Dinheiro “esquecido” nos bancos: primeira etapa vai devolver R$ 3,9 bilhões a 24 milhões de clientes 2i6b1b

Está liberada novamente a consulta a dinheiro “esquecido” pelos brasileiros nos bancos, depois da interrupção do serviço em janeiro, quando o volume de os derrubou o site do Banco Central. 5i4q16

O serviço foi restabelecido em uma página específica. Mas, no primeiro o, o cliente pode apenas consultar se há ou não recursos disponíveis (veja abaixo como fazer consulta).

Ao fazer esta primeira consulta, o cliente do banco recebe uma data e período para consultar e solicitar o resgate do saldo existente. As datas são agendadas de acordo com o ano de nascimento da pessoa ou da criação da empresa, conforme o calendário abaixo.

e o site https://valoresareceber.bcb.gov.br/

Os clientes precisam do F, no caso das pessoas físicas, e do CNPJ, no caso das empresas, para consultar a existência de recursos para saque.

A página vai informar uma data para consultar os valores e solicitar o saque. Na data informada, retorne à  página https://valoresareceber.bcb.gov.br/

Após o o, consulte o valor e solicite a transferência

Segundo o BC, a consulta inicial poderá ser feita a qualquer momento.

Caso o cliente não e novamente na data que será informada no primeiro o, ele deverá retornar à página e refazer a consulta inicial. O sistema irá informar então uma nova data para que seja feita a consulta dos valores e o pedido de resgate.

Segundo o Banco Central, os valores esquecidos nos bancos serão devolvidos somente a partir de 7 de março.

A devolução será preferencialmente por PIX. Após ar o sistema, se o cliente solicitar o resgate sem a chave PIX, a instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a transferência.

O BC faz um alerta em relação a tentativas de golpe, e dá as seguintes instruções:

O único site para consulta ao SVR (sistema de valores a receber) e para solicitação de valores é valoresareceber.bcb.gov.br.

O Banco Central NÃO envia links NEM entra em contato com o cidadão para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.
NINGUÉM está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber.

Portanto, o cidadão NUNCA deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.

O cidadão NÃO deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter o aos valores.

Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas.

Os valores decorrem de: contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível; tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. Deste total, R$ 900 mil foram resgatados. O restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto de:
tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e
outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

Mercado de jogos eletrônicos movimenta 2,3 bilhões de dólares no Brasil 3qc2s

O  mercado de jogos eletrônicos no Brasil movimentou US$ 2,3 bilhões em 2021 e a exportação de games chegou a US$ 53 milhões no ano.

Os dados estão no relatório Brazil Games, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames).

Chamada Brazil Games, a iniciativa visa capacitar empresas para exportar produtos de forma segura e inserir empresários brasileiros no cenário internacional de produção de jogos.

“O mercado de games tem natureza 100% exportadora, isto é, seu formato digital tem potencial para que seus serviços e produtos sejam facilmente distribuídos. Através de nossas ações e da qualidade da mão de obra brasileira, os produtos e serviços de games do Brasil estão presentes hoje em 95% dos países de todo o mundo”,  segundo o presidente da Abragames, Rodrigo Terra.

Atualmente, cerca de 140 empresas integram o projeto.

Entre elas, a Aiyra, de Niterói (RJ), que atua no desenvolvimento de jogos e há cerca de três anos exporta seus serviços através do Brazil Games. O empreendimento presta principalmente serviços de jogos personalizados, educacionais e de ações de divulgação.

Um dos focos da iniciativa é incluir as produtoras brasileiras no metaverso – um universo digital que usa tecnologias como realidade virtual e estímulos hápticos para inserir o usuário em ambientes digitais imersivos.

“Games trabalham com criação de mundo. E o metaverso é a evolução disso, em que as ferramentas da tecnologia são usadas para se viver em outras realidades, que não sejam só esta física como conhecemos. Com o grande potencial que temos em nossos serviços de desenvolvimento de jogos, tenho certeza que temos a competência e a tecnologia necessárias para tornar o Brasil um dos principais atores criativos do metaverso”, informou Terra.

