Eleições 2022: os trunfos de Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul 4xq5x

O ex-ministro Onyx Lorenzoni lidera as pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul. Tem 25% das intenções de voto segundo a pesquisa da Exame.  O ex-governador Eduardo Leite, segundo colocado, tem 20%. 1c6z5i

Onyx está em campanha há muito tempo e vem correndo por fora das manchetes.

Ele é um dos mais próximos de Bolsonaro desde a eleição de 2018. Fez a agem para o novo governo,  nomeado ministro para coordenar a transição antes mesmo da posse.

Nomeação de Onyx Lorenzoni publicada no Diário Oficial — Foto: Reprodução/Diário Oficial da União

Licenciou-se do quinto mandato de deputado para assumir a chefia da Casa Civil, quando Bolsonaro tomou posse.

ou por momentos de desgaste, mas manteve-se entre os auxiliares mais próximos do presidente, ocupando a Secretaria Geral da Presidência, o Ministério da Cidadania e o Ministério do Trabalho e Previdência, que deixou em março desde ano para concorrer a governador.

Antes disso ele já estava em campnha. “Ele é o nosso candidato”, disse ao JÁ um dirigente partidário do PL em julho de 2021. A expressão “BolsOnyx” já circulava em grupos e já tinha até adesivo confeccionado.

A recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, e a nomeação de Lorenzoni para comandar um orçamento de R$ 800 bilhões confirmou o seu prestígio. Sua candidatura ao governo do RS é estratégica.

O principal concorrente de Onyx no campo bolsonarista é o senador Luiz Heinze, pré-candidato pelo PP, que aparece com 7% das intenções de voto.

Onyx, porém, parece acreditar num entendimento com Heinze e por enquanto foca seu ataque no governador Eduardo Leite.

Para tanto não hesita em questionar o Programa de Recupeçração Fiscal , que o governo Leite acaba de com o governo federal, um programa de ajuste que engessa as finanças públicas do Estado até 2030, pelo menos.

Ter conseguido o acordo, que o Estado persegue há quase cinco anos, é o grande trunfo de Eduardo Leite na campanha.

Sem medo de paradoxos, Onyx diz que o programa assinado por Leite, e que Bolsonaro prontamente sancionou há poucos dias, é lesivo aos  gaúchos.

Na sessão da Assembleia em que foi consumada a adesão ao programa, a oposição mais contundente partiu do deputado Rodrigo Lorenzoni, filho do ministro. Ele disse, da tribuna: “Eu desafio a qualquer um dos senhores que estão aprovando este projeto a subir aqui e dizer se sabem o que estão votando”.

Ninguém se atreveu, e ele então concluiu: “Não sabemos o que estamos votando, essa é a verdade”.

Ao fazer este questionamento, Onyx toca no nervo exposto da crise do Rio Grande do Sul, que é a posição subalterna do Estado na relação com o poder central, uma bandeira que a esquerda não tem sabido levantar.

 

 

Eleições 2022: Eduardo Leite quebra princípio e vai enfrentar a “maldição do Piratini”. 4ic3j

Elmar Bones

Dois fatores subjetivos devem se incluídos entre os riscos embutidos na decisão que  o governador Eduardo Leite anunciou nesta segunda feira,  de concorrer à reeleição nas eleições de outubro.

A quebra do auto proclamado princípio contra a reeleição  e a “maldição” que  ronda os habitantes do Piratini, que não se reelegem ou fazem sucessor (sem contar os tempos de exceção, é claro) já vai para meio século.

***

Desde o primeiro dia, vislumbrando vôos mais altos, Leite disse que não concorreria à reeleição, não por uma questão particular, mas por princípio. Ele é contra o princípio da reeleição em vigor na lei eleitoral brasileira, desde 1990.

Foi dito e escrito que se não fosse candidato à presidência, ficaria quatro anos em estudos fora completando sua formação, para voltar candidato.

As tentativas de ser candidato à presidência, dentro e fora de seu partido, o PSDB, fracassaram. Chegou a renunciar ao governo para tentar ser o nome de uma candidatura de terceira via, na disputa eleitoral polarizada entre Bolsonaro e Lula. Não deu certo.

