Mostra 30 x 30 da Associação Chico Lisboa traz obras de mais de 70 artistas 5u1k41

No dia 14 de dezembro (sábado), a Associação Chico Lisboa realiza a tradicional mostra beneficente “o que cabe em 30por30”. O evento, que ocorre das 11h às 17h, na Galeria de Arte do DMAE, colocará à venda trabalhos de mais de 70 artistas para arrecadação de fundos para a entidade. 1e86z

Organizada por Marina Rombaldi e Nilton Dondé, “o que cabe em 30por30” comercializará obras doadas por associados, colaboradores e trabalhos de acervo da Associação. Dentre os trabalhos estão obras de artistas como Alice Brueggemann, Britto Velho, Iberê Camargo, J. Borges, Leandro Machado, Paulo Chimendes, Teresa Poester, Vera Chaves Barcellos, Vasco Prado, Xico Stockinger e Zoravia Bettiol. As obras criadas especialmente para esta edição serão vendidas a partir de R$ 250,00, enquanto as obras de acervo terão valores que partem de R$ 150,00.

Tereza Albano, _Cidade submersa_, 30x30cm/Divulgação

Os artistas do “o que cabe em 30por30” – Edição 2025

Adreson, Adriana Leiria, Aglaé Freitas, Ana Homrich, Ana Carrara, Arines Ibias, Britto Velho, Carlos Meinardi, Carmem Cecília Magalhães, Cho Dorneles, Clair S.Leitão, Clara Koury, Constanza Luft Bonatto, CriSArns, Denise Prehn, Denise Spadoni, Dirce Hugo, Doris Victorino, Elaine Stankiwich, Elaine Veit, Elenise Xisto, Eliane Abreu, Elisa Tesseler, Fátima Pinto, Fernanda Martins Costa, Fredy Vieira, Gabriel Guilum, Gabriela Brendler, Gilberto Perin, Giovana Gobbi, Graça Craidy, Gustavo Burkhart, Isabel Cristina Rockenbach, Isabel Marroni, Jorge Rico, Jussara Moreira, Karine Silva, Laky Gatti, Leandro Machado, Leila Knijnik, Guilherme Leon, Lia Braga, Luci Sgorla, Lúcia Amaro, Manuzita, Mara Castilhos, Marcelo Eugênio, Marta SchSilva, Milton Caselani, Nara Fogaça, Nine Michel, Noely Luft, Nora Bohrer, Paulo Chimendes, Phia, Rita da Rosa, Rogerio Livi, Sérgio Bohrer, Sérgio Leusin, Silvia Livi, Soraya Girotto, Susane Kochhann, Suzana Albano, Suzane Wonghon, Tamara Viegas, Tati Garcia, Tati Migowski, Teresa Poester, Tereza Albano, Vânia Pilotto, Vera Behs, Vera Regina dos Santos, Veronica Daudt, Zica Fortini e Zoravia Bettiol.

Sobre a Chico Lisboa

A Chico Lisboa, entidade sem fins lucrativos mais antiga das artes visuais ainda em funcionamento no Brasil, foi fundada em 1938, em Porto Alegre (RS) e, desde sua criação, congrega artistas visuais e agentes do campo cultural, mobilizando com a comunidade e articulando os interesses de artistas plásticos do Estado. A entidade realiza, de modo continuado, ações culturais diretas, como mostras, exposições, editais de ocupação expositiva de espaços, cursos, oficinas e outras atividades de cunho formativo.

Gravura Vasco Prado – acervo Chico Lisboa/Divulgação

Desde 2023, ocupa a Galeria de Arte do DMAE, ligada à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, organizando a agenda cultural do espaço e colaborando com o fomento e o estímulo às artes visuais na cidade.

O 30 x 30 tornou-se, nos últimos anos, uma mostra tradicional da Chico Lisboa, inspirada em eventos similares de exposição, circulação e comercialização de arte contemporânea em pequenos formatos, como antigamente fazia também o Atelier Subterrânea.

As dimensões mudam ao longo do ano, de 30 x 30 cm a 20 x 20 cm, e formatos ainda menores e de volta a 30 x 30, mas o princípio e o funcionamento são sempre o mesmo: garantir subsídios para que a Chico Lisboa continue realizando suas ações culturais.

Gravura Xico Stockinger – acervo Chico Lisboa/Divulgação

A Chico Lisboa está de portas abertas para todos os artistas gaúchos, incentivando que se associem e acompanhem as atividades, contribuindo para o fortalecimento e valorização da cultura no Rio Grande do Sul. Para se associar, contate-os através do número de telefone 51 998260341 ou através do e-mail [email protected]. Para acompanhar as atividades promovidas pela Associação, instagram.com/chicolisboaarte.

SERVIÇO
Mostra beneficente “o que cabe em 30por30”
Quando: 14 de dezembro | Sábado | 11h às 17h
Onde: Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa | Centro Histórico e Cultural Antônio Klinger Filho / DMAE (Rua Vinte e Quatro de Outubro, 200 – Bairro Moinhos de Vento).
Para se associar a Chico Lisboa: 51 998260341 | [email protected]

Street Expo Photo expõe imagens de 77 fotógrafos, no Pier do Gasômetro 592r15

 

Seguindo fiel à ideia original da Street Expo Photo (SEP), de trazer uma mescla ampla de olhares, a coletiva que já faz parte do calendário cultural de Porto Alegre chega à 7ª edição, reunindo o trabalho de 77 fotógrafos provenientes de 12 estados brasileiros, Portugal e Países Baixos. A abertura será realizada neste sábado, 7 de dezembro, a partir das 16h, no Pier da Usina do Gasômetro, sob a coordenação geral e curadoria de Marcos Monteiro. A curadoria adjunta ficou a cargo do paulistano Marcos Varanda, parceria que se repete desde a primeira edição. A visitação ocorre ao longo de 24h, até o dia 29 de fevereiro de 2025.

