A artista visual Liana Timm produziu mais de 400 desenhos em lápis de cor da pandemia para cá, resgatando a gestualidade que havia ficado adormecida durante o tempo em que a exploração digital esteve em primeiro plano na sua atividade artística. 4wf2h
Agora, na mostra “Extravagante”, em cartaz na Macun Livraria e Café, até 6 de julho, ela exibe 30 obras que reúnem técnicas analógicas (desenho, pintura) e digitais (via computador). “As imagens, após retrabalhadas digitalmente e transferidas para telas, resultaram numa técnica pessoal que mixa o analógico e o digital, criando um equilíbrio entre manualidade e tecnologia”, explica a artista, que tem 55 anos de uma carreira profícua e reconhecida.
Analisando a série produzida, Liana nota que o conjunto de obras “parece querer dar conta, através da ilusão de ótica e efeitos de linguagem, da mutabilidade do mundo e suas ilimitadas possibilidades”. Em meio a cores fortes ou esfumaçadas, aparecem personagens em estado de perplexidade e indagação. O olhar, quase sempre vago, quer simbolizar a solidão humana, o pensamento ativo e a emoção à flor da pele, descreve a artista multimídia.
Arquiteta por formação – graduou-se na UFRGS, onde também lecionou no curso por 20 anos -, Liana reforça que “Extravagante” é uma exposição na qual se afirma como linha condutora “o dentro para fora”, abrindo tanto para o artista quanto para o observador novas possibilidades e descobertas.
“Liana nos diz que o tema da hora não é só o da hora, e sim questões irresolvidas da humanidade que ainda nos perseguem. Laço do singular com o coletivo. Questões em ebulição, que atravessam e nos alcançam. E que possam encontrar expressão. Com nova combinatória, com a possibilidade de novo movimento. Não é remanejamento do antigo, mas sim ato criativo”, diz a psicanalista Lúcia Serrano Pereira sobre a exposição.
Os tons da liberdade.LianaTimm./ Divulgação
SERVIÇO
Extravagante, exposição de Liana Timm
Local: Macun Livraria e Café
Endereço: Rua Octávio Corrêa, 67, Cidade Baixa.
Visitação: até 6 de julho; de terça-feira a sábado, das 13h às 20h; domingo, das 14h às 20h
Entrada gratuita
Fotos das obras: divulgação da artista
Foto de Liana Timm: Luis Ventura
Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA apresenta “Os sofrimentos do jovem Werher” o6834
Versão adaptada do primeiro clássico do escritor e poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe, a montagem teatral Os sofrimentos do jovem Werther, docoletivo Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA….volta a cartaz às 20h deste sábado (17) e segue em temporada até o dia 28 de junho (sempre aos sábados, às 20h) na Sala 1 da KZA Terezinha (Rua Santa Terezinha, 711). No elenco, estão Sandro Marques, Pâmela Bratz, Danielle Rosa, Ketelin Abbady, Thomaz Rosa, Ricardo Padilha, Alexandre Malta, Antônia Alonso e Marco Olgini.
Os sofrimentos do jovem Werther_Ana Sartori / Divulgação
Concebido com direção coletiva e produzido com recursos do Edital Bolsa Funarte de Apoio a Ações Artísticas Continuadas 2024 e do Edital SEDAC/LPG nº 10/2023, o espetáculo inspirado no romance epistolar (narrado através de cartas) de Goethe aborda o tema da impossibilidade do amor. Na trama, o jovem pintor Werther nutre uma paixão devastadora por sua amiga Charlotte, sem poder fazer nada além de sonhar.
Os sofrimentos do jovem Werther_Ana Sartori/ Divulgação
Na montagem realizada pelo grupo gaúcho, a dramaturgia segue a linha principal do roteiro original, mas desmonta a lógica do texto e traz à tona questões como o feminismo, a solidão, a busca do indivíduo pela liberdade de usufruir de sua vida em meio ao sistema em que está inserido, e a própria função do artista na sociedade.