(Com informações da Agência Brasil)

Novas regras: comprovante de consignado já serve como prova de vida para o INSS 1k4we

O Ministério do Trabalho e Previdência publicou, no Diário Oficial da União de hoje (3), portaria que disciplina os procedimentos a serem adotados para a comprovação de vida anual dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Portaria nº 1.408 apresenta algumas situações (atos, meios, informações ou bases de dados) que arão a ser consideras válidas como prova de vida.

Uma delas é a realização de empréstimo consignado, desde que seja efetuado por reconhecimento biométrico. Considera também, para o mesmo efeito, o o ao aplicativo Meu INSS “com o selo outro ou outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de os”, tanto no Brasil como no exterior.

Também serão consideradas prova de vida atendimentos feitos de forma presencial nas agências do INSS ou por reconhecimento biométrico em entidades ou instituições parceiras. Perícias médicas, por telemedicina ou presencial, bem como vacinação ou atendimentos no sistema público de saúde ou em rede conveniada também servirão como prova de vida.

Outras situações que am a se enquadrar como prova de vida são cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública; recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico; atualizações no CadÚnico (quando efetuada pelo responsável pelo grupo; votação nas eleições; e emissões ou renovações de aporte, carteira de motorista, de identidade ou de trabalho; alistamento militar; declaração de Imposto de Renda, como titular ou dependente; ou “outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico”.

De acordo com a portaria, caberá ao INSS notificar o beneficiário quando não for possível a comprovação de vida por esses meios. Nas situações em que o beneficiário não for identificado em nenhuma dessas bases, o INSS “proverá meios para realização da prova de vida sem deslocamentos dos beneficiários de suas residências”, acrescenta a portaria.

Cerca de 36 milhões de beneficiários fazem a prova de vida todos os anos. Desses, cerca de 5 milhões têm mais de 80 anos de idade.

A prova de vida serve para evitar fraudes e pagamentos indevidos. As mudanças valem para os beneficiários que fizerem aniversário a partir da data da publicação da portaria.

O instituto tem até o dia 31 de dezembro deste ano para implementar as novidades. Até lá, o bloqueio de pagamento por falta da comprovação de vida fica suspenso.

Dívida do Brasil cresce 12% em 2021 e chega a R$ 5,6 trilhões 615g5d

A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (26) o total que a dívida pública federal atingiu em 31 de dezembro de 2021:

R$ 5,6 trilhões  (Cinco trilhões e seiscentos bilhões de reais em números arredondados)

O valor inclui os endividamentos do governo no Brasil e no exterior, com bancos e fundos internacionais.

Em 31 de dezembro de 2020, o total da dívida era R$ 5 trilhões. Ou seja houve um aumento de 12%.

O crescimento no entanto é menor do que o registrado no ano anterior, 2020 em relação a 2019 )  quando o endividamento teve alta recorde de R$ 761 bilhões, impulsionado por gastos extraordinários relacionados à pandemia.

Em 2020, os gastos do governo com o combate à Covid chegaram a R$ 524 bilhões. Em 2021, esse valor caiu para R$ 109,3 bilhões.

O pagamento da dívida é o item que mais pesa no orçamento federal, representando cerca de 40% de todos os os gastos do governo,  dez vezes mais do que é gasto com a saúde, como mostra o gráfico feito pela Auditoria Cidadã da Dívida.

Os gastos com educação por exemplo correspondem a 2,49% do orçamento, quase 20 vezes do que é reservado para pagar a dívida.

