O Pelé do Futebol 6e45h

Luiz Cláudio Cunha 39711u

 Pelé. O apelido resume o personagem mais conhecido do futebol, o brasileiro mais famoso no planeta, o jogador mais completo e mais irado do esporte mais popular do mundo, praticado atualmente por 265 milhões de jogadores em diferentes categorias, sob o mando global da FIFA, uma entidade que reúne 211 organizações esportivas, 18 membros mais do que a ONU.

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, nascido em 1940, é um mineiro de Três Corações que conquistou corações e mentes do mundo do futebol pelos superlativos que envolvem sua carreira de 21 de anos de futebol, a maioria ainda insuperáveis, quase meio século após abandonar os campos em 1977, jogando pelo time americano do Cosmos, de Nova York.

É o maior artilheiro da história mundial, com 1.284 gols em 1.315 jogos, o jogador com mais gols feitos num único ano (127 em 1959). Foi goleador por 11 anos do campeonato paulista, o mais difícil do país, artilheiro em nove anos sucessivos (1957-1965).

Estreou no time do Santos aos 16 anos, no campeonato de 1957, já como seu maior artilheiro, com 17 gols. Quatro anos depois, Pelé marcou 111 gols em 75 partidas disputadas e fez o Santos campeão em 1961, marcando 47 gols naquele campeonato, outra vez como artilheiro.

Em setembro de 1964, na partida contra o Botafogo em Ribeirão Preto, o Santos perdeu por 2 a 0 e foi vaiado, com Pelé e tudo. Na saída do jogo, ele avisou: “Tem a volta em Santos”. Em 21 de novembro, na Vila Belmiro, Pelé e o Santos deram a volta prometida sobre o adversário. Ganharam por 11 x 0. Pelé fez oito gols, o recorde de sua história: três em apenas 13 minutos. O melhor jogador em campo não foi ele, mas o desconhecido Machado, o arqueiro do time perdedor, explicou o centroavante Coutinho: “Se não fosse o goleiro, Pelé fazia mais dez”.

O ataque mais lendário do futebol: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe /Reprodução

Pelé tem 59 títulos de campeão na biografia. Dez pelo campeonato paulista, seis pela Taça Brasil, tri pelo Torneio Rio-São Paulo, bi da Libertadores, bi do mundial interclubes e tri mundial pela seleção, entre os mais importantes. A partida final do primeiro título de clubes em 1962 foi em Lisboa, na casa do poderoso Benfica de Eusébio. A primeira partida, no Maracanã, tinha sido vencida duramente pelo Santos por 3 a 2, dois gols de Pelé.

Na partida de volta, no Estádio da Luz lotado com 70 mil torcedores, a Europa viu uma noite luminosa do Santos e seu maior astro. O Santos goleou por 5 a 2, com três gols de Pelé, no que foi considerada uma das maiores atuações individuais da história do futebol. A Europa conhecia, enfim, o lendário ataque do Santos formado por Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

O mundo viu e se extasiou com centenas de gols de Pelé. Mas não viu o gol que o próprio Pelé considera o mais bonito de todos. Em agosto de 1959, com 19 anos, campeão do mundo um ano antes na Suécia, Pelé disputava um jogo na rua Javari, contra o Juventus de São Paulo. O Santos vencia por 3 a 0 e Pelé não tinha aparecido em campo, era vaiado por não jogar bem. Então, pouco antes do final do jogo, o gênio apareceu. Pelé recebeu um e da direita, deu um chapéu no primeiro adversário, um segundo no zagueiro atrás e um terceiro no outro defensor. Quando o goleiro saiu, Pelé deu um quarto e último chapéu, antes de cabecear para o gol vazio, sem deixar a bola cair ao chão.

O jogo parou. O estádio paralisou, antes de irromper um aplauso de quase cinco minutos dos 10 mil felizes torcedores que testemunharam aquele momento histórico. Até o time adversário e o juiz cumprimentaram o autor do gol, que não foi filmado. O único registro é essa foto de Raphael Dias Herrera, do jornal A Tribuna, de Santos, do momento final em que Pelé cabeceia para o gol vazio, com o goleiro Mão de Onça já batido no chão:

O gol mais bonito de Pelé, segundo Pelé. Foto: Raphael Dias Herrera / A Tribuna

Outro gol inesquecível, também sem registro, foi o que Pelé marcou em 1961 no Maracanã, num jogo contra o Fluminense pelo Torneio Rio-São Paulo.

Aos 40 minutos, quando a partida estava 1×0 para o Santos, Pelé pegou a bola perto de sua área e disparou rumo ao gol adversário. Nessa louca arrancada, sem trocar e com ninguém, apenas fintando e driblando, ele ultraou metade do time do Flu até ficar sozinho diante do goleiro Castilho, marcando o seu segundo gol no jogo.

O juiz da partida, Olten Aires de Abreu, descreveu: “Numa caminhada tortuosa e torturada, que durou quase um minuto e meio de posse de bola, Pelé driblou sete adversários, acaba fulminando com um drible da vaca ao goleiro Castilho e faz o gol. Os 130 mil que vaiavam aram a bater palmas. As duas torcidas, em reverência, aplaudiram de pé por seis minutos. Quando me dei conta, o estádio inteiro estava aplaudindo. O que eu ia fazer? Aplaudi também e quando o Pelé se aproximou, o cumprimentei. Foi uma honra! ”.