FOTO SANDRA CARRILLO_AMAZONIA/ Divulgação
Foto: Jorge lansarin/ Divulgação

A exposição foi ampliada, contanto a partir desta edição, com 20 grandes painéis onde as fotografias, amplamente distribuídas, tem expografia que agrupa temáticas, cores expressões e outras relações, transformando o seu percurso em um fluxo contínuo de paixão, perplexidade e descobertas, de insgths e memórias , de encontros e do despertar de emoções que proporcionam um mergulho na expressão fotográfica e um grande incentivo à sua prática. Dentro do conjunto exposto foram convidados 11 fotógrafos de destaque nacional e internacional que são referência para muitos dos apaixonados pela fotografia, estando distribuídos com ênfase nos painéis onde participam. A partir de 2024, a mostra ocupará de forma permanente  o Pier da Usina do Gasômetro, um dos espaços mais icônicos e frequentados da cidade, que  fica de frente para o pôr do sol do Guaíba e toda a sua beleza.

Ricardo Takamura_The Nowhere Place/ Divulgação
Foto Jorge Alves Lisboa/ Divulgação

A SEP contempla iniciantes, amadores e  profissionais de variadas idades e vivências, oportunizando mais visibilidade e incentivo  a esta  interminável paixão do desenhar com luz e sombra. A valorização da democracia como única forma de construir sistemas sociais mais justos e com menos desigualdades é o mote da iniciativa. “Seguimos com a grande missão de diminuirmos distâncias de todas as utopias que validamos como metas atingíveis, destacando e expandindo o o à arte e à cultura, reforçando no seu caminho a coragem e a mais pura determinação”, afirma o fotógrafo e produtor cultural Marcos Monteiro.

Foto RUI VARELLA – RIO NEGRO/Divulgação
Foto Nario Barbosa/Divulgação

A Fotografia é uma das mais amplas e democráticas formas de registro e memória da humanidade. ível de forma cada vez mais ampla,  nela se mesclam emoções e percepções, revelando um universo de possibilidades e modos de expressão que ganham potência, ultraando em muito o simples olhar. Misturando técnica e talento, inspiração e transpiração, é gerado um imenso e diverso caleidoscópio de imagens, onde estão refletidas diversas tipologias e formas do fotografar.

Foto Alexandre EckerRS/ Divulgação

Serviço:

Abertura: 7 de fevereiro (sábado), a partir das 16h.
Local: Pier da Usina do Gasômetro (João Goulart, 551) – Centro Histórico de Porto Alegre
Encerramento: 29 de fevereiro de 2025.
Visitação: Diária, ao longo de 24h.
Entrada franca.

Horror, fantasia e ficção científica na Odisseia de Literatura Fantástica 3f232s

 

O evento especializado em literatura de horror, fantasia e ficção científica será realizado no Espaço Força e Luz em Porto Alegre

Em sua décima edição, a Odisseia de Literatura Fantástica em 2024 retorna para o Espaço Força e Luz (Rua dos Andradas, 1223 – Centro Histórico de Porto Alegre). Serão mais de 30 convidados apresentando suas obras e influências literárias, além de dialogar sobre as tendências da produção brasileira na área do horror, da ficção científica e da fantasia.
Nos dias 30 de novembro (sábado) e 01 de dezembro (domingo), o evento sediado no Espaço Força e Luz contará com feira de livros e também com bate-papos literários. Além disso, será lançada para distribuição gratuita a revista número 2 da Odisseia de Literatura Fantástica, editada por Duda Falcão, com a publicação de contos inéditos de autores brasileiros, a lista dos vencedores do Prêmio Odisseia em 2024 e informações sobre o sexto Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica.
Gustavo Melo Czekster divulgação/
O evento inicia às 13h do dia 30 com a palestra O que acontece em Antares, fica em Antares: Erico Verissimo fantástico, com Gustavo Melo Czekster, demonstrando que a Literatura Fantástica está presente no Brasil, sendo explorada por autores clássicos.

Duda Falcão, que também é o organizador do evento literário, explica que o objetivo é fortalecer a produção e a divulgação da literatura fantástica em seus três eixos principais: a fantasia, a ficção científica e o horror. “Costumamos convidar autores independentes e profissionais, buscando promover valores como a cultura literária, a paz, a não violência, a empatia e o respeito ao outro”.

A programação completa do evento está disponível no site: https://odisseialitfan.wordpress.com/programacao-odisseia-de-literatura-fantastica/

Indicados ao Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica:  https://odisseialitfan.wordpress.com/premio-odisseia-de-literatura-fantastica-2024/

DÉCIMA ODISSEIA DE LITERATURA FANTÁSTICA

Data e horário: 30 de novembro de 2024 (SÁBADO), das 11h às 19h e 01 de dezembro de 2024 (DOMINGO), das 13h às 19h.

SEXTO PRÊMIO ODISSEIA DE LITERATURA FANTÁSTICA

Duda Falcão Crédito Roberta Scheffer/Divulgação

Dia 01 de dezembro 2024 (DOMINGO), das 18h às 19h.

Duda Falcão é escritor, professor de escrita criativa, editor e Doutor em Educação. Publicou os livros de contos “Mausoléu” (2013), “Treze” (2015), “Comboio de Espectros” (2017), “Mensageiros do Limiar” (2020), “A Tumba do Maestro” (2024), a narrativa longa de aventura gótica “Protetores” (2012), o romance “O Estranho Oeste de Kane Blackmoon” (2019), a tese “Representações culturais e pedagogia dos monstros no universo de H. P. Lovecraft” (2021) e o “Guia de Literatura Fantástica” (2023).

PROGRAMAÇÃO ODISSEIA DE LITERATURA FANTÁSTICA 2024 – DÉCIMA EDIÇÃO

30 de novembro (sábado)

13h – Palestra de Abertura: O que acontece em Antares, fica em Antares: Erico Verissimo fantástico

Palestrante: Gustavo Melo Czekster

 

14h – Bate-papo: Traço e Narrativa: A Arte de Fazer Quadrinhos Fantásticos

Convidados: Fabiano Denardin, Adão de Lima Jr e Carlos Macedo.

 

15h – Bate-papo: Universos Imaginários: Explorando o Gênero Fantástico e as suas Vertentes

Convidados: Lucas de Lucca, Henrique Scopel, Carol Façanha e Lucas Viapiana.

 

16h – Bate-papo: Fantasia: Criando Mundos para Jovens Sonhadores

Convidados: Artur Vecchi, Adriana Maschmann, Simone Saueressig, Beatrice Witt e Gisela Rodriguez.

 

17h – Bate-papo: Visões do Futuro e do ado: Explorando a Ficção Científica

Convidados: Lu Aranha, Luciano Prado, Nikelen Witter e Fábio Fernandes.

