Fim da Era Simon: pela primeira vez, MDB não disputa o governo do RS 45362w

Pela primeira vez o MDB não tem candidato numa eleição para o governo do Rio Grande do Sul. 4r1o1a

Fundado num tempo em que os governadores eram nomeados, o partido teve que esperar doze anos para disputar a primeira eleição, em 1982, que perdeu.

Desde então, disputou todas as eleições e, nesses quarenta anos, fez quatro governadores – Simon, Britto, Rigotto e Sartori montou a maior estrutura partidária no Estado, com 33 coordenadorias regionais e 487 diretórios municipais (97% do Estado).

Não é mais a mesma força que foi no período da redemocratização, quando aglutinou as principais correntes da oposição ao regime militar. Dividido e fisiológico, chegou ao fundo do poço ao se aliar ao bolsonarismo galopante nas eleições de 2018.

Mas, ainda tem no Estado oito deputados estaduais, quatro federais, 135 prefeitos, 125 vice-prefeitos, 1.156 vereadores, 262 mil filiados.

Agora, depois de um longo e penoso processo de disputa interna,  decidiu em convenção aliar-se ao PSDB, com o deputado Gabriel de Souza na condição de vice do ex-governador Eduardo Leite, que tenta a reeleição.

A convenção em que foi decidido esse caminho no último domingo, 31, é a própria imagem do partido, na sua fração mais representativa, no Rio Grande do Sul. Além de espelhar a divisão ( a aliança com o PSDB foi decidida por 239 votos a favor e 212 contra), marcou o fim de um ciclo ao longo do qual pairou a liderança do ex-senador Pedro Simon, agora derrotado junto com as figuras históricas do partido. Aos 92 anos, Simon viu pela primeira vez o MDB gaúcho seguir um caminho diverso daquele que sua liderança, até então inquestionável, recomendou.

 

 

36 entidades de ensino e pesquisa protestam contra fechamento de cursos na Unisinos 617015

Manifesto contra o fechamento                                 dos cursos de Pós-Graduação:

As entidades abaixo assinadas vêm a público se manifestar contra o fechamento pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) de seus programas de pós-graduação em diversas áreas.

Tal atitude tem como fundamento privilegiar resultados financeiros em detrimento das contribuições da produção científica e do impacto social desses Programas.

No caso recente, chama a atenção a solidez e qualificação dos programas de pós-graduação, alguns com mais de 30 anos de existência, com notas 6 ou 5 junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

O fechamento dos Programas traz impactos para além da demissão de valorosos/as pesquisadores/as, referências em suas áreas de expertise, e do enxugamento do compromisso com a ampliação do sistema de Pós-Graduação, até então meta da CAPES,
do Plano Nacional de Pós-Graduação e do Plano Nacional de Educação 2014-2024.

Com a extinção dos programas desaparecem Grupos de Pesquisas essenciais e com repercussão nacional e internacional, revistas acadêmicas, além do prejuízo a pesquisadores/as com bolsas de produtividade científica que compõem o quadro de docentes.
Estes programas, por fazerem parte do sistema de pós-graduação, foram contemplados com fatias importantes do investimento público por meio de bolsas e incentivos à pesquisa.

Sua extinção institucional unilateral é um contrassenso do ponto de vista de qualquer intenção de fortalecimento da política científica no Brasil e configura também um atentado ao investimento público realizado durante estes anos todos de construção dos programas.
Não é issível que Universidades que recebem financiamento público em pesquisa possam adotar estas ações de forma unilateral com base apenas em discussões de dividendos e lucros privados, rompendo com compromissos assumidos junto ao Sistema Nacional de Pós-Graduação e à Sociedade Brasileira.
Neste sentido, as entidades se solidarizam com colegas demitidos/as, estudantes prejudicados/as, funcionários/as dedicados/as e, principalmente, demandam por parte do ente público ações imediatas de cobrança da responsabilidade da Universidade.

Desta e de outras que estejam com as mesmas ações.
Nossa solidariedade a pesquisadores/as, alunos/as e funcionários/as que enfrentam decisão tão daninha para a pesquisa e o País.