O discurso, agora,  é de que o governador foi convencido pelas forças que apoiam seu governo – um manifesto de grandes empresários chegou a circular – a desistir dos quatro anos de estudos no exterior, esquecer a promessa que fez aos eleitores e aliados,  e lançar-se candidato para defender e levar adiante seu projeto.

Seu projeto é um programa de ajuste fiscal que culminou há poucas semanas com a aprovação do congelamento de investimentos públicos, deprimidos há décadas.

O equilíbrio que obteve nas contas é instável, mais contábil que real. Beneficia-se de conjuntura e receitas transitórias.

Os serviços públicos estão precarizado pelo corte prolongado das verbas de custeio. Os salários dos funcionários estão sem reajuste há sete anos. Há quase cinco anos o governo não paga as parcelas da sua dívida com a União, na expectativa de um acordo que tem pouca chance de ser cumprido.

Com a máquina a seu favor, o governador desponta como favorito na campanha que já tem sete candidatos no Rio Grande do Sul.

Em nome do realismo, porém, convém lembrar que outros favoritos à reeleição, alguns até com mais cabedal que Eduardo Leite,  não conseguiram convencer o eleitor gaúcho que mereciam mais quatro anos para “completar sua obra”.

 

 

 

Ex-presidente do ERS, Rejane de Oliveira será candidata do PSTU ao governo gaúcho 6t2h3u

Negra, educadora, socialista e única pré-candidata feminina ao governo do Rio Grande do Sul, nas eleições de 2022.

Assim o PSTU apresenta Rejane de Oliveira, conhecida líder sindical, duas vezes presidente do ERS, pré-candidata do partido ao governo do Rio Grande do Sul.

O lançamento será no próximo sábado, dia 4, às 16h, no Centro de Eventos Barros Cassal (Rua Dr. Barros Cassal, 220), em Porto Alegre, e contará com a presença da operária sapateira Vera Lúcia, pré- candidata à presidência da República, pelo PSTU.

Segundo nota do partido, o “cenário eleitoral está tomado por uma polarização entre políticos tradicionais e com ausência de candidato que defenda os verdadeiros interesses dos trabalhadores”.

A candidata do PSTU se coloca como “uma alternativa aos candidatos bolsonaristas e ao bloco de conciliação de classes”

“Os principais candidatos que até agora  se apresentaram estão em dois blocos contrapostos”, diz a nota à imprensa.

“De um lado, temos os candidatos alinhados com Bolsonaro, como Ônix (ministro de Bolsonaro) e Luiz Heinze, notório defensor do latifúndio e da cloroquina. Querem o avanço do projeto autoritário de Bolsonaro, a serviço da maior exploração da classe trabalhadora.

De outro lado temos os candidatos alinhados com o projeto Lula-Alckmin. Prometem reeditar os governos do PT que, apesar de terem feito algumas concessões para os mais pobres por um período, beneficiou os banqueiros e agronegócio, enquanto atacava direitos dos trabalhadores (vide a reforma da previdência)”.

O programa do PSTU propõe o controle do Estado e das empresas pelos trabalhadores, “rompendo com o imperialismo estrangeiro, tirando dos bilionários para financiar obras públicas e acabando com o desemprego”.

Projeto de extensão universitária leva serviços à comunidade do bairro Mário Quintana 2j1p2a

A UniRitter está promovendo o projeto de extensão “FAPAcolhe” que envolve a comunidade no entorno de seu campus.

O objetivo é “dar voz e auxiliar os moradores do bairro Mario Quintana por meio de ações comunitárias criadas a partir das demandas sociais definidas pela própria vizinhança”.

Situado na região nordeste, o bairro reúne 3% da população de Porto Alegre, tem taxa de analfabetismo de 5,6% e renda média por domicílio de 1,54 salário-mínimo, numa das áreas mais carentes da capital.

A UniRitter identificou oportunidades para trabalhar seus projetos de extensão com a população do bairro, com foco em crianças, adolescentes, mulheres, homens, idosos e até mesmo nos animais.

São oferecidos serviços nas áreas de educação, saúde, o a direitos, entre outros.

Cerca de 20 professores e 200 alunos de diferentes cursos participam dos projetos de compromisso comunitário, que podem beneficiar mais de 35 mil habitantes.

Neste primeiro semestre de atividades do FAPAcolhe, os extensionistas criaram serviços que começaram a ser apresentados semanalmente à comunidade no final de maio.

