Há mais de meio século destacando-se na paisagem do centro histórico, a poucos metros da prefeitura, o inacabado Edifício Galeria XV de Novembro, tem sido um desafio intransponível para sucessivos prefeitos de Porto Alegre. 4s50
Com 19 andares, sem acabamento e sem aberturas, o prédio ganhou o apelido de “esqueletão” e está envolvido num emaranhado fiscal e jurídico, que o poder público até agora não conseguiu desenrolar.
Nesta semana, a prefeitura assinou um contrato com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para uma análise estrutural do prédio, para ver o que é possível fazer com ele.
O contrato tem prazo de treze meses, mas ainda não tem data para inicio já que nove famílias ainda moram no prédio.
A Prefeitura aguarda na Justiça um pedido de desocupação do imóvel.
Um dos problemas é que em algumas unidades do prédio, onde há moradores, os tributos estão em dia.
A Procuradoria Geral do Município, o Departamento de Habitação e a Fundação de assistência social estão acompanhando o caso para que o governo auxilie as famílias quando elas saírem do prédio.
O estudo encomendado à UFRGS vai custar de R$ 255 mil aos cofres públicos.
O Governo sinalizou o ato como o início da revitalização no centro de Porto Alegre.
“É necessário dar vida àquela região e isso a por uma solução definitiva para o prédio” declarou Cezar Schirmer, secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos.
O laudo sobre o prédio será feito pelo Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais, da UFRGS.
Os especialistas farão uma inspeção do espaço, para identificar todos os possíveis problemas estruturais existentes e avaliar as condições do imóvel, cujo início de construção remonta ao ano de 1950,
Segundo a prefeitura, o estudo no “‘esqueletão” pode ser o primeiro entre muitos prédios que estão sem uso ou em situação de risco no centro de Porto Alegre.
Um levantamento ainda não concluído relaciona 115 prédios desocupados, em condições diversas: abandonados, invadidos, sem condições de uso, etc.
Desapropriação