Os sofrimentos do jovem Werther_Ana Sartori (25)/ Divulgação
Colocada pelo coletivo teatral como ponto central da narrativa, Charlotte é noiva do advogado Albert e pivô de uma comovente história de sofrimentos na burguesia da Civilização Ocidental. No decorrer do enredo, Werther termina por se desesperar e a a se apresentar como irracional e suicida: para ele, a vida só tem sentido com sua amada. Ela, por sua vez, fica dividida entre os dois homens, mantendo o compromisso com aquele a quem foi prometida em casamento, mas sentindo uma grande afinidade pelo amigo. Ao mesmo tempo em que segue o papel imposto pelo patriarcado, a protagonista do espetáculo se revela – no íntimo – dona de si e de seus desejos. “Nos demos conta de que não tinha como falar do homem no papel central, mas sim da mulher, que sempre está à mercê, subalterna, numa posição que não é justa para ela”, pontua Danielle.
Os sofrimentos do jovem Werther_Ana Sartori/ Divulgação
Na peça, surgem outras personagens femininas que também arcam com opressão em outras posições. “É importante e necessário falar desta relação de como foi antes de nós, com nossas avós, nossas bisavós; é nossa bandeira de amor livre, da não-monogamia, da liberdade sexual, de culto, de trabalho, da mulher não se submeter”, sinaliza Danielle. “Por outro lado, o personagem Werther é, de forma metafórica, a representação das pessoas que se apaixonam e sonham, vivendo em um mundo que clama por transformação – que é o nosso caso, como ativistas que buscam isso através do teatro”, emenda a atriz.
Trabalhando há 17 anos com temas que sirvam de terreno fértil para a discussão de seus anseios, o grupo Levanta FavelA… bebe nas fontes do Teatro do Absurdo, do Teatro da Crueldade (de Antonin Artaud), do Teatro Épico (de Bertolt Brecht) e do Teatro do Oprimido (de Augusto Boal). No caso da atual montagem, o coletivo investe nas duas primeiras linguagens para, no decorrer de dez cenas, apresentar uma dramaturgia densa, lírica e essencialmente psicológica, ao mesmo tempo em que celebra e insere na cena referências de matriz afro, como exemplo de Cosme e Damião, duas divindades da Umbanda protetoras das crianças.
Os sofrimentos do jovem Werther_Ana Sartori / Divulgação
“Ainda que sempre com uma pitada de contemporaneidade e nonsense, gostamos de buscar nos clássicos a inspiração para falar de nossas inquietações”, revela Marques. “Vínhamos, há algum tempo, abordando a temática da saúde mental em nossas discussões em grupo, a partir do evento da pandemia de Covid-19, que impactou muitas pessoas nesse sentido”, ressalta o ator, ao se referir sobre o tema do suicídio, visto até hoje, pela maioria das pessoas, como controverso.
Serviço:
Os sofrimentos do jovem Werther
Datas: dias 17, 24 e 31 de maio e dias 07, 14, 21 e 28 de junho
Interpretação: Sandro Marques, Danielle Rosa, Pâmela Bratz, Ketelin Abbady, Thomaz Rosa e Marco Olgini
Iluminação: Alexandre Malta
Sonoplastia: Ricardo Padilha
Contrarregragem: Antônia Alonso
Cenário: o grupo
Produção: o grupo
Sobre a Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA…:
Coletivo criado em 2008, em Porto Alegre, com Teatro de Rua, Teatro de Vivência e Intervenções Cênicas. Com forte engajamento com movimentos sociais, o grupo coloca na sua estética e linguagem a discussão política sobre questões atuais e pertinentes ao contexto social contemporâneo, fazendo da cultura uma ferramenta de discussão social. Ao longo de sua trajetória, realizou 17 espetáculos: Margem Abandonada Medeamaterial Paisagem com Argonautas, Tebas, O Beijo no Asfalto, Lua de Mel em Buenos Aires A Mulher Crucificada O Beijo da Besta, Malone Morre, A Babá e o Iceberg, Em Busca de Christa T, O Canto da Terra, A Árvore em Fogo, Futebol, nossa Paixão, A Belíssima Fábula de Xuá-Xuá A Fêmea Pré-Humana Que Descobriu o Teatro, Sepé: Guarani Kuery Mbaraeté!, Populares Temem Invasão das Salsichas Gigantes, Manual do Guerrilheiro Urbano, Maria Suas Filhas e Seus Filhos, Don Juan e Os Sofrimentos do Jovem Werther.