Foi um gol tão impressionante que um jovem jornalista que cobria o jogo para o jornal O Esporte, o palmeirense Joelmir Betting, não se conteve. Pagou do próprio bolso e mandou fazer uma placa, descerrada uma semana depois no estádio como marca inédita daquela proeza.

Nascia ali a expressão ‘gol de placa’. Quarenta anos depois, em 2001, Pelé retribuiu a gentileza e deu ao jornalista uma placa, que dizia: “Gratidão eterna ao Joelmir Betting. Gratidão eterna do autor do gol de placa ao autor da placa do gol”.

Pelé não tinha ainda 18 anos quando se tornou o jogador mais jovem a marcar numa Copa do Mundo, em 1958, na Suécia. Ainda é o maior artilheiro da Seleção Brasileira, com 77 gols em 92 jogos (Ronaldo fez 62 em 98 partidas).

É o único atleta a vencer por três vezes o campeonato mundial por seu país.

No final de 2000, a FIFA decidiu escolher o Atleta do Século. Um jurado de especialistas e ex-jogadores, reunidos pela revista da FIFA, escolheu Pelé, com 72,8% dos votos. Dois argentinos ficaram atrás do brasileiro: Di Stéfano, com 9,8%, e Maradona, com 6%. Garrincha e Zico fecharam a lista dos 8 melhores, com 1%.

Quem não teve a chance de ver Pelé em ação tem uma boa oportunidade com o filme ‘Pelé Eterno’, onde ¼ dos melhores gols dele estão reunidos em duas horas de documentário de pura arte, êxtase e deslumbramento.

O filme de 2004 reduz a pó (por favor, sem trocadilho…) a tese de quem imagina que Maradona possa ter sido igual ou até mesmo melhor que Pelé.

Um ano antes, em 1999, a revista  Football reuniu 30 vencedores de sua tradicional Bola de Ouro para escolher o melhor jogador de futebol do Século 20.

A seleção de craques do júri incluía Di Stéfano, Eusébio, Cruijff, Beckenbauer, Rummenigge, Paolo Rossi, Platini, Gullit, Ronaldo, Matthaus, Baggio, Van Basten e Zidane, entre outros.

O escolhido como o melhor do século por 17 dos 30 jurados foi Pelé. Quatro votaram em Di Stéfano e três, em Maradona, os mais votados.

A Bola de Ouro, prêmio tradicional da revista sa, tinha um grave problema. Até 1995, era um troféu aos jogadores em ação na Europa. O resto do mundo, incluindo Pelé, não existia. Por isso, o maior ganhador até agora é o argentino Messi, sempre jogando pelo espanhol Barcelona. Isso produziu notórios absurdos.

Em 1958, ano em que Pelé se revelou no Mundial da Suécia, o ganhador foi o francês Kopa, que não ou do terceiro lugar na copa. Em 1962, ano em que Garrincha garantiu o bicampeonato do Chile jogando praticamente só numa seleção desfalcada pela lesão de Pelé, logo na segunda partida, a Bola de Ouro foi conferida ao meio-campo checo Masopust, que o Brasil venceu na grande final em Santiago. E em 1970, ano da gloria suprema de Pelé na campanha memorável do tri no México, o prêmio foi dado ao desapercebido alemão Gerd Muller, cuja seleção foi batida pela Itália na semifinal.

Até que, em 2016, numa irável revisão histórica, a  Football decidiu retificar seus critérios que privilegiavam só os jogadores da Europa na Bola de Ouro. Assim, corrigiu seus equívocos flagrantes e concedeu o prêmio de 1962 ao imparável Garrincha (no lugar do checo Masopust) e o de 1986 ao desempenho excepcional de Maradona no seu único título, a Copa do México (no lugar do russo Belanov, que ninguém mais lembra…}.

O troféu de 1970, enfim, foi dado a Pelé (no lugar de Gerd Muller), assim como o de 1958 (quando o vencedor foi Kopa). Além desses dois, a revista concedeu a Pelé outras cinco Bolas de Ouro: em 1959 (no lugar de Di Stéfano), 1960 (Luís Suárez), 1961 (Sívori), 1963 (Yashin) e 1964 (Dennis Law). Com esta necessária correção histórica, Pelé ou a ter sete Bolas de Ouro, contra seis de Messi.

Para quem duvida da genialidade incomparável de Pelé diante de tantos craques, nada melhor do que ouvir as estrelas do futebol com mais autoridade para identificar o astro maior.

O craque holandês Cruijff disse: “Pelé foi o único jogador de futebol que ultraou os limites da lógica”. O kaiser Beckenbauer, que desfilou sua elegância como o imperador supremo do time da Alemanha, decretou: “Pelé é o maior de todos os tempos. Ele reinou supremo por 20 anos. Não há ninguém para comparar com ele”.

