiva, convidando os visitantes a refletirem sobre a atemporalidade e a finitude. Fábio Del Re expressa sua expectativa para a mostra: “Gostaria que as pessoas saíssem atordoadas, tocadas pela ideia de que o tempo é algo que nos escapa, que a memória e o esquecimento caminham juntos, e que o que é visto nem sempre reflete a realidade”.

Sobre Fábio Del Re

Fábio Del Re é fotógrafo e iniciou sua trajetória na New England School of Photography, em Boston (EUA), onde viveu por seis anos. Durante esse período, foi premiado com o School Honors (1989) e o Honors in Black and White (1989). Desde então, Del Re tem se dedicado a desenvolver um trabalho autoral em fotografia, sempre com uma forte presença de reflexão sobre a memória, o tempo e a arquitetura.

Banda “Produto Nacional” e a dupla “50 Tons de Preta” animam a festa Black is beautiful 407052

Duas das principais bandas negras do Rio Grande do Sul se unirão, no dia 22 de fevereiro, para fazer a Festa Black Is Beautiful. Produto Nacional e 50 Tons de Preta sobem ao palco do Nosso Tap Room  (Conselheiro Travassos, 203), no Quarto Distrito. O evento inicia a partir das 19h e será  um momento de celebrar black music e todos os iradores do reggae, do soul, do rap e da MPB.

A discotecagem fica a   cargo do DJ e beatmaker MDN Beatz.

Dona de sucessos como “Esperança”, “Reggae Paradise”, “Oprimidos e Opressores” e “A Mão do Justo” e mais recentemente de “O amor  é  o guia”, a Produto Nacional é uma das bandas pioneiras do reggae no Rio Grande do Sul, conta com três discos de estúdio e diversas participações em coletâneas. Sua história foi reconhecida pela Câmara Municipal de Porto Alegre pelo comprometimento com as causas sociais e raciais com o Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues, em 2003.

A dupla “50 tons de preta”. Foto: Divulgação

50 Tons de Pretas surgiu em 2017, formado pela dupla de cantoras e instrumentistas Dejeane Arruée e Graziela Pires. Nesta caminhada, já acumulam um repertório representativo e diverso, inúmeros prêmios e um reconhecimento público que as orgulha. O disco de estreia, ‘Voa’, lançado em novembro de 2020, foi amplamente aclamado e premiado em 2021 no Prêmio Açorianos, destacando-se como Melhor Álbum MPB, melhores intérpretes e compositoras, um feito inédito para duas artistas pretas com trabalho independente. Em 2021, o EP ‘Então Vem’ também recebeu prêmios em festivais no Paraná e Minas Gerais. Em 2023, foram reconhecidas como Melhor Banda MPB no Prêmio Profissionais da Música. Em 2024, lançaram o álbum “Tira o teu Racismo do Caminho”, com patrocínio do Natura Musical e apoio da Lei de Incentivo à Cultura do RS.

O evento  é  produzido pela Paulo Dionísio Produções e Carrasco Produções. Os ingressos podem ser  adquiridos pelo site  e custam R$ 20.

“Ecos do Feminino” traz exposição coletiva com obras de cinco artistas gaúchas 2n573m

Com abertura programada para o dia 19/02, a Habitart Galeria de Arte, em Porto Alegre/RS, reúne cinco artistas visuais e suas criações em pinturas que retratam representações sobre a mulher na exposição “Ecos do Feminino” até o dia 22 de março de 2025.

Obra de Delise Renck. Crédito_Marilene Bittencourt/ Divulgação

Por meio de seus traços, Delise Renck, Graça Tirelli, Ita Stockinger, Jaque Biazus e Tita Macedo destacam aspectos que realçam etnias, acolhimento, força, vulnerabilidade, compaixão, sensualidade, independência, leveza, poder. Para Marilene Bittencourt, curadora da exposição, a mulher, nos seus mais diversos papéis na sociedade, merece estar representada, também, como forma de ativismo frente aos cenários que o mundo vive: “Cada vez mais, precisamos reafirmar nossa importância em todas as frentes, e a arte é um veículo de expressão que impacta e faz refletir. Além disso, reunimos um grupo de artistas mulheres iráveis em suas trajetórias, técnicas e identidades próprias”.