QUANTO PAGAMOS (JUROS E AMORTIZAÇÕES) – DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL

EM 2019 – ATÉ 31/12

R$ 1,037 trilhões = 2,8 bilhões  por DIA 13z2y

Em números exatos: 1 TRILHÃO, 37 BILHÕES, 563 MILHÕES, 709 MIL, 336 REAIS = 38,27% DOS GASTOS

EM 2020 – ATÉ 31/12

R$ 1,381 trilhões = 3,8 bilhões por DIA 2n292a

Em números exatos: 1 TRILHÃO, 381 BILHÕES, 535 MILHÕES, 271 MIL, 24 REAIS = 39,08% DOS GASTOS

QUANTO “DEVEMOS” 4bv4o

DÍVIDA INTERNA FEDERAL – DEZ/2020
R$ 6.691.938.784.495
6 TRILHÕES, 691 BILHÕES, 938 MILHÕES, 784 MIL E 495 REAIS
DÍVIDA EXTERNA TOTAL – DEZ/2020 

US$ 551.672.806.893 5r3y6e

551 BILHÕES,  672 MILHÕES, 806 MIL 893 DÓLARES
Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida.

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Covid acelera: aumento da taxa de transmissão deixa autoridades em alerta no Rio de Janeiro 1j393t

As autoridades sanitárias estão em alerta no Rio de Janeiro onde a velocidade de transmissão do novo coronavírus alcançou “patamar crítico e tende a acelerar ainda mais”.

Um estudo do Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 da UFRJ, constatou que cada 100 pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2, na semana de 9 a 15 de janeiro, infectaram mais 254.

Segundo o estudo, a taxa de transmissão não chegava a patamares tão altos desde fevereiro e março de 2020, quando o vírus iniciava a primeira onda de infecções.

Na capital, a transmissão é ainda mais acelerada, com taxa de 2,61 novas infecções a cada caso confirmado.

“Em processos pandêmicos, valores acima de 1 são considerados preocupantes, e, acima de 2, bastante preocupantes, bem críticos”, explica um dos integrantes da equipe que fez o estudo.

O risco de uma taxa de transmissão tão acelerada é um colapso na prestação de serviços, o que não se restringe ao atendimento hospitalar.  Até empresas aéreas que não conseguem colocar aviões no ar.

A expansão acelerada dos casos de covid-19 com a disseminação da variante Ômicron levou a capital fluminense a confirmar mais de 144 mil infecções somente nos 24 primeiros dias de 2022. O montante corresponde a mais da metade de todos os casos confirmados em 2021, quando a cidade notificou 286 mil infecções.

Já o estado do Rio de Janeiro registrou 257 mil casos de covid-19 em 2022, o que corresponde a mais de um quarto dos 918 mil confirmados ao longo de todo o ano de 2021, segundo o de dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Usar máscara, higiene das mãos, evitar aglomeração e completar a vacinação, são as recomendações.

Segundo dados divulgados na semana ada pela Secretaria Municipal de Saúde, 90% dos internados por covid-19 não completaram o esquema vacinal contra a doença, e cerca de 45% não haviam tomado nenhuma dose dos imunizantes disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

O pesquisador da UFRJ ressalta que, apesar de a taxa de contágio ser a mais alta desde a primeira onda da pandemia, a proteção conferida pela vacinação produziu um cenário em que o número de casos é maior que em outros momentos, mas as mortes e internações não crescem na mesma proporção.

Mortes
O de dados da Secretaria Municipal de Saúde informa que, desde o início do ano, houve 81 vítimas da covid-19 na capital, número menor que o confirmado apenas no dia 1° de janeiro de 2021, quando foram notificados 91 óbitos.

Já no estado, foram 210 mortes confirmadas entre 1º e 23 de janeiro de 2022. No mesmo período do ano ado, a pandemia fez mais de 3,2 mil vítimas.

(Com informações de Agência Brasil)

Bolsonaro diz que Olavo de Carvalho “foi gigante na luta pela liberdade” 4w2q2m

O guru do governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho morreu nessa segunda-feira (24), aos 74 anos, nos Estados Unidos, onde vivia. A informação foi dada pela família nas redes sociais do escritor.

“Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”, segundo a Agência Brasil.