Assinam:

-Fórum das Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Letras, Linguística e Artes -FCHSSALLA
-Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência-SBPC
-Associação de Linguística Aplicada do Brasil – ALAB
-Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências – ABRAPEC
-Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística – ANPOLL
-Associação Nacional de Pós-graduação em Teologia e Ciências da Religião – ANPTECRE
-A Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN)
-Associação Brasileira de Professores de Língua Inglesa da Rede Federal de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico – ABRALITEC
-Associação Brasileira de Relações Internacionais – ABRI
-Associação Brasileira de Antropologia – ABA
-Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos – SBEC
-Associação Brasileira de Literatura Comparada – ABRALIC
-Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS
-Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – ANPPOM
-Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo – ANPTUR
-Associação Brasileira de Ensino de Biologia – SBEnBio
-Associação Nacional de Política e istração da Educação – ANPAE
-Associação Brasileira de Educação Musical – ABEM
-Associação Brasileira dos Pesquisadores em Publicidade – ABP2
-Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia – ANPOF
-Associação Brasileira de Hispanistas – ABH
-Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações
Públicas – ABRAPCORP
-Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura – ABCIBER
-Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação- ANCIB
-Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação – COMPOS
-Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPED
-Associação Brasileira de Psicologia Política – ABPP
-Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional – ANPUR
-Associação Nacional de Pesquisa e Pós – graduação em Psicologia – ANPEPP
-Associação Brasileira de Psicologia Social – ABRAPSO
-Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo ( SBPJor)
-Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial – ABPEE
-Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação –SOCICOM
-Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia – ALCAR
-Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular –
ABPCom

Pesquisa do IBGE: salários representam 7,5% das receitas líquidas na indústria 3o5g4z

Num ano, 2020, em que teve receitas líquidas de R$ 4 trilhões, a indústra brasileira pagou R$ 308 bilhões em salários, ou seja cerca de 7,5% do total.

Nos dez anos, entre 2011 e 2020,  o setor industrial cortou 1 milhão de empregos e reduziu a média salarial.

Na indústria de transformação, em emprega quase 50% da mão de obra do setor, a média salarial foi de 2,9 salários mínimos. A média geral foi de 3 salários mínimos mensais, por influência das indústrias extrativas, onde a média foi de 4,6 salários mínimos. Esse resultado foi influenciado sobretudo pela remuneração elevada no setor de extração de petróleo e gás natural, cujo salário mensal, em média, alcançou 22,7 salários mínimos em 2020.

As causas do corte de emprego e salários: evolução da tecnologia, concorrência com o setor externo e dependência do consumo interno.

Entre os dez principais produtos industriais do país, destaca-se o minério de ferro, com receita de R$ 145,7 bilhões e participação de 4,8% no total, por conta do aumento de mais de 70% no preço da tonelada do minério em 2020, sustentado pela demanda chinesa.

Ultraou óleos brutos de petróleo, o segundo no ranking, com receita líquida de R$ 95,5 bilhões e participação de 3,1% no total, cuja cotação do barril de petróleo recuou em 2020.

Em seguida, vêm carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 73,6 bilhões e 2,4% de participação), óleo diesel (R$ 70,5 bilhões e 2,3%) e álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 49,4 bilhões e 1,6%). Os dez maiores produtos, em conjunto, concentraram 20,9% do valor das vendas em 2020.

Segundo o IBGE, entre os 100 principais produtos, os dez que mais perderam posições no ranking em relação a 2019 foram alguns que sofreram fortes impactos com medidas para combater a disseminação da covid-19, como o isolamento social e paralisações das fábricas.

As duas maiores quedas no ranking estão associadas ao setor de aviação: querosene de aviação, que recuou 58 posições, ao ar da 28ª para a 86ª posição, e serviço de manutenção e reparação de aeronaves, turbinas e motores de aviação, que ou da 67ª para a 90ª posição, perdendo 23 posições.

Pré-candidatos ao governo gaúcho discutem desenvolvimento regional 584nb

Com a participação dos pré-candidatos ao governo do RS, acontece nessa quarta-feira, dia 20, a mesa de encerramento do seminário  sobre Desenlvolvimento, Desigualdades Regionais e Planejamento Federativo no Estado, em curso desde o dia 4 de julho, por iniciativa da Rede Estação Democracia.

Na ARI – Associação Riograndense de Imprensa, avenida Borges de Medeiros, 915, 7o andar.

 

Câncer: Ingleses não querem nitrito no bacon 655m6r

Ganha adeptos no parlamento na Inglaterra campanha contra o uso no bacon de produtos químicos, que aumentam o risco de várias formas de câncer.