Obra de Graça Tirelli-Matrioska. Crédito Marilene Bittencourt

A coletiva abre o calendário de exposições de 2025 da Habitart, que tem se destacado na divulgação e exposição de nomes consagrados nas artes visuais, bem como novos artistas que estão despontando no circuito.

Tita Macedo -Recatada. Crédito Marilene Bittencourt/Divulgaçãao

Faz parte da programação do “Ecos do Feminino” o Conversa com as Artistas e a Visita Guiada, no dia 12/03. Por meio de um bate-papo informal, o público poderá interagir com perguntas sobre processos criativos, inspirações, referências e vivências das artistas para a realização de suas obras. Integrando a programação, a palestra da curadora de arte e historiadora Giselle Padoin sobre a mecenas e um dos nomes mais importantes do mundo das artes, a norte-americana Peggy Guggenheim, com data prevista para o dia 22 de março.

Obra de Jaque Biazus-Estelares. crédito Marilene Bittencourt/Divulgação

SERVIÇO

Exposição: Ecos do Feminino

Artistas: Delise Renck, Graça Tirelli, Ita Stockinger, Jaque Biazus e Tita Macedo

Coquetel de abertura: quarta-feira, dia 19 de fevereiro de 2025, das 18h30 às 21h30

Vigência: a exposição seguirá aberta à visitação até o dia 22 de março. A galeria é aberta ao público de quarta a sábado, das 14h às 18h

Outros dias e horários, sob agendamento prévio pelo WhatsApp (51) 981899181

Conversa com as artistas e visita guiada: dia 12 de março, das 18h30 às 21h30

Visitação gratuita

Endereço: Rua Coronel Armando Assis, 286 – Bairro Três Figueiras – Porto Alegre/RS

Instagram: @_habitart_

 AS ARTISTAS

Artista Delize Renck. Crédito: Marilene Bittencourt/Divulgação

Delise Renck (Cachoeira do Sul/RS). Vive entre Porto Alegre/RS e Cascais/Portugal. Publicitária pela PUC-RS, tendo atuado no mercado por longos anos. Após um período morando em Paris, aproximou-se da arte. Ao retornar, iniciou cursos de extensão em História da Arte e ou a frequentar o Atelier Lou Borghetti, recebendo orientação da artista por sete anos. Sempre buscando aperfeiçoamento, tem participado de cursos sobre temáticas relacionadas à arte, tecnologia, técnicas de pintura, bem como profissionalização na área. Incorporam-se ao currículo salões internacionais de pintura nos EUA, sendo premiada em duas categorias, além de exposições no Brasil, Peru, Ucrânia, Barcelona e Dubai.

Artista Graça Tirelli. Crédito Graça Tirelli/Divulgação

Graça Tirelli (Alegrete/RS). Graduada em Biologia, desde muito jovem demonstrou interesse pela arte. Desenvolveu sua técnica em cursos e escolas no Brasil e no exterior. Frequentou ateliês, como Fernando Baril, Carlos Wladimirsky, Paulo Houayeck. Estudou no Atelier Livre Xico Stockinger, em Porto Alegre; na Art Academy, em Londres; na Ball State University/EUA com Marilynn Derwenskus; além de David Rosado, em Lisboa. Participou de projetos de arte nacionais e internacionais, como a National Endowment for the Arts/EUA. Com mais de 75 exposições coletivas nacionais e internacionais, suas obras marcaram bienais e feiras, entre elas, Red Dot/Miami, Macau Biennale/China, Carrousel Du Louvre/Paris, Artconnect Women/Dubai, Mauritius ArtFair. Representada por galerias de Porto Alegre, São Paulo e Barcelona, com obras nas plataformas online Artsy, SaatchiGallery, Artsper. Soma mais de 20 exposições individuais e 15 premiações em exposições de arte nacionais e internacionais.