Natural de Campinas, São Paulo, ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos. A causa da morte não foi divulgada. Recentemente, Olavo esteve internado em hospital no Brasil com problemas cardíacos.

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte do escritor. “Nos deixa hoje um dos maiores pensadores da história do país, o filósofo e professor Olavo Luiz Pimentel de Carvalho. Olavo foi gigante na luta pela liberdade e farol para milhões de brasileiros. Seu exemplo e seus ensinamentos nos marcarão para sempre”, afirmou.

Olavo de Carvalho foi o mentor de toda uma agenda negacionista que influencia o governo de Jair Bolsonaro. Nos últimos tempos, ele se dizia abandonado pelo presidente e pelos filhos.

 

Aumento de juros para controlar inflação pode derrubar ainda mais a economia este ano 1n1z24

Ivanir Bortot

Mesmo com sua autonomia em lei, o Banco Central (BC) fracassou em manter a inflação na meta em 2021 e terá muito pouco a fazer neste ano diante da melancólica política econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O pior é que o inevitável aumento das taxas de juros previsto para os próximos meses para segurar a inflação galopante que anda em dois dígitos poderá provocar um esfriamento ainda maior na economia e um aumento desenfreado no custo de rolagem da dívida pública.

O fracasso na condução da política monetária do BC, conduzida pelo seu presidente Roberto Campos Neto, que não precisa mais submeter sua decisão ao presidente da República, deve-se a fatos da política econômica que fogem a seu controle.

São eles: o aumento do endividamento público, além do choque dos preços dos combustíveis e das tarifas do setor elétrico.

Os instrumentos de política monetária que estão nas mãos de Campos Neto têm baixa eficácia para trazer estes preços para baixo, sem falar a inércia inflacionária que começa a  desafiar os economistas do BC.

A cotação do petróleo continua em alta e as tarifas de energia só voltam a cair com o aumento dos reservatórios.

Juros altos, pra que vos quero? 

A forte injeção de recursos públicos para socorrer os mais pobres, os gastos justificados com vacinações e o atendimento ao SUS, assim como os gastos desnecessários que levaram a furar o teto de gasto, ampliaram a oferta de moeda na economia. Desta forma, o efeito contracionista de um aumento de juros é limitado.

O economista André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, vem teorizando sobre a perda da eficácia da taxa básica de juros para controlar os agregados monetários ou mesmo estimular a atividade econômica.

André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real, questiona a eficácia dos juros para o equilíbrio monetário

Roberto Campos Neto tem muito a falar sobre isto. É dele o troféu inédito na história do Brasil de ter reduzido a Taxa Selic para 2% ao ano. No entanto, mesmo com juros tão baixos, a economia teve um crescimento pífio e foi para o buraco com a pandemia iniciada em 2020.

Se, de um lado, estes juros baixos ajudaram a reduzir o custo da rolagem da dívida do Tesouro Nacional, de outro contribuíram para dar uma das maiores tungadas na poupança dos brasileiros que tiveram remuneração real abaixo da inflação.

Campos Neto pode ter errado na mão no processo de redução dos juros e agora estar pagando um preço pelo aumento da inflação em parte. E difícil saber.

O certo, no entanto, é que o BC acabou deixando a taxa de câmbio correr solta. Só agora Campos Neto está falando grosso e que vai interferir para evitar desvalorizações em ano de eleições. A desvalorização do real dos últimos anos, maior do que todos os países emergentes, contribuiu para sancionar aumentos generalizados de preços.

Este fenômeno, a indexação ainda existente na economia, com movimentos de recomposição de salários dos servidores públicos é combustível perigoso para alimentar a inércia inflacionária.

Juro alto + inflação baixa = crescimento zero 

Ainda ninguém está seguro sobre novos aumentos dos juros e o patamar que irá atingir este ano, mas é consenso entre os agentes econômicos que a taxa será superior a 12% ao ano.