 

18h – Bate-papo: Mistério Além da Realidade: Quando o Policial Encontra a Fantasia e a Ficção Científica

Convidados: Tito Prates, Cesar Alcázar e Rafael Marantes.

 

01 de dezembro (domingo)

13h – Bate-papo: Horizontes do Fantástico

Convidados: Duda Falcão, Alana Brezolin e Alexey Dodsworth.

 

14h – Bate-papo: Assombros, Medos e Distopia: Horror e Ficção Científica

Convidados: Diego Mendonça, Danilo Heitor, Flávio Karras e Carolina Mancini.

 

15h – Bate-papo: Encantamento e Imaginação: a Experiência de Ler Fantasia e Ficção Científica com Brasilidade

Convidados: Vilto Reis, Rafael Marques de Albuquerque, Camila Kaihatsu e Giovana Silva de Oliveira.

 

16h – Bate-papo: Sombras do Mito: Folclore e Mitologia em Debate

Convidados: Ismael Chaves, Daniel Gruber e Jéferson Alves.

 

17h – Bate-papo: Vozes Fantásticas: Histórias e Escritores da Revista Odisseia Vol.2

Convidados: Duda Falcão, Patrícia Baikal, Patricia H. Aafantis e Andréa Berriell.

 

18h – Cerimônia: Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2024

Local: Espaço Força e Luz – Rua dos Andradas, 1223 – Centro Histórico

Uma mostra da arte de Vitorio Gheno em exposição comemorativa na Galeria Nieto 66484w

A Galeria Nieto, localizada na Avenida Lucas de Oliveira, 432, em Porto Alegre, abre suas portas entre 07 e 21 de dezembro próximo para a exposição Vitório Gheno – Pequeno Acervo do Artista”, homenagem que celebra 50 anos de amizade entre o artista plástico gaúcho e Oscar Nieto, fundador, há cerca de quatro décadas, do Atelier de Molduras e Galeria Nieto, comandada nos últimos 20 anos por sua filha, a arquiteta Carina Nieto. É neste local que o artista emoldura suas obras, há várias décadas.

Vitório Gheno/ Divulgação

A mostra inclui cerca de 20 obras do artista e busca, além de exaltar essa longa amizade, oferecer o trabalho de Gheno para a comercialização, proporcionando aos iradores da arte a oportunidade de adquirir peças originais e únicas em um momento especial, perto das festividades de Natal. A amizade entre Gheno e Nieto, remonta aos tempos do Hotel Laje de Pedra, inaugurado em 1976, quando Gheno assinou o projeto de decoração de todo o hotel.


Título: VILAS URBANAS EM VEMELHO
Óleo sobre tela/ Divulgação

As obras em exposição abrangem diversas temáticas exploradas pelo artista ao longo da última década, todas com histórias singulares. Gheno é conhecido por não acumular quadros em seu atelier. Segundo Nádia Raupp Meucci, responsável pela curadoria da exposição e autora do livro “Gheno Artista Plástico”, lançado por ela, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), em 2006, a ideia surgiu a partir do pedido do próprio artista, que desejava realizar uma mostra em homenagem ao amigo.

VITÓRIO GHENO (esquerda), CARINA NIETO ( centro) , OSCAR NIETO (direita)/ Divulgação

A curadora da exposição não enfrentou grandes desafios. Nádia acompanha o trabalho de Gheno desde 1995, pesquisando sua obra a partir dos anos 1940, sendo a maior conhecedora de sua trajetória artística, atualmente.

Estudo sobre Gaúchos
Título: GALPÃO
Aquarela sobre papel/Divulgação

Dono de um traço firme, leve e elegante, mestre das cores e formas, a obra de Vitório Gheno é marcada pela inquietação permanente do artista em torno de vários temas, principalmente os que envolvem o cotidiano das cidades. Seu trabalho é irado por colecionadores, críticos e amantes da arte, mantendo-se sempre relevante e em constante transformação.

Título: PRAIA DE PESCADORES: LITORAL DO BRASIL
Óleo sobre tela/ Divulgação

A exposição “Vitório Gheno – Pequeno Acervo do Artista” promete ser uma experiência única para os colecionadores e iradores da arte contemporânea. Ao mesmo tempo, se constitui em uma oportunidade única de se adquirir peças que representam a trajetória mais recente do artista.

Vitório Gheno em seu atelier no dia 02 de dezembro de 2018/ Divulgação

Sobre Vitório Gheno:

Vitório Gheno é artista plástico, ilustrador, aquarelista, gravador, designer de mobiliário, decorador especializado em hotelaria, entre outras atividades que exerceu ao longo de sua carreira artística. Nasceu em Muçum/RS em 1923 e vive em Porto Alegre/RS desde seus quatro anos de idade. Com uma carreira que se estende por mais de oito décadas, Gheno se consolidou como um dos nomes mais importantes da História das Artes Plásticas do Rio Grande do Sul.

Série: FEMININA
Aquarela sobre papel algodão/ Divulgação

Gheno começou a pintar muito cedo. Com apenas 14 anos, em 1938, já estava trabalhando na notável Seção de Desenho da Livraria do Globo, como ilustrador da Revista do Globo, ao lado de grandes nomes da arte gaúcha. Depois de morar em Buenos Aires (1945 a 1947) e em Paris (1950 a 1951), voltou ao Brasil, radicando-se no Rio de Janeiro como diretor de arte da grande agência de publicidade McCann Erikson do Brasil, onde permaneceu até o fim dos anos 1950.

Durante sua carreira, Gheno esteve presente em diversas exposições individuais no Brasil e no Exterior e assinou vários projetos de decoração de grandes redes hoteleiras brasileiras, como a Rede Tropical de Hotéis da antiga Varig e Rede Plaza de Hotéis. Em 2006, Nádia Raupp Meucci lançou o livro “Gheno Artista Plástico”, de sua autoria, produção e pesquisa de 11 anos, que reúne uma ampla seleção de sua obra, com destaque para sua trajetória e evolução artística ao longo dos anos. O livro é único no Brasil sobre a obra do artista. O lançamento foi um marco na carreira de Gheno, com uma cerimônia realizada no Margs, que contou com grande público e destaque da crítica especializada.