As atividades ocorrem em parceria com lideranças locais, que disponibilizaram o espaço físico de uma igreja do bairro para o projeto.

“Nós fomos ao Mario Quintana e também convidamos os moradores a conhecer e frequentar o Campus FAPA. Muitos se emocionaram, contaram que nunca sentiram que podiam entrar ali”, conta a professora de Enfermagem Camila Neumaier, responsável pelo projeto na área de saúde, que visa levar educação sexual às mulheres do bairro.

“É uma proposta multidisciplinar, com Enfermagem e Fisioterapia atuando junto ao Direito, para levar informações sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, empoderamento, direitos da mulher e de o à saúde”, detalha.

Essa será a atividade desta semana, realizada na quarta-feira (1/6), a partir das 14h, na congregação Canaã (Rua 26 de Março, 220).

Já foram realizados projetos voltados à alfabetização e a melhorias nas residências. Ainda serão oferecidos, nas próximas semanas, os seguintes serviços: educação no trânsito para crianças; apoio a imigrantes e promoção dos direitos humanos; auxílio à vida financeira e comunicação socioambiental.

Também haverá mutirão de cuidados aos animais dos moradores, este realizado no último sábado de junho.

Sobre o FAPAcolhe

Em consonância com a missão institucional da UniRitter, a extensão é elemento fundamental no processo de formação profissional e de produção do conhecimento, conectando o ensino às necessidades da comunidade. O objetivo é incluir, de forma contínua, pautas relativas ao ambiente econômico e social nos projetos pedagógicos de diversos cursos, em caráter transversal.

No Campus FAPA, em especial, procura-se vincular as iniciativas às dinâmicas comunitárias do bairro Mario Quintana, por se tratar de região carente, de vulnerabilidade e no entorno da instituição.

As ações de extensão do FAPAcolhe ocorrem em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), contidos na Agenda 2030.

As prioridades foram elencadas pela própria comunidade, que, em encontros com os extensionistas, identificou os seguintes problemas:

-analfabetismo e falta de reforço escolar;

-histórico de abusos físicos e psicológicos na infância;

-dificuldade de o à documentação e benefícios sociais;

-gravidez na adolescência e falta de educação sexual;

-falta de oportunidades de trabalho e de capacitações

-grande população de usuários de drogas;

-deficiências de moradias e de ibilidade;

-falta de recursos sociais e divulgação nas mídias.

(Com informações de Assessoria de Imprensa)

 

 

 

PT reúne mil pessoas em Porto Alegre para organizar a campanha de Edegar Pretto em todo o Estado 3g3qh

Cerca de mil  pessoas, segundo os organizadores, participaram do evento que o Partido dos Trabalhadores promoveu em Porto Alegre, nesta sábado 28.

“O objetivo foi alinhar as estratégias e apresentar as diretrizes da nova fase na disputa”, segundo nota do partido.

O ato reuniu militantes que que coordenarão, em todas as regiões do Rio Grande do Sul, a fase final da pré-campanha de Edegar Pretto ao governo do Estado. “O Rio Grande que o Povo Quer”  é o slogan

No evento,  lançado um jingle  e anunciada a data da convenção estadual do PT, que ocorre em 24 de julho, quando será homologada a candidatura de Edegar Pretto.

Na ocasião, também foram adas às coordenações regionais orientações para a organização das assembleias populares e reuniões temáticas, que serão promovidas até o mês de julho.

Elas darão subsídios para a elaboração do plano de governo, que terá como eixos norteadores 13 compromissos assumidos por Edegar Pretto.

As propostas defendem questões relevantes para o desenvolvimento do estado, como saúde, educação, agricultura, moradia, emprego e o enfrentamento à pobreza.

Em seu pronunciamento, Edegar Pretto ressaltou que é inissível que haja tanta desigualdade social e pessoas ando fome no RS, um estado reconhecido pelo seu solo fértil e produções agrícolas abundantes.

Destacou, ainda, que é preciso retomar o legado dos governos que valorizam a participação popular, tanto em nível estadual quanto federal. Emocionou-se ao agradecer a participação de tantas pessoas de diversas partes do estado.