A eficácia do aumento dos juros para trazer a inflação para dentro da meta deste ano, de 4,5%, é duvidosa em função desta inércia inflacionária e a expansão da dívida com circulação de mais de dinheiro na economia.

O efeito monetário contracionista do BC vai prejudicar ainda mais o crescimento da economia neste ano de eleições, estimado em 0,5% do PIB, e deve piorar o endividamento público. Quem vai ocupar a cadeira presidencial terá que buscar um equilíbrio nas contas públicas com aumento de impostos ou redução de despesas: ou as duas coisas juntas.

Em em Agosto de 2007, o presidente Lula lançava o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – Foto: Orlando Brito

O controle fiscal é primeira condição para que o BC possa trazer a inflação para a meta e estimular o crescimento da economia. Com equilíbrio fiscal será possível o governo destinar recursos para investimentos, mas nunca nos patamares do ado como no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). É que será cada vez maior a pressão da população desempregada e mais pobre por serviços públicos como saúde, educação e alimentação. O financiamento do crescimento terá que vir do setor privado em um projeto de desenvolvimento articulado com o setor público.

O modelo de privatização de empresas públicas do ministro da economia Paulo Guedes, como instrumento de crescimento, foi pro brejo. Guedes perdeu a oportunidade de fazer as reformas tributária e istrativa, perdeu o controle das contas públicas e, agora, está sofrendo pressão do presidente da República para abrir os cofres a fim de dar aumento aos servidores públicos. A conta será paga pelo próximo governante, agravando ainda mais as contas do Tesouro Nacional.

São Paulo: seis de cada dez moradores de rua chegaram à cidade em busca de vida melhor h5o4o

Uma reportagem do Fantástico neste domingo abordou um problema que está nas ruas de todas as grandes cidades do país, mas que as autoridades e a mídia de modo geral parece não enxergar: os moradores de rua, ou as “pessoas em situação de rua”, como quer o jargão sociológico.

A reportagem se restringiu a São Paulo, onde um novo Censo da População de Rua aponta que em dois anos esse contingente de desabrigados dobrou na maior cidade do Pais.

São 32 mil pessoas nas ruas da capital paulista neste início de 2022. A maioria são homens, idade média de 41,7 anos e 70% deles são pretos ou pardos.

Em cada dez, apenas quatro são naturais da cidade, dois são de outras cidades do Estado os quatro restantes são de outros Estados.

Ou seja, seis em cada dez moradores das ruas de São Paulo são pessoas que saíram de suas cidades em busca de vida melhor na capital paulista.

O Censo da população de rua em São Paulo é feito periodicamente. O próximo seria em 2023, mas a prefeitura decidiu antecipá-lo diante de um cenário de urgência: o visível aumento do número de pessoas vivendo nas ruas da cidade.

Em 2019 eram cerca de 24 mil pessoas, agora são quase 32 mil pessoas. Em dois anos, essa população cresceu 31%. Isso contando também quem pernoita em abrigos.

Levando em consideração apenas os que ficam o tempo todo na rua, o aumento registrado pelo Censo é ainda maior: 54%. O novo Censo também mostra que 18 em cada 100 pessoas vivem há menos de um ano nas ruas.

O primeiro levantamento foi feito em 2000.

Na época, em cada 10 mil paulistanos, 8 viviam na rua. Em pouco mais de duas décadas, a proporção saltou para 26 moradores de rua em cada 10 mil paulistanos.

Os movimentos e agentes sociais que dão assistência a essa população consideram os números do censo estão aquém da realidade. O Padre Júlio Lancellotti, por exemplo, diz que muitos moradores de rua não são sequer localizados.

“Não é só aquele que está na rua ou está no abrigo. Às vezes ele está em buracos, em lugares iníveis. E se você não tem contato com essas pessoas, você não é capaz de saber que elas existem”, afirma Júlio Lancellotti.