ArtistaI ta Stockinger. crédito Marilene Bittencourt/Divulgação

Ita Stockinger (Bagé/RS). Advogada, artista visual, galerista, curadora de arte. Tem formação em desenho industrial e artístico e realiza estudos permanentes em pintura com mestres brasileiros. Nos anos 1980, sob influência do escultor austríaco Francisco A. Stockinger, começou a irar a arte modernista e a conviver no meio artístico. A partir de 2000, estudou pintura com Lou Borghetti e Fernando Baril. Tem influência das obras de Maria Lídia Magliani, Marcelo Grassmann, Iberê Camargo, com os cadernos de Picasso e Paula Rego. Hoje faz parte do Grupo de Estudos com o professor Charles Watson no Parque Lage/RJ. Dentro da arte expressionista contemporânea, seus trabalhos são exibidos no Brasil e no exterior.

Artista Jaque Biazus. crédito Marilene Bittencourt/Divulgação

Jaque Biazus (Caxias do Sul/RS). Sua vivência nos últimos 30 anos na inspiradora Praia do Rosa/SC a fez despertar para a pintura como autodidata. Em 2015, ou a frequentar o Atelier Lou Borghetti. Teve aulas com Fernando Baril, Rosali Plentz e, atualmente, Márcia Rosa é uma de suas mestras. Participou de exposições coletivas na Art Lab Gallery/SP, na Art Design Gallery/Miami/EUA, na Fundação Iberê Camargo e Galeria 506, em Porto Alegre.

Artista Tita Macedo. Crédito Marilene Bittencourt/Divulgação

Tita Macedo (Porto Alegre/RS). Sua carreira se iniciou no Rio de Janeiro, quando estudou na Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio de Janeiro, em 1975. Em Porto Alegre, frequentou o Atelier Livre Xico Stockinger, fez cursos de desenho com Ho Monteiro, Fabriano Rocha e Gustavot Dias. Participou, por 13 anos, das aulas regulares no Atelier Lou Borghetti. Para ampliar seus interesses, frequentou cursos de História da Arte com Maria Helena Bernardes, Jailton Moreira, extensão em História da Arte na PUCRS, cursos de Função Poética com Ricardo Silvestrin, pintura com Fernando Baril e o Laboratório de Criatividade de Ana Flavia Baldisserotto. Realizou exposições individuais em Porto Alegre e coletivas no Espaço Cultural dos Correios, Fundação Iberê Camargo, Galeria Bolsa de Arte, Museu de Arte de Londrina/PR, e em países como Estados Unidos (Miami e Los Angeles), Hungria, Áustria, Eslováquia, República Dominicana, França.

 

 

Exposição que a enchente frustrou está no Espaço Força e Luz até 15/2 5e493y

Está no Espaço Força e Luz, no Centro Histórico de Porto Alegre,  a exposição “Antropologia Visual” que reúne 17 trabalhos de 27 artistas trabalhos selecionados por edital.

Sob forma de etnografias visuais e audiovisuais, fotografias, desenhos, colagens e ensaios, as obras apresentam recortes de vivências sociais e culturais contemporâneas caracterizadas pela diversidade.

“O objetivo é aproximar o público e dar visibilidade à tradição de pesquisa, interpretação e produção no campo da antropologia visual e da imagem”, segundo Sylvia Bojunga, diretora do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul.

A exposição estava em montagem, quando   o prédio do Margs, na praça da Alfândega, em Porto Alegre, foi inundado pela enchente de maio de 2024.

A mostra foi adiada e transferida para o Espaço Força e Luz, enquanto o edifício do Memorial a por reformas e obras.

Obras e autores participantes da exposição:

·  Nosso Território Nhande Ywy | filme etnográfico de Ana Ferraz

·  Nhanderexarai Vaerã Heỹ – Moa’i (Para não esquecer – Remédios) | filme etnográfico de Fábio Abbud e Cacique Karaí Tatendê (José de Souza)

·  Quando um livro se torna álbum de família: o reencontro do fotoetnógrafo Luiz Eduardo Robinson | Luiz Eduardo Robinson Achutti e Museu das Memórias (In)Possíveis