O húngaro Puskas, atacante mortífero do grande Real Madrid, afirmou: “O maior jogador da história foi Di Stéfano. Recuso-me a classificar Pelé como jogador. Ele estava acima disso”. O artilheiro da Copa de 58 na Suécia, o francês Just Fontaine, confessou: “Quando vi Pelé jogar, senti que deveria pendurar minhas chuteiras”. O inglês Bobby Moore, capitão do time inglês que venceu a Copa de 1966, reconheceu: “Pelé foi o jogador mais completo que já vi, ele tinha tudo. Dois pés bons. Magia no ar. Rápido. Poderoso. Poderia derrotar pessoas com habilidade. Poderia superar pessoas. Com apenas um metro e meio de altura (!), ele parecia um atleta gigante em campo. Equilíbrio perfeito e visão impossível. Ele foi o maior porque ele poderia fazer qualquer coisa e tudo em um campo de futebol. ”

Bobby Charlton, companheiro de Moore na seleção inglesa, disse: “Eu às vezes sinto que o futebol foi inventado para esse jogador mágico”. O francês Michel Platini, ganhador de três Bolas de Ouro, definiu: “Há Pelé, o homem, e depois Pelé, o jogador. E jogar como Pelé é jogar como Deus”. O argentino Di Stéfano, estrela maior do Real Madrid, não tem dúvidas: “O melhor jogador de todos os tempos? Pelé. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são grandes jogadores com qualidades específicas, mas Pelé foi melhor”.

A camisa 10, por acaso, caiu nas costas do jovem Pelé, em 1958, quando o titular Dida se machucou, antes da Copa do Mundo. E, a partir daí o 10 virou marca de excelência, sinônimo de qualidade, ponto de destaque de qualquer time.

O 10, ensinou Pelé na prática, é a camisa do craque, a camiseta que todo garoto quer vestir quando joga com o fardamento de seu time. Messi é o 10 no Barcelona, como Neymar no PSG ou Platini e Zidane na França. O craque nota 10, além do gol de placa, é outro legado de Pelé.

Além dos gols inesquecíveis, Pelé virou adjetivo e marca de genialidade. Quando se quer destacar alguém pela arte e pela excelência, a medida é o Rei do Futebol.

Shakespeare é o Pelé do teatro, Stradivari é o Pelé dos violinos, Nureyev é o Pelé do balé, Michael Jordan é o Pelé do basquete, como Federer é o Pelé do tênis e Ayrton Senna era o Pelé das pistas. Esse é Pelé. O Pelé do futebol. O eterno.

NR: Texto escrito em outubro de 2020. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu no dia 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos.  

Lula toma posse com 11 mulheres no ministério 5q2c3

O ministério que toma posse hoje, com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, tem 11 das 37 pastas comandadas por mulheres.

Ainda na campanha, Lula já havia se comprometido a aumentar a participação feminina no governo.

As seis primeiras ministras foram anunciadas pelo presidente eleito ao longo das duas últimas semanas: Luciana Santos vai chefiar Ciência e Tecnologia; Nísia Trindade, a Saúde; Margareth Menezes, a Cultura; Cida Gonçalves, o Ministério da Mulher; Anielle Franco, a Igualdade Racial; e Esther Dweck, o Ministério da Gestão.

Outras cinco ministras foram oficializadas por Lula nesta quinta-feira (29): Simone Tebet assume o Planejamento; Marina Silva, o Meio Ambiente; Sônia Guajajara, o Ministério dos Povos Indígenas; Ana Moser, o Esporte; e Daniela do Waguinho, o Turismo.

Perfis

Luciana Santos,  engenheira eletricista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e, como deputada federal, integrou a Comissão de Ciência e Tecnologia. Será a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da Ciência e Tecnologia.

Nísia Trindade é presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017. Doutora em sociologia e mestre em ciência política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, ela é graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nísia liderou as ações da Fiocruz no enfrentamento da pandemia de covid-19 no Brasil e, no novo governo, assume o Ministério da Saúde.

Nova ministra da Cultura, Margareth Menezes é cantora e compositora. Começou sua carreira musical em 1986. Em 2002, representou o Brasil na festa de comemoração da independência do Timor Leste, que reuniu cantores de língua lusófana.

Em 2003, criou a Associação Fábrica Cultural, no intuito de contribuir para a construção coletiva do reconhecimento cultural baiano.

Cida Gonçalves é ativista dos direitos das mulheres e especialista em gênero e em violência contra a mulher.

Natural de Campo Grande (MS), é formada em publicidade e propaganda e trabalha como consultora em políticas públicas em gênero e violência contra a mulher. Nos governos Lula e Dilma, foi secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Na nova gestão, ela assume o Ministério da Mulher.

Anielle Franco é educadora, jornalista e escritora. Diretora-executiva do Instituto Marielle Franco, é irmã da ex-vereadora do Rio de Janeiro que dá nome à instituição e que foi morta a tiros em 2018.

Ativista, encabeça o instituto que tem como proposta inspirar, conectar e potencializar mulheres negras, pessoas LGBTQIA+ e periféricas. Vai comandar o Ministério da Igualdade Racial.

Esther Dweck é economista, escritora e professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Entre junho de 2011 e março de 2016, atuou no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nos cargos de chefe da Assessoria Econômica e secretária de Orçamento Federal.

Assume o recém-criado Ministério da Gestão, fruto da divisão do atual Ministério da Economia.

Nova ministra do Planejamento, Simone Tebet é advogada, professora e política brasileira filiada ao MDB. Atualmente, é senadora pelo estado de Mato Grosso do Sul, do qual também foi deputada estadual, secretária de governo e vice-governadora. Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (biênio 2019-2020), considerada uma das mais importantes da Casa.

Marina Silva é historiadora, professora, psicopedagoga, ambientalista e política brasileira filiada à Rede.  Ao longo de sua carreira política, foi senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008. Candidatou-se à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018. Em 1996, recebeu o prêmio Goldman de Meio Ambiente. Volta a comandar a pasta do Meio Ambiente.