Vitório Gheno/ Divulgação 

Além de sua produção artística, Vitório Gheno também esteve envolvido em importantes projetos de arte pública e decoração de espaços, como os gigantes mosaicos de vidro representando a Baixada e a Arena do Grêmio, no novo estádio do Humaitá, criados pelo artista especialmente para o seu clube. A arte e o Grêmio são suas grandes paixões. Hoje, Gheno segue ativo em seu ateliê, dedicando-se à criação de novas obras e mantendo um olhar atento às novas possibilidades que a arte oferece.

Mais sobre a vida e obra do artista, no link:

https://www.flaneur.com.br/biografia/vitoriogheno/index.htm

A programação conta, ainda, com lançamento de álbum de Fausto Prado & Caetano Silveira, o brazilian jazz de James Liberato e a força da MPB na voz de Janaína Maia

Caetano Silveira e Fausto Prado – Foto Isidoro B. Guggiana/Divulgação

Nesta quarta (27), Fausto Prado & Caetano Silveira lançam o álbum ‘Tantos e Diversos’, no Espaço 373. O novo trabalho traz dez canções com a sensibilidade dos premiados compositores porto-alegrenses diante da realidade dos tempos pós-tragédias, exaltando o amor, a liberdade criativa e a diversidade dentro da cultura musical brasileira. Comemorando 20 anos da parceria, “Tantos e Diversos” conta com a participação de dez cantores que fizeram parte da trajetória da dupla.

A banda é formada por Luiz Mauro Filho (piano), Rafa Marques (bateria), Giovanni Berti (percussão), Lucas Esvael (baixo) e Fausto Prado (violão e guitarra). O show contará, ainda, com as participações especiais de Alex Alano, Andréa Cavalheiro, Elisa Meneghetti, Gelson Oliveira, Juliano Barreto, Marcelo Delacroix, Shana Muller e Silvio Marques.

James Liberato – Foto Daniel Musskopf/ Divulgação

Na quinta (28), James Liberato convida Luis Mauro Filho (piano), Ronie Martinez (bateria) e Lucas Esvael (baixo) para uma noite de standards de jazz e brazilian jazz. No repertório, clássicos de Chick Corea, George Benson, Pat Metheny, Dizzy Gillespie, Moacir Santos e João Donato, entre outros.

ADRIANA DEFFENTI e LUIS NEW – Foto José Kalil/Divulgação

Na sexta (29), Adriana Deffenti e Luis Henrique “New” prestam uma homenagem aos 50 anos do álbum ‘Elis & Tom’.

Um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos, ‘Elis & Tom’ surgiu como um presente da Philips (Universal Music) em comemoração aos dez anos de contratação da cantora. O irretocável repertório, composto de clássicos, ganhou o acompanhamento dos grandes músicos Hélio Delmiro (guitarra), Luizão Maia (baixo), Oscar Castro Neves (violão), Paulo Braga (bateria) além do próprio Tom (piano e violão) e César Camargo Mariano (pianos elétrico e acústico). O maestro Bill Hitchcock regeu uma orquestra de cordas em cinco faixas.

Janaína Maia -fotógrafo Emilio Pedroso/Divulgação

Por fim, no sábado (30), Janaína Maia apresenta seu novo show que promete emocionar o público e enaltecer as raízes da Música Popular Brasileira. Sucessos de nomes icônicos como Aldir Blanc, Edu Lobo, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Marisa Monte, além de canções dos compositores gaúchos como Fernando Corona, Otavio Segala, Luiz Coronel e Paulinho Dicasa ganham arranjos inovadores e músicos especiais: Dunia Elias (piano), Dani Vargas (bateria) e Sérgio Rojas (violão).

SERVIÇO
27 de novembro | Quarta-feira | 21h
FAUSTO PRADO & CAETANO SILVEIRA | Tantos e Diversos Ingressos: R$50 a R$100
Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/fausto-prado-caetano-silveira-tantos-e-diversos/2701140

28 de novembro | Quinta-feira | 21h
James Liberato
Ingressos: R$25 a R$70
Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/james-liberato/2701143

29 de novembro | Sexta-feira | 21h
Adriana Deffenti & Luis Henrique New | Elis & Tom 50 Anos

Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/adriana-deffenti-luis-henrique-new-elis-e-tom-50-anos/2701144

30 de novembro | Sábado | 21h
Janaína Maia
Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados: https://www.sympla.com.br/evento/janaina-maia/2701146

Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta)
Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15

O Sarau Batucas – turmas de percussão vai acontecer em dezembro no Grezz 5q19o

As turmas irão apresentar os ritmos que vem aprendendo ao longo do ano, numa confraternização com o público. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla

Sempre em atividade e em movimento, As Batucas chegam ao fim de ano com um saldo positivo em termos de material humano, aprendizado, união e fortalecimento das mulheres. São sete turmas que se desenvolveram na percussão ao longo do ano e que estarão reunidas no dia 8 de dezembro, a partir das 17h, no Grezz, para comemorar e mostrar os ritmos que trabalharam em 2024. Entre os ritmos estão samba-reggae, baião, ciranda, rock, cumbia, forró e até o maracatu, utilizando as já tradicionais sucatas das Batucas, que são latas, galões, chocalhos de tampinhas de garrafas e outras traquitanas. O Sarau Batucas – turmas de percussão será aberto ao público e os ingressos já estão disponíveis na plataforma Sympla. Após o show, as gurias vão roda sua playlist especial pra todo mundo dançar e se divertir!

Danubio. Daniela Meine/Divulgação

As Batucas vêm fazendo um barulho e tanto desde 2015! E não apenas por ser uma escola de música para mulheres com muitas integrantes, mas pela relevância do seu trabalho em muitos segmentos, tanto como grupo musical, quanto pelos desdobramentos nas batalhas diárias das mulheres, que ganharam visibilidade, redes de apoio e mais mãos para se juntar a tantas causas pertinentes ao fortalecimento da mulher na sociedade. As Batucas – escola idealizada por Biba Meira, uma grande baterista brasileira que galgou seu espaço num cenário dominado por homens e que hoje começa a se transformar – sempre foi mais que um espaço de aprendizado musical. Aqui a premissa é contribuir, somar, participar, transformar, aprender, crescer, empreender, brincar. Todos esses verbos são conjugados pelas integrantes e professoras desde o ano de sua criação, por um viés inclusivo e sem preconceito etário.

Biba Meira_regentedas Batucas. Foto: Joana Berwanger/ Divulgação

Além dos grupos de percussão, As Batucas tem as turmas de pandeiro, com Julia Pianta; o Grupo Vocal conduzido por Raquel Pianta e Madalena Rasslan, e as turmas de dança com a professora Mari Duarte.