·  Estudantes da EJA: sujeitos/as/es de direito | Katiuci Pavei

·  A senhora de todas as sessões | Karen Käercher

·  Cybernéticos Low Tech | Mauro Bruschi, Jerônimo Magni Bruschi e Claudia Turra Magni

·  Entre sakuras, danças e tambores | Alexsânder Nakaóka Elias

·  Da Palha Cana-brava – Ilha de Maré | Lucas Barreto de Souza

·  Escrituras com Palimpsestos fotográficos urbanos | Felipe da Silva Rodrigues

·  Contra-intuitivo: Toda mulher que precisa de um santo é forte | Maria Carmencita da Felicidade Job, Laura Veronese e Camila Xavier Nunes

·  Estaleiro em dois tempos | Fernanda Rechenberg e Joaquim Rechenberg Benatto

·  É preciso aprender a voltar para casa | Araunã, Éder Braz, Jeferson Vieira, Luz Mariana Blet e Sérgio Anansi

·  O negro e a cidade | Elisa Algayer Casagrande

·  Abismo: agora não se ouvia mais nada, só o silêncio. Só o abismo daquele silêncio | Alex Hermes

·  Na encruzilhada do mercado | Aiá Rodriguez

·  Do outro lado do espelho tem um rio que corre na minha direção | Júlia Mistro Rodrigues

·  Uma vida bordada: a malha de Luiz Carlos Lessa Vinholes (1933-) | Hellen Fonseca

Local: Galeria Arquipélago, Espaço Força e Luz – Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico de Porto Alegre

Visitação: até 15/02/2025 – de segunda a sexta, das 10 às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h

 

 

Graça Craidy completa dez anos de arte expondo violência contra mulher em “Meu bem, meu mal” 4o2635

 

Depois de uma década denunciando violência contra a mulher com suas pinturas, a artista visual gaúcha Graça Craidy reúne obras das suas várias coleções como a série Até que a morte nos separe, com retratos das cenas dos crimes de feminicídio coletadas em fotos de noticiários, a série Livrai-nos do Mal, em que aponta as violências referidas pela Lei Maria da Penha, a série Feminicidas, o machismo que mata, com homens portando revólveres no lugar do pênis, e Estupro, com assédio masculino, entre outras.
A exposição Meu bem, meu mal, abre na terça-feira (11/02), no Memorial do Ministério Público, na Praça Marechal Deodoro, esquina com a rua Jerônimo Coelho.

Tudo começou em março de 2015, ano da primeira exposição da artista, quando suas obras da série Até que a morte nos separe foram selecionadas para o Salão de Artes do Atelier Livre Xico Stockinger, de Porto Alegre, onde estudava desenho e pintura, e quando foi convidada, também, a compor o Dia da Mulher no Centro Cultural Zona Sul, no bairro Tristeza, da Capital.

Após essas mostras iniciais, Graça Craidy foi convidada a expor a mesma série sobre feminicídio em importantes instituições, como o Memorial do Palácio da Justiça, Pinacoteca AJURIS, Memorial da Justiça Federal, Assembleia Legislativa, Memorial do TRE, Memorial do TRF4, e também em universidades, como FURG – campus de Rio Grande, UFPR – Campus Mourão (online), e mais tarde, no Museu da UFRGS, como convidada especial dos graduandos em Museologia, para integrar a sua exposição feminista de final do curso.

Também inspirou trabalho acadêmico para aluna de disciplina Projetos Especiais, no curso de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS, integrou a capa do livro A Lei Maria da Penha na Justiça, da desembargadora Maria Berenice Dias, além de ilustrar capa e quatro páginas do caderno DOC, de ZH, em novembro de 2015, quando a redação do ENEM abordou o tema Violência contra a mulher.

Fotos: Arquivo pessoal/ Divulgação

“A palavra feminicídio ainda nem era conhecida, tive que fazer um banner explicando o termo”, conta a artista. “Coloquei embaixo dos quadros a foto original da reportagem que inspirou a pintura, e o efeito foi devastador. Ao atinarem que aquele não era apenas o retrato de uma mulher dormindo, mas de uma mulher morta – e pior: morta pelo marido ou pelo ex – as pessoas levavam um choque, queriam debater o assunto, entender o que se ava”- acrescenta a artista.