Sônia Guajajara é líder indigenista brasileira da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Formada em letras e em enfermagem, pós-graduada em educação especial e deputada federal, foi coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e candidata a vice-presidente em 2018 pelo PSOL.

É a primeira mulher indígena do país a assumir o cargo de ministra. Ela chefiará a recém-criada pasta dos Povos Indígenas.

Ana Moser é ex-atleta, medalhista olímpica de vôlei e empreendedora social. Há 20 anos, preside o Instituto Esporte e Educação, organização da sociedade civil que tem como objetivo implementar a metodologia do esporte educacional em comunidades de baixa renda. Integrou a equipe de transição do governo eleito e vai comandar o até então extinto Ministério dos Esportes.

Daniela Moté de Souza Carneiro, conhecida como Daniela do Waguinho, é pedagoga e deputada federal reeleita pelo Rio de Janeiro como a mais votada do estado. Filiada ao União Brasil e casada com o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho, foi secretária municipal de Assistência Social e Cidadania. Vai comandar o Ministério do Turismo.

Outras mulheres
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (30) duas mulheres para presidir os principais bancos públicos brasileiros.

Tarciana Medeiros assume o Banco do Brasil e Maria Rita Serrano, a Caixa Econômica. Ambas são funcionárias de carreira das instituições que irão presidir.

Tarciana Medeiros têm 22 anos de carreira no Banco do Brasil. Agora, torna-se a primeira mulher a presidir o banco em mais de 200 anos de história da instituição, que foi fundada ainda na época do Império, em 1808. Atualmente, é gerente executiva na diretoria de Clientes. Antes, foi superintendente comercial da BB Seguridade, subsidiária do banco. Formada em istração de empresas, é pós-graduada em gestão, marketing, liderança e inovação.

Rita Serrano tem 33 anos de Caixa Econômica Federal, sendo a atual representante dos empregados eleita para o Conselho de istração do banco estatal, cargo que ocupa desde 2014. Entre diversas funções, foi, de 2006 a 2012, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista. Atualmente, é uma das líderes do movimento de defesa das empresas públicas.
Edição: Lílian Beraldo/ Agência Brasil

Projeto prevê corte de 400 árvores na Redenção. “É um erro”, diz a secretária 1l2s4b

A tensão chegou ao máximo na audiência pública sobre a concessão da Redenção quando o professor Heitor Campanha trouxe a informação de que o projeto prevê o corte de 400 árvores no parque, ao custo estimado de R$ 1.372 por árvore, num total de R$ 548.800.

As vaias explodiram, em vão a secretária Ana Pellini tentou explicar: “É um erro no projeto!”, dizia ela ao microfone, o que aumentava as vaias.

Os dados que Campanha apresentou foram retirados do Estudo de Viabilidade do projeto de concessão dos parques, feito pela Fundação Getúlio Vargas. Está prevista também a supressão de vegetação numa área total de 19.672 metros.  A secretária disse que essas informações “são erros do projeto” e serão corrigidas. “Nem teria como cortar 400 árvores na Redenção”, disse a secretária.

O texto do estudo de viabilidade que está no site da Prefeitura diz que a Redenção tem 8 mil árvores.

Economistas a Lula: “teto de gastos é falácia”, problema é a dívida que “está ausente do debate” 14155i

A carta que três economistas – Pedro Malan, Armínio Fraga e Edmar Bacha – enviaram a Lula advertindo para os riscos de abolir o “teto de gastos” para fazer políticas sociais, gerou uma resposta de outros quatro economistas: José Luis Oreiro, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Luiz Fernando Rodrigues de Paula, Kalinka Martins da Silva e Luiz Carlos Garcia de Magalhães também enviaram uma carta ao futuro governante para apoiá-lo nas críticas ao teto de gastos. Dizem que  o teto de gastos é “uma falácia” e lembram que a dívida pública deve entrar na discussão sobre o equilíbrio fiscal.

“No debate sobre o ajuste fiscal no Brasil existe um elemento ausente, a saber: os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. Em 2022 os gastos com juros serão de mais de R$ 500 bilhões, devendo ultraar os R$ 700 bilhões no próximo ano. Trata-se da segunda maior rubrica do orçamento público, ficando atrás apenas dos gastos com previdência social”.

“Esse volume de pagamento de juros é o maior programa de transferência de renda do mundo, só que é uma transferência de renda de toda a sociedade para o 1% mais ricos de nossa população”

Leia a íntegra da carta:

Carta aberta ao presidente

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente Eleito da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

Prezado Presidente Lula,

Nós os pesquisadores e economistas abaixo assinados gostaríamos inicialmente parabenizá-lo pela sua eleição ao cargo de Presidente da República Federativa do Brasil no último dia 30 de outubro de 2022. Sua eleição representou o triunfo da civilização e da democracia contra a barbárie e a ameaça autoritária de Jair Bolsonaro. Todos nós ficamos muito felizes e aliviados pelo desfecho do processo eleitoral bem como pelo reconhecimento por parte dos governos das nações civilizadas da sua vitória incontestável no pleito.

Nossa intenção com esta carta, além de parabenizá-lo pela sua vitória, é fazer um contraponto a carta recentemente endereçada a Vossa Excelência pelos economistas Armínio FragaEdmar Bacha e Pedro Malan. A parte da defesa da civilização e da democracia que os citados economistas fizeram em sua carta, discordamos do início ao fim da missiva escrita por eles.