SARAU BATUCAS – turmas de percussão

Dia 8 de dezembro, às 18h (abertura da casa às 17h)

Grezz – Rua Almirante Barroso, 328

Ingressos na plataforma Sympla:

R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

https://www.sympla.com.br/evento/sarau-batucas-turmas-de-percussao/2742012

Redes das Batucas:

https://www.instagram.com/asbatucas/

https://www.facebook.com/asbatucas

A cultura, as raízes e o legado construído pelo povo negro nos 50 anos do Afro-Sul 3u5u6z

No próximo domingo, dia 24, uma grande celebração tomará conta das ruas do Jardim Botânico. É o Bloco Afro-Sul Odomode que já estará concentrado a partir das 14h na Praça das Nações, de onde sairá em cortejo até a sede do Afro-Sul, na Av. Ipiranga. Chegando lá, apresentações, exposição, lançamentos dos projetos que fazem parte dos 50 anos e muitas delícias culinárias no Ajeum, em uma programação que exalta a cultura, as raízes e o legado construído pelo povo negro no Rio Grande do Sul. O Afro-Sul, no alto de seus 50 anos, tem motivos de sobra para celebrar com parceiros, amigos e o público em geral.

Reminiscências – fotos Maciel Goelzer /Divulgação

O Grupo Afro-Sul de Música e Dança, uma instituição cultural que funciona como movimento de luta e de valorização da cultura negra e do direito à livre expressão, resiste há 50 anos. Isso já seria motivo de sobra para comemorar: pela longevidade, pela qualidade de seus trabalhos apresentados e premiados ao longo dessas cinco décadas, por seu projeto educativo, que forma jovens fortalecidos e orgulhosos de sua identidade, pelo afeto que envolve o público e seus criadores: a Mestra Iara Deodoro, com o imenso legado que nos deixou, e Paulo Romeu. Mas para além de toda a sua história, o grupo preparou uma série de comemorações que se iniciam em novembro deste ano e seguem em 2025, em homenagens, atividades para adultos e crianças, criação e apresentação de um novo espetáculo e muito mais.

Reminiscências – fotos Maciel Goelzer /Divulgação

E a largada será no dia 24 de novembro, celebrando com as cores do Afro-Sul, muita música e dança. Em um cortejo vibrante com bateria e brincantes que percorre o bairro desde a Praça das Nações até a sede do grupo, na Av. Ipiranga. O desfile do Bloco Afro Odomode propõe as cores preto, verde, vermelho ou amarelo, representando a diversidade dos projetos do Instituto. Lá chegando, haverá diversas atrações e atividades, como a Feira de Economia Criativa, com empreendedores da economia criativa apresentando seus produtos em um mercado que une tradição e inovação; a exposição “Nossos os, de longe pra longe”, uma viagem pelas cinco décadas do Afro-Sul com imagens que resgatam memórias afetivas; o Conversas em Roda, reflexões sobre a construção do sujeito negro a partir da arte, com histórias e vivências do Afro-Sul; apresentação de dança, com toda a energia da Cia Afro-Sul, convidando o grupo afro de Nova Prata e a E.S. Realeza; o Ajeum e as delícias da culinária servidas em um coquetel com o sabor do afeto e acolhimento; a apresentação do vídeo 50 Anos, um documentário comemorativo, seguido da entrega do troféu Afro-Sul.

Reminiscências – fotos Maciel Goelzer/ Divulgação

E mais: uma homenagem especial com a entrega do troféu Afro-Sul para duas personalidades da cultura afro-gaúcha, nas mãos dos lanceirinhos negros, simbolizando o legado para as gerações futuras. Em seguida, apresentação de final de ano das crianças do Projeto Cultural Nossa Identidade.

Reminiscências – fotos Maciel Goelzer /Divulgação

E é claro que em um espaço dessa importância, os parceiros se fazem presentes e o Grupo Show Imperadores do Samba estará lá, na batida do samba com seu grupo show Imperadores do Samba, o Mar Vermelho e Branco. E pra encerrar esta festa pujante, o show da Banda Afro-Sul, com as músicas que marcaram os 50 anos do grupo e a participação de músicos convidados que fizeram parte dessa trajetória.

Celebração dos 50 anos do Afro-Sul

Dia 24 de novembro, a partir das 14h

14h – Concentração e saída do Bloco Afro-Sul Odomode / Praça das Nações

16h – Início das atividades na sede do Afro-Sul Odomode – Av. Ipiranga, 3850

Reminiscências – fotos Maciel Goelzer /Divulgação

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Exposição da obra de Danúbio Gonçalves celebra os 13 anos da Galeria Duque 6po3t

Danúbio Gonçalves com a filha Sandra – Acervo Galeria Duque/Divulgação

Um ícone que faz parte da história da arte do Rio Grande do Sul também está na trajetória da Galeria Duque. Não por acaso, seu nome foi escolhido para celebrar os 13 anos do espaço de arte que tem um dos acervos mais completos do Estado. “Do Ateliê de Danúbio – Exposição em Homenagem a Danúbio Gonçalves” inaugura neste sábado, 23 de novembro, às 14h, ao lado de outras duas exposições: “Mistura”, com obras selecionadas do vasto acervo com grandes nomes da arte do Brasil e do mundo da galeria, e “Re Desenho”, uma exposição coletiva de Adriana Leiria, Daniela Meine, Suzana Albano e Tatiana Migowski. A curadoria é de Daisy Viola. As exposições ficam no espaço até 28 de fevereiro de 2025. A Galeria Duque está localizada na Rua Duque de Caxias, 649, no Centro Histórico de Porto Alegre. Entrada franca.

