Natural de o Fundo (RS), militou na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Preso em 1970, foi condenado pela 3ª Auditoria Militar de Santa Maria. Cumprida a pena, continuou sendo perseguido, tendo que exilar-se nos seguintes países: Chile, México, Bélgica e Argentina. Casado com Ieda Maria Andreatta Maffi. Após retornar do exílio, foi professor universitário, na Universidade de Ijuí, de Cultura Brasileira, Literatura Brasileira, Literatura Latino Americana, Literatura Portuguesa e Literatura Africana de Língua Portuguesa. Ativista político e dos Direitos Humanos, elegeu-se prefeito municipal de Braga (RS), por dois mandatos (1983/88 e 1993/96). Autor de um livro de poesias, escrito durante a prisão, que foi confiscado pelos militares. Dos Motivos Escrevemos porque nos falta o tempo de purgar a grande dor coletiva e na poesia que fazemos trazemos nossa esperança rediviva. Fazer versos é mais que manifesto: hoje, é luta e testemunhos. É um cerrar de punhos e um grito de protesto. Cantemos, pois, com a certa convicção de que calar é mais trágico e atroz. Infeliz o que sabe a canção e, no entanto, emudece a voz. Cicatrizes Crava-se na memória o espinho e a dor escorre como sangue. Na desesperança desencarnada de uma terra seca de searas pedras sobre pedras O suor é o sonho. As manhãs e as claras madrugadas foram apenas festas que a noite castrou. O espinho encravado no miolo da esperança na sutura dos ossos no pêndulo do nervo na paz do sangue na sagração dos dias na origem do pasmo na confluência da dor nas raízes da terra e na carnadura da pedra agride nossas cicatrizes. No eixo do tempo, a memória. Mas não serei eu agreste e perdido que há de lavar o sangue das mãos que mataram nos porões do tempo. Da dor vertida no peito feito lágrima e fel sabem o fio da faca e prumo da História. Da noite, sabemos nós que viemos do mundo dos abismos carregando almas naufragadas salitre nas feridas mágoas no peito e engasgo na garganta. Nós, que de muito plantar no escuro da noite as palavras que nos marcavam os sonhos que nos embalavam e os mitos que nos mantinham restamo-nos, sobreviventes, amanhecendo cicatrizes. Precariedade As precárias palavras no papel concentram a vontade do canto. Mas nada se revela nesta noite de mudez que não sejam inúteis, velhos e cansados gestos. O nó na garganta. A espinha do peixe não fere mais que o silêncio. Tudo é provisório nesta noite. Eu. Você. O ditador. E o nó. 5z1s3n
A VPR (Vanuarda popular revolucionária) foi um grupelho que promovia assaltos armados e roubos de bancos. Participou de assaltos e do sequestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, em dezembro de 1970, e também foi responsável pelo sequestro do cônsul-geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi
Este grupo, do qual participaram Carlos Lamarca e a ex presidente Dilma Rousseff, assassinou em 26 de junho de 1968 o soldado Mário Kozel Filho, em um atentado ao Quartel General do II Exército, em São Paulo.
Queriam implantar o regime comunista no Brasil, seguindo a cartilha marxista leninista.
Hoje seus componentes, os mesmos que roubaram e mataram, foram indenizados nos governos da petralhada e centenas (ou talvez milhares) recebem aposentadoria paga com o dinheiro do trabalhador brasileiro.Isso mesmo. Com o teu dinheiro, com o meu dinheiro, com o nosso dinheiro.