Em “Sweet songs”, João Maldonado Trio traz para o jazz clássicos do rock 4r405y
No dia 15 de maio (quinta-feira), o pianista João Maldonado retorna ao Espaço 373 para apresentar novos arranjos criados para canções do rock que atravessam gerações e que cabem num piano, num baixo acústico e numa bateria.
Acompanhado por André Mendonça (baixo acústico) e Dani Vargas(bateria), Maldonado escolheu para a estreia do show Sweet Songs clássicos, como “Come Together” e “Norwegian Wood” (Beatles), “Voodoo Child” (Jimi Hendrix), “Nunca Mais Voltar” (TNT), “Vem Pra Cá” (Papas da Língua), e “Dia Especial” (Duca Leindecker), além de composições autorais.
Prestes a subir mais uma vez ao palco do Araújo Vianna com o TNT, o pianista destaca que o repertório faz parte de seus estudos para “navegar” por outros estilos, lhe permitindo a improvisação.
João Maldonado – Foto Marcelo Nunes / Divulgação
Mais conhecido como “Jazz Rock”, a origem deste estilo remonta à década de 1960, época em que os músicos de rock começaram a incorporar em suas músicas elementos de jazz como a improvisação e complexidade das composições. Desta união de elementos surgiram bandas e músicos com composições mais elaboradas.
Tanto “All You Need is Love” quanto “Got To Get You Into My Life”, dos Beatles, foram fortemente influenciados pelo jazz, enquanto “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones, apresenta um ritmo de jazz latino. Muitos músicos de jazz também experimentaram o rock and roll ao longo dos anos, com vários graus de sucesso. O jazz fusion surgiu como um subgênero que incorporava instrumentos elétricos e ritmos do estilo rock em composições de jazz, como Miles Davis, Herbie Hancock e John McLaughlin.
João Maldonado – Foto Marcelo Nunes/ Divulgação
SERVIÇO
João Maldonado Trio | Sweet Songs
Quando: 15 de maio | Quinta-feira | 21h Onde: Espaço 373 (Rua Comendador Coruja, 373 – Floresta) Ingressos: R$30 a R$90
Ingressos antecipados:https://tri.rs/event/65/joao-maldonado-sweet-songs Informações e reservas de mesas pelo WhatsApp: (51) 999 99 23 15
Gloria Groove apresenta o show Serenata da GG, em novo local e horário 4k2l2d
O show Serenata da GG, com Gloria Groove, em Porto Alegre, teve alterações de local e horário. A apresentação, marcada para o dia 24 de maio, será realizada na URB Stage (Rua Beirute, 45 – Bairro Navegantes). A mudança foi necessária por conta de questões logísticas de montagem e desmontagem, além das condições climáticas e da programação de jogos na Arena do Grêmio, local inicialmente previsto para o evento.
Foto; Divulgação
Agora, o público vai curtir a noite em ambiente coberto, climatizado, com estrutura de alta qualidade para som e iluminação. Os portões abrem às 22h. Às 23h, quem aquece a pista é a Júlia Jorge, preparando o terreno para o grande momento da noite. Gloria Groove sobe ao palco à 0h30min, com seu show cheio de emoção, romantismo e hits. E a partir das 2h30min, a cantora Pocah encerra a festa com muita potência e batida envolvente.
Com realização da Experiência Z, Bolico Produções e Elo Entretenimento, a turnê “Serenata da GG” já ou por diversas cidades brasileiras, reunindo milhares de fãs e consolidando o sucesso do projeto que mergulha na essência do pagode romântico. No repertório, 34 músicas que eiam por sucessos autorais e releituras emocionantes de clássicos do gênero.
Foto: Divulgação
O álbum duplo “Serenata da GG”, lançado em 2024, soma mais de 300 milhões de reproduções nas plataformas digitais. O hit “Nosso Primeiro Beijo” figura entre as músicas mais tocadas do país. Aos 30 anos, Gloria Groove é hoje uma das artistas mais ouvidas no Brasil, com mais de 7,9 milhões de ouvintes mensais no Spotify, colecionando parcerias com grandes nomes como Alcione, Thiaguinho, Mumuzinho, Anitta, Pabllo Vittar e Ludmilla.