Perfil do morador de rua de SP – 2021

96,44% das pessoas em situação de rua na cidade são nascidas no Brasil
39,2% das pessoas são naturais da cidade de São Paulo
19,86% são de outras cidades do estado de SP
40,94% são naturais de outros estados brasileiros
3,56% são estrangeiros
Idade média: 41,7 anos
70,8% deles são pretos ou pardos.
93,5% das pessoas frequentaram escola
92,9% sabem ler e escrever
21,4% têm ensino médio completo
15,3% concluíram o ensino fundamental
4,2% concluíram o ensino superior
Fonte: Instituto Qualitest/IPP

](Com informações do G1)

Recado de Lula é claro: o vice é escolha do candidato e o nome dele é Geraldo Alckmin 2s6u6d

O fato político da semana foi a entrevista do ex-presidente Lula, na quarta-feira, 19, a oito jornalistas*  da mídia alternativa.

Por razões óbvias, teve pouca repercussão na mídia empresarial, embora o Valor tenha vinculado a queda do dólar e a alta na bolsa, naquele dia, ao tom moderado do discurso do líder nas pesquisas para a presidência.da República.

Lula começou dizendo que não seria “uma entrevista convencional” mas “uma conversa verdadeira” , com profissionais que defenderam sua inocência quando toda a imprensa se pautava-se pela Operação Lava Jato, que o levou à prisão.

Na verdade, foi um discurso programático, de duas horas, em que o pré-candidato petista traçou as linhas gerais do governo que pretende fazer se for eleito.

E deixou um recado bem claro: ele quer ser candidato, está imbuído da missão de reconstruir o Brasil, mas só vai em condições de vencer e governar.

As perguntas, quase todas longas e cheias de voltas, ele as usou como “escada” para encadear seu bem articulado discurso e o que se viu foi um líder de massas no melhor de sua forma, aos 76 anos.

A questão do vice, que divide opiniões no PT e na esquerda, foi levantada já na primeira pergunta, de Laura Capriglione, do “Jornalistas Livres”.

Ela enumerou as razões por que uma parcela do PT e da esquerda  rechaça o nome de Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula: “o massacre do Pinheirinho, a repressão a estudantes, perseguição a professores, as chacinas na periferia em 2016”. E perguntou: “É possível compor uma aliança com um cara desses?”

Lula respondeu paternal: “Sinto que você construiu uma série de defeitos para poder falar do Alckmin”.  E, em tom condescendente: “Deixa eu te dizer uma coisa:  todo o mundo fala dessa questão do vice, só não têm falado do assunto o Alckmin e eu, por uma razão muito simples: o Alckmin está sem partido, ainda não se definiu e eu ainda não defini se vou ser candidato”.

Em seguida mandou o recado aos dissidentes, que rejeitam Alckmin como vice.  Explicou que não vai ser “protagonista”. Se for candidato é para ganhar e para fazer mudanças, por isso está “construindo” parcerias, entre as quais está Geraldo Alckmin.

Relatou seu relacionamento com Alckmin,  como governador de São Paulo, nos quatro anos do seu primeiro mandato de presidente: “Não tivemos nenhuma divergência, nem ele, nem eu. Foi uma relação extraordinária”.

E emendou: “Não terei nenhum problema se tiver que fazer uma aliança com o Alckmin para ganhar, nenhum problema. Vamos trabalhar em cima de um programa voltado para os interesses do povo”.

Minimizou os fatos ados e disse que  Alckmin assumiu “oposição definitiva” ao governo Bolsonaro e ao “dorismo” (do governador João Dória, pré-candidato do PSDB) e que hoje representa o PSDB social-democrata de Mario Covas, José Serra, Fernando Henrique e Franco Montoro”.

“As pessoas podem evoluir”, sentenciou. E lembrou Teotônio Villela, o senador alagoano que se tornou um símbolo da luta pelas eleições diretas em 1984.

“O Teotônio tinha uma metralhadora  para atirar nos comunistas em Maceió na época do golpe de 64… depois foi um grande líder da campanha das (eleições) diretas”.

