Carris: projeto entra em discussão na Câmara e deve ser votado depois do recesso 102k3b

Foto: Maria Ana Krack / PMPA

O projeto do governo Melo que autoriza a desestatização da Companhia Carris Porto Alegrense entrou em discussão no plenário da Câmara de Vereadores em Porto Alegre, nesta quarta-feira, 07. x324s

Antes, o prefeito Sebastião Melo foi ao legislativo. Durante o encontro a mobilidade urbana foi o tema. Também foi encaminhado projeto sobre e Livre no transporte coletivo, com objetivo de racionalizar o uso da isenção tarifária.

Melo ainda acrescentou algumas mudanças que sua gestão pretende fazer: “Por exemplo, promover a integração com o sistema de lotação, uso de ônibus menores em horários diferenciados e interligação com a região metropolitana, visando a tarifa diferenciada”.

Na terça, em uma reunião entre prefeito, carris e Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Porto Alegre,  Sebastião exigiu um plano de contingência da Carris para liberar mais recursos. Somente neste ano foram R$ 35 milhões em aportes.

O PLE 013/21 da Carris, precisa de 19 votos para ser aprovado o que deve ocorrer sem maiores problemas já que o atual governo possui uma base forte e coesa.

Uma audiência pública ainda sem data definida será marcada pelo legislativo para tratar sobre o tema com a sociedade civil e demais interessados.

“Queremos seguir os trâmites normais sem atropelo e seguindo o regimento da casa.” explicou o vereador e líder do Governo Idenir Cecchim (MDB). Para ele a Carris já não cumpre mais o seu papel além de ser deficitária e mais custosa.

Segundo o prefeito, “a empresa Carris é 21% mais cara que o consórcio privado, que transporta 78% dos ageiros em Porto Alegre”.

Outra justificativa do governo são os aportes que a istração tem feito à estatal desde 2012 e que ja somam R$500 milhões. No ano ado foram R$66 milhões e este ano já estima-se em 35 milhões..

Frente Parlamentar tenta reverter o quadro.

No plenário, o vereador e presidente da Frente Parlamentar em defesa da Carris, Roberto Robaina (PSOL) defendeu a permanência da Estatal na mão do governo.

Para ele a privatização da Carris significaria um monopólio e controle do transporte público ainda maior na mão das empresas privadas que operam o sistema.

“É um erro, uma lógica nefasta, o governo ao tentar privatizar a Carris estará provocando um conflito social” argumentou o parlamentar referindo-se as 4 mil famílias, os cerca de dois mil funcionários da Carris e outros dois mil cobradores que hoje trabalham nas empresas privadas e também correm o risco de perderem suas funções em razão dos projetos do Governo.

Pelo menos 10 vereadores da oposição apoiam a Frente Parlamentar em defesa da Carris, número insuficiente para impedir sua privatização que deve ocorrer depois do recesso parlamentar.Depois de receber essa autorização ampla, para resolver a questão carris, o governo municipal ainda vai decidir. Entre as hipóteses em exame, nem a permanência da empresa como é hoje está descartada.

Deixe uma respostaCancelar resposta g2k3h