Já a cantora Pocah, com mais de 33 milhões de seguidores nas redes sociais e um milhão de ouvintes mensais no Spotify, é um dos maiores nomes do funk nacional. Em mais de uma década de carreira, ela emplacou hits como “Não Sou Obrigada”, “Bandida” (com Pabllo Vittar) e “ando o Rodo”, além de flertar com outros estilos como o afrobeat e o trap.
Foto: Divulgação
Com um lineup potente, estrutura de qualidade e nova casa, a “Serenata da GG” promete uma noite inesquecível em Porto Alegre.
* COMPRA DE CAMAROTE PARTICULAR E MESA PELO WHATSAPP (51) 99863 0803.
A realização é da Experiência Z, Bolico Produções e Elo Entretenimento.
Com o tema Surreal, Miniarte Internacional abre inscrições para sua 52ª edição 6q6h4r
O Projeto Miniarte Internacional está com inscrições abertas para a coleção “Surreal”, tema escolhido para ser abordado pelos participantes em 2025. Do dia 8 de maio até 20 de julho, as inscrições individuais e de grupos têm desconto. Todas as informações sobre a 52ª edição podem ser adas no site https://www.miniartex.org.
O projeto da Miniarte foi criado, em 2003, pela artista visual gaúcha Clara Pechansky, que se mantém à frente da iniciativa. Até agora, em 22 anos de existência, já foram realizadas 51 edições em 20 países de cinco continentes, com a participação de mais de 3.000 mil artistas, num total de 20 coleções diferentes.
Artista visual Clara Pechansky – Foto: Divulgação
Observando a trajetória da humanidade e o momento histórico vivido neste primeiro quarto do século 21, Clara considera que o tema escolhido é “atualíssimo”. Aos 88 anos, nascida e formada em Belas Artes em Pelotas, ela se radicou em Porto Alegre no final da década de 1950, consolidando-se como uma das mais reconhecidas artistas visuais da Capital e do estado.
A Miniarte Surreal será realizada dia 8 de novembro, na Gravura Galeria. A logomarca da atual edição, com características do movimento surrealista, foi desenvolvida pelo designer gráfico Ronald Souza, bacharel em Desenho pelo Instituto de Artes da Ufrgs.
A leitura da arte, em diferentes técnicas e linguagens, da enchente de maio de 2024 6j703g
Uma amostra significativa de como as artes visuais absorveram e reelaboraram, em diferentes técnicas e linguagens, a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul há um ano. Assim pode ser resumida a exposição “As Águas Selvagens”, que reúne 43 artistas sob a curadoria de Ana Zavadil, no Museu de Arte do Paço, em Porto Alegre. A abertura acontece na terça-feira (6/5), às 18h30.
A artista Isabel Marroni apresenta a obra “Rio que me atravessa”, pintura acrílica e colagem de retalhos de telas, tecidos e papéis artesanais. Tons frios e formas fragmentadas sugerem caos e desolação.
“O trabalho não apenas retrata um elemento de perda, mas também celebra a capacidade de renovação e a força coletiva que emerge em tempos de crise. A arte, portanto, se transforma em um canal de diálogo e reflexão, convidando o espectador a contemplar as consequências das mudanças climáticas e a importância da solidariedade em momentos de adversidade”, reflete Marroni.
As obras, sejam pinturas, fotografias, instalações, desenhos, arte têxtil, emocionam. São espelhos sensíveis da dor, da solidariedade e da resiliência que marcaram aquela tragédia. Elas nos tocam porque não apenas documentam os acontecimentos, mas também traduzem o impacto humano e emocional que escapou às estatísticas. São imagens potentes das enchentes e dos esforços de reconstrução”, ressalta Zavadil, ex-curadora-chefe do MARGS e do MACRS, mestre em História, Teoria e Crítica de Arte pela UFSM e professora de pintura e desenho.
Vera Carlotto e sua instalação memorial/ Divulgação
A instalação “Resgatar Afetos”, da artista Vera Carlotto, homenageia a memória das vítimas das enchentes, cujos rostos aparecem com tarjas que reproduzem imagens de satélite do transbordamento dos rios.