Na carta enviada a Vossa Excelência, os economistas supracitados se opõem ao seu compromisso de campanha de revogar o Teto de Gastos, o qual na interpretação de Vossa Excelência, a qual é compartilhada por nós, estaria impedindo o aumento dos gastos com saúde, educação, assistência social e investimento em infraestrutura. Para Fraga, Bacha e Malan o teto de gastos teria desempenhado no Brasil um papel fundamental no sentido de garantir a “responsabilidade fiscal”, a qual é fundamental para manter a inflação sobre controle ao assegurar a confiança do “mercado” nas políticas econômicas do governo. Tais economistas afirmam também que a revogação do teto de gastos jogaria o país numa espiral inflacionária devido os efeitos da desvalorização da taxa de câmbio, o que produziria um arrocho salarial, com efeito negativo para a classe trabalhadora.

A ideia de que o teto de gastos é fundamental para garantir a disciplina fiscal é uma falácia. Em primeiro lugar, o teto de gastos se mostrou incapaz de impedir que o Governo Bolsonaro não apenas realizasse um volume de gastos de R$ 795 bilhões extra teto em 4 anos, como não impediu a criação de novos gastos públicos a menos de seis meses das eleições, algo que é explicitamente vedado pela legislação eleitoral. Deste modo, o teto de gastos não impediu o maior populismo eleitoral da história da República sob o governo de Jair Bolsonaro, com enorme complacência do mercado financeiro.

Fraga, Bacha e Malan argumentam que o Brasil paga taxas de juros altíssimas porque o Estado não é percebido com um bom devedor. Essa afirmação está equivocada. A avaliação de mercado sobre o risco envolvido em emprestar dinheiro para governos soberanos pode ser medida, entre outras formas possíveis, pelo EMBI + calculado pelo Banco J.P. Morgan. No dia 02 de janeiro de 2002, primeiro dia útil do seu primeiro mandato como Presidente da República, Vossa Excelência herdou do governo anterior – no qual trabalharam Fraga, Bacha e Malan – um risco país medido pelo EMBI + de 1527 p.b, ou seja, um spread de 15,27 % sobre a taxa de juros dos títulos da dívida pública norte-americana de idêntico prazo de maturidade. No dia 31 de dezembro de 2010 o risco país havia se reduzido para 189 b.p; prova inconteste da confiança do “mercado” na responsabilidade fiscal do seu governo. O teto de gastos foi aprovado em segundo turno no Senado Federal no dia 13 de dezembro de 2016, data na qual o risco país medido pelo EMBI + do J.P. Morgan se encontrava em 324 b.p, valor 71,42% acima do registrado do último dia de governo do seu segundo mandato como Presidente da República. No primeiro dia útil do governo de Jair Bolsonaro o risco país se encontrava em 275 p.b, valor apenas 15% inferior ao observado no dia da aprovação da Emenda Constitucional do Teto de Gastos pelo Congresso Nacional, mas 45,5% superior ao verificado em 31/12/2010, último dia do seu segundo mandato como Presidente da República. A avaliação do mercado, tal como expressa nos preços dos títulos da dívida pública transacionados nos mercados internacionais, é claríssima: o teto de gastos não foi capaz de reduzir o risco país, mesmo antes dos “estouros do teto” patrocinados pelo governo Bolsonaro, aos valores verificados ao final do seu segundo mandato presidencial.

Na carta endereçada a Vossa Excelência, Fraga, Bacha e Malan também afirmam que a elevação da inflação ocorrida entre 2021 e 2022 foi o resultado do descontrole dos gastos públicos patrocinado pelo governo Bolsonaro, o qual “furou” o teto de gastos em R$ 117,2 bilhões em 2021 e R$ 116,2 Bilhões (previsto) para o ano de 2022. Esse é outro equívoco na carta dos economistas supracitados. A elevação da inflação não foi um fenômeno ao Brasil e tampouco deve-se ao desequilíbrio fiscal. Com efeito, a pandemia de covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia foram eventos extraeconômicos que geraram um enorme choque de oferta a nível mundial, quer pela desorganização das cadeias globais de valor (caso da pandemia) quer pelas restrições impostas a exportação de petróleo, gás, soja, milho e trigo por conta dos desdobramentos do conflito da Ucrânia. Esse choque de oferta global produziu um aumento dos preços dos produtos intermediários, energia e alimentos que está alimentando a escalada inflacionária em todo o mundo. A inflação acumulada em 12 meses na União Europeia, calculada em outubro de 2022, se encontra em 11,25%, quase o dobro do valor observado no mesmo período para o Brasil. Na austera Alemanha a inflação se encontra em 11,6% no acumulado em 12 meses. Nos Estados Unidos a inflação acumulada em 12 meses está em 7,7% (dados de outubro de 2022). A política fiscal e monetária do Brasil tem capacidade muito restrita de intervir num processo inflacionário que é gerado fora do país.