Obra de Danúbio Gonçalves/Divulgação

Danilo Gonçalves nasceu em 30 de janeiro de 1925 e faleceu e 21 de abril de 2019. Membro do Grupo de Bagé e do Clube de Gravura de Porto Alegre, Gonçalves protagonizou uma exposição histórica em 2014 na Galeria Duque, que foi finalista do Prêmio Açorianos de Artes Plásticas. Após sua morte, em maio de 2019, uma exposição na Galeria Duque com mais de cem obras homenageou o artista. Para a mostra “Do Ateliê de Danúbio” foi feito um trabalho especial para recuperar sua obra. “Esta exposição é um resgate no ateliê do artista e mestre Danúbio Gonçalves, e um gesto de amizade e carinho ao artista e sua obra, tempos depois da sua partida. São obras que ficaram esquecidas por alguns anos na sua casa ateliê. Foram resgatadas, higienizadas e restauradas para que pudéssemos realizar essa exposição. Aqui temos gravuras em diversas técnicas, desenhos e trouxemos também alguns cartazes feitos por ele de exposições e eventos. Agregamos ainda algumas matrizes e álbuns com notícias selecionadas por ele, que nos contarão um pouco da história do artista bem como da arte do Rio Grande do Sul”, destaca a curadora Daisy Gonçalves.

Danúbio Gonçalves/Divulgação

Mistura

Para os iradores de arte, vale também conferir a exposição “Mistura”, com obras do acervo. Para essa mostra, foram selecionadas obras de artistas como Alfredo Volpi, Aloysio Zaluar, João Quaglia, Iberê Camargo, Burle Marx, Rubens Gerchman, Tarsila do Amaral, Salvador Dalí, Heitor dos Prazeres, Rodrigo Pecci, Siron Franco, Frans Krajcberg, Farnese de Andrade, Flávio Scholles, Ado Malagoli, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Glauco Rodrigues, Di Cavalcanti, Carlos Paez Vilaró, Hercules Barsotti, Arcangelo Ianelli, Auguste Rodin, Georges Braque, entre outros.

Danúbio Gonçalves/ Divulgação

“Juntar e misturar, esta é a ideia, afinal é uma festa! Este nosso espaço para expor e falar de arte está completando 13 anos. Nasceu do encontro de dois amigos. O Arnaldo Buss, com seu acervo e paixão pela arte, e eu, com minhas ideias, de um dia ele ter um espaço para mostrar as preciosidades que chegavam e eram depositadas pelos cantos de sua casa. Tanto foi que um dia, o sonho se realizou, despretensiosamente fomos estabelecendo uma relação com as pessoas da cidade e seus visitantes, sem imaginar que chegaríamos até aqui”, celebra Daisy.

Obra de Heitor dos Prazeres/ Divulgação

Para essa festa da arte, a curadora e o galerista fizeram uma escolha afetiva. “Vamos mostrar o que temos de melhor nesta festa de aniversário, e alguns trabalhos inusitados. Cores e gestos intensos ou a delicadeza de linhas em gravuras e desenhos. Artistas dos séculos XX e XXI, que viajam por diferentes ideias e linguagens, que fazem a narrativa sensorial do que vivemos ou ainda estamos vivendo. Vamos fazer literalmente uma mistura, de gente e de histórias contadas através da arte”, descreve a curadora.

Obra de Adriana Leiria/ Divulgação

Re Desenho

A celebração se completa com a exposição coletiva “Re Desenho”, que apresenta criações de Adriana Leiria, Daniela Meine, Suzana Albano e Tatiana Migowski. “Considerando o conceito de desenho como a expressão de alguém através da linha, aqui propomos ampliar esta possibilidade Em vez de linhas como consequência de gestos com um instrumento riscante sobre uma superfície, nossas artistas trabalham a linha no espaço, trazem o desenho para a tridimensionalidade. Cada uma a seu modo, com materiais diversos”, explica Daisy.

Obra de Daniela Meine/ Divulgação

Linhas coloridas que se enrolam em linhas de corda e arames que se moldam na mão da artista e eiam pelo espaço, penduradas no teto ou paredes. São os caminhos coloridos da vida da Adriana Leiria. Fios de arame se emaranham em gestos livre que se revelam em garatujas espaciais da Daniela Meine, e se transformam na projeção da sua sombra na superfície da parede próxima em comunicação direta do trabalho com a luminosidade do ambiente ou uma luz artificial direcionada, com possibilidade de interação direta com o seu espectador. Já os móbiles da Tatiana Migowski também redimensionam a ideia de desenho, com linhas dos materiais de diversas origens como galhos vergados, fios e telas, além dos bordados que compõem os objetos que também desenham sombras na parede e formam outros desenhos que se movimentam no ponto de vista do trânsito do espectador no seu entorno. Por fim, o desenho da Suzana Albano acontece nos seus bordados, fios multicoloridos na superfície de tecidos que também já trazem consigo desenhos inerentes da sua própria trama. O contorno das lagartixas ou da super cobra brincam com o olho e, de alguma maneira, nos lembram que desenho pode também ser representação de formas. “É uma exposição de olhar, imaginar, e quase brincar, afinal, é a festa de aniversário deste nosso lugar mágico”, conclui Daisy Viola.

Obra de Suzana Albano/Divulgação

Exposições:

“Do Ateliê de Danúbio” – Exposição em Homenagem a Danúbio Gonçalves
“Mistura” – com obras do acervo
“Re Desenho” – uma exposição coletiva de Adriana Leiria, Daniela Meine, Suzana Albano e Tatiana Migowski
Local: Galeria e Espaço Cultural Duque
Endereço: Duque de Caxias, 649 – Porto Alegre
Vernissage: 23 de novembro, das 14h às 16h30
Período da exposição: de 23 de novembro de 2024 a 28 de fevereiro de 2025
Horário de funcionamento: Seg/Sex: 10h às 18h | Sáb: 10h às 17h
Entrada Franca

“Pai Guaíba”, com Bataclã FC e convidados abre a programação do Porto Alegre em Cena z3q43

 O 31º Festival Internacional de Artes Cênicas Porto Alegre Em Cena, que conta com patrocínio da Petrobras começa nesta semana! Em edição especial, exclusivamente realizada com artistas gaúchos, o festival terá um momento especial no Theatro São Pedro na sexta-feira, dia 22, com apresentação de Pai Guaíba. Realizada pela Bataclã FC, o espetáculo tematiza poeticamente a relação de Porto Alegre com os cursos da água da cidade e percorre o rock, o rap e o samba gaúcho, com participações de Eliane Marques, Jéferson Tenório, Bruno Negrão e Paola Kirst vocalizando poemas próprios e de autores e autoras negros fundamentais na literatura gaúcha negra do século XX e XXI.

A noite de sexta, dia 22, marca a abertura da programação do evento, que segue até dia 01 de dezembro de 2024 e conta com mais de 80 atividades, entre espetáculos de teatro, performances, leituras e mais de 15 atividades formativas, que visam à construção de práticas relacionadas à criação artística e à produção cultural no universo das artes cênicas.

