Na Lancheria do Parque, ponto tradicional na avenida Osvaldo Aranha, ninguém arrisca uma data para a reabertura. Só se sabe que será depois do inverno, provavelmente não antes de setembro. o4p4d

A popular Lanchera, que completou 38 anos dia 9 de maio, baixou a cortina metálica dia 20 de março devido às exigências sanitárias em razão da pandemia.
Para continuar funcionando dentro das novas regras de distanciamento, o extenso balcão teria que ser removido mais para o centro do salão, para aumentar o corredor atrás dele, por onde circulam vários funcionários, do caixa ao chapeiro, onde também são feitos os famosos sucos de frutas frescas.
Seria uma obra e tanto, para uso temporário, e deixaria o salão comprido mais estreito, caberiam muito menos mesas para respeitar a distância entre elas agora exigida. E sem o bufê de almoço disponível das 10 às 18 horas. Não há Lanchera sem aglomeração.

“Se anunciarem uma vacina hoje, abrimos amanhã”, brinca Neomar José Turatti, um dos oito sócios no negócio. No início de abril, quando perceberam que seria longo e incerto o período de portas fechadas, demitiram os 20 outros funcionários. “Assim puderam receber o Fundo de Garantia e seguro-desemprego”, justifica.

Enquanto isso, ele supervisiona a reforma do balcão, que continuará onde sempre esteve, limpeza geral e manutenção de equipamentos, preparando o retorno às atividades. Não se anunciam grandes mudanças. A Lancheria do Parque é um retalho dos anos 80 no Bom Fim – sem wi-fi, sem comida gourmet e sem embalagens personalizadas, é um clássico popular.