“É um memorial suspenso de 2m80, feito em assemblage com mais de 200 imagens. Em um galho de árvore que recolhi na rua, mesclei fotografias das vítimas às imagens de satélite e pendurei-as por anzóis e as distribuí como o fluxo d’água, circundando um saco de areia tatuado com os nomes dos que partiram. Criei uma paisagem de luto e de memória, fazendo da arte um abrigo para as ausências”, relata Carlotto.
Foto de Nilton Santolin/ Divulgação
Além de se expressar artisticamente, cada participante escreveu um texto que pode ser lido pelo visitante ao ar um QR Code que acompanha a obra. “A minha série de fotos ‘Marca d’água’ é um alerta, um grito, um desabafo e um pedido para que as autoridades tomem providencias e evitem ou diminuam os impactos de um novo episódio climático”, clama o artista Leandro Selistre.
Obra de Karina Koslowski/ Divulgação
Numa demonstração de resistência, o prédio histórico do Museu de Arte do Paço, construído entre 1898 e 1901, foi atingido pela águas da enchente e agora serve de palco a essa mostra que reflete artisticamente sobre o fenômeno ocorrido há um ano.
Obra de Fernanda Martins Costa/ Divulgação
Artistas da exposição
Alexandra Eckert, Andrea Brächer, Clara Figueira, Clara Koppe, Cleci A. Serpa, Cristie Boff, Denise Wichmann, Edson Possamai, Esther Bianco, Fátima Pinto, Fernanda Martins Costa, Gladis Coifman, Graça Craidy, Griseldes Vieira, Helena d’Avila, Helena Schwalbe, Isa Dóris Teixeira de Macedo, Isabel Marroni, Ivone Rabelo, Jane Maria, Juiara Barbizan, Jussara Moreira, Karina Koslowski, Kátia Werenzuk, Leandro Selistre, Lisi Wendel, Lorena Steiner, Lu Gaudenzi, Mariana Voltolini, Marinelsa Geyer, Mary Marodin, Miriane Steiner, Mylène d’huyer, Neca Lahm, Nilton Santolin, Patricia Schneider, Ricardo Giuliani, Sandra Gonçalves, Silvia Rodrigues, Simone Barros, Sirlei Hansen, Vera Carlotto e Yas Almeida.
Coracões do RS de Silvia Rodrigues. foto Nilton Santoliin/ Divulgação
SERVIÇO
Exposição: “As Águas Selvagens”
Curadoria: Ana Zavadil
Abertura: 6 de maio, das 18h30 às 20h30
Visitação: de 7 de maio a 20 de junho, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Local: Museu de Arte do Paço
Endereço: Praça Montevidéu, 10, Centro Histórico de Porto Alegre/RS
Entrada gratuita
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“A Carne “: o estético e o conceitual do corpo humano, nas fotos de Gilberto Perin 676321
Localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, o Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz (HPM) hospeda de 6 de maio a 2 de junho a exposição “A Carne”, com 20 imagens inéditas e novos recortes de trabalhos já apresentados pelo fotógrafo gaúcho Gilberto Perin. A mostra tem abertura às 18h de terça-feira (6) e visitação de segunda a sexta (10h-18h), com entrada franca. Endereço: Largo João Amorim de Albuquerque nº 72, próximo ao Theatro São Pedro.
Roda de Cultura
A programação inclui duas novas edições do projeto “Roda de Cultura”, com o artista visual recebendo o público para um bate-papo descontraído sobre sua obra e trajetória.
Também com participação gratuita e aberta ao público em geral, os encontros serão realizados nas tardes de duas quartas-feiras – 14 e 28 de maio. É necessário agendamento pelo telefone/whatsapp (51) 98595-5690.
CARNE – detalhe foto Gilberto Perin / Divulgação
Obra e artista
Com formatos e dimensões variadas, as fotos da série têm por foco estético e conceitual o corpo humano, com seus múltiplos significados e interações, em uma época marcada pelo contraste entre padronização da beleza, sufocamento de sensações, banalização da intimidade e perda de espaço do natural para o artificialismo. O autor acrescenta:
“Não se trata de uma crítica conservadora à superexposição ou algo do tipo, mas do convite a um novo olhar sobre a cultura em que o corpo é visto de forma fragmentada, impactando a percepção individual e coletiva. Parte desse trabalho foi inspirada pela conversa que tive com uma amiga sobre os aplicativos de relacionamento, que exploram fetiches e narcisismos, comercialmente ou não, de forma explícita ou insinuada”.