“Hoje o meu coração está cheio de emoção, porque estou diante de uma militância que ao longo do tempo conquistou o direito de andar de cabeça erguida, com um sorriso no rosto, porque nós somos defensores da democracia, somos antifascistas e estamos ao lado do presidente Lula para reconstruir o nosso Brasil e o nosso Rio Grande”, afirmou. O pré-candidato prestou homenagem à ex-primeira-dama do Estado, Judite Dutra, falecida na semana ada, e solidariedade ao ex-governador Olívio Dutra.

O plano de governo do pré-candidato do PT será construído a partir de 10 assembleias populares, onde Edegar Pretto vai dialogar, presencialmente, com os mais diversos setores da sociedade.

Serão ouvidas lideranças políticas, da educação, da indústria, do comércio, de serviços, da agricultura, do cooperativismo, dos movimentos populares, entre outras, para definir propostas que atendam às realidades locais e promovam o desenvolvimento regional.

No evento, também foi apresentada a Decidim Povo, uma ferramenta digital, fácil, prática e participativa, que permitirá à população gaúcha colaborar com o plano de governo.

Por meio da plataforma é possível opinar e enviar sugestões aos coordenadores da pré-campanha.

A expressão “os ventos da mudança” foi utilizada em diversos momentos, porque é este o espírito das lideranças partidárias para promover uma mobilização em todo estado, com foco na pré-campanha de Lula e de Edegar Pretto.

Lideranças políticas e representantes de diversos setores enviaram depoimentos em vídeos, que foram exibidos em um telão, entre eles o ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Rui Oppermann e o senador Paulo Paim.

Um dos grandes momentos do sábado foi a apresentação do clipe do jingle de Edegar Pretto, pela coordenadora da pré-campanha, Mari Perusso. A canção fala de amor e esperança em um novo tempo.

Foi tamb´´em lançada uma rede digital Time vencedor. Ela vai conectar a militância e fazer com que as pessoas possam ter o a todos os conteúdos do pré-candidato, em primeira mão, e ainda multiplicá-los para as suas redes pessoais.

No encerramento, Edegar Pretto destacou os principais momentos de sua trajetória política, e a influência de seus pais, Adão Pretto e Otília Pretto, ambos falecidos. Lembrou do seu primeiro projeto aprovado na Assembleia Legislativa, em favor da agricultura familiar, e de seu trabalho pelo fim da violência contra as mulheres, que o levou a ser coordenador do Comitê Gaúcho Eles Por Elas, da ONU Mulheres.

A sua gestão na presidência da Assembleia Legislativa, em 2017, também foi destacada por ele, por construir consensos em diversas pautas no parlamento gaúcho. Sobre os desafios do próximo período da pré-campanha, Edegar Pretto salientou que a história do RS sempre foi de mobilização, e que agora não será diferente, por isso a constituição das assembleias regionais para reforçar a participação popular. “Os bons ventos da democracia da América Latina estão soprando aqui no estado. Principalmente os ventos da esperança, para recuperarmos a autoestima do nosso povo”, declarou.

Apoios

Deputados e deputadas das bancadas estadual e federal do PT, além de lideranças históricas do partido estiveram presentes..

A ex-presidente Dilma Rousseff, falou e disse que “uma virada na política a pela eleição de Edegar Pretto em outubro”.

Tarso Genro, ex-governador do RS, lembrou que Edegar Pretto, além de ser filho do deputado Adão Pretto, também é filho do povo, “um trabalhador e lutador coerente, que não renega os seus princípios”.

O presidente do PT RS, deputado federal Paulo Pimenta, disse que os trabalhadores enfrentam um período difícil, diante da ausência dos governos Leite e Bolsonaro, e que enxergam Edegar Pretto e Lula como “aporte para a dignidade”.

O vice-presidente do PCdoB, Antônio Augusto Medeiros, falou que seu partido está comprometido com a eleição de Edegar Pretto e na batalha contra o bolsonarismo. Já o presidente do Partido Verde, Marcio Souza, falou da grandeza do PT, e que sua sigla tem a missão de trabalhar todos os dias pela eleição de Lula e Pretto.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Link com imagens em vídeo do evento: https://we.tl/t-csBFrWsWXRCrédito: Claudio Júnior e Pablo Pinzan

Link do Jingle de pré-campanha: https://www.youtube.com/watch?v=0FG4fVSXwGo

Lula tenta costurar “aliança dos sonhos” para derrotar o bolsonarismo no Rio Grande do Sul 25163c

Pré-candidato à presidência da República, com 48% das intenções de votos e vitória assegurada no primeiro turno, se a eleição fosse amanhã.

