Numa entrevista coletiva com 60 veículos inscritos, o governador Eduardo Leite anunciou na tarde desta segunda-feira,(28) que vai deixar o cargo de governador do Rio Grande do Sul, mas não vai sair do PSDB. 6w3fm
Ele disse que renuncia para explorar “todas as possibilidades” que se abrem para sua carreira política: candidato à presidência por uma coligação de centro direita, candidato ao senado pelo Rio Grande do Sul ou, em último caso, ser candidato à reeleição, para defender seu governo.
Leite deixou clara sua prioridade ao anunciar que vai percorrer o país para propor “um novo olhar sobre o Brasil”.
João Dória, já escolhido como candidato do PSDB, é um obstáculo a essa ambição. Mas Eduardo Leite acredita que “as prévias não tem exclusividade” (na indicação do candidato) e que “acima das prévias está o Brasil e seu futuro”.
Ele deu sinais que confia numa grande frente do “centro democrático”, reunindo PSDB, PMDB, União Brasil, PSD, Cidadania e “outros”, que está se formando e pode atropelar a pré-candidatura de João Dória, que até agora aparece sem expressão nas pesquisas. Não é só uma questão de projeto, antes há uma questão eleitoral, sugeriu.
À frente dessa ampla aliança, ele se tornaria não a terceira, mas a “primeira via”, acima da polarização estabelecida entre Lula e Bolsonaro.
Aparentemente, o que tem fortalecido o nome de Eduardo Leite entre às alternativas à polarização, é o elevado índice de intenção de voto em Lula por parte da juventude, registrado nas últimas pesquisas.
Ele citou reiteradamente sua condição de líder jovem (é governador aos 36 anos) e disse que pretende percorrer o Brasil “pelos jovens”.