Eles querem que o governo diga à indústria de suínos para eliminar gradualmente o uso de nitritos, que são usados ​​para curar o bacon e dar a ele sua cor rosa.

Acredita-se que cerca de 90% do bacon vendido na Grã-Bretanha contém nitritos, que estudos de pesquisa associaram ao desenvolvimento de câncer de intestino, mama e próstata.

(Com informações do Guardian) 

Frio faz a dengue recuar em Porto Alegre 1j214s

Porto Alegre voltou ao nível zero do Plano de Contingência da dengue.

O Boletim Semanal da Vigilância em Saúde, desta terça-feira, 12, apresenta redução nos casos autóctones confirmados até 9 de julho,  na cidade.

Foram 2.994 casos contraídos na cidade no período.

O frio ajudou na redução sustentada no número de casos e, com outros fatores, levou ao retorno do nível zero do Plano de Contingência municipal.

Neste ano, foram registrados quatro óbitos devido à doença.

(Com informações da Assessoria de Imprensa)

Vídeo mostra que Marcelo Arruda revidou depois de ser ferido 2m4o5e

Uma câmera de segurança registrou o momento em que um homem invadiu uma festa de aniversário e matou o guarda municipal Marcelo de Arruda, que comemorava seus 50 anos.

Arruda era tesoureiro do PT e presidente do sindicato dos municipários de Foz do Iguaçu.

O crime ocorreu na noite de sábado (9), no salão de festas de uma associação esportiva da cidade.

A polícia identificou o homem que atirou contra Marcelo Arruda. É o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se identifica nas redes sociais como apoiador do presidente Bolsonaro.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele chegou ao local gritando “aqui é Bolsonaro!”.

Nas imagens da câmera de segurança, o tesoureiro do PT aparece tentando se proteger atrás de uma mesa, já ferido por um tiro.

O atirador faz, então, um segundo disparo, conforme mostra o vídeo.  Em seguida, uma mulher – que, segundo a polícia, seria a esposa de Marcelo – tentou impedir que o atirador continuasse e o empurrou.

Nesse momento ele foi atingido por Arruda que estava armado e, mesmo ferido, revidou.

Num primeiro momento, a Polícia informou que Guaranho também tinha morrido. Mais tarde, corrigiiu e afirmou que ele está internado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. Até o início da noite deste domingo não havia informações sobre sua situação.

Depois de ferido, já caído, ele foi agredido com chutes por dois homens que estavam na festa.

O crime chocou o país e levou às principais lideranças políticas a alertar para a escalada de violência que pode contaminar a campanha para as eleições de outubro se a intolerância política não for contida.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou.

Nota do Redator: Numa mensagem às 19h, Bolsonaro republicou uma postagem de 2018, dizendo que dispensa “qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”.

“A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, acrescentou.

Bolsonaro faz discurso de candidato na Marcha para Jesus: “Os problemas são ageiros” 5gk4o

O presidente Jair Bolsonaro participou da tradicional ‘Marcha para Jesus’, promovida por igrejas evangélicas, neste sábado, em São Paulo.

Dez trios elétricos embalaram o evento que percorreu  3,5 km do trajeto entre a estação da Luz e a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na Zona Norte de São Paulo, onde a caminhada foi  encerrada com shows gospel, orações e discursos políticos por volta das 22h.

Bolsonaro falou na abertura e fez discurso de candidato dizendo que os problemas materiais enfrentados pelo país, como inflação e carestia, “são ageiros”.
“Problemas todos nós temos por aqui; os materiais são ageiros, como vocês estão notando nos últimos dias” numa referência à redução do preço dos combustíveis e energia, por conta do corte no imposto cobrado pelos Estados, o ICMS.