No final da carta encaminhada a Vossa Excelência, Fraga, Bacha e Malan afirmam que o problema da falta de recursos para saúde, educação, assistência social e investimento público não são decorrência do teto de gastos, mas da falta de prioridade dada pelo governo a essas áreas. Isso é uma meia verdade. Com efeito, é inegável que o governo de Jair Bolsonaro, tendo Paulo Guedes como Czar da Economia, só deu atenção a assistência social quando isso lhe era eleitoralmente conveniente. Quanto a saúde e educação os números de mortos durante a covid-19 e a falta de recursos para pagar a merenda escolar falam por si mesmos. Mas o teto de gastos é um elemento que impõe um esmagamento de médio e longo-prazo sobre o orçamento dedicado a essas áreas. Isso porque ao congelar em termos reais por um período de 20 anos, a contar de 2016, os gastos primários da União o crescimento puramente vegetativo dos gastos com previdência social, os quais mesmo após a reforma previdenciária continuam crescendo 3% a.a em termos reais, faz com que os demais itens do orçamento da União atuem com variável de ajuste para fechar o orçamento, comprimindo os mesmos. Durante o governo Bolsonaro, além da redução do investimento público e dos recursos destinados as áreas de saúde e educação, a folha de salários dos servidores (ativos e inativos) da União foi reduzida de uma média de 4,4% do PIB durante os governos Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma e Temer para menos de 3% do PIB em 2022. Isso porque o governo Bolsonaro, ao não conceder reajuste aos servidores públicos nos últimos 4 anos, fez com que a inflação corroesse o valor real dos salários dos servidores da União. O problema é que esse processo de ajuste das demais rubricas do orçamento público chegou ao limite. Não é mais social e politicamente possível reduzir o investimento público, ou os gastos com saúde e educação, ou manter congelados os salários dos servidores públicos. Em outras palavras, o teto de gastos é inviável. Essa é a razão pela qual deve ser substituído por uma nova regra fiscal, cuja definição deverá ser feita a partir do momento em que Vossa Excelência assuma efetivamente, pela terceira vez, o cargo de Presidente da República Federativa do Brasil.

Para finalizar esta carta, gostaríamos de fazer um alerta a Vossa Excelência. No debate sobre o ajuste fiscal no Brasil existe um elemento ausente, a saber: os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. Em 2022 os gastos com juros serão de mais de R$ 500 bilhões, devendo ultraar os R$ 700 bilhões no próximo ano. Trata-se da segunda maior rubrica do orçamento público, ficando atrás apenas dos gastos com previdência social. Esse volume de pagamento de juros é o maior programa de transferência de renda do mundo, só que é uma transferência de renda de toda a sociedade para o 1% mais ricos de nossa população. Não existem soluções mágicas para o problema dos juros como tem sido sustentada, por exemplo, pela famosa “auditoria cidadã da dívida”. Por outro lado, o volume pago com juros não decorre de um elevado endividamento público como proporção do PIB (atualmente em 77,12% do PIB segundo dados do Banco Central do Brasil para setembro de 2022). A título de comparação a Espanha tinha, em março de 2022, uma dívida pública como proporção do PIB de 117,7%, mas paga apenas 2% do seu PIB como juros sobre a dívida pública. Não existe uma relação direta entre o tamanho da dívida pública como proporção do PIB e o custo de carregamento da dívida pública, o qual é, em larga medida, determinado pela política monetária conduzida pelo Banco Central.

Todo o complexo de taxas de juros no Brasil é uma anomalia na comparação com o resto do mundo. Nos últimos 30 anos o Brasil não apenas exibiu uma das mais altas, se não a mais alta, taxa básica de juros do mundo; como também as maiores taxas de juros sobre empréstimos bancários e cartões de crédito. Nosso sistema financeiro é gigante e disfuncional, pois não atua como criador de crédito e de financiamento do investimento e do consumo do setor privado; mas como corretor dos rentistas que vivem às custas do financiamento da dívida pública. No Brasil a verdadeira luta de classes não é entre capital e trabalho, mas entre o capital financeiro, de um lado, e os trabalhadores e o capital produtivo do outro. Esse é o conflito de classes que Vossa Excelência deverá arbitrar a partir do dia 01 de janeiro de 2023. Neste contexto, entendemos ser absolutamente legítimo e viável abrir espaço no orçamento para viabilizar gastos públicos imprescindíveis para o enfrentamento da enorme crise social e econômica que o país está ando. Isto deverá ser combinado, quando estiver empossado, com a adoção de uma nova regra fiscal que combine flexibilidade na execução do orçamento com sustentabilidade da dívida pública no médio e longo prazo.

Era isso o que queríamos comunicar a Vossa Excelência. Sem mais por hora nos despedimos cordialmente, com sinceros votos de sucesso em seu terceiro mandato como Presidente da República.

José Luis da Costa Oreiro (UnB, Líder do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento)

Luiz Fernando Rodrigues de Paula (UFRJ, Vice-Líder do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento)

Luiz Carlos Bresser-Pereira (FGV-SP, Professor Emérito)

Kalinka Martins da Silva (IFG, Professora)

Luiz Carlos Garcia de Magalhães (IPEA, Técnico)

PSB quer expulsar vereadores que declararam apoio a Bolsonaro na eleição 5m3n1f

O PSB/RS, por meio da Comissão Executiva Estadual presidida por Mário Bruck, encaminhou ofício aos dirigentes municipais da sigla de Marau, Igrejinha, Vacaria e Alvorada pedindo a expulsão imediata dos vereadores que declaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, contrariando as deliberações da sigla, em todos os níveis, de vetar apoio à reeleição do atual presidente.  São eles: João Vagner da Rosa Daré – Marau, Dirceu Valdir Linden Junior – Igrejinha, Mauro Deluchi Schuler – Vacaria e Elias Fernandes – Alvorada. Além dos vereadores, estão sendo avaliados casos de prefeitos, vice-prefeitos e também dirigentes municipais, que seguiram a mesma linha.