Com essas credenciais o ex-presidente Lula desembarca em Porto Alegre nesta quarta-feira, 1 de junho.

O primeiro evento programado em Porto Alegre, porém,  será em local fechado, uma casa de shows (Pepsi on Stage). Um ato público para o qual estão sendo esperadas caravanas de ônibus de diferentes regiões do Estado, a partir das 16 horas.

Os organizadores justificaram o local fechado: por se tratar de uma atividade de pré-campanha, o Departamento Jurídico recomendou que não fosse realizado em área pública, para não ferir a legislação eleitoral.

A direção do PT ainda está organizando a agenda, que inclui  encontros com líderes partidários, representantes de setores da educação, da produção e do cooperativismo. Será uma incursão de dois dias por redutos bolsonaristas.

Em 2018,  Bolsonaro recebeu 63,2% dos votos no Rio Grande do Sul. Fernando Haddad, do PT teve 36,16% dos votos no estado no segundo turno.

Uma pesquisa interna do PT aponta que Bolsonaro tem 40% das intenções de voto no Rio Grande do Sul, ficando Lula com 27%.

Nesta quinta, 26, Lula anunciou um acordo com o ex-prefeito Alexandre Kalil, do  PSD,  em Minas. O PSD apresentará Alexandre Kalil para o governo de Minas e o senador Alexandre Silveira para a reeleição, enquanto o PT apresentará o deputado estadual André Quintão para candidato a vice-governador.

No Rio Grande do Sul, um de seus objetivos é a “frente dos sonhos” para vencer o bolsonarismo galopante no Rio Grande do Sul, unindo PT, PDT, PSB, Psol, PCdoB, PV.

A frente assim ampla da esquerda parece improvável. O PSOL, por exemplo, optou por marcar posição. No próximo domingo (29), às 15h, será lançada a pré-candidatura de Pedro Ruas a governador.

O PSB também, com seu pré-candidato Beto Albuquerque, se mostra irredutível. O PDT alinhado a Ciro Gomes também já anunciou pré-candidato.

“O bolsonarismo tem a sua força política, mas não é mais o que era e… Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/entrevistas/o-bolsonarismo-ja-nao-e-tao-forte-no-rio-grande-do-sul-diz-pre-candidato-do-pt/.

De olho no futuro, startups encontram cenário promissor no RS 256o1y

Sucesso da South Summit evidencia potencial para projetos de inovação no Estado e em Porto Alegre, que está entre as cidades com forte presença de incubadoras e programas de aceleração

Letícia Heinzelmann

Aplicativos de transportes ou de entregas estão no dia a dia de todo mundo, mas não faz muito tempo essas praticidades sequer existiam. E, embora a maioria das pessoas não visse problemas em esperar um táxi no ponto ou pesquisar telefones de restaurantes para pedir comida, hoje é difícil imaginar a vida sem esses serviços. Esta é uma característica das startups: identificar um problema, às vezes não tão evidente, e buscar soluções inovadoras, através de um novo formato de negócio. Segundo Rodrigo Heldt Silveira, professor dos cursos de Negócios da UniRitter, startups não estão necessariamente focadas em tecnologia, mas costumam usar plataformas digitais em busca de escalabilidade, ou seja, a replicação do modelo de negócio em outros mercados.

“Startups buscam um novo modelo de negócio, que ainda nem existe e precisará ser validado, ar pelo período de criação, de incubação, de protótipos até ser testado no mercado e avaliar sua aceitação, viabilidade e escalabilidade. Outra característica, portanto, é o alto risco. Para cada caso de sucesso, ou a conquista à alcunha de unicórnio, muitas iniciativas não darão certo”, explica o professor. A inovação geralmente antecipa uma necessidade. “Não é uma ideia ou um invento. A inovação ocorre quando se consegue explorar de forma bem-sucedida a percepção do problema, efetivando um produto, conseguindo viabilizar e garantindo valor no mercado”, detalha.