Disse que vai ganhar as eleições com um programa definido e claro, com o qual o vice-presidente e todos os aliados vão estar comprometidos:  “Só não posso dizer que vou fazer (a aliança com o Alckmin) porque ele ainda não tem partido e o meu partido precisa definir se vou realmente ser candidato”.

Rematou o recado contando “uma  história exemplar”: a maneira  como escolheu o empresário José Alencar para vice-presidente em 2002.

Alencar dono de um grupo que tinha 17 mil funcionários estava comemorando 50 anos de vida empresarial, Lula foi convidado. “Não estava a fim de ir. Esse cara é um burguesão lá de Minas, o que vou fazer lá?”.

Acabou indo e sentindo-se deslocado na festa, mas no fim o anfitrião fez um discurso, contou sua vida e ele gostou muito do que ouviu: “Eu disse ao Zé Dirceu: achei o meu vice”.  Não conhecia o Alencar.

Segundo Lula, José Alencar, escolha pessoal sua,  foi um vice dos sonhos “Duvido, que alguém tenha a sorte que tive de ter um vice como o Zé. O Alckmin terá que ser igual ou melhor que o Zé Alencar”.

  • Entrevistadores:

Laura Capriglione / Jornalistas Livres

Luiz Nassif / jornal GGN

Mauro Lopes/ Brasil 247

José Cassio / DCM

Ivan Longo / Revista Fórum

Eduardo Guimarães / Blog da Cidadania

Rodolfo Lucena / Tutameia

Paulo Donizetti / Rede Brasil Atual e Brasil de Fato

 

João Dória quer entrar na campanha presidencial como “o pai da vacina” 2h733i

“Ansiedade não ajuda na política”.

É a frase que o governador de São Paulo, João Dória tem repetido a aliados que cobram uma atitude para tirar sua candidatura das últimas posições nas pesquisas sobre as eleições presidenciais deste ano.

Numa pesquisa recente, Dória aparece abaixo até do Cabo Daciolo.

Parece proposital. Desde que foi escolhido pelo PSDB, derrotando o gaúcho Eduardo Leite na convenção do partido em novembro, o governador paulista vem mantendo distância do noticiário em torno das eleições.

Na última semana, porém. ele deu sinais que se prepara para uma entrada triunfal na disputa. Segundo o Globo, ele está montando em São Paulo “um mega quartel general” para a campanha leitoral.

Numa entrevista ao Canal Livre, da Tv Bandeirantes,  Dória esboçou as linhas gerais do seu programa: defesa radical do modelo neoliberal que vem sendo implantado no pais desde 2016, atração de investimento estrangeiro para destravar a economia, e o combate à pandemia a partir de um bem sucedido plano de vacinação.

Nesse ponto, Dória pretende explorar o pioneirismo da vacinação no Estado e apresentar-se como o “pai da vacina”,  “o homem que levou a vacina ao braço do brasileiro”, como disse um de seus apoiadores.

Para não deixar dúvida de sua fidelidade à agenda neoliberal, ele já anunciou a privatização do Banco do Brasil e da Petrobrás, que será fatiada, com a perda definitiva do monopólio na extração do petróleo.

Destacou também seus contatos com grandes agentes das finanças internacionais. Em dezembro, por exemplo, na inauguração de um escritório do Estado de São Paulo em Nova York (70% bancado pela iniciativa privada) esteve com o diretor geral da BlackRock, gestora de fundos com uma carteira de 9,5 trilhões de dólares. “Hoje eles tem 60 bilhões de dólares investidos no Brasil. Poderiam chegar a 250 bilhões”, previu.

Outro ponto da sua estratégia é colocar-se como o verdadeiro anti-Lula que, segundo ele, é “um populista, assim como Bolsonaro”.  Para Bolsonaro reserva adjetivos de “facínora” e “psicopata” e para Lula vai pedir explicações sobre o “petrolão”.

“Lula não é inocente, vou cobrar dele o mensalão, o petrolão, tudo isso”, disse na entrevista do Cana Livre.