Bolsonaro voltou ao assunto em outro discurso, mais tarde. Disse  que o país “começa a superar os seus problemas econômicos”.
“A questão econômica começa a ser superada. Vocês sabem que é uma coisa não apenas no Brasil, é do mundo todo. Nós [somos] os que menos sofremos nesse momento nesta questão econômica. E somos os primeiros a sair dessa situação. Porque nós demos uma nova dinâmica à política”, declarou, ignorando as manchetes:.
“IPCA: inflação acelera para 0,67% em junho e atinge 11,89% em 12 meses”
“agem aérea, pepino, diesel, leite, transporte por app: veja os 50 itens que mais subiram em 1 ano”
No segundo discurso, Bolsonaro levantou a bandeira do “defensor da família brasileira”.
“Nós temos uma posição: somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero, a liberação das drogas, somos defensores da família brasileira. Nós somos a maioria no país. A maioria do bem. E nessa guerra do bem contra o mal, o bem vencerá mais uma vez”, afirmou.
As recentes denúncias envolvendo o Ministério da Educação (MEC), que levaram à prisão o ex-ministro Milton Ribeiro, em 22 de junho, foram também ignoradas por Bolsonaro:
“Tem uma coisa que nos faz vencer. É a consciência tranquila. É o governo que acabou com a palavra corrupção. E sempre digo: se aparecer, ajudaremos a investigar. Isso não é virtude de um governo. É obrigação”.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, o evento recebeu duas emendas parlamentares destinando recursos do municípios para o organização.
As emendas somam R$ 1,7 milhão, sendo uma no valor de R$ 710 mil, proposta pelo vereador missionário José Olímpio (PL), e outra de R$ 1 milhão, do vereador João Jorge (PSDB).
Entre os artistas confirmados na marcha estão Aline Barros, André & Felipe, Daniel Berg, Fernanda Brum, Pedras Vivas, Praise Teen, Rebeca Carvalho, Renascer Praise, Samuel Messias e o vencedor do Gospel Singer Israel Reis.

TCU confirma superfaturamento na compra de Viagra e pede devolução de valores 58651r

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) acolheu a representação feita por parlamentares, denunciando a compra superfaturada de Viagra para as Forças Armadas.

O TCU determinou um prazo de 90 dias para que o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, “adote as medidas istrativas pertinentes para apuração do débito e outras ao seu alcance, sem prejuízo de requerer ao órgão jurídico da estatal que adote as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis, com vistas à obtenção do ressarcimento do débito apurado, em valores devidamente atualizados”.

A representação foi feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).

A decisão do TCU foi tomada nesta quinta-feira (7) e divulgada nesta sexta-feira (8).

“A equipe técnica constatou o superfaturamento e pediu o ressarcimento aos cofres públicos desse dinheiro gasto indevidamente. É preciso conduzir esse caso com rigor. Nos hospitais públicos, falta até dipirona”, disse o deputado Elias Vaz.

O relatório precisa da aprovação do relator do caso no TCU, ministro Weder de Oliveira.

O parecer justifica as recomendações com base na constatação da compra, decorrente do Pregão Eletrônico 106/2020, de 15.120 comprimidos de sildenafila 25mg pelo valor unitário de R$ 3,65, enquanto o valor médio no de Preços do governo federal para o período é de R$ 1,81 e o Hospital Central do Exército, por meio do Pregão Eletrônico 99/2020, registrou o preço de R$ 1,50.

A data da compra para atender a Marinha é 7 de abril de 2021. Já a data da compra que atendeu o Exército é 14 de abril de 2021.

Outro processo
O deputado Elias Vaz também denunciou ao TCU compra  de Viagra com indícios de superfaturamento de até 550%.

O parlamentar identificou contrato firmado entre o Comando da Marinha e o laboratório EMS S/A para fornecimento de mais de 11 milhões de comprimidos de citrato de sildenafila de 20, 25 e 50 miligramas de 2019 a 2022.

Uma varredura no Portal da Transparência e no de Preços revelou que, nos empenhos autorizados pelo governo federal, cada comprimido custa entre R$2,91 e R$3,14. O prejuízo pode ar de R$28 milhões.

O relator também é o ministro Weder de Oliveira e o processo aguarda parecer da equipe técnica.

(Com informações do Congresso Em Foco)

Edegar Pretto debate programa de governo com representantes da Região Metropolitana 6y3r3p

A Assembleia Popular Regional da pré-campanha de Edegar Pretto chegou à capital gaúcha nesta quinta-feira (07) e reuniu cerca de 300 pessoas.

O encontro, que ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, é o espaço de debate, onde a população pode indicar as prioridades para investimentos públicos na região. O objetivo é elencar os temas mais urgentes e aqueles que abrangem uma maior parcela da população para incluí-los no plano de governo do petista. Acabar com a fome e a extrema pobreza, fomentar as empresas para a geração de emprego e renda e investir em mobilidade urbana foram alguns dos temas mais recorrentes durante a assembleia.