Para que a dedicação a um projeto ainda tão incipiente seja possível, é necessário muita resiliência, mas também investimentos. “Empreender em startup requer um ecossistema propício. Algumas regiões geográficas são efervescentes nesse sentido, como o Vale do Silício. São locais onde há incentivos de governos, empresas, universidades, parques tecnológicos, que propiciam inclusive a troca de experiências e tecnologias”, comenta Silveira. O Rio Grande do Sul, junto a São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, lidera o ranking de Estados com maior número de startups no Brasil.

Porto Alegre tem buscado se tornar referência para a criação de startups, com forte presença de incubadoras – que abrem espaços para que fiquem alocadas e desenvolvam suas ideias – e aceleradoras – programas criados por empresas públicas ou privadas com o objetivo de ajudar negócios em fase inicial a crescerem. Um exemplo dessa vocação foi a realização da primeira edição brasileira do evento de inovação South Summit, na Capital. “Ali se reuniu muitas ideias inovadoras e investidores-anjo, que buscam viabilizar novos negócios em troca de sociedade”, comenta o professor de Gestão em Negócios da UniRitter, Eduardo Bugallo. Ele indica a participação nesses eventos, cursos e competições de startups para buscar conhecimentos e ativar o networking.

No Brasil, o total dos investimentos captados por startups em 2021, até novembro, foi o maior desde 2016, ultraando os R$ 55,6 bilhões, segundo pesquisa da plataforma de inovação Distrito.

Este valor é 200% maior em relação a 2020. As fintechs, startups do setor financeiro, concentraram o maior volume de aportes, seguidas pelas retailtechs, focadas em varejo e consumo; real state, ao mercado imobiliário; edtechs, de educação; e o setor de mobilidade.

Perfil do “startupeiro”

Estar num desses locais de efervescência para a inovação e ter recursos para se manter enquanto o projeto é desenvolvido ajudam, mas a principal competência do “startupeiro”, como se diz no meio, é a inquietude. “É um sentimento de ser capaz de enxergar um futuro que ainda não existe e ter o propósito de viabilizá-lo. Ele mergulha na ideia, não é apenas um negócio. E então entra o carisma para inspirar as pessoas a acreditarem nessa nova necessidade”, aponta Silveira. Além de investimentos, será necessário cercar-se de uma equipe engajada e qualificada. “Startups são multidisciplinares: como todo negócio, requerem gestão istrativa e financeira, envolvendo tecnologia, design thinking. O empreendedor dificilmente será um especialista em todas essas áreas, mas ele precisa entender cada etapa do processo”, complementa.

Embora a maioria dos “startupeiros” seja jovem, na faixa dos 20 anos, Bugallo observa um aumento de empreendedores mais maduros. “São profissionais que já têm experiências corporativas e por isso conseguem identificar mais facilmente algumas dores de seus segmentos. E visualizam soluções para resolver problemas ou otimizar fluxos”, aponta o professor.

Outra característica fundamental é a adaptabilidade. Nem sempre a ideia inicial se mostrará viável, pelo menos dentro do prazo traçado pelo empreendedor. “É uma linha muito tênue entre teimosia e convicção. Eu costumo dar duas dicas. A primeira é ter um propósito maior, pois algumas pessoas não vão entender onde se quer chegar; chamavam Steve Jobs de teimoso, mas ele estava com a visão lá na frente. A segunda é não demorar para identificar as dificuldades do projeto. Não tem problema em errar, mas é preciso errar rápido para ter tempo de partir em outra direção, o que chamamos pivotar”, aconselha Bugallo.

Por fim, startups não são para sempre. Pela própria característica do negócio, haverá o momento da virada de chave para uma empresa com estrutura mais tradicional. De acordo com o Marco Legal das Startups brasileiro, elas deverão ter faturamento de até R$ 16 milhões, tempo de exercício de até 10 anos e modelo de negócios sujeito ao Inova Simples. “São incentivos para ajudar os negócios a decolarem, mas depois eles devem voar sozinhos. Nas incubadoras, o prazo médio de permanência é de dois anos. O startupeiro precisa se preparar para tudo: desistir da ideia, saber a hora de pilotar ou mesmo gerir um negócio que pode se tornar global”, indica o professor de Gestão em Negócios.

Orçamento congelado por dez anos: aprovação antecipa campanha eleitoral no Rio Grande do Sul 5l4r3f

Por 32 votos a 13 votos, a Assembleia do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça, 17, o Projeto de Lei Complementar 48,  que o governo gaúcho apresentou em regime de urgência para atender à última exigência do Programa de Recuperação Fiscal e renegociar a dívida do Estado com a União.