“Foi assim que o assunto feminicídio ou das páginas policiais para o caderno de cultura. Em pouco tempo, eu expus mais de 12 vezes a mesma série. Todo mundo queria discutir feminicídio e, lamentavelmente, continua querendo, dado os recentes números de feminicídio no Brasil, considerado hoje não mais apenas um caso de segurança, mas de saúde pública.”

O nome da exposição, “Meu bem, meu mal”, é uma referência ao contexto onde acontecem os crimes: sempre dentro do lar, sempre, na maioria das vezes, praticado pelo marido, companheiro, namorado ou ex que não aceita a separação.

Nesta mostra no Memorial do Ministério Público, Graça Craidy mostra 30 obras selecionadas entre as mais de 50 que pintou sobre o tema. O vernissagem será às 17h, na Praça Marechal Deodoro 110. A entrada é franca.

Texto: Carlos Souza

SERVIÇO

O QUÊ: EXPOSIÇÃO MEU BEM MEU MAL, DE GRAÇA CRAIDY
QUANDO: DE 11 DE FEVEREIRO A 11 DE MARÇO

HORÁRIO: DE 2ª A 5ª, DAS 8 ÀS 19 HORAS,
ÀS 6ªs, DAS 8 ÀS 15 HORAS;
SÁBADO E DOMINGO,FECHADO

ABERTURA: 11 DE FEVEREIRO, ÀS 17 HORAS

ONDE: MEMORIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

PRAÇA MARECHAL DEODORO, 110, ESQUINA COM A RUA JERÔNIMO COELHO.

“Atos e Cenas do RS”: inscrições abertas para selecionar 20 espetáculos 4p426i

O edital “Atos e Cenas do RS”, para ocupação do Teatro Oficina Olga Reverbel, foi lançado nesta segunda-feira (3/2), pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen) e da Fundação Teatro São Pedro (FTSP).

A iniciativa busca contemplar 20 espetáculos de artes cênicas, como circo, dança e teatro, com o subsídio de R$ 2,5 mil, isenção da taxa do teatro e bilheteria integral. As inscrições estarão abertas de terça-feira (4/2) até o dia 24 de março e podem ser realizadas neste link.

As apresentações ocorrerão em um total de 20 datas, entre os dias 2 de julho e 19 de novembro, em todas as quartas-feiras, às 19h, em sessões únicas. Por meio de uma parceria com o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc/RS), as equipes dos espetáculos selecionados que tenham endereço fora de Porto Alegre contarão com apoio para logística de alimentação, hospedagem e transporte. e o regulamento na íntegra clicando aqui.
Podem apresentar propostas pessoas jurídicas de direito privado representantes de artistas, grupos e coletivos – que tenham entre suas finalidades legais o exercício de atividades na área cultural, como associações, fundações, sociedades simples, incluindo cooperativas –, sociedades empresariais e empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI) ou Micro Empreendedor Individual (MEI), desde que estabelecidas no Rio Grande do Sul, conforme comprovado pelo endereço cadastrado no cartão de CNPJ do proponente responsável pelo espetáculo.
A Comissão de Avaliação do edital irá considerar os seguintes critérios: consistência da concepção artística do espetáculo; criatividade e inovação na forma de experimentação artística e relação com o espaço; estratégias de produção, montagem e divulgação; e ações afirmativas (inclusão e protagonismo de grupos sociais discriminados no elenco, na equipe ou na temática abordada). O atendimento aos princípios receberá, respectivamente, 35, 35, 20 e 10 pontos, totalizando 100 pontos.
Os resultados preliminares serão divulgados em 14 de maio, e a listagem definitiva dos contemplados e suplentes, em 02 de junho.