Gilberto Perin, 71 anos, tem trajetória consagrada na área cultural, como roteirista, diretor de cena, ator de teatro/cinema e artista visual. Nascido em Guaporé (RS) e radicado em Porto Alegre desde 1972, é formado em Comunicação Social pela PUCRS. Criou e dirigiu premiados curtas-metragens, videoclipes e minisséries para televisão.
EXPOSICAO A CARNE – Foto Gilberto Perin / Divulgação
Suas fotografias já foram expostas em instituições como o Centro Cultural CEEE, Sesc-RS, Casa de Cultura Mário Quintana, Margs, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Espaço IAB, Santander Cultural, Memorial do RS, Fundação Ecarta e Museu Joaquim José Felizardo, além de São Paulo, Portugal, França, Itália, Suíça e Hungria.
É também autor dos livros “Camisa Brasileira” (2011), “Fotografias para Imaginar” (2015) e “Theatro São Pedro – 165 anos” (2023), sem contar a presença de seu trabalho nas capas de quase 30 publicações de contos, poesias, romances, biografias e outros gêneros.
CARNE – detalhe foto Gilberto Perin / Divulgação
Espaço cultural HPM
Inaugurado como imóvel residencial no final da década de 1920, o palacete do Largo João Amorim de Albuquerque nº 72 abriga há quase 50 anos o Hotel Praça da Matriz. O empreendimento ou por ampla revitalização e, sob o comando da família Patrício desde 2014, hospeda anônimos e famosos, além de abrigar o Espaço Cultural HPM. No foco estão exposições, saraus, lançamentos de livros e outros eventos, em parceria com a empresa Práxis Gestão de Projetos.
A origem do imóvel remonta a Luiz Alves de Castro (1884-1965), o “Capitão Lulu”, dono do cabaré-cassino “Clube dos Caçadores”, instalado de 1914 a 1938 na rua Andrade Neves (a poucas quadras dali) e enaltecido por cronistas e escritores como Erico Verissimo. A fortuna amealhada pelo empresário com a atividade ainda bancou, na mesma época, a construção do imponente edifício que hoje sedia o Espaço Cultural Força e Luz (Rua da Praia).
Contratado por Lulu, o engenheiro e arquiteto teuto-gaúcho Alfred Haasler projetou quatro andares com subsolo, pátio interno e dois diferenciais naquele tempo: garagem e sistema francês para calefação de água, tudo em estilo eclético, com mármores, azulejos e outros materiais importados. O conjunto está inventariado como de interesse histórico pelo Município e contemplado com o programa Monumenta, permitindo a recuperação de fachada, cobertura e estrutura elétrica.
O proprietário não teve muito tempo para aproveitar tamanho requinte, pois migrou no início da década de 1930 para o Rio de Janeiro, ampliando atividades (foi sócio do Cassino da Urca e dono de diversos empreendimentos). Com o decreto federal que em 1946 proibiu os jogos-de-azar, Lulu se desfez do seu patrimônio em Porto Alegre. O palacete junto à Praça da Matriz – até então alugado a terceiros – trocou de mãos até ser adquirido em 1949 por um comerciante cuja nora, Ilita Patrício, mantém hoje o estabelecimento hoteleiro.
“Teste de Rorschach” inspira releitura visual para exposição de Pena Cabreira 5h453d
“SUDÁRIOS (Protocolos Revisitados)
A série Sudários possui uma “árvore genealógica” complexa até chegar a este formato. Em 1990 me deparei com um livro antigo sobre o “Teste de Rorschach” (que analisava disposições psicóticas em pacientes através da interpretação de padrões visuais). O livro continha protocolos com diagnóstico de cada paciente.
Fascinado com a possibilidade de uma leitura visual desses “loucos”, realizei mais de 200 desenhos instantâneos, a seleção de 21 peças originou a mostra Protocolos, em 1991 (uma das obras, em 1994, ganhou o Grand Prix/Desenho no Salão Latino-Americano de Artes Plásticas e Visuais de Santa Maria).