Não houve surpresa no resultado.

A sessão, porém, foi histórica (pelo alcance das medidas aprovadas) e antecipou o tema central dos debates na campanha para as eleições de outubro.

Foi, a rigor, o primeiro ato da campanha para o governo do Estado em 2022, com discursos de pré-candidatos, cabos eleitorais no plenário e galerias cheias de manifestantes  brandindo cartazes, atirando bolinhas de papel e cédulas com pingos de sangue na foto de Bolsonaro.

O Estado deve mais de 70 bilhões de reais ao Tesouro Federal,  as parcelas já vencidas chegam a 17 bilhões.

Para renegociar essa dívida, impagável nas condições atuais, o governo estadual se submete a um arrocho financeiro sem precedentes na história do Estado, aceitando congelar seus gastos por dez anos, apenas repondo a inflação anualmente.

O PLC 48, agora aprovado a toque de caixa, foi mais uma volta no parafuso do ajuste fiscal: o teto de gastos, já imposto aos salários e ao custeio dos serviços públicos, foi estendido também aos investimentos.

Além das restrições financeiras, o governo do Estado se submete ao controle de uma Junta istrativa, para garantir o estrito cumprimento do contrato.

Esse ponto, ao implicar em perda da autonomia do Estado frente ao poder central, toca numa corda sensível do imaginário gaúcho.

Foi em reação ao centralismo que se articulou a Revolução Farroupilha, que manteve por oito anos uma república, à parte do Império brasileiro, e é um dos pilares do orgulho gaúcho, até hoje.

“Novas Façanhas”, o slogan do atual governo, inclusive, é uma referência ao hino da República Riograndense: “Sirvam nossas façanhas/ de modelo a toda a terra”.

Numa campanha eleitoral acirrada como vai ser a deste ano, a mistura desses elementos simbólicos com os efeitos concretos do arrocho salarial e do teto de gastos e investimentos pode ser fatal para o governo.

 

 

 

 

 

 

Programa de Recuperação Fiscal: um beco sem saída 413831

O acordo do governo do Rio Grande do Sul com a União, intitulado  Programa de Recuperação Fiscal, vai jogar para a frente, por 30 anos, uma dívida que o Estado não tem como pagar hoje e nada indica que terá, lá adiante.

O Estado devia 9 bilhões de reais quando renegociou sua dívida com a União, pela última vez há 25 anos. Pagou mais de 30 bilhões e ainda deve mais de 60 bilhões.

Nas condições em que está renegociando, estima-se que essa bola de neve vai chegar aos 90 bilhões, apesar do imenso sacrifício exigido, além do que já vem exigindo há mais de duas décadas.

Para  obter mais prazo do credor – o Governo Federal – o Estado terá que se submeter a um arrocho. sem precedentes no orçamento público.

O teto de gastos, uma das exigência do acordo, estrangula os serviços públicos por dez anos. O comprometimento da receita, para abater a dívida, jugula os investimentos.

O dinheiro das privatizações cai no sorvedouro do custeio. Ao vender empresas lucrativas como a Corsan e a Sulgás, o governo abre mão de receitas a longo pazo.

Nesse futuro de penúria, a única coisa que pode alterar a situação é um crescimento forte e continuado da receita, que depende de crescimento sustentado da economia regional.

Os ideólogos do neoliberalismo acreditam que os investimentos privados virão e vão fazer girar a roda, estagnada há quase uma década.

Não há antecedente que dê crédito a essa hipótese.

O histórico mostra que há crescimento quando há um projeto e há investimento público.  E isso não há no horizonte. O que cresce no Estado é o agronegócio, que não paga impostos e dá pouco emprego.

Ter desenvolvimento com “Estado Mínimo” é uma hipótese, ou uma utopia, por enquanto, confinada aos manuais neoliberais.

O governo e seus aliados dizem que não há outro caminho.

Sim, esse foi o caminho construído ao longo de mais de duas décadas,  Eduardo Leite apenas está dando o arremate.

Desde a primeira renegociação da dívida com a União, há 25 anos, apenas dois governadores, Olívio Dutra e Tarso Genro, contrariaram a lógica de tratar o problema com ênfase quase exclusiva no corte dos gastos públicos.