O ofício aponta, ainda, que ao assumiram posicionamentos contrários às legítimas decisões tomadas pelo partido, tornaram-se diretamente responsáveis pelos resultados eleitorais no Estado, abaixo das expectativas, e pelo agravamento de um ambiente interno no partido nitidamente hostil, em muitos casos.

“Não faltam em nossos documentos e orientações clareza quanto ao posicionamento que esperamos de nossos representantes públicos e dirigentes em todos os níveis. Sendo assim, solicitamos à Comissão Executiva Municipal a instauração de processo ético por publicamente atuarem em campanhas contrárias às defendidas pelo PSB, diz o ofício”.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

“Efeito Lula/Olívio” pode dar novo rumo à eleição no Rio Grande do Sul u4z2c

Os cinco pontos que Edegar Pretto ganhou na última pesquisa sinalizam que a eleição para o governo do Estado no Rio Grande do Sul pode, mais uma vez, surpreender na reta final.

Segundo o Ipec, em pesquisa para a RBS,  o candidato do PT  alcançou 15% das intenções de voto, mostrando crescimento surpreendente desde a última visita do ex-presidente Lula, que reuniu uma multidão no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, há dez dias.

Pretto, que vinha estacionado na casa dos 7%, ou para 10% e agora chega a 15% das intenções de voto.

Isolado na liderança, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), candidato à reeleição, manteve os 38% das pesquisas anteriores, assim como o segundo colocado, ministro Onyx Lorenzoni, que oscilou dentro da margem de erro, 26% para 25%.

Faltam apenas cinco dias para a votação em primeiro turno, Pretto teria que ganhar no mínimo 2 pontos por dia para chegar ao segundo turno, isso contando que Onyx se mantenha em queda.

Os cálculos do comando da campanha de Pretto para chegar ao segundo turno dão grande peso ao “efeito Lula”, cuja candidatura à Presidência vem crescendo no Rio Grande do Sul.

No início do ano, Lula estava 13 pontos atrás de Jair Bolsonaro entre os gaúchos (40 a 27%) nas pesquisas iniciais e agora está com 41% a 37%, de acordo com o Ipec. Por isso a ênfase em Pretto, Pedro Ruas, seu vice, e Olívio Dutra, como a “equipe de Lula no Rio Grande”.

O desempenho de Olívio Dutra, candidato ao Senado, é outro dado que justifica as expectativas otimistas na frente de esquerda. O ex-governador Olívio Dutra se isolou na liderança com 30%, seguido de Ana Amélia com 24% e de Mourão com 21%, os mais votados entre os candidatos que concorrem ao Senado.

Por fim há o fato de que 41% dos votantes ainda estão indecisos quanto o candidato a governador e outros 30% indicam que podem mudar seu voto.

Num quadro assim, a cinco dias do pleito, quase tudo é possível.  Principalmente, num Estado em que os eleitores costumam promover viradas surpreendentes na reta final das eleições e, até agora, não reconhecem o estatuto da reeleição para o governo do Estado.

 

 

Joaquim Barbosa, relator do Mensalão, declara voto em Lula 2o2361

A informação é do site Metrópoles, confirmada pelo Globo.

Relator da ação penal do mensalão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa gravou um vídeo de apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O vídeo foi gravado em Paris, onde Barbosa a férias, e será divulgado pela campanha de Lula nos próximos dias.

O ex-governador Geraldo Alkmin, vice na chapa de Lula intercedeu para que Barbosa fizesse a gravação, assim como o coordenador do grupo de advogados Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho.

O ex-ministro do STF foi filiado ao PSB e cogitou se candidatar à Presidência da República em 2018.

Além do apoio a Lula, Barbosa também fez ataques duros ao presidente Jair Bolsonaro (PL), principal adversário de Lula, nos vídeos gravados.

Existe chance de a imagem do ex-ministro do Supremo ser usada no horário eleitoral.

No segundo turno da eleição de 2018, Barbosa foi procurado diretamente pelo então candidato do PT, Fernando Haddad. O ex-ministro, no entanto, não ofereceu apoio imediato e só anunciou o seu voto no petista na véspera da votação em uma postagem no Twitter.
Barbosa deixou o Supremo em 2014, quando presidia a Corte. Antes, havia sido relator da ação penal do mensalão, que mandou para a cadeia dois ex-presidentes do PT: José Dirceu e José Genoino. Foi Lula que o nomeou para o STF, em 2003.
O ex-ministro engrossa a lista de críticos do PT que têm declarado apoio a Lula nos últimos dias. Fazem parte do grupo o ex-ministro da Justiça Miguel R

eale Júnior, autor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e o economista Paulo de Tarso Venceslau, que denunciou em 1997 o primeiro escândalo de corrupção do partido, o caso em.
(Com informações do Mertrópoles e de O Globo)

Deputado do PT sofre atentado durante carreata no interior de Minas Gerais 2v3b13

O deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) denunciou na noite deste domingo (25/9) que foi alvo de um atentado. Pelo menos três tiros de revólver foram desfechados contra o veículo no qual ele estava durante evento político no município de Montes Claros, no Norte de Minas.