A seguir, o escritor Júlio Zanotta cria textos sobre cada personagem, nascendo o livro LOUCO. Hoje, após 35 anos, releio este tema em outro formato – 21 desenhos de 170×100 cm cada, sobre algodão cru. Trata-se de uma espécie de “ressurreição” do tema Protocolos; daí, o título Sudários – Protocolos Revisitados.
SERVIÇO
Dia 1 de maio de 2025. Galeria Coletiva 9 – Guido Mondin, 307.
Porto Alegre. Curadoria Vanessa Annunciata. Portas para a Arte.
Um sonoro gaúcho contemporâneo na CCMQ, neste sábado dia 26 5m6f55
Depois de grandes shows em Encantado e Osório, sábado, dia 26 de abril, é a vez de Porto Alegre receber o 1º Festival Sul Universal. O evento reflete toda a diversidade musical produzida no Rio Grande do Sul, com influências das sonoridades brasileira e latino-americana.
As apresentações na capital gaúcha acontecem a partir das 18h30, na Travessa dos Cataventos, na Casa de Cultura Mario Quintana, com entrada franca. Dunia Elias, Quinteto Canjerana e Rapajador compõem um sonoro gaúcho contemporâneo: choro, MPB, Música Gaúcha Contemporânea, rap e pajada, num diálogo harmônico entre a raiz regional, a brasilidade e o modernismo musical.
E, no mês de maio, o Festival vai levar Lucio Yanel e Thiago Colombo, Instrumental Picumã e Shana Müller a Lajeado (11) e Carlos Badia e Grupo e Paulinho Cardoso Quarteto a Pelotas (17). Confira a programação completa no site https://suluniversal.com.br e nas redes (@suluniversal no instagram e facebook).
Selecionado no Edital SEDAC nº 32/2024 PNAB RS – MÚSICA, o 1º Festival Sul Universal tem financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), programa do Ministério da Cultura do Governo Federal. Com planejamento cultural da Gaita Produtora Cultural e Experimentais Cria Cultura, a iniciativa tem apoio do Movimento Sul Universal, IEM – Instituto Estadual da Música e CUBO PLAY.
O evento integra as primeiras ações do Movimento Sul Universal, dentre as quais se destacam o Podcast Sul Universal – cuja a primeira temporada está disponível nos canais no YouTube do MSU (https://www.youtube.com/@suluniversal) e da CuboPlay (https://www.youtube.com/@CuboPlay) e a futura Escola Sul Universal.
Atrações:
Dunia Elias é conhecida pelo público gaúcho como uma artista original, que se expressa como pianista, compositora e atriz-pianista, tendo sido várias vezes premiada em festivais, no Rio Grande do Sul e fora dele. Sua música retrata a identidade sonora do sul do Brasil, no pedaço de mundo contido entre Brasil, Argentina e Uruguai – a vasta região do Pampa, onde as fronteiras geográficas se confundem e se diluem. Música com tempero jazzístico.
Suas composições refletem essas influências que permeiam seu universo sonoro: “Choro Pampeano” (Prêmio Plauto Cruz no Festival de Choro de Porto Alegre 2005), “Antonio Abdallah” (milonga e dança árabe), “Candombe no Bomfim” (2º lugar no 13º Festival de Música de Porto Alegre), “O Choro do Bugio” (Melhor Música Instrumental no XI Musicanto).
Neste show, dois dos instrumentistas mais versáteis do RS a acompanham, formando uma parceria de longa data: Artur Elias na flauta e Giovani Berti na percussão.
Criado em 2012, o Quinteto Canjerana apresenta temas autorais que propõem uma sonoridade gaúcha contemporânea. São composições que trazem o universal para a música gaúcha.
Com dois álbuns lançados, o grupo busca inserir elementos da música do mundo em suas composições, o que resulta em uma sonoridade ímpar e um diálogo harmônico entre a raiz regional e modernismo musical.
O Quinteto é formado por Alex Zanotelli no contrabaixo, Fernando Graciola no violão, Maurício Horn no acordeon, Maurício Malaggi na bateria e percussão e Zoca Jungs na guitarra, violão e viola caipira.
O trio Rapajador crédito divulgação/
RAPajador
Resultado de uma mistura entre o rap e a pajada (Payador em castelhano, quer dizer repentista ou poeta do improviso), RAPajador nasce com o objetivo de representar a tradição do Sul por meio de sua essência musical e da rima.