Esse edital faz parte do LabMultipalco, é um projeto de políticas públicas desenvolvido para a ocupação descentralizada do Multipalco Eva Sopher, com fornecimento de eixo formativo para as artes cênicas gaúchas.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Coletiva de artistas gaúchas apresenta obras com abordagem feminista no Rio de Janeiro o4f15

Mostra reúne mais de 120 trabalhos, de 46 criadoras, no Centro Cultural Correios, entre 5 de fevereiro (abertura) e 22 de março

Obra de Helena d’Avila /Divulgação

Uma mostra com viés feminista e representativa da recente produção de artistas visuais mulheres do Rio Grande do Sul será aberta no dia 5 de fevereiro, às 16h, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Ana Zavadil, que foi curadora-chefe do MARGS, o principal museu público do RS, e do MACRS, além de curadora assistente da 10ª Bienal Mercosul (2015), a exposição apresenta mais de 120 obras, de autoria de 46 artistas.

Curadora Ana Zavadil – Arquivo pessoal – Divulgação –

“Esse trabalho é mais um avanço na expansão da pesquisa em relação às artistas gaúchas”, diz Zavadil, que desde 2014 mantém foco na abordagem feminista e busca visibilidade e reconhecimento para as mulheres que produzem arte. Uma de suas exposições, “Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul”, ficou em cartaz durante oito meses no Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba, sendo prorrogada a pedido da instituição em razão do interesse do público, que a visitou entre agosto de 2022 e março de 2023.

Obra ‘Clitóris’, de Simone Barros/ Divulgação
.Obra de Mary Marodin/Divulgação

A atual exposição, denominada “Reivindicação: Escrituras e Utopias do Feminismo”, começou a ser projetada há mais de um ano, a partir de convite do Centro Cultural Correios. A mostra, instalada nas Galerias I e II, no 3º andar do CCC, reúne trabalhos produzidos nas mais diferentes técnicas e linguagens artísticas, executados por nomes reconhecidos, como, por exemplo, Cláudia Sperb, Andréa Brächer, Umbelina Barreto, Simone Bernardi, Sandra Gonçalves, Helena d’Ávila, Isabel Marroni, Kika Costa, Márcia Marostega e Sílvia Brum, e também por outras artistas donas de carreiras consolidadas.

Obra de Susan Mendes. /Divulgação

Graduada em Desenho e Pintura em 1978 pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), onde também lecionou, Umbelina Barreto conta que seus desenhos são construídos com diversos materiais, iniciando com o carvão e seguindo com pastéis secos coloridos e pedras calcárias. “A relação das imagens pera a história da arte, as experiências vividas e por vezes a indignação com o que ocorre no mundo. Fazer arte é minha forma de ser justa”, afirma.

Obra de Ivone Rabelo/Divulgação
Obra de Mariana Orengo/Divulgação

ARTISTAS DA EXPOSIÇÃO

Alexandra Eckert, Ana Flores, Andréa Brächer, Clara Figueira, Clara Koppe, Cláudia Sperb, Cristie Boff, Esther Bianco, Evenir Comerlato, Fátima Pinto, Gio Hemb, Griseldes Vieira, Helena d’Ávila, Isa Dóris Teixeira de Macedo, Isabel Marroni, Ita Stockinger, Ivone Rabelo, Jane Maria, Juiara Barbizan, Jussara Moreira, Karina Koslowski, Kika Costa, Laura Ribero Rueda, Lisi Wendel, Lorena Steiner, Lu Gaudenzi, Márcia Marostega, Maria Paula Giacomini, Mariana Orengo, Marinelsa Geyer, Mary Marodin, Mery Bavia, Milene Gensas, Miriane Steiner, Mylène d’huyer, Neca Lahm, Regene Rocha, Sandra Gonçalves, Selir Straliotto, Sílvia Brum, Simone Barros,

Simone Bernardi, Sirlei Hansen, Susan Mendes, Susie Prunes, Umbelina Barreto.

 SERVIÇO

Obra de Susie Prunes/Divulgação
.Obra de Lisi Wendel/Divulgação9

Exposição: “Reivindicação: Escrituras e Utopias do Feminismo”

Curadoria: Ana Zavadil

Abertura: 5 de fevereiro (quarta-feira), às 16h

Visitação: 6 de fevereiro a 22 de março

Horário: de terça a sábado, das 12h às 19h

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro

Entrada franca

Fotos: Divulgação das artistas

.Obra de Umbelina Barreto/ Divulgação