A edição que celebra o teatro do Rio Grande do Sul presta uma homenagem especial a Carla Vendramin, um dos grandes nomes da dança gaúcha. Artista multifacetada, docente, produtora e articuladora cultural, Carla, que nos deixou em janeiro deste ano, é a grande homenageada do festival em 2024.

A programação completa da 31ª edição do Porto Alegre em Cena pode ser conferida no site do festival e os ingressos podem ser adquiridos no site da SYMPLA e na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, de terça à domingo das 12h às 20h, no andar térreo. Os ingressos custam entre R$ 20 e R$ 40 e a programação contempla também diversos espetáculos e atividades gratuitos.

O 31° Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas conta com o financiamento da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Com patrocínio da Petrobras, patrocínio master da BB Asset e patrocínio de Itaú, Panvel e Zaffari, a gestão cultural é da Primeira Fila Produções, e a realização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e do Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

Jornalista biografa vítimas da ditadura: projeto para encher um metro de estante 446i8

GERALDO HASSE

O bageense Nelson Rolim de Moura, que vive há quase 50 anos em Florianópolis, onde toca a sua própria Editora Insular, está engajado de corpo e alma num projeto sem precedentes na história literária brasileira: o de escrever sozinho 38 livros sobre jornalistas mortos ou desaparecidos pela ditadura de 1964-85.

Começando em 2022, já lançou os quatro primeiros volumes com as biografias de Alberto Aleixo, Alexandre Baumgarten, Antonio Benetazzo e Carlos Alberto de Freitas, este lançado em outubro último.

Promete para maio de 2025 o quinto — sobre Carlos Marighella. E seguirá em ordem alfabética até chegar a Vladimir Herzog, o número 36, e aos dois últimos: Walter de Souza Ribeiro e Wanio José de Mattos.

Com exceção de Alexandre Baumgarten, vítima de uma queima de arquivo, todos os biografados eram de esquerda.

Não são biografias focadas só na vida das pessoas; todas servem como pretexto para amplas contextualizações históricas. No caso de Alberto Aleixo, por exemplo, que foi o responsável pelo jornal Voz Operária, do PCB, o autor aproveita para juntar fragmentos da história da imprensa comunista no Brasil e no mundo.

Antes de iniciar em 2022 essa série denominada Coleção Ponto Final*, Rolim lançou em 2015 “Não Esquecemos a DITADURA – Memórias da Violência”, livro de 360 páginas em que conta a história do período mais agitado de sua vida entre seus 18/30 anos.

Nascido em Bagé em 1951, filho de um coronel do Exército, entrou em 69 na Faculdade de Engenharia em Porto Alegre e logo se envolveu nas lutas estudantis.

Entusiasmado com o “Diário de Che Guevara”, emprestado por um colega da Geologia, aderiu ao PCdoB. “Vagas para os excedentes dos vestibulares” foi uma das principais reivindicações em panfletos e eatas.

Em 71/72, acabou respondendo pela direção do DCE após a expulsão de quatro líderes de centros acadêmicos da UFRGS.

Em setembro de 1973, sentindo-se isolado e em perigo no Rio Grande do Sul, decidiu escapar. A pé. Quem o levou à fronteira com a Argentina foi um tio.

“Ele me deixou na cabeceira da ponte em Uruguaiana. Pedi que ficasse na camioneta Rural Willys observando se eu chegaria ao outro lado do rio”, lembra Rolim, que temia ser pego na travessia para Paso de Los Libres.

De trem, chegou a Buenos Aires. Pensava em ir para Santiago confraternizar com a brasileirada lá acampada quando a capital argentina começou a receber fugitivos do golpe militar com que o general Pinochet derrubou o governo de Salvador Allende, eleito em 1970.

Acolhido por peronistas influentes, especialmente Jorge Abelardo Ramos, autor do clássico “História da Nação Latino-americana”, ficou na Argentina trabalhando em livrarias e gráficas da capital, de Tucuman e de Salta. Para todos os efeitos, era chamado de “Juan”, militante do Partido Socialista da Izquierda Nacional (PSIN).

Assim ou a sobreviver de livros numa época de grande efervescência em Buenos Aires, a cidade que possuía mais livrarias do que no Brasil inteiro, segundo se dizia.

Em fins de 1975, impressionado com a confusão política na Argentina, que caminhava para o golpe militar de março de 76, buscou refúgio no Uruguai, mas foi preso na entrada do país.

Ficou vários dias vendado em cadeias de agem, no meio de tupamaros, mas se lembra de ter entrevisto por baixo da venda as palmeiras existentes na famosa prisão de La Rambla.

Um dia, foi embarcado num jipe militar em que viajou vendado de Montevideo a Rivera-Livramento. Soube depois que o objetivo da viagem era entregá-lo às autoridades militares brasileiras. Quem o levou foi um dos chefes do setor de informações do Uruguai.

Por incrível que possa parecer – naquele momento já se articulava a Operação Condor –, o preso não foi recebido.. A recusa brasileira foi veemente.

Alguns dias depois de voltar de Rivera, onde ficou trancado num caminhão-baú, Rolim foi escoltado até o aeroporto de Montevideo, onde o colocaram num avião comercial da Varig para Porto Alegre.

Era 15 de dezembro de 1975, o da em que foi recebido efusivamente por militantes que haviam feito campanha por sua libertação. Entre eles, encontravam-se familiares, estudantes e políticos do MDB, liderados na época por Pedro Simon.

De volta ao seu ninho estudantil, Rolim recontatou amigos e colegas de antes, mas não teve ímpeto para retomar a vida estudantil — faltavam dois anos para concluir o curso de engenharia.

Em busca de trabalho, um dos seus bicos mais gratificantes foi no Teatro de Arena, onde cumpriu tarefas na portaria e nos bastidores de peças como Mockinpott e nas Rodas de Samba das sextas-feiras à meia noite, sob a direção de Jairo de Andrade.

Durante o dia, o amigo Luiz Oscar Matzenbacher lhe arranjou um serviço na seção de fotocomposição do diário Zero Hora, onde ia tudo aparentemente bem até que, do sobsolo onde trabalhava, viu subir as escadas rumo à redação do jornal o delegado Pedro Seelig, que tinha contatos na direção do jornal.  E agora?