O Rapajador vem da união entre duas manifestações artísticas presentes na cultura brasileira, mas com “sotaques” diferenciados, vez que, tanto o rap quanto a Pajada (Payada), tem como principal fundamento o verso – tanto escrito quanto improvisado. O projeto surge em 2018 com a parceria do rapper Chiquinho Divilas, do acordeonista Rafa De Boni e do DJ Hood.
Nomes como Jayme Caetano Braun e Mano Brown inspiram letras e arranjos que contam com a participação do DJ Hood, mixando temas e batidas típicas da região Sul com a batida do rap.
Circo Teatro Girassol traz nova temporada de ‘As Aventuras do Avião Vermelho’, de Erico Verissimo k4q1f
O Circo Teatro Girassol, uma das mais tradicionais companhias de teatro e circo-teatro de Porto Alegre, estreia a nova montagem do aclamado espetáculo “As Aventuras do Avião Vermelho”, baseado no clássico infanto juvenil de Erico Verissimo. A peça, que retorna ao palco com uma nova roupagem, será apresentada na Sala Álvaro Moreyra, no dia 26 de abril, sábado, às 16h. A temporada vai de 26 de abril a 04 de maio de 2025, aos sábados e domingos.
A nova montagem do espetáculo, que conta com o financiamento do programa Bolsa Funarte Retomada Cultural RS, marca duas datas importantes: os 120 anos de nascimento do escritor Erico Verissimo e os 30 anos da primeira adaptação para o teatro do livro “As Aventuras do Avião Vermelho”, realizada pelo diretor Dilmar Messias. O espetáculo é um marco na trajetória do Circo Teatro Girassol, companhia que, desde 1973, tem como missão levar ao público teatral e circense histórias populares, emocionantes e repletas de magia, tanto para crianças quanto para adultos.
“As Aventuras do Avião Vermelho” é uma história envolvente que narra as peripécias de Fernandinho, um menino travesso que, inspirado pelo Capitão Tormenta, protagonista de um livro que ganha de seu pai, decide encolher-se para embarcar em um avião vermelho de brinquedo e viajar por um mundo de fantasia ao lado de seus fiéis amigos: um boneco de louça e um ursinho de pelúcia. A peça, que estreou pela primeira vez em 1995, já conquistou dezenas de prêmios, incluindo o Prêmio Tibicuera, o Prêmio Isnard Azevedo e o Prêmio Fenate, tornando-se um dos maiores sucessos do teatro infantil em Porto Alegre e em outros importantes festivais nacionais e internacionais.
Com uma equipe talentosa e uma direção consagrada, o Circo Teatro Girassol promete encantar novamente o público com uma performance repleta de humor, emoção dentro de uma estética circense que prende a atenção de crianças e adultos. A peça é um convite ao divertimento, reaviva a memória emocional de várias gerações que tiveram nas Aventuras do Avião Vermelho, leitura obrigatória no convívio familiar e é também uma reflexão sobre a importância da imaginação e da amizade, valores universais que continuam a tocar o coração de gerações.
Dilmar Messias reconhece que a montagem de 1995 forneceu referências estéticas importantes. “O jogo das linguagens permanece e, certamente, a palhaçaria em sua essência singela deverá ocupar o seu espaço. Uma das virtudes deste trabalho tem sido a libertade e os palhaços, estas figuras libertárias, é que irão contar para crianças e adultos ‘As Aventuras do Avião Vermelho’. O que mais queremos é que o público goste”, conclui.
AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO
FICHA TÉCNICA 2025
Elenco: Débora Rodrigues, Diego Steffani, Tuta Camargo
Direção de Arte: Diego Steffani
Cenotécnico: Tuta Camargo
Elaboração e Desenvolvimento do Projeto: Débora Rodrigues
Iluminação: Dilmar Messias
Música Original: Maninha Pedroso
Bonecos: Mario de Ballentti
Desenhos: Tadao Miaqui e Diego Steffani
Arte Gráfica: Pomo Estúdio
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu
Direção e Adaptação: Dilmar Messias
Produção: Girassol Produções Artísticas e Culturais