Desde o dia 20 de agosto, o ERS vem solicitando que representantes das escolas estaduais preencham um formulário para mapear as necessidades e carências da rede. Até o fechamento desta matéria, 234 instituições retornaram o questionário, o que representa aproximadamente 10% do total de escolas. Como apontado no último levantamento, realizado no dia 22, os dados já permitem vislumbrar um quadro caótico, acusando falta expressiva de recursos humanos, problemas estruturais e ameaças de fechamento e municipalização de escolas, entre outros problemas. O levantamento contabiliza, por exemplo, a falta de 1057 educadores(as). A carência mais expressiva de recursos humanos refere-se a funcionários(as). Faltam 489 profissionais para atuar em áreas como merenda, manutenção, istrativo e limpeza. Já a falta de professores(as) em sala de aula chega, nas instituições participantes, a 283. Entre as disciplinas mais afetadas estão matemática, português e língua estrangeira. Os especialistas também representam outra grande lacuna. São professores(as) que atuam em áreas como supervisão, orientação escolar, istração e biblioteca. Faltam 285 nas escolas que preencheram o formulário. Contratos por tempo determinado A pesquisa aponta ainda uma grande quantidade de educadores(as) com contratos firmados por tempo determinado, chegando à cifra de 531, dos quais 441 são professores(as). O formulário também identificou problemas estruturais relacionados à necessidade de obras e manutenção em 153 respondentes, ou 64% das escolas. Algumas instituições relataram que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) está ciente dos problemas, mas ainda não obtiveram retorno do órgão. O questionário também levanta dados de escolas ameaçadas de fechamento, turmas reduzidas ou com multisseriação, além de outras estratégias utilizadas pelo governo que prejudicam a qualidade da escola pública e o processo pedagógico. 32635d