Segundo ele, o autor do ataque é um policial militar que estava à paisana.

Líder da bancada do PT de Minas Gerais na Câmara Federal, Guedes conta que os tiros foram disparados de dentro de um Voyage branco.

O suspeito foi identificado e teve que ser escoltado pela Polícia Militar em decorrência do clamor popular no entorno.

Segundo o deputado, o autor dos disparos foi preso. Outras duas pessoas que o acompanhavam – sendo um homem e uma mulher – também foram detidas.

Guedes queixou-se da morosidade da Polícia Federal para atender a ocorrência.
Paulo Guedes disse ter sido o terceiro episódio de ameaças e intimidações contra sua equipe de campanha. “Estávamos em uma carreata, quando o policial disparou contra um carro de som em que eu estava. Exigimos a presença da Polícia Federal aqui. Isso foi uma tentativa de homicídio”.

 

Deputado do PDT repudia ataques de Ciro e declara apoio a Lula 212q59

Ex-deputado estadual do Paraná, Haroldo Ferreira (PDT) , em carta enviada ao presidente da legenda, Carlos Lupi, anuncia seu afastamento do diretório nacional do partido e de vice-presidente da Fundação Leonel Brizola.

A razão de sua atitude é a decisão de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no lugar do candidato da sigla ao planalto, Ciro Gomes (PDT).

A integra da carta do depuado paranaense:

Prezado Presidente Carlos Lupi,

A despeito do apreço e consideração que lhe tenho, assim como identificação com o trabalhismo brizolista, cabe-me o dever pessoal de lhe encaminhar meu pedido de afastamento da Vice Presidência da Fundação Leonel Brizola, Nacional e Regional do Paraná, bem como do Diretório Nacional do PDT, para, como Dirigente, não incorrer em ato de infidelidade partidária.

Como estamos vivenciando, o Brasil a por momento crucial de garantia de nossas liberdades individuais e coletivas, com ataques constantes, persistentes e orquestrados de fragilização de nossas Instituições Democráticas.

Instituições que foram duramente conquistadas e inseridas na Carta Constitucional Federal de 1988, após sacrifícios da Nação, de brasileiros e brasileiras que enfrentaram as forças da Ditadura com perdas, mortes, desaparecimentos, exilios e torturas.

Malgrado este momento em que o PDT Nacional, através da candidatura presidencial de Ciro Gomes, marqueteado por João Santana, imprime uma campanha odiosa contra o principal candidato de oposição ao regime bolsonarista, lhe impondo pesadas críticas, inclusive, no campo pessoal e familiar.

De tal forma que Ciro Gomes, seja hoje, dentro do nosso campo político, o principal detrator de Lula, servindo direta ou indiretamente, de linha auxiliar para a candidatura oficial de situação.

Tal conduta equivocada, além de não agregar eleitoralmente, nos afasta do campo progressista nacional, nos isola em um gueto indefinido ideológico, inexpressivo de articulação, negando a história dos posicionamentos de Brizola, como em 1989, ao apoiar Lula, apesar de diferenças existentes à época.

É lamentável que Ciro Gomes, homem nacionalista, preparado e provado na luta política, tenha adotado uma estratégia errática de tentativa de desconstrução da imagem de Lula, ao invés de focar no PND, Programa Nacional de Desenvolvimento, que contém propostas para o Brasil real de fato, em que sempre acreditamos.

Meu ambiente de convivência política, do campo progressista, democrático, trabalhista, socialista, do SUS, saúde pública e coletiva, ambiental e reforma sanitária brasileira, nos cobra pela atitude política de nossa candidatura presidencial.

Constrage-me, sobremaneira, a repercussão dos ataques pessoais ao Lula, como munição eleitoral, nas redes sociais, impulsionados por bolsonaristas.

Isto posto, informo ao Presidente que o a defender a bandeira da liberdade e do estado de Direito democrático, engajado na campanha eleitoral de Luís Inácio Lula da Silva, e que assim o destino o queira futuro Presidente do Brasil.

Respeitosamente,

Haroldo Ferreira, médico – Paraná

Lula tem segurança reforçada com drones e snipers para comícios em Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis 34573z

O mais reforçado esquema de toda a campanha eleitoral será adotado para garantir a segurança do ex-presidente, que inicia nesta sexta-feira, 16, sua viagem pelas capitais da região Sul.

A Polícia Federal  vai acionar o Comando de Operações Táticas, unidade de elite, treinada para situações de alto risco.

O esquema de segurana vai incluir ainda o uso de drones para detectar ameaças e snipers (atiradores)  em pontos estratégicos. Além disso, estarão presentes os policiais que integram a equipe fixa de segurança do petista na PF, coordenada pelo delegado Andrei os.

Haverá também o reforço da Polícia Militar de todos os estados, segundo informações do jornal O Globo.

Na campanha de 2018, a caravana de Lula foi alvo de ataques no Rio Grande do Sul, inclusive com disparo de tiros contra o ônibus em que viajava o ex-presidente.

Lula participa sexta em Porto Alegre, de um comício no Largo Glênio Peres, no centro histórico, junto ao Mercado Público. O ato está marcado para às 18 horas.

No sábado, às 10h, o candidato participa de um ato no Largo da Alfândega, também no centro de Florianópolis e domingo no mesmo horário estará em Curitiba, na “Boca Maldita”, ponto tradicional de encontros políticos na capital paranaense.