Temendo ser ele, Nelson Rolim de Moura, o motivo da ilustre visita, abandonou seu posto e tomou o rumo de Florianópolis, onde já trabalhavam vários jornalistas saídos do Rio Grande do Sul.

Tudo isso e muito mais está contado detalhadamente no livro “Não Esquecemos a DITADURA – Memórias da Violência” (Insular, 2015). Como suas anotações do exílio haviam caído nas mãos da polícia uruguaia, ele recorreu à memória e buscou amparo em relatos alheios para recontar acontecimentos que fazem parte da história do Brasil.

Numa narrativa trepidante, combina fatos pessoais com informações em tom levemente panfletário de esquerda. “Esta é uma longa crônica na primeira pessoa, como quase todos os livros publicados sobre esse período…” (refere-se à ditadura militar brasileira).

“Não queria me colocar no papel central desta história, porém esta me pareceu a forma mais simples de desenvolvê-la, até porque meu testemunho pessoal é o fio condutor em quase toda a narrativa”, orientada explicitamente por quatro faróis históricos: as revoluções socialistas de 1917 na Rússia, de 1949 na China, de 1959 em Cuba e dos anos 1970 no Chile de Allende.

Como lanterna de popa, reconhece a Revolução sa de 1789, que consagrou os direitos universais do Homem. Nesse livro de memórias, escrito quando estava completando 60 anos, ele afirma ter pressa de escrever porque “o tempo está ando muito rápido”.

EM FLORIANÓPOLIS

Quando chegou à ilha de Santa Catarina, no final dos anos 70, Rolim começou como repórter no jornal O Estado, o mais importante diário catarinense.

Na redação se tornou amigo do gaúcho Mário Medaglia e do catarinense Cesar Valente, que havia estudado jornalismo em Porto Alegre. Naquele momento, vários jornalistas do Rio Grande do Sul chegavam para trabalhar no Diário Catarinense na capital e no Jornal de Santa Catarina em Blumenau, ambos criados pelo grupo RBS.

Alguns dos migrantes chegaram para dar aulas no curso de Jornalismo da incipiente UFSC.

Além de escrever, inclusive para sucursais de jornais de fora, Rolim se matriculou no curso de História, mas não foi adiante nesse intento estudantil. Manteve na universidade a namorada Iara Germer, que se tornaria a mãe de seus quatro filhos.

Na entrada dos anos 80, participou como sócio-fundador do  mensário nanico Afinal, que não foi além de 13 edições. “Nós mudávamos de gráfica a cada edição para evitar a apreensão do jornal”, lembra ele.

O primeiro número foi composto pela Coojornal de Porto Alegre. O último, por uma gráfica de São José (SC), cujo dono lhe cobrou caro e o entregou à polícia.

Na sequência, ele arranjou serviços como assessor de imprensa e trabalhou na editora da UFSC, o que lhe abriu caminho para a fundação de sua própria editora, a Insular, seu principal meio de sobrevivência a partir da década de 1990.

Coleção “Ponto Final”

Após o lançamento do seu livro de memórias, há nove anos, Rolim concluiu que estava na hora de desovar material acumulado ao longo de sua vida como editor de livros – a Insular tem um acervo de 1500 títulos.

Confessa então que, ao transpor os 60 anos de vida, decidiu se desfazer de suas quatro paredes de livros, ficando somente com material sobre “os crimes da ditadura”.

Sem um plano claramente delineado, escrevia freneticamente quando um de seus quatro netos lhe sugeriu que, em vez de fazer um catatau imensurável sobre as lutas contra a ditadura, dedicasse um livro a cada um dos seus personagens.

Chegou assim à lista de 38 nomes.

Ao se voluntariar como historiógrafo, não teve tempo nem recursos para colher depoimentos, atendo-se apenas ao acervo bibliográfico e à documentação disponível, além de imbuir-se da vontade de realizar o projeto, iniciado em pleno isolamento imposto pela pandemia do coronavirus.

Entretanto, a experiência como editor de livros lhe deu amplo o a consultas de arquivos de jornais, obras literárias e teses acadêmicas.

Além disso, ele tem conclusões próprias sobre a dinâmica da História. “A imprensa sempre foi a alma dos partidos e das organizações de esquerda”, escreveu na biografia de Alberto Aleixo, relembrando o nascimento do jornal A Classe Operária, lançado pelo recém-fundado PCB em 1º de maio de 1925, quando o mineiro Aleixo, nascido em Belo Horizonte em 1903, já trabalhava em jornal no Rio.

Para produzir tantos livros em tão pouco tempo – se lançar dois livros por ano, terminará sua tarefa dentro dos próximos 16 anos –, Rolim dorme cedo e acorda antes das 4h da manhã para escrever.

No início do horário comercial matutino vai para a Insular, empresa familiar onde se ocupa sobretudo de pesquisas para sua obra histórico-literária,

A  rotina da editora está aos cuidados de dois eficientes funcionários: o filho Daniel e a secretária Renata.

*A LISTA DE BIOGRAFIAS DA COLEÇÃO PONTO FINAL:

-Alberto Aleixo

-Alexandre Von Baumgarten

-Antonio Benetazzo

-Carlos Alberto de Freitas

-Carlos Marighella

-Carlos Nicolau Danielli

-David Capistrano da Costa

-Edmur Péricles Camargo

-Elson Costa

-Flávio Ferreira da Silva

-Gerardo Magela da Costa

-Gilberto Olimpio Maria

-Hiran de Lima Pereira

-Ieda Santos Delgado

-Isarael Tavares Roque

-Jane Vanini

-Jayme Amorim de Miranda

-Joaquim Câmara Ferreira

-José Toledo de Oliveira

-Lincoln Cordeiro Oest

-Luiz Ricardo da Rocha Merlino

-Luiz Ghilardini

-Luiz Inácio Maranhão Filho

-Mariano Joaquim da Silva

-Mario Alves de Souza Vieira

-Mário Eugenio de Oliveira

-Mauricio Grabois

-Nestor Veras

-Norberto Armando Habegger

-Orlando Bonfim Junior

-Pedro Domiense de Oliveira

-Pedro Pomar

-Rui Pfutzenreuter

-Sidney Fix Marques dos Santos

-Thomaz Antonio Meirelles

-Vladimir Herzog

-Walter de Souza Ribeiro

-Wanio José de Mattos