Entenderam que o déficit , fonte da calamidade financeira, decorre também da perda estrutural de receitas, com as desonerações, as mudanças na matriz econômica do Estado e na perda de poder político frente à União.

Olívio Dutra  enfrentou a questão da Lei Kandir, de interesse da União, que isentou a soja e outros produtos de exportação. Obteve ressarcimento de pelo menos R$ 400 milhões, em valores da época.

Tarso questionou o indice que  corrigia a dívida, o mais alto do mercado, e os  juros bancários, num contrato entre dois entes federados.  Provocou mudança no indexador e redução do juro. Conseguiu redução considerável do saldo.

Os demais governadores, desde Antonio Britto,  atacaram o desequilíbrio estrutural das finanças públicas do Estado basicamente cortando custos e investimentos e vendendo empresas públicas.

Esse caminho se aprofundou quando o governador  dvo Sartori, em 2017, não conseguiu mais pagar as parcelas mensais da dívida com a União.

E se tornou um beco sem saída em maio de 2022, quando a dívida vencida bate nos 16 bilhões de reais.

 

 

 

 

 

 

Eleições 2022: Edegar Pretto vai debater programa de governo em assembleias regionais 5av52

Em evento que reuniu cerca de 400 pessoas na noite desta quarta-feira (11), em Porto Alegre, o pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Edegar Pretto, disse que os próximos os da sua jornada rumo às eleições de 2022 são as assembleias populares.

O objetivo é reunir todas as regiões do estado em 10 encontros com os mais diversos setores da sociedade e preparar o programa de governo.

A atividade desta quarta encerrou o ciclo de instalação das coordenações da pré-campanha de Edegar e Lula nas 28 regionais do partido, contemplando todo o estado, e contou com a presença de deputados, vereadores, dirigentes, militantes e apoiadores do PT, PCdoB e PV.

As assembleias populares servirão para conversar com lideranças políticas, da educação, da indústria, do comércio, de serviços, da agricultura, do cooperativismo, dos movimentos sociais, entre outros, para extrair conteúdos que mostrem as realidades locais e os desafios para o desenvolvimento.

“Estamos convidando a população para dialogar verdadeiramente conosco. Vamos colocar no papel um programa de governo que será fruto de muita participação. As assembleias populares servirão para que possamos ter um retrato de como nós queremos um governo do Rio Grande”, revelou Pretto.

Líderes que fizeram história no PT gaúcho, como os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, estiveram presentes e reafirmaram as suas convicções de que Edegar Pretto é o nome mais preparado, da nova geração do partido, para liderar a disputa ao Piratini.

A importância de reconstruir a visão de República, de democracia e de tirar o pais da crise foi ressaltada por Tarso. “Nós recomeçaremos sempre, quantas vezes for necessário. E aqui no Rio Grande do Sul não há outra voz, não há outra personalidade política que não seja o Edegar”, salientou.

Olívio destacou que é preciso recuperar o que o atual governo vem destruindo. “Com Lula e Edegar Pretto vamos construir um projeto economicamente viável, ecologicamente sustentável e com o protagonismo do povo. Nós temos uma experiência e sabemos tirar lições dela, das suas potencialidades e dos seus desacertos. Nos governos que exercemos nos municípios, nos estados e no país, nós construímos o que nunca a burguesia havia construído, com a participação popular”, observou.

O momento também foi marcado por manifestações de apoio e reconhecimento a Edegar Pretto, por parte de partidos aliados.

A vereadora Daiana Santos falou em nome do PCdoB. “Precisamos urgente de mudança. Nós, do PCdoB, estamos presentes, porque nos unimos a estas e a outras figuras espalhadas pelo Rio Grande, pelo Brasil, e que estão mobilizadas em prol dessa mudança. Estamos aqui construindo saídas e todos precisam entender isso”, alertou.

Já o presidente do PV, Marcio Souza, disse que o Partido Verde fez questão e lutou muito para estar irmanado nessa federação com o PT e o PCdoB. “Isso nos honra e nos engrandece, nos traz dignidade. Não mediremos esforços para que tenhamos um papel importante, não só para o crescimento do nosso partido, mas para que possamos contribuir para que esse estado tenha um governador de verdade, e esse governador se chama Edegar Pretto”, completou.