Para Edegar Pretto, o Estado precisa investir pesado para melhorar a vida das pessoas. “Não vamos conviver com a vergonha da fome. Tem muito a ser feito. Vamos criar o Conselho das Cidades, porque nenhuma política vai ser colocada em prática sem discussão com a população. Isso não é promessa, é um acúmulo de práticas que há muito tempo nós já fazemos”, ressaltou.

Disse que o apoio dos aliados fortalece a ideia de reconstrução do estado. “Eu nunca estive só. Estamos com o PCdoB, com o PV, com os movimentos sociais do campo e da cidade, e cada um e cada uma que acreditam que o Brasil e o Rio Grande podem ser melhor.”

O evento de Porto Alegre reuniu representações dos municípios que integram os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) Metropolitano Delta do Jacuí e Centro-Sul.

Esta é a quinta edição, de um total de 10 assembleias, que estão sendo realizadas nas macrorregiões do Rio Grande do Sul, de forma que todas as localidades tenham a oportunidade de participar. Além dos encontros presenciais, os gaúchos também têm à disposição a Decidim Povo, uma plataforma virtual, pela qual podem ser enviadas opiniões e sugestões para a coordenação responsável pela formatação do plano do pré-candidato.

O modelo de participação popular adotado nas assembleias é o de ouvir um representante de cada segmento que predomina na região, além de abrir espaço para manifestações de diversas lideranças de entidades e movimentos sociais, que apresentaram reivindicações através de documentos e depoimentos.

Mara Nunes, da ONG Mistura Aí, falou sobre o trabalho de combate à fome e destacou que a população enfrenta uma piora das condições de vida. “Mesmo com o recuo da pandemia, há uma sequela da fome, do desemprego e da violência. Os governos precisam ter um olhar para gerar emprego e matar a fome das pessoas.”

Lucimar Siqueira, geógrafa e pesquisadora do núcleo gaúcho do Observatório das Metrópoles, defendeu a integração de políticas públicas para enfrentar os desafios das cidades e das regiões metropolitanas. “Precisamos criar espaços que dialoguem com todas as instâncias de participação. É preciso atenção especial e um olhar na relação entre o campo e a cidade. É preciso entender que planejar é evitar improvisos.”

MC Gangster alertou para o alto índice de mortes de jovens negros, e acrescentou que a cultura pode contribuir com a formação da juventude. Disse ainda que faltam oportunidades de estudo, de conhecimento e de cultura. Neste sentido, cobrou que os governos constituam políticas públicas que sejam capazes de mudar essa realidade, “mas uma política compartilhada que corra com interesse das pessoas”.

Fernando Lindner argumentou que a mobilidade urbana também é um direito, assim como saúde e educação, mas que, infelizmente, ela não é pensada. “Transporte coletivo é fundamental, mas precisamos pensar em conceitos e políticas públicas permanentes. O empresário precisa oferecer mais oportunidades, e não pensar em ter lucro em somente encher o ônibus. É preciso repensarmos o sistema, com mais qualidade de vida e dignidade. Isso é para ontem”.

A pesquisadora e crítica teatral, Michele Rolim, denunciou que no RS o Plano Nacional de Cultura não está sendo cumprido, assim como as demandas da sociedade civil não estão sendo acolhidas pelo governo. “Lamentavelmente, temos a constatação de que não há diálogo. A Secretaria de Cultura nunca esteve disposta a dialogar com a comunidade cultural. A disposição do poder público ficou apenas no papel”.

Entre os participantes, estiveram presentes lideranças e militantes do PT, PV e PCdoB, partidos que integram a Federação no Rio Grande do Sul; vereadores,  vereadoras, deputados, deputadas, pré-candidatos e pré-candidatas ao parlamento estadual e federal.

Além de Porto Alegre, já foram realizadas assembleias populares regionais em São Leopoldo, Pelotas e Sant’Ana do Livramento e Santo Ângelo. Confira o calendário das próximas:

09.07 – o Fundo, 9h

15.07 – Osório, 19h

16.07 – Santa Cruz, 9h

16.07 – Santa Maria, 15h

23.07 – Caxias do Sul, 9h

(Com informações da Assessoria de Imprensa)